Olá, amigos. É com prazer que trago até vocês hoje essa análise rápida com minhas impressões iniciais sobre o controle Elite Wireless para Xbox One e PC. Antes de mais nada, algumas imagens com a embalagem e seu conteúdo.
Caixa ENORME! E não reparem o preço: são $194.90 dólares de Cingapura, equivalentes aos oficiais 149 dólares americanos.
De cara, a case de transporte.
Fundo falso: tem mais coisa aí.
Cabo USB, pilhas e manual, é claro.
Jogar com amigos? Ele está sempre pronto pra viagem!
O controle Elite, como já muito comentado pela mídia especializada, é sem dúvida montado com componentes de qualidade superior. E isso fica claro pela aparência, pelo toque e pelo peso. Visualmente, é possível perceber a escolha de materiais mais nobres de cara, com os "paddles" traseiros, d-pads digitais e pescoço dos analógicos feitos em metal, para que possam ficar magneticamente presos ao controle. Nas mãos, percebe-se o uso de uma pintura eletroestática na parte frontal do controle, que dá uma sensação levemente aveludada e muito agradável ao toque. Os grips traseiros são emborrachados com uma textura para evitar o deslizamento das mãos, mesmo suadas.
Os bits removíveis (analógicos, digitais e paddles traseiros) são todos em metal. Os analógicos recebem acabamento polido enquanto os digitais e paddles são em alumínio. É muito interessante, em especial, o digital côncavo. Com todos os componentes montados, o controle tem um peso que impressiona. Não é desconfortável, mas é claramente mais pesado que o controle wireless padrão, o que transmite uma impressão de qualidade e solidez dignas do preço pedido.
Bits e paddles nos devidos lugares.
Todos os componentes para customização reunidos... e o controle "pelado".
Na parte frontal do controle, percebe-se a presença de algo a mais: a chave seletora de configuração personalizada. Com ela, é possível alternar entre perfis de controle diferente para dois jogos "on the fly", ou seja, podemos alternar o ajuste de todos os botões e dos paddles traseiros sem precisar mexer nas configurações dos próprios jogos. Prático.
Traseira pelada: grips emborrachados, limitador dos gatilhos e botões dos paddles.
Paddles nos lugares: YEAH BITCH! MAGNETS!
Conectores: jack para plug de áudio 3.5" (headphones com microfone) e o conector para o headset original do Xbox One.
O primeiro estranhamento com o controle é táctil: os componentes de alumínio são frios ao contrário dos plásticos do controle padrão. É bobagem, mas as mãos parecem ficar mais frescas. A área traseira do controle fica um pouco menor com a presença dos paddles, mas nada que não dê pra se acostumar. Mas isso também traz problemas, como explicarei a seguir.
Limitando o movimento dos gatilhos: praticidade
As chaves traseiras para limitar o movimento dos gatilhos (muito útil para jogos de tiro), tem um clique forte e positivo. Deslizam com facilidade, mas ficam firmes em posição, garantindo o uso dos gatilhos com brutalidade, sem risco de quebra. Aliás, essa é outra impressão ocasionada pela solidez do Elite: você vai jogar até o fim do mundo e ele não vai quebrar.
USANDO O CONTROLE
A primeira sensação é a de que o controle realmente foi feito pra durar. As molas dos gatilhos e retorno dos analógicos são um pouco mais pesados que os do controle padrão, o que é uma vantagem, pois sempre os achei muito leves. Nesse ponto, o controle do Xbox 360 era melhor e o Elite traz de volta essa boa característica. Os paddles na traseira exigem adaptação, pois eles reduzem o espaço para segurar o controle com firmeza e, infelizmente, tem um clique muito leve e sensível, que exige mãos cuidadosas para não serem acionados desnecessariamente. Esse é, pra mim, o primeiro ponto negativo pois, com paddles no lugar, não é possível segurar o controle com máxima firmeza.
Com o controle pareado, a primeira atitude é verificar se há atualização para seu firmware. Esse trabalho pode ser feito rapidamente e sem fio nas configurações do console. Em instantes, ele está atualizado e, imediatamente, você é conduzido para o software de configuração do controle. O jogador dá um nome para o controle e pode definir as funções e usos de cada botão, atribuindo diferentes ajustes para cada uma das duas posições disponíveis na chave seletora localizada na frente do Elite.
Aí surge o segundo problema do Elite: pelo que se eu havia entendido anteriormente, cada um dos 4 paddles era um novo botão, que poderia ser configurado para novas funções específicas. Mas não é verdade: os paddles apenas repetem botões que já existem no controle, duplicando-os. Ou seja: não há como adicionar mais funcionalidades. Isso se mostrou uma frustração pra mim, pois eu esperava poder usar 4 botões extras para as inúmeras funcionalidades adicionais de Project CARS. Em Forza 6, pude configurar a embreagem, que normalmente fica no ombro esquerdo (LB) para ambos os paddles da esquerda (essa é uma das opções apresentadas no software do controle) e, finalmente, pude usar a embreagem depois de anos desejando tal função. Obviamente, há uma curva de aprendizado, mas não será longa.
O analógico de pescoço longo, no lugar do padrão que veio preso ao controle, também foi de enorme utilidade. Com ele, aumentou a sensibilidade direcional, facilitando manter ângulos de volante nos jogos de corrida. Muito útil pra mim. Além disso, o peso um pouco maior da mola de retorno auxilia e os batentes ao redor do analógico são de acrílico mais macio que o plástico do controle padrão, reduzindo o impacto em movimentos de batente-a-batente. Já o digital côncavo provou ser de enorme auxílio para fazer movimentos em jogos de luta. O ímã do controle segura com bastante força e os cliques são suaves, deixando tudo mais rápido e preciso.
Um último problema (esse, de cunho pessoal) foi a escolha da textura diamantada utilizada nos grips de borracha. Com os paddles colocados na traseira, a área de agarre dos grips já fica limitada... segurar o controle fica ainda pior com eles pois eu, particularmente, sinto que a textura deixa as mãos deslizarem mais. Creio que um emborrachado liso ou simplesmente a pintura eletroestática (como a utilizada no restante do controle) manteriam minhas mãos mais firmes no controle. Mas, como eu disse, é uma preferência pessoal. Talvez outras pessoas curtam mais esse grip. Pra mim, não foi tão bom.
PRA ENCERRAR
No geral, estou feliz com a aquisição. O controle Elite realmente se mostra um produto de qualidade e merece todos os bons reviews que recebe na imprensa especializada. É muito superior ao controle wireless original, oferece um nível de customização bacana, que o adapta às diferentes necessidades de diferentes tipos de jogadores. Infelizmente, ele também tem sua pequena dose de idiossincrasias, que precisam ser superadas pelo uso diário (paddles que roubam espaço, impossibilitam boa pegada e não adicionam funções extras, textura dos grips traseiros).
Apenas a questão preço precisa ser muito bem pensada: o controle, com todo seu conteúdo extra, custa 150 gringoletas, o que numa cotação média hoje fica na faixa dos 550 a 600 reais. Vale isso tudo? Ao meu ver, sim. Com o preço do controle original variando entre R$ 279-319, o conteúdo da embalagem do Elite compensa o maior investimento. Mas, por esse preço, bem que ele merecia vir acompanhado de um kit Play & Charge. Infelizmente, a Microsoft deu preferência a manter o uso de pilhas (o que, pra mim, nem é tão ruim - já utilizo um carregador externo e 6 pares de pilhas recarregáveis sempre a postos). Na embalagem, você recebe apenas as indefectíveis alcalinas Duracell e um excelente cabo USB, bem longo e feito com material trançado para maior resistência.
Última reclamação (e essa, bem bestinha por sinal): a case do controle vem com uma tela para que você possa colocar o cabo USB ou algumas pilhas reservas ali dentro. Infelizmente, com o cabo fornecido, é impossível fechá-la, como podem ver na imagem abaixo.
First world problems...
Então, na melhor das hipóteses, é melhor deixar o cabo na parte inferior, junto aos bits e pilhas... assim, fecha sem problemas!
De qualquer forma, fica aqui minha recomendação: o controle Elite Wireless é uma opção MUITO bacana pra quem quer algo a mais na sua jogatina. Apenas peçam para que um amigo em viagem o traga para vocês... pois pagar as 1000 pratas pedidas nos livres mercados da vida é absolutamente insano!
Caixa ENORME! E não reparem o preço: são $194.90 dólares de Cingapura, equivalentes aos oficiais 149 dólares americanos.
De cara, a case de transporte.
Fundo falso: tem mais coisa aí.
Cabo USB, pilhas e manual, é claro.
Jogar com amigos? Ele está sempre pronto pra viagem!
O controle Elite, como já muito comentado pela mídia especializada, é sem dúvida montado com componentes de qualidade superior. E isso fica claro pela aparência, pelo toque e pelo peso. Visualmente, é possível perceber a escolha de materiais mais nobres de cara, com os "paddles" traseiros, d-pads digitais e pescoço dos analógicos feitos em metal, para que possam ficar magneticamente presos ao controle. Nas mãos, percebe-se o uso de uma pintura eletroestática na parte frontal do controle, que dá uma sensação levemente aveludada e muito agradável ao toque. Os grips traseiros são emborrachados com uma textura para evitar o deslizamento das mãos, mesmo suadas.
Os bits removíveis (analógicos, digitais e paddles traseiros) são todos em metal. Os analógicos recebem acabamento polido enquanto os digitais e paddles são em alumínio. É muito interessante, em especial, o digital côncavo. Com todos os componentes montados, o controle tem um peso que impressiona. Não é desconfortável, mas é claramente mais pesado que o controle wireless padrão, o que transmite uma impressão de qualidade e solidez dignas do preço pedido.
Bits e paddles nos devidos lugares.
Todos os componentes para customização reunidos... e o controle "pelado".
Na parte frontal do controle, percebe-se a presença de algo a mais: a chave seletora de configuração personalizada. Com ela, é possível alternar entre perfis de controle diferente para dois jogos "on the fly", ou seja, podemos alternar o ajuste de todos os botões e dos paddles traseiros sem precisar mexer nas configurações dos próprios jogos. Prático.
Traseira pelada: grips emborrachados, limitador dos gatilhos e botões dos paddles.
Paddles nos lugares: YEAH BITCH! MAGNETS!
Conectores: jack para plug de áudio 3.5" (headphones com microfone) e o conector para o headset original do Xbox One.
O primeiro estranhamento com o controle é táctil: os componentes de alumínio são frios ao contrário dos plásticos do controle padrão. É bobagem, mas as mãos parecem ficar mais frescas. A área traseira do controle fica um pouco menor com a presença dos paddles, mas nada que não dê pra se acostumar. Mas isso também traz problemas, como explicarei a seguir.
Limitando o movimento dos gatilhos: praticidade
As chaves traseiras para limitar o movimento dos gatilhos (muito útil para jogos de tiro), tem um clique forte e positivo. Deslizam com facilidade, mas ficam firmes em posição, garantindo o uso dos gatilhos com brutalidade, sem risco de quebra. Aliás, essa é outra impressão ocasionada pela solidez do Elite: você vai jogar até o fim do mundo e ele não vai quebrar.
USANDO O CONTROLE
A primeira sensação é a de que o controle realmente foi feito pra durar. As molas dos gatilhos e retorno dos analógicos são um pouco mais pesados que os do controle padrão, o que é uma vantagem, pois sempre os achei muito leves. Nesse ponto, o controle do Xbox 360 era melhor e o Elite traz de volta essa boa característica. Os paddles na traseira exigem adaptação, pois eles reduzem o espaço para segurar o controle com firmeza e, infelizmente, tem um clique muito leve e sensível, que exige mãos cuidadosas para não serem acionados desnecessariamente. Esse é, pra mim, o primeiro ponto negativo pois, com paddles no lugar, não é possível segurar o controle com máxima firmeza.
Com o controle pareado, a primeira atitude é verificar se há atualização para seu firmware. Esse trabalho pode ser feito rapidamente e sem fio nas configurações do console. Em instantes, ele está atualizado e, imediatamente, você é conduzido para o software de configuração do controle. O jogador dá um nome para o controle e pode definir as funções e usos de cada botão, atribuindo diferentes ajustes para cada uma das duas posições disponíveis na chave seletora localizada na frente do Elite.
Aí surge o segundo problema do Elite: pelo que se eu havia entendido anteriormente, cada um dos 4 paddles era um novo botão, que poderia ser configurado para novas funções específicas. Mas não é verdade: os paddles apenas repetem botões que já existem no controle, duplicando-os. Ou seja: não há como adicionar mais funcionalidades. Isso se mostrou uma frustração pra mim, pois eu esperava poder usar 4 botões extras para as inúmeras funcionalidades adicionais de Project CARS. Em Forza 6, pude configurar a embreagem, que normalmente fica no ombro esquerdo (LB) para ambos os paddles da esquerda (essa é uma das opções apresentadas no software do controle) e, finalmente, pude usar a embreagem depois de anos desejando tal função. Obviamente, há uma curva de aprendizado, mas não será longa.
O analógico de pescoço longo, no lugar do padrão que veio preso ao controle, também foi de enorme utilidade. Com ele, aumentou a sensibilidade direcional, facilitando manter ângulos de volante nos jogos de corrida. Muito útil pra mim. Além disso, o peso um pouco maior da mola de retorno auxilia e os batentes ao redor do analógico são de acrílico mais macio que o plástico do controle padrão, reduzindo o impacto em movimentos de batente-a-batente. Já o digital côncavo provou ser de enorme auxílio para fazer movimentos em jogos de luta. O ímã do controle segura com bastante força e os cliques são suaves, deixando tudo mais rápido e preciso.
Um último problema (esse, de cunho pessoal) foi a escolha da textura diamantada utilizada nos grips de borracha. Com os paddles colocados na traseira, a área de agarre dos grips já fica limitada... segurar o controle fica ainda pior com eles pois eu, particularmente, sinto que a textura deixa as mãos deslizarem mais. Creio que um emborrachado liso ou simplesmente a pintura eletroestática (como a utilizada no restante do controle) manteriam minhas mãos mais firmes no controle. Mas, como eu disse, é uma preferência pessoal. Talvez outras pessoas curtam mais esse grip. Pra mim, não foi tão bom.
PRA ENCERRAR
No geral, estou feliz com a aquisição. O controle Elite realmente se mostra um produto de qualidade e merece todos os bons reviews que recebe na imprensa especializada. É muito superior ao controle wireless original, oferece um nível de customização bacana, que o adapta às diferentes necessidades de diferentes tipos de jogadores. Infelizmente, ele também tem sua pequena dose de idiossincrasias, que precisam ser superadas pelo uso diário (paddles que roubam espaço, impossibilitam boa pegada e não adicionam funções extras, textura dos grips traseiros).
Apenas a questão preço precisa ser muito bem pensada: o controle, com todo seu conteúdo extra, custa 150 gringoletas, o que numa cotação média hoje fica na faixa dos 550 a 600 reais. Vale isso tudo? Ao meu ver, sim. Com o preço do controle original variando entre R$ 279-319, o conteúdo da embalagem do Elite compensa o maior investimento. Mas, por esse preço, bem que ele merecia vir acompanhado de um kit Play & Charge. Infelizmente, a Microsoft deu preferência a manter o uso de pilhas (o que, pra mim, nem é tão ruim - já utilizo um carregador externo e 6 pares de pilhas recarregáveis sempre a postos). Na embalagem, você recebe apenas as indefectíveis alcalinas Duracell e um excelente cabo USB, bem longo e feito com material trançado para maior resistência.
Última reclamação (e essa, bem bestinha por sinal): a case do controle vem com uma tela para que você possa colocar o cabo USB ou algumas pilhas reservas ali dentro. Infelizmente, com o cabo fornecido, é impossível fechá-la, como podem ver na imagem abaixo.
First world problems...
Então, na melhor das hipóteses, é melhor deixar o cabo na parte inferior, junto aos bits e pilhas... assim, fecha sem problemas!
De qualquer forma, fica aqui minha recomendação: o controle Elite Wireless é uma opção MUITO bacana pra quem quer algo a mais na sua jogatina. Apenas peçam para que um amigo em viagem o traga para vocês... pois pagar as 1000 pratas pedidas nos livres mercados da vida é absolutamente insano!