No fim do dia, a nota de Starfield vai ser:
- Menor do que os fãs de Xbox esperam que seja;
- Maior do que os haters de Xbox esperam que seja.
Independente de qual nota venha a ter.
É uma pena que um jogo tão aguardado por milhões de pessoas, de um estúdio acostumado a entregar grandes experiências adoradas
e jogadas durante muitos e muitos anos, tenha sido arrastado pra esse lamaçal, mas infelizmente essa dinâmica faz parte de quem decide entrar no campinho dos AAA exclusivos de alguma plataforma.
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E sobre a parte da barreira invisível, é muito melhor pensar em Starfield como um RPG no espaço (como Mass Effect) do que um jogo de exploração espacial (como Elite Dangerous, No Man's Sky ou até Outer Wilds que se propõe a fazer isso em um universo micro). A comparação com Mass Effect é boa inclusive pela lógica de funcionamento: não dá pra pousar/decolar dos planetas e ir pra outro, tem que selecionar em um mapa; tem que pousar em áreas pré-determinadas para executar ações - aqui, Starfield se diferencia por ter áreas fixas e também gerar áreas novas em qualquer lugar que pousarmos (um parênteses: estão dizendo que pousar em duas áreas literalmente do lado uma da outra gera dois mapas diferentes, ou seja, tecnicamente o planeta em si não existe como astro e cada área é gerada novamente - tem que esperar lançar pra confirmar); os planetas/sistemas são liberados para visitar de acordo com um sistema de níveis/rankgs (que dá mais combustível para a nave ir mais longe). Starfield ainda vai além em diversas coisas que ME não fazia, como construir outposts e colocar galera pra cuidar/trabalhar, criar uma nave 100% personalizada, essas coisas.
Essas barreiras também explicam a falta de veículos, já que em um carrinho ou algo que voa, chegar ao limite de algumas áreas seria mais rápido, quebrando bastante o senso de estar explorando um planeta. Até por isso, trato mais como essa divisão ali de ser um RPG no espaço e não um jogo de exploração espacial.