Microsoft está muito a frente da Sony para a próxima geração, segundo a Forbes

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LOCATELLi

Get Ready
Outubro 31, 2011
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Rio Grande do Sul
Kevin Murnane, veterano colunista da Forbes, teceu um interessante artigo sobre o futuro da guerra de consoles e como o streaming será a tendência daqui pra frente. Segundo a matéria, a Microsoft está na vantagem em relação à Sony e Nintendo, pois a gigante de Redmond possui uma infraestrutura muito superior em relação às duas empresas nipônicas. A tradução completa do artigo vocês podem ler logo abaixo.

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Xbox vs. PlayStation: A Guerra dos Consoles. A conversa constante sobre quem está ganhando e perdendo aumenta à medida que a Sony e o PlayStation estão prontos para lançar uma nova geração de console. Este ano não é diferente, o clamor já começou. Exceto que este ano é uma exceção e o ruído que você ouve é o som de uma mão batendo palmas. A indústria de videogames foi além de quem vende mais consoles. A Microsoft seguiu em frente, a Sony não o fez e o PlayStation ficou em guerra... Com a Nintendo? Ninguém?

A competição na indústria de jogos não é sobre quem vende mais consoles, é sobre quem ganha mais dinheiro. E há muito dinheiro a ser ganho. De acordo com um artigo recente do Protocol, a indústria de jogos produz mais de US $ 150 bilhões em receita anual. Compare isso com a bilheteria mundial de 2019, que foi US $ 42,5 bilhões e o ramo da música em 2018, gerando US $ 19,1 bilhões. A receita global de jogos é 240% maior que a receita obtida com filmes e música combinados.

Houve um tempo em que as vendas e a competição entre os fabricantes de console tiveram um papel central na disputa pelos jogadores no mundo dos videogames. Os jogos eram principalmente singleplayer, eram jogados localmente e as fabricantes de consoles levaram os compradores ao segmento de mercado delas. Observando as pessoas brincando com os amigos em sofás e festas de LAN.

Isso foi antes, agora os jogos mais populares do mundo são multiplayer ou possuem fortes componentes multiplayer. Eles são jogados em nuvem. Você pode jogar com amigos que moram em qualquer lugar. Dezenas de milhões assistem a conteúdo relacionado a jogos no Twitch, Mixer e YouTube todos os dias. A verdadeira concorrência no setor de videogames não está ocorrendo na arena dos consoles, está acontecendo na nuvem.

A Microsoft entendeu isso. Phil Spencer disse o seguinte ao Protocol:
"Quando você fala sobre Nintendo e Sony, temos muito respeito por eles, mas vemos a Amazon e o Google como os principais concorrentes no futuro. Isso não é desrespeitar a Nintendo e a Sony, mas as empresas de jogos tradicionais estão um pouco fora de posição. Acho que eles poderiam tentar recriar o Azure, mas investimos dezenas de bilhões de dólares em nuvem ao longo dos anos.
Não quero brigar por guerras de formatos com esses caras, enquanto a Amazon e o Google estão se concentrando em como levar os jogos para 7 bilhões de pessoas em todo o mundo. Em última análise, esse é o objetivo."

Essa declaração pode ser um choque para aqueles que ainda investem em guerras de console, mas os comentários de Spencer refletem com precisão o estado atual da indústria de videogames. Plataformas de hardware e jogos exclusivos foram os termômetros de sucesso de outrora, hoje é a hospedagem na nuvem. E Microsoft, Amazon e Google são as únicas com infraestrutura para levar jogos baseados em streaming para o mundo inteiro.

O Xbox tem se concentrado na nuvem, não no console, durante grande parte da geração atual de consoles. Satya Nadella assumiu o cargo de CEO e começou a levar a Microsoft para a nuvem menos de um ano após o desastre do Xbox One na E3 2013. Um mês depois que ele assumiu o cargo, ele colocou Spencer no comando do Xbox. Em 2017, Spencer foi nomeado para a Equipe de Liderança Sênior se reportando diretamente a Nadella. Spencer tem subestimado a competição de consoles e promovido a oferta de jogos para os jogadores, desde que ele seja o chefe da Microsoft. Muitos entenderam isso como uma desculpa por causa do domínio do PS4 nas vendas de console. Na verdade, era uma indicação que o Xbox entendeu que as vendas de console não são o futuro dos jogos. Eles nem são o presente.

Para entender por que a hospedagem na nuvem, e não as vendas de console, é a chave para o sucesso na indústria de jogos, tudo o que você precisa fazer é seguir o dinheiro. Jogos multiplayer, jogos para celular, Twitch, Mixer e YouTube são todos mega geradores de dinheiro e todos dependem de hospedagem na nuvem. Somente esse trio faz da nuvem a fonte mais atraente de receita de jogos atualmente.

Agora adicione o streaming de jogos a essa mistura. Stadia estreou em novembro, o GeForce Now saiu da versão beta há alguns dias, o xCloud está na versão beta. Redes 5G estão sendo construídas. Atualmente, o streaming baseado em assinatura não é um recurso importante no cenário dos jogos, mas está a caminho e tornará a hospedagem em nuvem ainda mais valiosa do que é hoje. As empresas não precisam de seu próprio console para obter sucesso neste mundo, precisam de infraestrutura de ponta com poderosos data centers em todo o mundo.

Microsoft, Amazon e Google têm data centers, a Sony não. A Sony ainda é obrigada a vender consoles porque não pode competir na nuvem. A surpreendente revelação do PS5 na Wired permitiu à Sony concentrar a discussão em seu console de última geração, que se encaixava perfeitamente com a percepção equivocada de que as vendas do console ainda são o critério de sucesso. A tática forte da Sony de usar exclusivos PS5 para coagir os jogadores a comprarem o novo console, as notícias de que os preços do PS5 podem depender do preço do Xbox Series X e a resistência bem documentada do PlayStation ao crossplay são todos sinais de que o PlayStation está ainda preso às vendas de consoles enquanto a indústria de jogos segue em frente.

As vendas de console foram importantes quando a geração atual foi lançada em 2013, e o PlayStation venceu essa guerra decisivamente. Mas o campo de batalha mudou nos anos seguintes. O dinheiro está na nuvem agora e a Sony não tem infraestrutura de nuvem para competir. Tudo isso ficou claro quando Sony e Microsoft anunciaram uma parceria em maio do ano passado, permitindo que a Sony usasse o serviço de nuvem Azure da Microsoft para streaming de jogos. Isso significa "Fim do jogo". Você ouvirá muito sobre a guerra de consoles entre o PS5 e o Xbox Series X nos próximos meses, mas há muito barulho por nada. A guerra de consoles é, na melhor das hipóteses, apenas um conflito, a guerra é nas nuvens agora.
 

RAYMON

XBOX MVP
Administrador
Outubro 29, 2005
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São Paulo
É fácil identificar que a Microsoft geralmente consegue pensar a frente do mercado a faz jus a fama da empresa no ramo de tecnologia, mas muita vezes ela foi com muita sede na inovação e esqueceu da transição. O que estamos presenciando com o Xbox é justamente uma abordagem mais voltada ao usuário, entendendo as principais necessidades deles (nós) e agindo de forma mais inteligente: pensando no futuro mas com os pés no presente, sem pular de cabeça.
 

Diego Sousa

Jogador
Novembro 5, 2010
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Lauro de Freitas - BA
"a indústria de jogos produz mais de US $ 150 bilhões em receita anual. Compare isso com a bilheteria mundial de 2019, que foi US $ 42,5 bilhões e o ramo da música em 2018, gerando US $ 19,1 bilhões. A receita global de jogos é 240% maior que a receita obtida com filmes e música combinados."

Buguei nesse calculo aí.... Não seria 140% ?
 

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
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Rio Grande do Sul
O grande pulo da Microsoft para os próximos anos, especialmente em Xbox, é deixar de enxergar apenas seu público final como "público", e voltar a olhar para desenvolvedores, empresas, produtoras, publishers, competidoras (porque dá pra ganhar dinheiro com o sucesso delas também), oferecendo as mais diferentes soluções. Levar videogames pra bilhões de pessoas é sobre isso: fazer alguém comprar um Series X é tão importante quanto oferecer suporte para um estúdio conseguir ter uma solução interessante de matchmaking para seu jogo multiplayer.

Lembrem-se da missão da empresa: "to empower every person and every organization on the planet to achieve more".

Essa parte da entrevista do James Gwertzman pro Venture Beat (comentei no resumo da semana passada) aborda bem isso.

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JOURNALIST: If you want to talk about the larger point of where games are going, I’m going to rewind a bit. I think the question I have for Microsoft is, what is Xbox? There’s been a lot of rumors over time. Everything from, Microsoft is going to get out of games entirely, to Microsoft is going to compete directly with Sony, to Microsoft wants to be a live services provider. My personal view is that Microsoft is trying to get back to its roots, in a way. It’s always been an enterprise software service provider. Creating something like Game Pass is getting back to that. I’m curious what your take is, because I think Microsoft’s main objective will say a lot about how games change in the next two years.

GWERTZMAN:
Microsoft is so big that there are a lot of businesses that are equally valid. Gaming and the Xbox is one of Microsoft’s last great consumer businesses. A lot of people are working on Scarlett or things like xCloud who feel almost a sacred responsibility to maintain this consumer business that’s one of the last places we’re doing that.

It’s frankly a very healthy business. We’ve figured out how to make it profitable. We’ve acquired a lot of studios. We’re in gaming for the long term. But independently, where I set is more to your point about Microsoft’s roots. Microsoft started, it’s important to remember this, started out as a language company before we were an operating system company. Microsoft BASIC was our first big product. We licensed it to Apple and Commodore. We were a developer tools company before we were ever a consumer operating system company, and long before we were an office productivity company. Going back to those developer roots, that’s where I set. How do we help developers? How do we help developers figure out the cloud? How do we help them figure out acquisition and performance marketing? Microsoft has evolved into all these businesses now.
 
Última edição:

Saci

Heimdall dos Pampas
Moderador
Abril 11, 2007
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"a indústria de jogos produz mais de US $ 150 bilhões em receita anual. Compare isso com a bilheteria mundial de 2019, que foi US $ 42,5 bilhões e o ramo da música em 2018, gerando US $ 19,1 bilhões. A receita global de jogos é 240% maior que a receita obtida com filmes e música combinados."

Buguei nesse calculo aí.... Não seria 140% ?
Tem gente que se atrapalha.
O número é igual a 240% do outro número, logo ele é 140% maior. O cara faz um dividido pelo outro, chega em 2,4 e não entende bem como se expressar em %.
 

Lightwarrior8

Xbox Gamepass , vê se me dá um tempo....
PXB Gold
Fevereiro 9, 2019
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Juiz de fora
Mas se tratando de um embate direto ainda falando em nuvem , seria uma grande vantagem para a MS em si. O Xbox eu ainda vejo com muito trabalho para superar o PS , isso pode mudar com o Xcloud.
Pra mim a grande jogada seria fazer todo o conteúdo da Xbox live ser jogado em qualquer dispositivo de forma a não perder qualidade , e ainda usando um controle de Xbox One , por exemplo qualquer tv atual. Só ligar a tv e sair jogando via streaming.
 

User 1422

Guerreiro
Março 19, 2009
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Tem sua lógica, mas acho um pouco simplista dizer que quem tem a estrutura de cloud maior está a frente.
Tem muitos fatores nessa conta que vão mudando de importância com o passar dos anos.
 

Pegazuswarri0R

Te baniram sem você merecer, volte lá e mereça!
PXB Gold
Outubro 19, 2016
8,043
14,291
Araraquara/SP
Tem sua lógica, mas acho um pouco simplista dizer que quem tem a estrutura de cloud maior está a frente.
Tem muitos fatores nessa conta que vão mudando de importância com o passar dos anos.
Sim, mas creio que não seja só nuvem em si: tem o modelo de negócio já implantado, a posição no mercado com a implementação dos novos modelos, o projeto de expansão, mudança de foco console/cliente/serviço. Pra fechar com chave de ouro, a M$ precisa melhorar o marketing de massa, mostrando seu produto de forma que o casual entenda e absorva a proposta.

Mas, quem garante que a Sony não está se movendo de forma silenciosa? O futuro dirá.

Mas hoje a M$ está olhando para frente e, no atual cenário Nintendo e $ony estão para trás, os fãs de ambas empresas gostando ou não.
 
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