Depois de um tempo eu tive a oportunidade de jogar o Metro Exodus, não queria jogar na correria porque se tem algo que detesto é jogar desse jeito e acabar não entendendo nada da história do jogo, principalmente quando se trata de um jogo single player. Pois bem, eu finalmente terminei o jogo e tenho minhas opiniões sobre ele, eu fui jogando e escrevendo o que eu achava e agora que finalizei, posso dar o meu veredito, eu iria postar no tópico oficial mas por algum motivo ele está trancado então resolvi criar um tópico especialmente pra isso, então vamos lá.
Pra quem gostou dos dois primeiros METRO o 2033 e o Last Light no Exodus pode estranhar com algumas mudanças que a princípio parece ser ruins mas não são, que é o cenário mais abertos. Uma das características da série Metro era os cenários lineares com visuais estonteantes mesmo que seja em um mundo pós apocalíptico. O primeiro impacto que você tem sobre o jogo é extremamente positivo, por mais que durante essa jornada nós não entramos muito em Metros que era os ambientes mais comuns do 2033 e Last Light, o jogo aborda cenários bem mais variados e agora muito mais na superfície e não mais no subsolo.
Exodus consegue entregar tudo novo, sua jogabilidade e mecânicas de criação ficaram perfeitamente bem feitas e construídas para cada momento, isso porque eles te dão os recursos pra você moldar o seu próprio jeito de jogar, seja na ação ou furtivamente. O fato de podermos navegar em barcos e dirigir até um "carro" mostra que diversidade em cada ato do jogo é muito alta. No ato em que dirigimos uma espécie de "kombi" no deserto parecia Mad Max, é muito legal.
Em questão de gráficos dispensa comentários, como sempre a franquia é muito forte nesse quesito e aqui não foi diferente, pra mim é um dos jogos mais bonitos da geração, nos mapas de mundo aberto existe clima dinâmico e isso influencia sim no gameplay. Durante o dia os inimigos te veem com mais facilidade e durante a noite não. Outro ponto a se destacar é que no dia aparecem muitos inimigos humanos e a noite as criaturas.
Eu comentei acima que esperei um tempo livre pra poder ter uma experiência completa do jogo, e se você quer entender e também quiser ter uma imersão e entendimento melhor, eu recomendo você jogar ele com calma porque ele tem muitos diálogos e coletáveis pra ler que agregam a lore do jogo ou pra relatar algo que ocorreu naquele lugar com alguém no qual você passou. Interessante que agora tem legendas em PT-BR então é só colocar um fone de ouvido e mandar brasa.
Na questão de gameplay eu não tenho nada pra reclamar, eu poderia dizer que talvez eles acabaram focando muito em fazer cenários mais na superfície e foram raras vezes em que fomos pro subsolo, no qual sempre foi o foco da franquia, porém, criticar o jogo por isso não é certo devido a sua história e não cabe a mim colocar um empecilho no jogo por causa disso, até porque ele nos explica o motivo de estarmos mais na superfície.
A partir daqui vai conter SPOILERS do jogo então esteja atento. Bom, acho que aqui chegamos no ponto em que eu mais gostei tirando o fato de é claro eles terem renovada pra um cenário mais aberto.
Arytom, Anna e Miller acabam descobrindo que pode se viver na superfície sem confinamentos e que a visão de Arytom sobre viver em um mundo onde eles possam procriar existe, muito embora os tipos de pessoas que estão vivendo pela superfície ainda estão em guerra. Pois como sabemos, houve uma guerra nuclear que devastou o mundo e eles tiveram que viver nos Metros devido a radiação que ficou no solo e que contaminou alguns animais que ficaram expostos e viraram uma espécie de monstros mutantes.
Existem outros grupos de "sobreviventes" ao redor do mundo, só que dessa vez não iremos mais viajar através de Metrôs e sim pela Aurora, um Trem. Conforme eles vão descobrindo novos contatos e regiões, eles vão moldando o rumo pra onde eles vão em busca do lugar perfeito para viver. Desde o começo até o fim você vai ter muitos confrontos e desentendimentos com inúmeros grupos de sobreviventes.
Interessante notar que o jogo assim como nos seus anteriores sempre te dá a liberdade de jogar furtivo ou simplesmente sair matando todo mundo. Só que aqui eu dou uma dica muito valiosa, novamente esse Metro segue a mesma linha (ba dum tssss) do 2033 e Last Light que o seu final vai ser definido pela forma como você joga. Se você sair matando todo mundo que vê pela frente você vai pegar o final ruim, agora, se você jogar furtivo ou simplesmente abater os inimigos colocando-os somente pra desmaiar, você pega o final bom. Você pode jogar do seu jeito e as vezes os próprios NPCs que são seus amigos te dão um conselho "Ei, vamos fazer isso furtivo, sem machucar ninguém" só que no caso desse Metro pelo menos comigo eu dividi um pouco.
Como assim dividir? Então, em diversos momentos você vai encontrar como eu falei, grupos de sobreviventes. Alguns por exemplo são fanáticos religiosos, eles não são extremamente hostis que matam todas as pessoas que veem, diferentes dos brutamontes do deserto que escravizavam pessoas e que são hostis. Então, você matar pessoas que não são ameaças pra você pode te "negativar", enquanto no caso desses brutamontes eu nem liguei e sai matando todos que eu via já que esse tipo de pessoa realmente é ruim.
Uma outra dica que se você quiser pegar o final bom é que no ato final do jogo existe o grupo dos pioneiros com os piratas, evite matar-los, você vai conhecer a Olga que é uma das cabeças desse grupo e ela vira sua amiga, então matar qualquer um deles pode afetar o seu final. Resumindo, existem realmente pessoas ruins e existe pessoas que simplesmente não te conhecem e por isso veem você como uma ameaça, essas pessoas não são necessariamente suas inimigas, então não existe motivos pra matar-las, apenas as evite.
Eu consegui pegar o final bom, durante os atos finais do jogo, Anna está com um tipo de tuberculose que está a matando, Arytom e Miller (que é o pai dela), precisa ir em um lugar extremamente radiativo pra conseguir os medicamentos para ela. Essa parte final fechou com chave de ouro pois eu senti que foi um serviço de fã por causa que me lembrou muitas partes do 2033 e do Last Light. Acho que o fato de não termos entrado muito na superfície foi compensado na parte final do jogo. Aliás, o último ato é angustiante dá a sensação que o Arytom pode morrer a qualquer hora.
O final verdadeiro é no qual Miller infelizmente morre e Arytom sobrevive conseguindo trazer os medicamentos a tempo para Anna antes que ela morresse. É épico e lindo, Arytom assumiu a posição de Capitão e vai comandar a bagaça daqui em diante, estou ansioso DEMAIS pro próximo. Foi legal eles terem abordado e ter dado ênfase a forma como você joga, pois se você evita matar, ajuda quem precisa, e mata quem merece, ocorre um final feliz, um carma natural.
Tive o desprazer de ver também através de vídeo o outro final ruim e canônico no qual o Arytom morre, é triste e depressivo demais, se você quer o final verdadeiro procure fazer tudo certinho pra que você também não veja. Miller diz ao Arytom que ele pode desembarcar da Aurora e com ele está seu amigo falecido Khan. Bicho, é triste demais esse final, não recomendo não.
No entanto, Metro Exodus é um dos melhores jogos do ano e pra mim da geração, facilmente uma obra prima que nunca vou esquecer, tem ação quando é pra ter, é imersivo como os seus anteriores, se adapta ao seu estilo de jogo e te oferece momentos gratificantes e desafiantes na sua jornada, parece cliché realmente o que eu digo mas se você gosta de jogos de narrativa e se aprofunda no universo do jogo você vai acabar adorando ele. Se você gostou dos anteriores, jogue esse, com certeza você deve gostar.
Como ficou a Gameplay e a História?
Pra quem gostou dos dois primeiros METRO o 2033 e o Last Light no Exodus pode estranhar com algumas mudanças que a princípio parece ser ruins mas não são, que é o cenário mais abertos. Uma das características da série Metro era os cenários lineares com visuais estonteantes mesmo que seja em um mundo pós apocalíptico. O primeiro impacto que você tem sobre o jogo é extremamente positivo, por mais que durante essa jornada nós não entramos muito em Metros que era os ambientes mais comuns do 2033 e Last Light, o jogo aborda cenários bem mais variados e agora muito mais na superfície e não mais no subsolo.
Exodus consegue entregar tudo novo, sua jogabilidade e mecânicas de criação ficaram perfeitamente bem feitas e construídas para cada momento, isso porque eles te dão os recursos pra você moldar o seu próprio jeito de jogar, seja na ação ou furtivamente. O fato de podermos navegar em barcos e dirigir até um "carro" mostra que diversidade em cada ato do jogo é muito alta. No ato em que dirigimos uma espécie de "kombi" no deserto parecia Mad Max, é muito legal.
Em questão de gráficos dispensa comentários, como sempre a franquia é muito forte nesse quesito e aqui não foi diferente, pra mim é um dos jogos mais bonitos da geração, nos mapas de mundo aberto existe clima dinâmico e isso influencia sim no gameplay. Durante o dia os inimigos te veem com mais facilidade e durante a noite não. Outro ponto a se destacar é que no dia aparecem muitos inimigos humanos e a noite as criaturas.
Eu comentei acima que esperei um tempo livre pra poder ter uma experiência completa do jogo, e se você quer entender e também quiser ter uma imersão e entendimento melhor, eu recomendo você jogar ele com calma porque ele tem muitos diálogos e coletáveis pra ler que agregam a lore do jogo ou pra relatar algo que ocorreu naquele lugar com alguém no qual você passou. Interessante que agora tem legendas em PT-BR então é só colocar um fone de ouvido e mandar brasa.
Na questão de gameplay eu não tenho nada pra reclamar, eu poderia dizer que talvez eles acabaram focando muito em fazer cenários mais na superfície e foram raras vezes em que fomos pro subsolo, no qual sempre foi o foco da franquia, porém, criticar o jogo por isso não é certo devido a sua história e não cabe a mim colocar um empecilho no jogo por causa disso, até porque ele nos explica o motivo de estarmos mais na superfície.
História
A partir daqui vai conter SPOILERS do jogo então esteja atento. Bom, acho que aqui chegamos no ponto em que eu mais gostei tirando o fato de é claro eles terem renovada pra um cenário mais aberto.
Arytom, Anna e Miller acabam descobrindo que pode se viver na superfície sem confinamentos e que a visão de Arytom sobre viver em um mundo onde eles possam procriar existe, muito embora os tipos de pessoas que estão vivendo pela superfície ainda estão em guerra. Pois como sabemos, houve uma guerra nuclear que devastou o mundo e eles tiveram que viver nos Metros devido a radiação que ficou no solo e que contaminou alguns animais que ficaram expostos e viraram uma espécie de monstros mutantes.
Existem outros grupos de "sobreviventes" ao redor do mundo, só que dessa vez não iremos mais viajar através de Metrôs e sim pela Aurora, um Trem. Conforme eles vão descobrindo novos contatos e regiões, eles vão moldando o rumo pra onde eles vão em busca do lugar perfeito para viver. Desde o começo até o fim você vai ter muitos confrontos e desentendimentos com inúmeros grupos de sobreviventes.
Interessante notar que o jogo assim como nos seus anteriores sempre te dá a liberdade de jogar furtivo ou simplesmente sair matando todo mundo. Só que aqui eu dou uma dica muito valiosa, novamente esse Metro segue a mesma linha (ba dum tssss) do 2033 e Last Light que o seu final vai ser definido pela forma como você joga. Se você sair matando todo mundo que vê pela frente você vai pegar o final ruim, agora, se você jogar furtivo ou simplesmente abater os inimigos colocando-os somente pra desmaiar, você pega o final bom. Você pode jogar do seu jeito e as vezes os próprios NPCs que são seus amigos te dão um conselho "Ei, vamos fazer isso furtivo, sem machucar ninguém" só que no caso desse Metro pelo menos comigo eu dividi um pouco.
Como assim dividir? Então, em diversos momentos você vai encontrar como eu falei, grupos de sobreviventes. Alguns por exemplo são fanáticos religiosos, eles não são extremamente hostis que matam todas as pessoas que veem, diferentes dos brutamontes do deserto que escravizavam pessoas e que são hostis. Então, você matar pessoas que não são ameaças pra você pode te "negativar", enquanto no caso desses brutamontes eu nem liguei e sai matando todos que eu via já que esse tipo de pessoa realmente é ruim.
Uma outra dica que se você quiser pegar o final bom é que no ato final do jogo existe o grupo dos pioneiros com os piratas, evite matar-los, você vai conhecer a Olga que é uma das cabeças desse grupo e ela vira sua amiga, então matar qualquer um deles pode afetar o seu final. Resumindo, existem realmente pessoas ruins e existe pessoas que simplesmente não te conhecem e por isso veem você como uma ameaça, essas pessoas não são necessariamente suas inimigas, então não existe motivos pra matar-las, apenas as evite.
Eu consegui pegar o final bom, durante os atos finais do jogo, Anna está com um tipo de tuberculose que está a matando, Arytom e Miller (que é o pai dela), precisa ir em um lugar extremamente radiativo pra conseguir os medicamentos para ela. Essa parte final fechou com chave de ouro pois eu senti que foi um serviço de fã por causa que me lembrou muitas partes do 2033 e do Last Light. Acho que o fato de não termos entrado muito na superfície foi compensado na parte final do jogo. Aliás, o último ato é angustiante dá a sensação que o Arytom pode morrer a qualquer hora.
O final verdadeiro é no qual Miller infelizmente morre e Arytom sobrevive conseguindo trazer os medicamentos a tempo para Anna antes que ela morresse. É épico e lindo, Arytom assumiu a posição de Capitão e vai comandar a bagaça daqui em diante, estou ansioso DEMAIS pro próximo. Foi legal eles terem abordado e ter dado ênfase a forma como você joga, pois se você evita matar, ajuda quem precisa, e mata quem merece, ocorre um final feliz, um carma natural.
Tive o desprazer de ver também através de vídeo o outro final ruim e canônico no qual o Arytom morre, é triste e depressivo demais, se você quer o final verdadeiro procure fazer tudo certinho pra que você também não veja. Miller diz ao Arytom que ele pode desembarcar da Aurora e com ele está seu amigo falecido Khan. Bicho, é triste demais esse final, não recomendo não.
No entanto, Metro Exodus é um dos melhores jogos do ano e pra mim da geração, facilmente uma obra prima que nunca vou esquecer, tem ação quando é pra ter, é imersivo como os seus anteriores, se adapta ao seu estilo de jogo e te oferece momentos gratificantes e desafiantes na sua jornada, parece cliché realmente o que eu digo mas se você gosta de jogos de narrativa e se aprofunda no universo do jogo você vai acabar adorando ele. Se você gostou dos anteriores, jogue esse, com certeza você deve gostar.
