Tópico Oficial Taverna PXB

Rafaelkar

Guerreiro
Outubro 6, 2015
4,966
10,613
São Paulo
O que esse pessoal não entende é que o público médio de consoles é aquele que gasta MUITO MENOS que 12xU$15 por ano com videogames, não aquele que compra todo lançamento e ainda faz propaganda de graça do console nas redes sociais e fóruns. Olha os grandes lançamentos da Sony, não passam de 1/10 às vezes 1/20 da base. O que os outros 19/20 estão fazendo que não estão gastando? E aí que a Microsoft quer atuar, e essa galerinha hardcore, que VIVE videogame, não consegue enxergar através da própria bolha que o gamepass não é somente sobre eles.

Em economia existe uma coisa chamada Excedente do Consumidor. Imagine dois jogadores: um fã de Halo e um jogador casual. O fã de Halo compra o jogo no lançamento por $60 e ainda acha pouco, como fã, pagaria até $100, portanto ele tem um excedente de $40 em utilidade. O problema está no nosso jogador casual, que não pagaria mais que $20 e, pelo jogo custar $60, ele decide não realizar a compra. O mundo ideal para uma empresa seria discriminar perfeitamente os preços de cada consumidor, cobrando $20 do casual e $100 do fã de Halo, de modo que seus excedentes sejam zero e revertessem-se em receita, mas isso na prática é impossível.

Então a grande sacada está no seguinte: existem mais fãs de Halo dispostos a pagar $100 ou jogadores casuais dispostos a pagar $20? Vale a pena colocar o game a $60 e só vender para um fã de Halo ou colocar o game a $20 por mês em uma assinatura e fazer outros milhares de fãs casuais consumirem e financiarem o produto? Como o fã de Halo também só vai pagar $20 em uma assinatura e, nesse caso, ter um excedente de $80 dado que sua predisposição a pagar é até $100, ele vai achar um absurdo, que está muito barato, que a Microsoft vai falir, que não tem como isso ser sustentável porque a Xbox não está capturando mais o máximo que ele está disposto a pagar. Só que, enquanto isso, o jogador casual, que é uma base IMENSAMENTE MAIOR, está pensando seriamente se assina serviço, pois nem joga tanto, talvez compre um ou dois jogos antigos no ano... É esse público que ela quer atingir e fazer refletir seu modo de consumo. Pra vocês terem ideia, nem sempre esse público acha vantajoso o serviço. Tenho amigos (vários, aliás) que compram um ou outro game, jogam pouquíssimo, e não gastariam mais do que 12xR$29 por ano com videogame, ou pelo menos não com jogos que não entram na Gamepass (Fifa, Need for Speed, CoD...). Às vezes, uma demanda limitada pagando R$200 é menos lucrativa do que uma demanda expandida pagando R$39 por mês.

E isso estou só falando do núcleo do negócio, nem falo dos benefícios periféricos como (i) financiamento coletivo gera conteúdo mais diverso, (ii) lançamentos recorrentes no catálogo põe o Xbox na mídia, nas redes sociais e cria uma comunidade que a acompanha, (iii) faz jogadores em bolhas de gênero (jogos de futebol, corrida etc) provarem novos games e se tornarem, quem sabe, um "fã de Halo no futuro". (iv) reduz o preço generalizado, aumentando o nº clientes do ecossistema Xbox e (v) como explicado, aumenta o excedente do consumidor de jogadores "hardcore". Eu mesmo estou gastando menos com videogame. Mas o cinéfilo não está gastando menos do que gastava com a Netflix? O fã doentio por música não gasta bem menos do que gastava antes do Spotify? De qualquer forma, o cara fã mesmo vai acabar comprando o game, ou comprando as DLCs, ou pagando microtransação que seja, colocando esse dinheiro em outros lugares, assim como o fã de música e de filmes faz, comprando edições especiais, camisetas, miniaturas e colecionáveis, coisas relacionadas à cultura do entretenimento.

E outra: a Xbox não está inventando nada de novo na indústria. Assinaturas existem nos filmes e séries (Netflix, Amazon Prime, HBO Go, Telecine), na música (Spofity, Deezer, TIDAL, YT Music, Amazon Music), nos livros (Amazon Reading) e nos games (Origin Play, EA Access, Uplay). Tudo isso aqui está ótimo, obrigado, mas adivinha quem vai falir? Isso mesmo, a Xbox. Todo mundo cobra $1 ou dá um mês grátis no começo, com objetivo da pessoa testar o serviço e registrar o cartão (quem sabe até esquecê-lo lá), mas adivinha quem vai falir por isso? Bingo, a Xbox.

Nesse início de geração só tomando maracugina mesmo, porque a quantidade de chorume já está em patamares elevados há alguns meses do lançamento dos novos consoles, eu nem quero ver quando chegar...
 

Edu Barros

#TeamFPS
Fevereiro 16, 2008
12,786
27,402
Ribeirão Preto
O que esse pessoal não entende é que o público médio de consoles é aquele que gasta MUITO MENOS que 12xU$15 por ano com videogames, não aquele que compra todo lançamento e ainda faz propaganda de graça do console nas redes sociais e fóruns. Olha os grandes lançamentos da Sony, não passam de 1/10 às vezes 1/20 da base. O que os outros 19/20 estão fazendo que não estão gastando? E aí que a Microsoft quer atuar, e essa galerinha hardcore, que VIVE videogame, não consegue enxergar através da própria bolha que o gamepass não é somente sobre eles.

Em economia existe uma coisa chamada Excedente do Consumidor. Imagine dois jogadores: um fã de Halo e um jogador casual. O fã de Halo compra o jogo no lançamento por $60 e ainda acha pouco, como fã, pagaria até $100, portanto ele tem um excedente de $40 em utilidade. O problema está no nosso jogador casual, que não pagaria mais que $20 e, pelo jogo custar $60, ele decide não realizar a compra. O mundo ideal para uma empresa seria discriminar perfeitamente os preços de cada consumidor, cobrando $20 do casual e $100 do fã de Halo, de modo que seus excedentes sejam zero e revertessem-se em receita, mas isso na prática é impossível.

Então a grande sacada está no seguinte: existem mais fãs de Halo dispostos a pagar $100 ou jogadores casuais dispostos a pagar $20? Vale a pena colocar o game a $60 e só vender para um fã de Halo ou colocar o game a $20 por mês em uma assinatura e fazer outros milhares de fãs casuais consumirem e financiarem o produto? Como o fã de Halo também só vai pagar $20 em uma assinatura e, nesse caso, ter um excedente de $80 dado que sua predisposição a pagar é até $100, ele vai achar um absurdo, que está muito barato, que a Microsoft vai falir, que não tem como isso ser sustentável porque a Xbox não está capturando mais o máximo que ele está disposto a pagar. Só que, enquanto isso, o jogador casual, que é uma base IMENSAMENTE MAIOR, está pensando seriamente se assina serviço, pois nem joga tanto, talvez compre um ou dois jogos antigos no ano... É esse público que ela quer atingir e fazer refletir seu modo de consumo. Pra vocês terem ideia, nem sempre esse público acha vantajoso o serviço. Tenho amigos (vários, aliás) que compram um ou outro game, jogam pouquíssimo, e não gastariam mais do que 12xR$29 por ano com videogame, ou pelo menos não com jogos que não entram na Gamepass (Fifa, Need for Speed, CoD...). Às vezes, uma demanda limitada pagando R$200 é menos lucrativa do que uma demanda expandida pagando R$39 por mês.

E isso estou só falando do núcleo do negócio, nem falo dos benefícios periféricos como (i) financiamento coletivo gera conteúdo mais diverso, (ii) lançamentos recorrentes no catálogo põe o Xbox na mídia, nas redes sociais e cria uma comunidade que a acompanha, (iii) faz jogadores em bolhas de gênero (jogos de futebol, corrida etc) provarem novos games e se tornarem, quem sabe, um "fã de Halo no futuro". (iv) reduz o preço generalizado, aumentando o nº clientes do ecossistema Xbox e (v) como explicado, aumenta o excedente do consumidor de jogadores "hardcore". Eu mesmo estou gastando menos com videogame. Mas o cinéfilo não está gastando menos do que gastava com a Netflix? O fã doentio por música não gasta bem menos do que gastava antes do Spotify? De qualquer forma, o cara fã mesmo vai acabar comprando o game, ou comprando as DLCs, ou pagando microtransação que seja, colocando esse dinheiro em outros lugares, assim como o fã de música e de filmes faz, comprando edições especiais, camisetas, miniaturas e colecionáveis, coisas relacionadas à cultura do entretenimento.

E outra: a Xbox não está inventando nada de novo na indústria. Assinaturas existem nos filmes e séries (Netflix, Amazon Prime, HBO Go, Telecine), na música (Spofity, Deezer, TIDAL, YT Music, Amazon Music), nos livros (Amazon Reading) e nos games (Origin Play, EA Access, Uplay). Tudo isso aqui está ótimo, obrigado, mas adivinha quem vai falir? Isso mesmo, a Xbox. Todo mundo cobra $1 ou dá um mês grátis no começo, com objetivo da pessoa testar o serviço e registrar o cartão (quem sabe até esquecê-lo lá), mas adivinha quem vai falir por isso? Bingo, a Xbox.

Nesse início de geração só tomando maracugina mesmo, porque a quantidade de chorume já está em patamares elevados há alguns meses do lançamento dos novos consoles, eu nem quero ver quando chegar...
Essa aula aí vai ter reprise no Telecurso 2000?

Meus parabéns pelo conteúdo!
 

Saci

Heimdall dos Pampas
Moderador
Abril 11, 2007
24,911
51,196
Tomei coragem e resolvi retomar o Psychonauts, que tenho no Steam. Eu tenho faz muito tempo, mas tinha me batido no começo do jogo e parei.

O jogo está todo em inglês, então eu realmente não recomendo pra quem não entende ouvindo. Claro que muitos aqui, como eu na infância, já jogaram muitos jogos sem entender o que estava acontecendo, mas jogos da Double Fine só conseguem brilhar se você entender os diálogos.

E quanto mais eu jogo, mais surpreso eu fico. É uma BAITA IP. Comecei a ficar ansioso pelo 2, se tudo der certo pretendo terminar o primeiro esse mês.
 

PunkSxE

Warrior ?‍?
Janeiro 2, 2016
2,748
7,950
São Paulo
Tomei coragem e resolvi retomar o Psychonauts, que tenho no Steam. Eu tenho faz muito tempo, mas tinha me batido no começo do jogo e parei.

O jogo está todo em inglês, então eu realmente não recomendo pra quem não entende ouvindo. Claro que muitos aqui, como eu na infância, já jogaram muitos jogos sem entender o que estava acontecendo, mas jogos da Double Fine só conseguem brilhar se você entender os diálogos.

E quanto mais eu jogo, mais surpreso eu fico. É uma BAITA IP. Comecei a ficar ansioso pelo 2, se tudo der certo pretendo terminar o primeiro esse mês.
Phil bem que podia fazer a boa ação de botar o jogo no Game Pass ou GwG
 

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
26,561
75,509
Rio Grande do Sul
O que esse pessoal não entende é que o público médio de consoles é aquele que gasta MUITO MENOS que 12xU$15 por ano com videogames, não aquele que compra todo lançamento e ainda faz propaganda de graça do console nas redes sociais e fóruns. Olha os grandes lançamentos da Sony, não passam de 1/10 às vezes 1/20 da base. O que os outros 19/20 estão fazendo que não estão gastando? E aí que a Microsoft quer atuar, e essa galerinha hardcore, que VIVE videogame, não consegue enxergar através da própria bolha que o gamepass não é somente sobre eles.

Em economia existe uma coisa chamada Excedente do Consumidor. Imagine dois jogadores: um fã de Halo e um jogador casual. O fã de Halo compra o jogo no lançamento por $60 e ainda acha pouco, como fã, pagaria até $100, portanto ele tem um excedente de $40 em utilidade. O problema está no nosso jogador casual, que não pagaria mais que $20 e, pelo jogo custar $60, ele decide não realizar a compra. O mundo ideal para uma empresa seria discriminar perfeitamente os preços de cada consumidor, cobrando $20 do casual e $100 do fã de Halo, de modo que seus excedentes sejam zero e revertessem-se em receita, mas isso na prática é impossível.

Então a grande sacada está no seguinte: existem mais fãs de Halo dispostos a pagar $100 ou jogadores casuais dispostos a pagar $20? Vale a pena colocar o game a $60 e só vender para um fã de Halo ou colocar o game a $20 por mês em uma assinatura e fazer outros milhares de fãs casuais consumirem e financiarem o produto? Como o fã de Halo também só vai pagar $20 em uma assinatura e, nesse caso, ter um excedente de $80 dado que sua predisposição a pagar é até $100, ele vai achar um absurdo, que está muito barato, que a Microsoft vai falir, que não tem como isso ser sustentável porque a Xbox não está capturando mais o máximo que ele está disposto a pagar. Só que, enquanto isso, o jogador casual, que é uma base IMENSAMENTE MAIOR, está pensando seriamente se assina serviço, pois nem joga tanto, talvez compre um ou dois jogos antigos no ano... É esse público que ela quer atingir e fazer refletir seu modo de consumo. Pra vocês terem ideia, nem sempre esse público acha vantajoso o serviço. Tenho amigos (vários, aliás) que compram um ou outro game, jogam pouquíssimo, e não gastariam mais do que 12xR$29 por ano com videogame, ou pelo menos não com jogos que não entram na Gamepass (Fifa, Need for Speed, CoD...). Às vezes, uma demanda limitada pagando R$200 é menos lucrativa do que uma demanda expandida pagando R$39 por mês.

E isso estou só falando do núcleo do negócio, nem falo dos benefícios periféricos como (i) financiamento coletivo gera conteúdo mais diverso, (ii) lançamentos recorrentes no catálogo põe o Xbox na mídia, nas redes sociais e cria uma comunidade que a acompanha, (iii) faz jogadores em bolhas de gênero (jogos de futebol, corrida etc) provarem novos games e se tornarem, quem sabe, um "fã de Halo no futuro". (iv) reduz o preço generalizado, aumentando o nº clientes do ecossistema Xbox e (v) como explicado, aumenta o excedente do consumidor de jogadores "hardcore". Eu mesmo estou gastando menos com videogame. Mas o cinéfilo não está gastando menos do que gastava com a Netflix? O fã doentio por música não gasta bem menos do que gastava antes do Spotify? De qualquer forma, o cara fã mesmo vai acabar comprando o game, ou comprando as DLCs, ou pagando microtransação que seja, colocando esse dinheiro em outros lugares, assim como o fã de música e de filmes faz, comprando edições especiais, camisetas, miniaturas e colecionáveis, coisas relacionadas à cultura do entretenimento.

E outra: a Xbox não está inventando nada de novo na indústria. Assinaturas existem nos filmes e séries (Netflix, Amazon Prime, HBO Go, Telecine), na música (Spofity, Deezer, TIDAL, YT Music, Amazon Music), nos livros (Amazon Reading) e nos games (Origin Play, EA Access, Uplay). Tudo isso aqui está ótimo, obrigado, mas adivinha quem vai falir? Isso mesmo, a Xbox. Todo mundo cobra $1 ou dá um mês grátis no começo, com objetivo da pessoa testar o serviço e registrar o cartão (quem sabe até esquecê-lo lá), mas adivinha quem vai falir por isso? Bingo, a Xbox.

Nesse início de geração só tomando maracugina mesmo, porque a quantidade de chorume já está em patamares elevados há alguns meses do lançamento dos novos consoles, eu nem quero ver quando chegar...
Eu acho que a categoria "Post do Ano" do PXB Awards 2020 não precisa ser necessariamente engraçada, mas educativa também. Meus parabéns pelo comentário.
 

Pegazuswarri0R

Te baniram sem você merecer, volte lá e mereça!
PXB Gold
Outubro 19, 2016
8,048
14,310
Araraquara/SP
O que esse pessoal não entende é que o público médio de consoles é aquele que gasta MUITO MENOS que 12xU$15 por ano com videogames, não aquele que compra todo lançamento e ainda faz propaganda de graça do console nas redes sociais e fóruns. Olha os grandes lançamentos da Sony, não passam de 1/10 às vezes 1/20 da base. O que os outros 19/20 estão fazendo que não estão gastando? E aí que a Microsoft quer atuar, e essa galerinha hardcore, que VIVE videogame, não consegue enxergar através da própria bolha que o gamepass não é somente sobre eles.

Em economia existe uma coisa chamada Excedente do Consumidor. Imagine dois jogadores: um fã de Halo e um jogador casual. O fã de Halo compra o jogo no lançamento por $60 e ainda acha pouco, como fã, pagaria até $100, portanto ele tem um excedente de $40 em utilidade. O problema está no nosso jogador casual, que não pagaria mais que $20 e, pelo jogo custar $60, ele decide não realizar a compra. O mundo ideal para uma empresa seria discriminar perfeitamente os preços de cada consumidor, cobrando $20 do casual e $100 do fã de Halo, de modo que seus excedentes sejam zero e revertessem-se em receita, mas isso na prática é impossível.

Então a grande sacada está no seguinte: existem mais fãs de Halo dispostos a pagar $100 ou jogadores casuais dispostos a pagar $20? Vale a pena colocar o game a $60 e só vender para um fã de Halo ou colocar o game a $20 por mês em uma assinatura e fazer outros milhares de fãs casuais consumirem e financiarem o produto? Como o fã de Halo também só vai pagar $20 em uma assinatura e, nesse caso, ter um excedente de $80 dado que sua predisposição a pagar é até $100, ele vai achar um absurdo, que está muito barato, que a Microsoft vai falir, que não tem como isso ser sustentável porque a Xbox não está capturando mais o máximo que ele está disposto a pagar. Só que, enquanto isso, o jogador casual, que é uma base IMENSAMENTE MAIOR, está pensando seriamente se assina serviço, pois nem joga tanto, talvez compre um ou dois jogos antigos no ano... É esse público que ela quer atingir e fazer refletir seu modo de consumo. Pra vocês terem ideia, nem sempre esse público acha vantajoso o serviço. Tenho amigos (vários, aliás) que compram um ou outro game, jogam pouquíssimo, e não gastariam mais do que 12xR$29 por ano com videogame, ou pelo menos não com jogos que não entram na Gamepass (Fifa, Need for Speed, CoD...). Às vezes, uma demanda limitada pagando R$200 é menos lucrativa do que uma demanda expandida pagando R$39 por mês.

E isso estou só falando do núcleo do negócio, nem falo dos benefícios periféricos como (i) financiamento coletivo gera conteúdo mais diverso, (ii) lançamentos recorrentes no catálogo põe o Xbox na mídia, nas redes sociais e cria uma comunidade que a acompanha, (iii) faz jogadores em bolhas de gênero (jogos de futebol, corrida etc) provarem novos games e se tornarem, quem sabe, um "fã de Halo no futuro". (iv) reduz o preço generalizado, aumentando o nº clientes do ecossistema Xbox e (v) como explicado, aumenta o excedente do consumidor de jogadores "hardcore". Eu mesmo estou gastando menos com videogame. Mas o cinéfilo não está gastando menos do que gastava com a Netflix? O fã doentio por música não gasta bem menos do que gastava antes do Spotify? De qualquer forma, o cara fã mesmo vai acabar comprando o game, ou comprando as DLCs, ou pagando microtransação que seja, colocando esse dinheiro em outros lugares, assim como o fã de música e de filmes faz, comprando edições especiais, camisetas, miniaturas e colecionáveis, coisas relacionadas à cultura do entretenimento.

E outra: a Xbox não está inventando nada de novo na indústria. Assinaturas existem nos filmes e séries (Netflix, Amazon Prime, HBO Go, Telecine), na música (Spofity, Deezer, TIDAL, YT Music, Amazon Music), nos livros (Amazon Reading) e nos games (Origin Play, EA Access, Uplay). Tudo isso aqui está ótimo, obrigado, mas adivinha quem vai falir? Isso mesmo, a Xbox. Todo mundo cobra $1 ou dá um mês grátis no começo, com objetivo da pessoa testar o serviço e registrar o cartão (quem sabe até esquecê-lo lá), mas adivinha quem vai falir por isso? Bingo, a Xbox.

Nesse início de geração só tomando maracugina mesmo, porque a quantidade de chorume já está em patamares elevados há alguns meses do lançamento dos novos consoles, eu nem quero ver quando chegar...
Caraca, merecia um tópico só pela qualidade e quantidade de informação.
 

tavo08tom

Go ahead. Make my day!
PXB Gold
Dezembro 5, 2013
4,515
7,660
Jaraguá do Sul - SC
O que esse pessoal não entende é que o público médio de consoles é aquele que gasta MUITO MENOS que 12xU$15 por ano com videogames, não aquele que compra todo lançamento e ainda faz propaganda de graça do console nas redes sociais e fóruns. Olha os grandes lançamentos da Sony, não passam de 1/10 às vezes 1/20 da base. O que os outros 19/20 estão fazendo que não estão gastando? E aí que a Microsoft quer atuar, e essa galerinha hardcore, que VIVE videogame, não consegue enxergar através da própria bolha que o gamepass não é somente sobre eles.

Em economia existe uma coisa chamada Excedente do Consumidor. Imagine dois jogadores: um fã de Halo e um jogador casual. O fã de Halo compra o jogo no lançamento por $60 e ainda acha pouco, como fã, pagaria até $100, portanto ele tem um excedente de $40 em utilidade. O problema está no nosso jogador casual, que não pagaria mais que $20 e, pelo jogo custar $60, ele decide não realizar a compra. O mundo ideal para uma empresa seria discriminar perfeitamente os preços de cada consumidor, cobrando $20 do casual e $100 do fã de Halo, de modo que seus excedentes sejam zero e revertessem-se em receita, mas isso na prática é impossível.

Então a grande sacada está no seguinte: existem mais fãs de Halo dispostos a pagar $100 ou jogadores casuais dispostos a pagar $20? Vale a pena colocar o game a $60 e só vender para um fã de Halo ou colocar o game a $20 por mês em uma assinatura e fazer outros milhares de fãs casuais consumirem e financiarem o produto? Como o fã de Halo também só vai pagar $20 em uma assinatura e, nesse caso, ter um excedente de $80 dado que sua predisposição a pagar é até $100, ele vai achar um absurdo, que está muito barato, que a Microsoft vai falir, que não tem como isso ser sustentável porque a Xbox não está capturando mais o máximo que ele está disposto a pagar. Só que, enquanto isso, o jogador casual, que é uma base IMENSAMENTE MAIOR, está pensando seriamente se assina serviço, pois nem joga tanto, talvez compre um ou dois jogos antigos no ano... É esse público que ela quer atingir e fazer refletir seu modo de consumo. Pra vocês terem ideia, nem sempre esse público acha vantajoso o serviço. Tenho amigos (vários, aliás) que compram um ou outro game, jogam pouquíssimo, e não gastariam mais do que 12xR$29 por ano com videogame, ou pelo menos não com jogos que não entram na Gamepass (Fifa, Need for Speed, CoD...). Às vezes, uma demanda limitada pagando R$200 é menos lucrativa do que uma demanda expandida pagando R$39 por mês.

E isso estou só falando do núcleo do negócio, nem falo dos benefícios periféricos como (i) financiamento coletivo gera conteúdo mais diverso, (ii) lançamentos recorrentes no catálogo põe o Xbox na mídia, nas redes sociais e cria uma comunidade que a acompanha, (iii) faz jogadores em bolhas de gênero (jogos de futebol, corrida etc) provarem novos games e se tornarem, quem sabe, um "fã de Halo no futuro". (iv) reduz o preço generalizado, aumentando o nº clientes do ecossistema Xbox e (v) como explicado, aumenta o excedente do consumidor de jogadores "hardcore". Eu mesmo estou gastando menos com videogame. Mas o cinéfilo não está gastando menos do que gastava com a Netflix? O fã doentio por música não gasta bem menos do que gastava antes do Spotify? De qualquer forma, o cara fã mesmo vai acabar comprando o game, ou comprando as DLCs, ou pagando microtransação que seja, colocando esse dinheiro em outros lugares, assim como o fã de música e de filmes faz, comprando edições especiais, camisetas, miniaturas e colecionáveis, coisas relacionadas à cultura do entretenimento.

E outra: a Xbox não está inventando nada de novo na indústria. Assinaturas existem nos filmes e séries (Netflix, Amazon Prime, HBO Go, Telecine), na música (Spofity, Deezer, TIDAL, YT Music, Amazon Music), nos livros (Amazon Reading) e nos games (Origin Play, EA Access, Uplay). Tudo isso aqui está ótimo, obrigado, mas adivinha quem vai falir? Isso mesmo, a Xbox. Todo mundo cobra $1 ou dá um mês grátis no começo, com objetivo da pessoa testar o serviço e registrar o cartão (quem sabe até esquecê-lo lá), mas adivinha quem vai falir por isso? Bingo, a Xbox.

Nesse início de geração só tomando maracugina mesmo, porque a quantidade de chorume já está em patamares elevados há alguns meses do lançamento dos novos consoles, eu nem quero ver quando chegar...
Caraca, pessoal do fórum ta além do tempo! Parabéns pelo comentário.
 
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Reações: Nerd Guapo

Luimx

Guerreiro
Junho 14, 2015
875
963
Rio Grande do Sul, santa maria
Tomei coragem e resolvi retomar o Psychonauts, que tenho no Steam. Eu tenho faz muito tempo, mas tinha me batido no começo do jogo e parei.

O jogo está todo em inglês, então eu realmente não recomendo pra quem não entende ouvindo. Claro que muitos aqui, como eu na infância, já jogaram muitos jogos sem entender o que estava acontecendo, mas jogos da Double Fine só conseguem brilhar se você entender os diálogos.

E quanto mais eu jogo, mais surpreso eu fico. É uma BAITA IP. Comecei a ficar ansioso pelo 2, se tudo der certo pretendo terminar o primeiro esse mês.
quase comprei nessa promoção da steam .. só n comprei por falta de legenda :(
mas fico curioso pelo game
 

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
26,561
75,509
Rio Grande do Sul
Shadow Warrior 3 foi confirmado pela Devolver, gameplay no evento que ela vai fazer dia 11.

Vídeo engraçado, inclusive.

:laughing:



Shadow Warrior 3 launches the offbeat first-person shooter series to the next level with a seamless blend of fast-paced gunplay, razor-sharp melee combat, and a spectacular free-running movement system.

Fallen corporate shogun Lo Wang and his former employer turned nemesis turned sidekick Orochi Zilla embark on an improbable mission to recapture an ancient dragon they unwillingly unleashed from its eternal prison. Armed with a punishing mix of blades and bullets, Lo Wang must traverse uncharted parts of the world to track down the dark beast and push the apocolypse back yet again. All it will take is the mask of a dead god, a dragon's egg, a touch of magic, and enough firepower to tear down the encroaching Shadowlands.
 

Luimx

Guerreiro
Junho 14, 2015
875
963
Rio Grande do Sul, santa maria
Shadow Warrior 3 foi confirmado pela Devolver, gameplay no evento que ela vai fazer dia 11.

Vídeo engraçado, inclusive.

:laughing:



Shadow Warrior 3 launches the offbeat first-person shooter series to the next level with a seamless blend of fast-paced gunplay, razor-sharp melee combat, and a spectacular free-running movement system.

Fallen corporate shogun Lo Wang and his former employer turned nemesis turned sidekick Orochi Zilla embark on an improbable mission to recapture an ancient dragon they unwillingly unleashed from its eternal prison. Armed with a punishing mix of blades and bullets, Lo Wang must traverse uncharted parts of the world to track down the dark beast and push the apocolypse back yet again. All it will take is the mask of a dead god, a dragon's egg, a touch of magic, and enough firepower to tear down the encroaching Shadowlands.

O que mais me espanta é quanta empresa multimilionária nunca vai chegar a esse nível de comunicação, Devolver é muito massa hahaha
 
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Reações: CaioNF e Edu Barros

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
26,561
75,509
Rio Grande do Sul
O que mais me espanta é quanta empresa multimilionária nunca vai chegar a esse nível de comunicação, Devolver é muito massa hahaha
Muitas vezes, ser menor é o que possibilita essas coisas: menos pessoal, menos burocracia, menos interferências, mais liberdade criativa por não estar preso a amarras institucionais.
 

citizenfranca

Em um relacionamento abusivo com games de esporte
Junho 13, 2020
2,336
4,035
Minas Gerais
O que esse pessoal não entende é que o público médio de consoles é aquele que gasta MUITO MENOS que 12xU$15 por ano com videogames, não aquele que compra todo lançamento e ainda faz propaganda de graça do console nas redes sociais e fóruns. Olha os grandes lançamentos da Sony, não passam de 1/10 às vezes 1/20 da base. O que os outros 19/20 estão fazendo que não estão gastando? E aí que a Microsoft quer atuar, e essa galerinha hardcore, que VIVE videogame, não consegue enxergar através da própria bolha que o gamepass não é somente sobre eles.

Em economia existe uma coisa chamada Excedente do Consumidor. Imagine dois jogadores: um fã de Halo e um jogador casual. O fã de Halo compra o jogo no lançamento por $60 e ainda acha pouco, como fã, pagaria até $100, portanto ele tem um excedente de $40 em utilidade. O problema está no nosso jogador casual, que não pagaria mais que $20 e, pelo jogo custar $60, ele decide não realizar a compra. O mundo ideal para uma empresa seria discriminar perfeitamente os preços de cada consumidor, cobrando $20 do casual e $100 do fã de Halo, de modo que seus excedentes sejam zero e revertessem-se em receita, mas isso na prática é impossível.

Então a grande sacada está no seguinte: existem mais fãs de Halo dispostos a pagar $100 ou jogadores casuais dispostos a pagar $20? Vale a pena colocar o game a $60 e só vender para um fã de Halo ou colocar o game a $20 por mês em uma assinatura e fazer outros milhares de fãs casuais consumirem e financiarem o produto? Como o fã de Halo também só vai pagar $20 em uma assinatura e, nesse caso, ter um excedente de $80 dado que sua predisposição a pagar é até $100, ele vai achar um absurdo, que está muito barato, que a Microsoft vai falir, que não tem como isso ser sustentável porque a Xbox não está capturando mais o máximo que ele está disposto a pagar. Só que, enquanto isso, o jogador casual, que é uma base IMENSAMENTE MAIOR, está pensando seriamente se assina serviço, pois nem joga tanto, talvez compre um ou dois jogos antigos no ano... É esse público que ela quer atingir e fazer refletir seu modo de consumo. Pra vocês terem ideia, nem sempre esse público acha vantajoso o serviço. Tenho amigos (vários, aliás) que compram um ou outro game, jogam pouquíssimo, e não gastariam mais do que 12xR$29 por ano com videogame, ou pelo menos não com jogos que não entram na Gamepass (Fifa, Need for Speed, CoD...). Às vezes, uma demanda limitada pagando R$200 é menos lucrativa do que uma demanda expandida pagando R$39 por mês.

E isso estou só falando do núcleo do negócio, nem falo dos benefícios periféricos como (i) financiamento coletivo gera conteúdo mais diverso, (ii) lançamentos recorrentes no catálogo põe o Xbox na mídia, nas redes sociais e cria uma comunidade que a acompanha, (iii) faz jogadores em bolhas de gênero (jogos de futebol, corrida etc) provarem novos games e se tornarem, quem sabe, um "fã de Halo no futuro". (iv) reduz o preço generalizado, aumentando o nº clientes do ecossistema Xbox e (v) como explicado, aumenta o excedente do consumidor de jogadores "hardcore". Eu mesmo estou gastando menos com videogame. Mas o cinéfilo não está gastando menos do que gastava com a Netflix? O fã doentio por música não gasta bem menos do que gastava antes do Spotify? De qualquer forma, o cara fã mesmo vai acabar comprando o game, ou comprando as DLCs, ou pagando microtransação que seja, colocando esse dinheiro em outros lugares, assim como o fã de música e de filmes faz, comprando edições especiais, camisetas, miniaturas e colecionáveis, coisas relacionadas à cultura do entretenimento.

E outra: a Xbox não está inventando nada de novo na indústria. Assinaturas existem nos filmes e séries (Netflix, Amazon Prime, HBO Go, Telecine), na música (Spofity, Deezer, TIDAL, YT Music, Amazon Music), nos livros (Amazon Reading) e nos games (Origin Play, EA Access, Uplay). Tudo isso aqui está ótimo, obrigado, mas adivinha quem vai falir? Isso mesmo, a Xbox. Todo mundo cobra $1 ou dá um mês grátis no começo, com objetivo da pessoa testar o serviço e registrar o cartão (quem sabe até esquecê-lo lá), mas adivinha quem vai falir por isso? Bingo, a Xbox.

Nesse início de geração só tomando maracugina mesmo, porque a quantidade de chorume já está em patamares elevados há alguns meses do lançamento dos novos consoles, eu nem quero ver quando chegar...

Acho que nunca vi uma postagem tão profunda e bem explicada sobre o que se estava falando em nenhum fórum. Isso é coisa rara na internet de hoje, valorizem o OP e valorizem esse espaço que é o PXB ?
 

sehloco

Guerreiro
Setembro 11, 2017
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5,120
Santa Catarina
O que mais me espanta é quanta empresa multimilionária nunca vai chegar a esse nível de comunicação, Devolver é muito massa hahaha
Não ser tão grande significa ter menos hater, e se faz um trampo bem feito como a Devolver faz fica marcada como uma empresa muito boa.
Pra Devolver sujar seu nome basta agir feito uma empresa grande e lançar AAA.
 

Edu Barros

#TeamFPS
Fevereiro 16, 2008
12,786
27,402
Ribeirão Preto
Shadow Warrior 3 foi confirmado pela Devolver, gameplay no evento que ela vai fazer dia 11.

Vídeo engraçado, inclusive.

:laughing:



Shadow Warrior 3 launches the offbeat first-person shooter series to the next level with a seamless blend of fast-paced gunplay, razor-sharp melee combat, and a spectacular free-running movement system.

Fallen corporate shogun Lo Wang and his former employer turned nemesis turned sidekick Orochi Zilla embark on an improbable mission to recapture an ancient dragon they unwillingly unleashed from its eternal prison. Armed with a punishing mix of blades and bullets, Lo Wang must traverse uncharted parts of the world to track down the dark beast and push the apocolypse back yet again. All it will take is the mask of a dead god, a dragon's egg, a touch of magic, and enough firepower to tear down the encroaching Shadowlands.

Bom demais o trailer!!!
 

CaioNF

Membro da Outer Wilds Ventures
PXB Gold
Outubro 19, 2011
2,495
3,523
O que mais me espanta é quanta empresa multimilionária nunca vai chegar a esse nível de comunicação, Devolver é muito massa hahaha
Devolver é muito amorzinho né velho? Já comprei alguns jogos indie ( sem saber muita coisa do gameplay ou da história) só por serem publicados por eles. Nunca me arrependi.
 
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Reações: Edu Barros e Saci

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