Halo Hunt The Truth áudios traduzidos

monochromerlx

Guerreiro
Outubro 12, 2014
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Primeiro queria informar que não foi eu que traduzi, então os créditos vão todos para a equipe do http://www.haloprojectbrasil.com.br/ que foi da onde eu peguei as traduções, também peço que deem uma olhada no site dos caras que eles realmente fazem um grande trabalho.
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No dia 19 de março, Frank O´Connor, diretor de desenvolvimento da franquia Halo, postou um tweet com um link para uma página no Tumblr chamado “Hunt The Truth”, com as hashtags #HUNTtheTRUTH e #Halo5, mostrando que está relacionado com o tão esperado jogo Halo 5: Guardians. Ao clicar no link, será aberta uma página com um contador em contagem regressiva, e no fundo, uma bala de um rifle de precisão
com a palavra “traitor” (traidor). Muitos acreditam que seja mais uma das famosos enigmas que precedem o lançamento de um jogo da franquia, que obriga os fãs a buscar informações e decifrar códigos.

O contador parece chegar a zero hoje, domingo, dia 22, às 22 horas no horário de Brasília.



Ontem, o canal da Xbox no Youtube, upou um vídeo relacionado à enigmática página do Tumblr com o nome Hunt The Truth. O vídeo mostra um rifle de precisão atirando um projétil diretamente no capacete MJOLNIR de Master Chief, o despedaçando. A cena em si parece uma extensão do screenshot da imagem no Tumblr, que mostra o mesmo projétil com a palavra “traitor” gravada.
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Logo após a divulgação da página do Tumblr por Frank’O Connor com o nome “Hunt The Truth”, a comunidade Halo não perdeu tempo para começar as buscas por informações para decifrar o que significava tudo aquilo. O mais significativo até o momento havia sido uma parte do script do contador da página que dá uma grande possibilidade de um teaser. Além de coordenadas encontradas na página que quando colocadas no Google Maps, levam a uma área ao norte de Seattle, com a frase “I’M A FOOL 4 U” (“Sou um tolo por você”), que levou os fãs a especularem se a frase teria alguma relação com Master Chief e Cortana. As coordenadas são [47.645 Latitude] [-122.298 Longitude].
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Outubro 12, 2014
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Hunt The Truth – Boletim 01
Às 22 horas do horário de brasília do dia 22 de março de 2015, o contador da página do Tumblr com o nomeHunt The Truth, chegou a zero, abrindo uma página com um link para uma biografia e o mesmo vídeo do projétil atingindo o capacete de Master Chief, porém com uma animação abaixo pedindo ao usuário para clicar e arrastar o mouse num ponto do vídeo e movê-lo lentamente. Ao fazer isso, o mesmo projétil mostra palavras em sequência: Son (Filho), Abductee (Abduzido), Victim (Vítima), Orphan (Órfão), Recruit (Recruta), Soldier (Soldado), Warrior (Guerreiro), Ally (Aliado), Hero (Herói), Savior (Salvador) e Traitor (Traidor). Logo à esquerda, há um link para um áudio seguido de uma biografia de uma pessoa chamada Benjamin Giraud.

https://soundcloud.com/huntthetruth/episode-00-primer

Biografia:

“Sou um jornalista, e fotógrafo de guerra. Vi absolutamente o pior da humanidade. Porém também vi o melhor. E agora estou em algo realmente grande. O que é, eu não estou certo. Junte-se a mim para caçar a verdade.

Por décadas, eu servi à galáxia como um jornalista e fotógrafo de guerra. Eu encobri histórias de interesse dos humanos na Terra e nas colônias interiores e exteriores. Também fui contratado pelo governo, encobrindo negócios militares. Eu estava em Nova Mombasa na primeira aparição de Master Chief para combater o ataque Covenant.”

Abaixo do vídeo, temos um áudio chamado “Episode 00: Primer”, tratando-se da gravação de voz de Benjamin Giraud na qual ele fala sobre sua vida e sobre a sua experiência com a chamada “Lenda”, o SPARTAN-117. Ele fora contratado para fazer um perfil completo sobre Master Chief. Ele fala sobre as muitas dúvidas sobre a verdadeira identidade de John, mostrando-se curioso ao recitar as palavras, com uma ênfase na última, “Traitor”.

Abaixo, a tradução do áudio:

“Quando você é um jornalista de guerra, você vê muitas coisas horríveis. Todas as histórias que cobri, eu vi o absoluto pior da humanidade, mas eu também pude ver o melhor.

Seis anos atrás, eu o vi. O maior e mais misterioso heroi de nosso tempo, de perto, em ação. Eu testemunhei em primeira mão o que ele fez aquele dia, e aquilo mudou tudo pra mim. Qualquer um ouvindo isso sabe exatamente de quem estou falando. O cara que nos salvou, salvou a Terra, salvou a raça humana. Master Chief Petty Officer Spartan 117, que nós conhecemos simplesmente por Master Chief.

Alguns meses atrás eu fui contratado para fazer um perfil detalhado de Chief, acesso exclusivo, toda aquela coisa. Desde então, eu pude falar com muitas pessoas que afirmavam conhecer o verdadeiro Master Chief. O menino, o soldado, o herói… o traidor?

Olhe, eu sempre soube onde a história iria antes disso começar. Eu sabia exatamente a história que queria contar por anos, a história que todos nós queríamos ouvir. Brilhante, inspiradora, a biografia de heroi de sucesso. É tudo que esperávamos que isso fosse. Mas a verdade não é sempre clara assim. Quando eu puxei o primeiro fio, algo quebrou. Agora tudo está entrando em colapso e eu me sinto preso com todas essas perguntas desagradáveis, perguntas que eu nunca tive a intenção de perguntar.

Histórias fabricadas? Pessoas que não são quem dizem ser? Encobrimentos sobre encobrimentos? Aquele monte de teorias que costumavam soar insanas agora não parecem tanto. E esses rumores perturbadores propõem anomalias, algo grande está acontecendo no meio do espaço e eu não posso nem mesmo corroborar um só fato sobre a vida de um homem.

Está claro pra mim agora. Não posso consertar a história bonita, mas talvez eu possa quebrar a desagradável.
Pela primeira vez em minha carreira, eu posso dizer honestamente que não sei o formato de onde isso está indo. E o fato de que as possibilidades me deixam acordado à noite, mas eu acredito que todos nós merecemos saber a verdade. Nós precisamos saber aonde isso leva. Eu sei que preciso. Então, novamente, estou no começo.

Quem é o Master Chief? De onde ele vem? E ele está nos protegendo?

Me acompanhe enquanto busco a verdade sobre Master Chief”

 
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Outubro 12, 2014
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Hunt The Truth – Boletim 02
E-mail enviado por Michael Sullivan para Benjamin Giraud. Segue abaixo o e-mail traduzido:

“Remetente: Sullivan, Michael

Ei Ben,
Como estão as coisas com você? Eu tenho algo para qual você seria ótimo.Nós estamos montando uma grande campanha em volta do Master Chief (Entendeu porque eu pensei em você?) Acesso completo, entrevistas exclusivas, a coisa toda.Eu estou pensando em um período curto (5 semanas), mas temos entrevistas agendadas para você. Quando tiver algum tempo, vamos acertar os detalhes, assinar alguns papéis.Não será preciso trabalho com câmera/fotos dessa vez, só entrevistas.O pagamento é negociável, mas provavelmente estamos falando de cR 120.000 (Não é um dia de trabalho ruim, eh?)Responda logo. Preciso acertar as autorizações. (Sabe burocracia do governo)Saudações,Michael SullivanDiretor Sênior de Comunicações, Escritório de Inteligência Naval
Comandante, Marinha UNSCBoston, Terra.”

Logo abaixo, Benjamin Giraud comenta o seguinte sobre o e-mail:

“Aqui está a carta de oferta da ONI, delineando o alistamento. Parecia tão fácil quando começou. Como eu podia dizer não”
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Nesse novo episódio, Benjamin novamente nos faz indagações sobre o que seria o Master Chief e de onde poderia ter vindo. Fala sobre a batalha dos SPARTANS contra os Covenant em Nova Mombasa. Porém, ele nesse episódio busca respostas com relação à origem de John-117. Segue abaixo o áudio original e sua tradução:
https://soundcloud.com/huntthetruth/episode-01-a-hairline-fracture
“Tem uma história que você conta a si mesmo, quando o mundo explode na sua face, não tem como você ver chegando, ninguém pode e é isso que não deixa com que qualquer um possa impedir.

Mas volta na sua mente antes de tudo ter acontecido, dá um replay na sua cabeça, só que dessa vez talvez você veja, algo pequeno, fora do lugar, mas é a verdade. Ninguém viu chegando, quando chegou, uma raça alienígena conhecida como Covenant. Antes de 2552, não tinha chances de algo do tipo acontecer na Terra, em outros planetas distantes e outras colônias? Talvez, mas um ataque na Terra? Não não, Até que aconteceu, é chamado de Glassing. Naves de Guerra Covenant fizeram chuva de Plasma até que tudo e todo mundo derretia, de costume é para ser usado para destruição completa, a Terra só teve um gostinho, o Bombardeio prolongado destruiu a Africa do Sul e matou milhões antes mesmo que acabasse, ninguém estava mais a salvo.

Mas outra coisa aconteceu naquele dia, ou alguém (aconteceu), você já ouviu sobre as testemunhas, eu estava lá e ainda é inacreditável, um Homem Gigante aparece do nada em Nova Mombasa executando habilidades heróicas dentro de uma armadura verde, parando uma invasão alienígena sozinho e depois desaparece? Esse foi o Master Chief.

O corpo da UNSC finalmente deu uma declaração, quem ele é, da onde ele vem, e que ele continuaria a nos manter a salvo, mas, quem é ele? Da onde ele vem? Ele continua a nos manter a salvo?



Tem um planeta distante chamado Eridanus II, foi destruído a muito tempo pelos Covenant em 2530, mas 19 anos antes nasceu John (Master Chief) em uma Metrópole chamada Cidade Elysium.

Dion está aposentado e ele era professor do John na Primary Education Facility 2 na Cidade Elysium.

Dion esta muito animado em comentar sobre a habilidade atlética do John, ele brincava de “Dono do Morro” na escola contra outras crianças. Aquele jogo em que você empurra o adversário e ver quem é o ultimo em pé:

Dion – Eu juro era sempre o John no topo do morro, as outras crianças disputavam o segundo lugar pois ninguém era melhor que o John.

Ellie Bloom – Eu com certeza me lembro do John…

Essa é Ellie Bloom, outra relacionada ao John, quando jovem vivia a algumas quadras de John:

Ellie- Ele era um pouco mais novo que eu, e eu posso dizer, ele não parecia uma criança do jardim de infância. Ele era uma criança grande! Nos brincávamos de corrida, colocávamos obstáculos no caminho, coisa de criança.

Enquanto Ellie fala não demorou pra ficar nostálgica:

Ellie- Foi um lugar bom pra crescer as vezes ficávamos em uma área verde olhando pras estrelas, imaginando.

Encontrar Ellie foi uma grande vitoria pra mim, pois é muito difícil achar pessoas que vem de um planeta que foi destruído. Mas felizmente, o Escritório de Inteligência Naval, a ONI, me deu uma lista de entrevistas. Foi assim que encontrei o Dion.

Entao fiz outras conexões, procurando por outras fontes. Ellie era meu único alvo:

Benjamin – Você… você mantinha contato com o John?

Ellie – Não, eu… não era autorizada a usar muito o Waypoint quando era pequena. Mas eu mantinha contato com Katrina (amiga em comum dos dois). Nós… ainda nos falamos na verdade. Sabe, eu inclusive ainda falo com ela. Vou contar pra ela que falei contigo. Isso… é pra quê mesmo? É tipo alguma coisa militar?

Benjamim – Hahaha, não. Na verdade, John… ele é o Master Chief.

Ellie – O quê?

Benjamin – Sim, sim. John se tornou o Master Chief.

Ellie – Tipo, O Master Chief?

Benjamin – Aham.

Ellie – Oh, meu Deus. Não é possível, sério? Que loucura!

Ellie ficou meio doida por alguns minutos, mas acho que não é todo dia que seu amiguinho de infância salva a galáxia.

Ellie – Ok, agora eu vou definitivamente falar com a Katrina, ela vai surtar!

Ok, ok. Talvez a Ellie não fosse ser de muita ajuda. Eu precisava de mais do ângulo do “jovem guerreiro”. Aqui está o Dion de novo:

Dion – Já ouviu a história do boxe?

Benjamin – Não ,não.

Dion – Ok, é o seguinte: eu treinava as crianças do primário, certo? Mas eu também treinava a liga de boxe da escola. Na segunda semana John apareceu no ginásio, eu disse “Hey John, tudo bem?”. E ele veio até mim e disse: “Eu quero me alistar pro boxe”. E eu disse, “Jonh, você só tem 12 anos! Hahaha, do que está falando?”. Eu disso isso a ele, mas ele não saiu. Até que eu disse “Tudo bem, tudo bem, que diabos!”. Ia dar uma lição no garoto, então pus alguns dos garotos menores no ringue com ele. E ele acabou com todos! Durou por volta de 15 segundos! Então resolvi colocar ele contra um dos meus melhores lutadores. Bom lutador, sabe? DOIS SOCOS! John deu dois socos e um dos meus melhores lutadores estava no chão. Foi incrível.

Eu gostei de falar com o Dion Mas algo que ele me disse me fez pirar, algo que ele me falou com um tom sombrio:

Dion – Mas então, numa certa semana, John simplesmente não apareceu.

O ano era 2524, John tinha 13 anos, e foi quando o pesadelo da Insurgência, que assolava várias colônias chegou à comunidade de John. Tomando territórios, o que forçou a UNSC a combatê-los e procurar por espiões. Sequestravam pessoas e interrogavam-nas. Thomas fazia parte dessa comunidade quando os Insurgentes chegaram e Thomas e todos os outros lá:

Thomas – “Quem é esse?”, “Você conhece esse cara?”, “ E esse?”, “Qual o código de acesso para esse sistema?”, “E para esse?”. Havia vezes que você sequer sabia do que se tratavam as perguntas.

Thomas disse que depois de todo o pesadelo, de interrogatórios, etc. Os Insurgentes simplesmente desapareceram, deixando Thomas e outras centenas de pessoas presas, morrendo de fome. Eu não quero reproduzir essa parte da entrevista, mas eu te digo, a coisa ficou feia. Ele fala sobre ficar enlatados que nem sardinhas, sobre corpos, corpos frios, pessoas morrendo no escuro, o cheiro. Ele não sabia quanto ia durar. Talvez semanas. Mas alguns conseguiram escapar:

Thomas – Nós… ajudávamos uns aos outros, sabe? Esse era… o único jeito.

Quando comecei a perguntar localizações de sobreviventes, ele começou a me listar cidades, locais seguros. Mesmo décadas depois, ele ainda conseguia se recordar de tudo. Então, perguntei sobre a cidade natal de John:

Benjamin – E Elysium?

Thomas – Não, não. Esse lugar não. Lá a Insurreição foi bem-sucedida.

Dion disse a mesma coisa.

Benjamin – Na cidade de Elysium… as pessoas começaram a simplesmente desaparecer. Simplesmente acontecia.

Perguntei sobre John, ele falou sobre a família do garoto e todos nas vizinhanças. Até que se emocionou. Naquele momento, ele parecia derrotado. Eu queria confortá-lo, mas eu não fazia ideia do que era aquilo que ele estava passando. Ficamos quietos por um tempo, mas quando estava quase acabando, ele disse:

Dion – Acho que se tem algo que possa confortar tudo isso é que a luta de todos contra a aquilo não foi em vão. Quando um jovem garoto se levanta frente a tudo isso e faz tudo o que John fez, ele honra todos nós.

Dion acreditava em John, enquanto todos nós acreditávamos no Master Chief, ele fez parecer que toda essa tragédia fosse de alguma forma, necessária. A história fazia sentido e parecia mesmo verdadeira. Algumas vezes você precisa voltar de novo, olhar de novo, porque então você vai ver algo, algo pequeno, fora do lugar.

Fiquei um pouco abalado após a entrevista com Dion, então passei a noite perto de caixas com arquivos. Paguei varredores para vasculhar a procura de qualquer documento relacionado à cidade de Elysium.

Estava checando caixa de documentos, até que parei num com o nome de John. Uma linha de informação, impressa, preto no branco. Uma única letra. Localizada ao lado de seu nome: D. Eu fiquei encarando por um tempo, o documento oficial que informava claramente que, em 2517, John morreu aos 6 anos de idade…”

 
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Outubro 12, 2014
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Hunt The Truth – Boletim 03
Há alguns dias, uma imagem surgiu na Hunt The Truth. Era a imagem de um relatório com vários nomes de crianças de Elysium City, com uma letra ao lado de cada nome. As letras são I, B, D e P. Ao lado do nome de John (cujo sobrenome está apagado), há a letra D, o que de acordo com o áudio lançado na semana passada pode significar DEAD (morto).
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Recentemente, foram liberadas três imagens na página Hunt The Truth, catalogadas com o nome ” Master Propaganda”. São três imagens, sendo a primeira a imagem “original”. Uma foto tirada por Benjamin Giraud na batalha de New Mombasa. A Segunda diz respeito a uma análise da primeira, demonstrando vários aspectos e detalhes da batalha que foi fotografada naquela imagem. A terceira e ultima é conhecida por ser a capa de Halo 2. De acordo com Giraud, esta é a versão final, censurada pela ONI, para que se tornasse um simbolo e uma forma de propaganda para a campanha contra o Covenant.
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E, finalmente às 22 horas no horário de Brasília de hoje, foi adicionado um novo episódio em áudio, com o nome “BAD RECORDS” alem de duas imagens catalogadas com o nome “Katrina´s Diary”. Katrina (como citado no último boletim) era uma amiga de infância de John. As imagens são diários dela. Segue abaixo com as respectivas traduções.
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” Querido diário,

Hoje eu estou feliz. Eu fui para o jardim com o John. E nós olhamos pra cima e as estrelas apareceram. Agora eu sinto muito a falta dele. Ele é tão fofo e tão forte.

Boa noite.”
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“Querido diário,

Hoje eu estou tão triste, meu estômago doi. Todo mundo está triste. John se foi. Ele morreu. Mamãe disse que ele estava muito fraco e cansado (escrito errado) e seu corpo precisa descansar agora. Por que crianças morrem? Eu não entendo. Eu estou triste. E vou sentir falta de John.

Boa noite.”
https://soundcloud.com/huntthetruth/episode-02-bad-records
Eu não pude acreditar. De acordo com o documento que eu estava olhando, John, o garoto que mais tarde se tornaria o Master Chief, morreu há quarenta e um anos.
O protagonista, o maior heroi de nosso tempo estava morto aos seis anos de idade. É a maior discrepância, e eu preciso achar um jeito de consertá-la.
Sou Benjamin Giraud, e essa é a Caça à Verdade/Hunt the Truth.

*voz ao telefone*
Continue em espera.

Se alguma vez você conseguir autorização para ligar pro Escritório de Inteligência Naval, você ficará em espera por pelo menos uma hora. Se alguma vez eles te ligarem, você também esperará uma hora. E no final, eles nunca desbloqueiam o vídeo, então eu acabo falando com um emblema realmente frio.
Estou esperando para falar com Michael Sullivan, esperando que ele possa me ajudar com meu pequeno problema com os documentos.

*voz ao telefone*
Continue em espera.

E faz oitenta e cinco minutos.
Michael Sullivan, também conhecido como Sully, trabalha para a ONI em relações públicas. Se parece estranho a você que a mais secreta organização do governo tem um departamento de RP, você não está sozinho. Mas não é algo que eu mencionaria a eles. Além disso, Sully me contatou para esta reunião em primeiro lugar e eu achei a oportunidade ótima.

*voz ao telefone*

Escritório de Inteligência Naval. Relações Públicas.

Sully: Ben!
Benjamin: Sully! Hey! Ah, obrigado por me atender.
Sully: Absolutamente. Como estão as fontes?

Até esse momento, eu não tive problemas com a história. Todos os fatos se alinhavam perfeitamente, mas agora eu tinha um documento obscuro dos confins da galáxia que listava John como morto. Isso contradisse tudo. Eu precisava de que Sully fizesse isso tudo fazer sentido. E agradecidamente, ele o fez.

*voz ao telefone*

Sully: Bem-vindo às Colônias Exteriores. Nada faz sentido lá.
Benjamin: Ah, eu sei. Eu só queria ter certeza de que os detalhes encaixariam.
Sully: E é o que você está fazendo! Olhe, Ben. Lá são os confins da galáxia. E o planeta do qual está falando foi completamente envidrado. Você sabe tão bem quanto qualquer pessoa que se há algum registro local, está uma bagunça.

Ok, então eu me senti um pouco estúpido. Sully estava certo, é um problema de verdade nas Colônias Exteriores, planetas destruídos pelo envidramento tem registros incompletos. Todo pesquisador sabe disso, e todo pesquisador sabe que questionar tal fato é o pai das teorias de conspiração.

*voz ao telefone*

É uma mensagem que recebi semana passada, de um homem chamado Mashack Marathi. Ele é uma dessas pessoas que inventam teorias que apareceram de repente desde que comecei a fazer esta história. Aparentemente, ele ouviu que eu estava investigando o Master Chief. Mashack parece menos ridículo que a maioria das pessoas que anda enchendo minha caixa de entrada, mas definitivamente é o mais persistente. Ele tem me deixado mensagens todos os dias nos últimos meses. Eu nunca respondo, mas eu realmente achei o ‘timing’ dessa última mensagem um pouco engraçado.

*voz ao telefone*

“Me deixe adivinhar. O governo está te falando que os registros não fazem sentido porque o planeta foi envidrado, certo? Isso é o que eles dizem a você.”

Tecnicamente, ele estava certo. Aquilo era o que o governo estava me dizendo. Mas infelizmente para a teoria dele, era verdade. Planetas envidrados tem registros ruins. Ellie Bloom, amiga de infância de John, lidou com essa realidade a vida toda. Eu gravei o que ela disse em sua entrevista.

*gravação*

Ellie: Quero dizer, pode ser difícil o bastante para trabalhar com planetas que não foram envidrados. Tem muita gente cuidando de registros pessoais, documentos financeiros, registros médicos, é uma porcaria.

Retrocedendo, eu provavelmente estive perguntando sobre esse tipo de coisa. Recebendo palpites sobre a pesquisa, abrindo inúmeros registros pessoais, e para quê? Tudo que consegui de trabalhar duro sozinho foram algumas histórias vagas de infância de Ellie e um registro de morte que não faz sentido.
Mas as coisas não estavam tão más. Então eu consegui uma entrevista pessoalmente com a Vice-Almirante Gabriela Dvorjak. Isso poderia apenas me levar pra fora deste mundo, mas seria a bordo do mais novo cruzador classe Autumn, o UNSC Unto The Breach. Tinha um alojamento privado, bagageiro cheio, estava passeando com estilo. Quando subi a bordo, a própria Vice-Almirante até me cumprimentou pessoalmente. Agora, civis não são normalmente permitidos a bordo de uma nave em serviço, mas eles não pareciam prestar atenção nisso.

Benjamin: Olá.
Vice-Almirante: Por favor, me chame de Gabriela.
Benjamin: Ok…

Este não é o tipo de hospitalidade ao qual eu estava acostumado.

Benjamin: O que te traz até aqui?
Gabriela: Trabalho.

Ela me contou que estava em uma missão à parte e na vizinhança. Eu acho que travei. O tratamento continuou também. Mastros do capitão, alojamentos de oficiais, a coisa toda. Quando chegamos ao escritório para a entrevista, a Vice-Almirante não tinha dito nada, e seguimos assim. Mas ela é o verdadeiro acordo, e ela foi fundo nisso.

Gabriela: Aquele foi o momento do “finalmente”, depois de toda a luta eu estava ajudando a tirar os prisioneiros de suas contenções.

Como uma tenente na UNSC, Gabriela não apenas participou das operações terrestres que libertaram John e um sem-número de outros de campos de trabalho rebeldes em Elysium City, como também lembra dele com treze anos. Ela descreve a liberação.

Gabriela: Quando você os via, via o que foi feito a eles, você percebia por quem estava lutando para salvar. As consequências disso… foram feias. Todos estavam saindo, à luz do sol, com os olhos semicerrados, frágeis e abatidos, curvados de forma que seus olhos apenas fitavam o chão, pareciam mortos.

Foi quando ela viu John.

Gabriela: Ele estava erguido como um polegar machucado. No meio de toda aquela humanidade cansada, havia esta criança alta e jovem andando em minha direção, se destacando dos outros. Seus ombros pra trás, os olhos pra frente e quando passou por mim ele olhou diretamente para mim. Olhou nos meus olhos. Quero dizer, não soa como muita coisa mas vindo de alguém naquele momento, naquelas circunstâncias… é chocante. Ele parecia maltratado como todos ali mas… ele era muito jovem. E o que quer que tenha quebrado todas essas pessoas, não o quebrou.

No fim das contas, ela continuou estacionada em Elysium City, trabalhando nos campos de refugiados. Desde o primeiro dia, John se ofereceu para ajudar Gabriela em seu serviço. Ela acabou o conhecendo bem nos sete meses que seguiram.

Gabriela: Houve um momento no qual ele me contou sobre seus pais. Que eles foram abduzidos junto com ele. Ele não disse muito. Mas… eles não conseguiram.

Seu discernimento foi ficando cada vez mais complicado. Eles morreram com poucos dias de diferença um do outro, algumas semanas antes da liberação. E John estava lá quando isso aconteceu. Quando John se abriu sobre isso, Gabriela disse que foi memorável.

Gabriela: Ele tinha esse olhar quando falava sobre isso. É difícil de descrever, mas eu o via nele outras vezes também, ele parecia sentir o peso de tudo que aconteceu, mas ainda assim… ele era calmo. Não estava com raiva ou desesperado, apenas firme. Foi algo notável.

Como muitas pessoas naquela época em Elysium City e em toda a galáxia, John perdeu seu lar, sua família, tudo. As pessoas arrumaram tudo que tinham e saíam da cidade e muitos não olhavam pra trás. Mas Dion Cavender, técnico de boxe de John, disse que muitos acharam um jeito de definir o desfecho.

Dion: Todos nós nos separamos e acabamos em vários lugares do planeta e das colônias, mas alguns de nós se preocuparam em fazer uma lista de nomes que crescia à medida que conseguíamos mais informação, uma espécie de memorial. Vi os nomes dos pais de John na lista, mas não John. Depois que ele faltou o último treino, nunca mais o vi, mas… eu lembro de ter pensado: “tudo bem”. Sabe, desde que eu nunca veja o nome dele nessa lista, está tudo bem. E eu nunca vi.

A sobrevivência de John deixou uma impressão na então Tenente Gabriela Dvorjak também.

Gabriela: Eu acho que John não quer mais ser uma vítima. Eu lembro dele ter me contado que iria se alistar, ele disse que iria fazer a diferença. Eu nunca tive tanta certeza de outra pessoa quanto eu tive dele quando ele disse aquilo.

Fora do caos da guerra, dos escombros, um jovem John foi capaz de forjar um propósito para si mesmo. Um propósito que o levaria a se tornar o heroi que a galáxia precisaria um dia. Esse é o tipo de virada numa história capaz de me dar arrepios.

Eu me senti genuinamente comovido na volta pra casa. Porém quando cheguei lá, Ellie Bloom arruinaria tudo isso pra mim.

*gravação*
Ellie: Olá, eu apenas queria acompanhar essa sua história de biografia… estou realmente confusa.
Benjamin: Ok, o quê…
Ellie: Lembra que eu disse que contaria à minha amiga Katrina sobre isso?

Katrina era aquela outra garota na vizinhança de John. A terceira roda na história de Ellie na infância com John. Ellie se mudou de planeta em 2517, mas Katrina ficou.

Ellie: Ela disse que John estava morto. Ele morreu quando tinha seis anos.
Benjamin: Espera… o quê?
Ellie: John era perfeitamente saudável, mas então começou a adoecer. De primeira acharam que era… eu não sei e depois pensaram que era outra coisa e depois outra coisa e ele fazia muitos testes mas os doutores não conseguiam descobrir o que era e os pais dele entraram em pânico… isso soa horrível.

Então, John morreu. Simples assim. Eu não tinha ideia do que tirar disso. Ellie parece convincente. Então eu pedi a ela que me pusesse em contato com sua amiga Katrina.
Katrina não me deixou gravar a entrevista mas essa mulher foi fundamental. Eu queria descartar o que ela estava dizendo, mas ela parecia lembrar tão vividamente, fornecendo detalhes tão específicos que eu não poderia ignorar.
Até onde eu me interesso, John estava morto.
Antes mesmo que eu possa me absorver nessa afirmação, ele foi um amigo de Katrina. Os pais de John estavam vivos e bem em Elysium City até Katrina deixar o planeta em 2528, quatro anos após a suposta morte deles. Ela estava errada. Ela devia estar pensando em outro alguém ou… ela estava mentindo? Então por quê ela mentiria?
Tenho que admitir que ela pareceu muito convincente, mas não fez sentido.
Eu ainda penso que poderia consertar a história.
 
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Rilazari

Guerreiro
Outubro 13, 2014
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São Paulo
Verdade, esqueci de dizer o quão bom está o tópico! Parabéns, li tudo pelo celular... Halo 5 provavelmente é o jogo que mais espero esse ano!!!
 
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Reações: RAYMON

monochromerlx

Guerreiro
Outubro 12, 2014
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Hunt The Truth – Boletim 04
Na Hunt The Truth desta semana, temos mais uma série de imagens. A primeira se trata de uma foto tirada por Benjamin Giraud em uma região desolada onde parece um dia ter sido uma cidade com o título “Glassed Planets”.
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“Essa é uma foto que eu tirei numa tarefa anterior. Mas essa foto nunca viu a luz do dia, pois não foi permitida nas normas da UNSC. Pouquíssimos chegaram a ver um planeta em primeira mão após o Covenant usar o Glassing. Olhar toda aquela morte e destruição. A desolação é devastadora. Um mar petrificado de o que um dia isso foi. Essa imagem tem me assombrado há anos.”

Hoje, como sempre às 22:00hrs no horário de Brasília, foi ao ar outro episódio em áudio do Hunt The Truth, com o nome “Critical Condition”, além mais uma imagem do que parece ser um cartão postal enviado para Benjamin Giraud.
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“Hey, Ben! Ótima conversa. Se estiver sempre desse lado de Saturno, me procura. -JW”

Benjamin fala que esse foi um cartão postal enviado por uma pessoa cujo sobrenome é Walker. Disse que o “lado ensolarado” de Saturno seria um bom lugar para descansar.

Segue abaixo o áudio e sua tradução:
https://soundcloud.com/huntthetruth/episode-03-critical-condition
“Ray: Me diga que conseguiu algo.

Benjamin: Sim, eu tenho.



Ray é um grande amigo meu, e um robô completamente sem emoção. Eu quero dizer isso no melhor sentido. Como um analista independente, ele é o mais eficiente em pesquisas de fonte no momento. É por isso que eu o procurei para me ajudar há alguns dias. Eu precisava analisar a veracidade das afirmações da amiga de Ellie, Katrina. Ele estava por perto a trabalho, então ele veio me encontrar no meu escritório.



Benjamin: Então Katrina me disse que John morreu com seis anos.

Ray: Certo.

Benjamin: E seus pais, que supostamente morreram numa prisão de rebeldes, ainda estavam vivos anos depois.

Ray: Certo.

Benjamin: Agora, essa mulher está arruinando minha história. Me diga, me diga porquê ela está mentindo?

Ray: Bem, ela não está.



Ray achou cópias de registros financeiros, indicando que os pais de John não só estavam vivos após 2524, mas trabalhando e pagando suas contas.



Benjamin: Eles morreram em 2524, qual é, cara?

Ray: Bem, desculpe. Seus empregadores e a maioria dos comerciantes locais discordam de você. Quero dizer, os repositórios centrais estavam realmente vazios, mas depois de ver alguns arquivos, tudo fez sentido.

Benjamin: Os arquivos estão lá!



Ray conferiu a veracidade de cada documento. Ele me mostrou até mesmo pedidos de seguro médico de pediatra datando de 2517. Exatamente quando Katrina disse que John estava doente. Eu estava rindo, mas eu não estava achando graça.



Sou Benjamin Giraud, e essa é a Caça à Verdade.



*voz ao telefone* Continuar em espera?



Ah, caramba. Vai, vai, vai…



*voz ao telefone* Escritório de Inteligência Naval. Relações Públicas.



Finalmente



Benjamin: Ei, Sully!

Michael: Me diga coisas boas, cara.



Era preocupante falar com o emblema da ONI de novo, mas fiquei positivo. A história estava indo muito bem, mas tinha um problema. O registro de morte… estava de volta. Eu estava esperando que Sully facilitasse as coisas pra mim.



Michael: Ben… ah… eu pensei que já tivéssemos falado deste assunto. Planetas envidrados tem registros ruins.

Benjamin: Eu sei, eu sei, eu só…

Michael: Planetas envidrados tem registros ruins e não há nada que você possa fazer.

Benjamin: Não são apenas os registros na verdade… Ouça, Sully… Se você pudesse… Pessoas estão dizendo…

Michael: Está falando sério?

Benjamin: Pessoas estão…

Michael: Planetas envidrados…

Benjamin: Ouça, pessoas envidradas tem registros ruins?

Michael: Ben, você está gravando agora?

Benjamin: Sim.



Essa foi minha deixa pra parar de gravar. Depois que parei de gravar, a conversa foi breve. Sully me perguntou se eu queria fazer a próxima entrevista. O que ele quis dizer foi “você ainda quer continuar com esse trabalho?”. Eu disse sim.



*voz ao telefone* Sua ligação terminou.



Walker: Bem, como pode ver, eu tenho muitas estações nesta praia…



Essa era minha próxima entrevista, Jacob Walker, marinheiro aposentado. Ele vive em uma comunidade praiana em Castellaneta. A primeira coisa que notei em Walker, quando ele atendeu minha chamada, foi que ele não estava vestindo uma camiseta, o que fez ambos rirmos. Ele explicou que após vinte e oito anos de serviço, até onde ele sabia, era só ‘Argh-Argh’ o tempo todo. Eu pude entender aquela filosofia. Ele colocou uma camiseta e eu o perguntei sobre o Master Chief.



Walker: Sim, John… pode apostar que lembro dele.



A carreira de Walker começou há três décadas na escola de reconhecimento da Força Naval. Mal ele sabia, mas o campo de treinamento seria algo que ele nunca esqueceria. Walker estava lá, ao lado do jovem que se tornaria o Master Chief. A gravidade daquilo não se perdeu nele.



Walker: Quero dizer, eles pegavam pesado com a gente, mas John? Não… ele pegava mais pesado ainda, e nem tentava. Na~osabíamos o que era mais assustador, eles ou o John.



De primeira, Walker não tinha se impressionado.



Walker: Não, não, cara… Eu lembro, acho que foi na primeira semana, o pessoal falava muito, havia esses idiotas se enaltecendo e falando sobre serem assassinos de sangue-frio e insistindo naquilo. Enquanto isso, havia esse quieto ninguém de lugar nenhum, em pé, olhando para o horizonte, John. De primeira, achei que ele tinha uns vinte, vinte e um anos, era um cara alto. Acontece que só tinha dezesseis! Quero dizer, eu tinha que mantê-lo em meu radar.



Logo Walker diz que toda aquela quietude foi deixada de lado e um líder de verdade emergiu em John.



Walker: Exercícios de treinamento que você sempre termina por último, o último em um exercício de 20 milhas, então você volta correndo até um Pelican. Reach… Reach foi um planeta difícil. Mas pro John… ele tomou as rédeas de tudo! Tomou as responsabilidades e riscos. Na metade do caminho ele parava e checava os cansados, os machucados, seja como for, ele vai estar lá te ajudando.





E sem falha, Walker diz que John sempre fazia com que terminasse por último e fosse punido.



Walker: Ele fez com que todos quiséssemos segui-lo. Tentar mais, ajudar um ao outro. Esperavam que fizéssemos isso, mas ninguém realmente queria, até então. De qualquer maneira, nós fizemos. Mas levar o impacto pelo grupo, isso era o que John fazia. Eu só o desafiei por honra uma vez, e nunca cometi esse erro outra vez.



Walker está na casa dos 50 agora, mas ele parece estar aceso com a energia de um homem muito mais jovem. Parece que a vontade que ele e os outros recrutas tinham, essencialmente, ‘pego’ de John há muitos anos atrás ainda inspirava Walker. Era notável. Ele conheceu John, viveu com ele por meses. E ainda assim, para ele, John parece ser um personagem quase que magnífico.



Walker: O que ele podia fazer? Voltando sozinho daquele jeito na escuridão, sem desistir? Cara… ele não era humano.



Anthony: Aquela criança era um monstro.



Anthony Petrosky. ODST aposentado que achei através de Mashock Marathi. Sim, aquele Mashock Marathi. O que esteve me mandando mensagens por meses, e sim, eu estava desesperado por contatos. Vamos deixar assim. Mas Petrosky definitivamente não estava na lista de Sully de fontes aprovadas, então eu fiquei curioso e o contatei para conversar. Aqui está ele, falando de seu único encontro com John.



Anthony: O garoto era esquisito…

Benjamin: Pode ser mais específico?

Anthony: Tinha um monte de caras na academia um dia e tinha esse jovem garoto, eu acho que podemos chamá-lo de garoto, ele era bem forte, mas de rosto aparentava ter uns doze, treze anos.



Doze ou treze?

Depois de se alistar, John nem mesmo terminou o treinamento até pelo menos dezessete anos. Petrosky tinha que estar errado sobre sua idade, mas eu deixei pra lá.



Anthony: Eu acho que ele estava sendo durão. Quando um dos caras perguntou o nome dele, ele disse, mas ele meio que olhou com raiva pra ele. Mas então, nos vieram ordens, e quatro de nós foram pro ringue com ele.

Benjamin: Espera, espera. Você está me dizendo que quatro soldados foram ordenados a ir pro ringue com uma criança de ensino médio?

Anthony: Não, estou dizendo que nos ordenaram pra lutar com um moleque de doze, treze anos.

Benjamin: Ok, ok, mas quatro ODST´s foram ordenados pra lutar contra uma criança!?

Anthony: Aquilo deu errado, tá? Porque aqueles quatro ODST´s… não foram nada.

Benjamin: Espera… tá dizendo que John acabou com eles?

Anthony: Não, não. Foi bem pior.

Conforme ele falava, ele dizia que os ODST´s foram ordenados. Eles cercaram o Jonh, o que acontece a seguir, desafiava qualquer explicação.

Anthony: Os socos daquela criança… não pareciam socos, pareciam mais explosões de fogo. Eu estava fora do ringue mas podia ouvir.

Um dos ODST´s levou uma única pancada em seu corpo que parou seu coração instantaneamente. Outro só levou umsoco que afundou seu rosto. Duas fatalidades, um ODST com a pélvis quebrada e outro com a espinha fraturada, aquele cara nunca mais andou. Aquela luta… terminou em cerca de cinco segundos.

Benjamin: Ele… ele os matou?

Anthony: Sim, aquilo era impossível.

Benjamin: Impo-Impossível como?

Anthony: Tipo, não-humano, tá? Ele devia ter sido aumentando geneticamente.

Benjamin: Então, você ta me dizendo que alguém aumentou John. Alguém aumentou geneticamente uma criança?

Anthony: *suspiro*, ok. Você acha que eu estou mentindo.

Benjamin: Não ,não, isso é o que você honestamente acha. O que você viu, não é?

Anthony: Olha… eu não ligo se você acredita em mim ou não. Não me faz nenhuma diferença, então… vai escrever seu tal artigo militar. Boa sorte.

Petrosky me deixou com um gosto ruim na boca. Agora não é mais chocante o fato de os spartans passarem por aumentos e melhorias, mas eles se desenvolvem em adultos completamente? Poderia um adolescente de dezessete anos, provavelmente ainda crescendo, sobreviver tal procedimento? Pareceu horrivelmente arriscado. E se o que Petrosky disse for verdade e John tinha apenas treze anos? Bem, essa é uma grande acusação, ainda mais por uma coisa que dá náuseas.

Eu ainda estava pensando sobre isso no dia seguinte, quando o nome de Ellie Bloom apareceu na minha lista de chamadas. Eu a deixei ouvir meu primeiro episódio e ela tinha um feedback pra mim. Eu não queria arriscar que alguém ouvisse, então eu não atendi, e retornei depois.



Ellie: Bem, duas coisas.

Benjamin: Ok.

Ellie: Duas coisas importantes.

Benjamin: Ok, sim…

Ellie: O técnico de boxe.

Benjamin: Dion Cavender. Sim…

Ellie: Está mentindo.

Benjamin: Ok… e porquê acha isso?

Ellie: Não havia aulas de boxe na escola.

Benjamin: Como você tem certeza?

Ellie: Porque não havia nenhuma no planeta inteiro.



Ela disse que nunca mais houve, desde que as crianças se machucaram. Depois houve uma longa controvérsia sobre o porquê de boxe para crianças não era legalizado, mas ninguém ligava para tudo a que as crianças estavam sujeitas. Independente disso, depois da virada do século, ela me disse que ninguém mais praticava boxe em Eridanus-II. Ela ainda me disse pra ir tirar a prova, me disse pra ir perguntar a qualquer pessoa na colônia. Eles me disseram o mesmo.



Ellie: E isso de ter uma liga para crianças praticarem boxe numa escola, é como haver uma seção de armas numa loja de brinquedos, não existe. E a outra coisa, aqueles sequestros feitos por rebeldes em Elysium? Também não aconteceram.

Benjamin: Espera aí… Eu sei que isso não é verdade. Você está errada. A Insurreição tinha sido bem documentada como presente em Elysium.

Ellie: Sim, eles tinham. Politicamente. Seu trabalho influenciou a política local. Havia violência sim mas ninguém foi abduzido. Nós travamos. Era pacífico. É por isso que Elysium era uma central de refugiados. Então o técnico de boxe… completo mentiroso.



Eu precisava verificar o que ela estava dizendo. Mas eu tinha uma sensação irritante de que ela estava falando a verdade novamente. Mas o que isso quer dizer? Se ela estiver certa e nada disso tiver acontecido, toda a história está errada. E assustadoramente, isso quer dizer que alguém fabricou isso tudo. Eu preciso de explicações de minhas fontes anteriores e preciso agora. Eu tentei contatar Dion, o técnico de boxe, não tive resposta. Gabriela Dvorjak, a tenente que liberou John no campo, também nada. Então eu tentei o sobrevivente Thomas Wu. Ele respondeu.

Thomas: Olá.

Benjamin: Oi. Thomas?

Thomas: Quem é?

Benjamin: Me desculpe por ligar tão tarde… eu só preciso perguntar algo bem rápido.

Thomas: Ok.

Benjamin: Você tem certeza absoluta de que Elysium sofreu o mesmo destino que a sua cidade?

Thomas: Sim, eu te disse…

Benjamin: Eu sei, mas Thomas, eu falei com pessoas que estavam em Elysium e elas disseram que isso não era verdade. Eu sei que você passou por muitas coisas mas eu só quero saber a verdade.

Thomas: Ok…

Benjamin: Você sabe com certeza absoluta se Elysium City estava sob o controle violento da Insurreição?

Thomas: Eu te disse antes, isso é o máximo que posso lembrar.

Benjamin: Me desculpe, mas eu não acredito. Você lembrava de tudo perfeitamente. Você lembrou do nome de cada uma das cidades seguras naquela região e você só hesitou uma vez.



Eu estava inventando essa parte. Eu estava arriscando tudo.



Benjamin: Você só hesitou quando poderia ter dito Elysium City, certo?

Thomas: Eu não tenho certeza…

Benjamin: Elysium estava sob o controle da Insurreição, não estava?

Thomas: Ei, você está defendendo eles?

Benjamin: Eu definitivamente não…

Thomas: Depois de tudo que eles fizeram, você os defende? Eles nos trancaram por semanas. Eles deixaram todas aquelas pessoas morrerem. E eles fizeram isso em todas as Colônias Exteriores. Não importa se foi Elysium ou outro lugar, tudo que eles fizeram…

Benjamin: Thomas, Thomas… Olha, me desculpe por trazer isso à tona.

Thomas: Eu só quero paz de espírito pra minha família, é só o que eu quero.

Benjamin: Espere… Eu não entendo. Como mentir sobre a Insurreição em Elysium traz paz de espírito pra sua família?



Naquele momento, Thomas ficou completamente lúcido e seu tom mudou completamente.



Thomas: Não fale comigo…

Benjamin: Espere… Thomas!

Thomas: …de novo. Nos deixe em paz.



De repente, eu mesmo fiquei lúcido com um só horrível pensamento. Toda a conversa se deu num ponto de referência. Qualquer um poderia estar ouvindo.



Por favor, me acompanhe no próximo episódio da Caça à Verdade.”
 

Cap Holandes

Rei do Gulag!?
Outubro 16, 2013
2,755
2,539
MT
MUITO BOM! RECOMENDO QUE COMECEM A LER, estou me aventurando no universo de HALO, estou terminando a primeira campanha HALO CE, garanto a vocês, que
se começarem a ler este ''documentário'' desde o primeiro até o 4, vão ficar ansiosos pelo próximo, se você não joga HALO vai achar bom do mesmo jeito.

Parabéns ao HALO PROJECT BRASIL! pela bela tradução. http://www.haloprojectbrasil.com.br/
 

Elton Binda

Casual
Junho 10, 2010
716
26
As campanhas de marketing dos jogos de Halo são surreais, que maneiro pode acompanhar!
Belíssimo tópico!
 

SevanisBR

Novato
Fevereiro 9, 2011
886
298
Cara deixei a preguiça de lado e li tudo. Acabou que estou muito insatisfeito de não tem mais!!! Muito bom mesmo.
 
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