PUBG está aí e o sucesso é inquestionável: cerca de 3 milhões uma semana após o lançamento e agora oficialmente batendo a casa dos 4 milhões de cópias. A Microsoft conseguiu, nos últimos instantes, abocanhar o sucesso crescente do game no PC e fazer suas receitas voarem dentro dos limites de 40 dólares por cópia. Os problemas de performance e de controle nos consoles da Microsoft não foram suficientes para diminuir a hype do jogo. Os servidores estão lotados e tendem a aumentar cada vez mais. Então o que há de errado e qual o propósito de um tópico como este?
Durante o anúncio dos vencedores da VideoGameAwards, eu não compreendia porque havia uma torcida tão enfática contra a premiação do game. No começo, confesso que achei que era apenas uma birra contra games multiplayer, incrustada no coração dos amantes conservadores da experiência singleplayer. Eu mesmo tinha adorado o game, é realmente algo novo, pujante, diferenciado na indústria, não compreendia qual era o problema. Mas, quando anunciaram ontem que o jogo chegou nas 4 milhões de vendas, percebi o que verdadeiramente havia de errado. PUGB, um jogo incompleto, não está muito distante de ser um dos games mais vendidos da Xbox. Sim, estou falando de vendas próximas do que a tríade Halo/Gears/Forza conseguiu arrancar nesta geração.
Exerça o seguinte exercício mental: com todas as suas forças, tente se imaginar como um dirigente corporativo da Microsoft. Um cara que não entende muito de games talvez, mas que entenda de resultados. Você vê que games como Sunset Overdrive e Quantum Break não receberam a atenção devida dos jogadores, em outras palavras, não venderam o que deveriam de fato vender. Aí você vê um game preview, com baixo orçamento feito por uma pequena desenvolvedora que arranca não só o custo de produção do game durante a preview, mas torna-o uma febre praticamente mundial. Qual, na sua opinião de executivo, seria o melhor formato de negócio?
O problema não é PUBG fazer sucesso. O problema é seu oposto não fazer. Será que se Ś̶̼̟̩͓̳̼̲̺͙͔͔̼̫̼̺̫̫͚͕͕͇͋͊͆͗̑͛͌́̈́́͗̂̂̕͜͝͝͝ͅc̷̢̨̹̳͈̮̳̝̝͖̘̣͔̝̝͒͋̿̍͂̿̈́͛a̷͔̜̬̰͖͓͔̦͉̖̗̠̱̦͚̒͗̊̊̐̃̐́́̋͐̿̓͑̀̑̆͒͝ͅl̵̨̙̝̱͔̞͖͓̼͎̘͉̯͇̫̭̓̒̿ę̶̢̛̛̩̦̬͇͕͚̠̬̫̪̻̼̪͉̼̱̤͛̃̔̊̂͐̓̽̈̿̅̀͒̀̓́̕̕̕͘͜͜͜͝͠b̴̧̲̘̘̟̠̺͖̟̽̓́̚͘o̷̢̠̻̱͌̓̂͋̇̓̑̋̿̒͑͌͌̈́̀̈́͋̚̚͠͝͠͝u̸̧̻͈̠͕̳͖̤͙̠͈̪̰͈̺̯̼̠͈͆̽́͌̉́͊͛̚͜͜ṅ̵̨̛̝̹̪̤͎̥͎̱̼͇̝̭̙͝ͅḓ̷̢̢̳͖̖̠̣̲̖̣̖̱̜͍̮̙͍͇̤̊͐̆̈́̀̿̏̆̓̐̚͘͝ tivesse sido lançado ano passado, ele teria superado as vendas de PUBG? Dificilmente. Mas será que ele chegaria perto o suficiente para evidenciar o modelo de negócio dos jogos singleplayer como viável para a alta gerência da Microsoft?
Tento não fazer comparações com outras plataformas, mas nesse caso torna-se inevitável. Vamos pegar o caso do Horizon Zero Dawn. Uma aposta realmente arriscada: uma nova IP, singleplayer, mundo aberto, sem cooperativo/multiplayer e sem receitas de microtransações, ao maior modelo oldschool de fazer jogos. E deu certo. As vendas foram muito bem e acredito que isso dê uma maior segurança para a Sony arriscar mais neste modelo de negócio. Mas e do lado verde? Que segurança a Microsoft tem de investir pesado em games singleplayer de alto orçamento, sejam IPs antigas ou novas, quando um game preview de baixíssimo orçamento rouba a cena e faz os cofres lotarem?
Eu não sei de fato como a Microsoft vai encarar esse sucesso astronômico do PUBG na Xbox e acho até meio do contra reclamar do sucesso de algo, mas esta é apenas a minha perspectiva da coisa. Além do mais, esse é um momento pra debatermos o que de fato esperamos para o futuro da Xbox.
No mais, espero que ela encare esta febre do melhor jeito possível, seja lá qual ele for.
Durante o anúncio dos vencedores da VideoGameAwards, eu não compreendia porque havia uma torcida tão enfática contra a premiação do game. No começo, confesso que achei que era apenas uma birra contra games multiplayer, incrustada no coração dos amantes conservadores da experiência singleplayer. Eu mesmo tinha adorado o game, é realmente algo novo, pujante, diferenciado na indústria, não compreendia qual era o problema. Mas, quando anunciaram ontem que o jogo chegou nas 4 milhões de vendas, percebi o que verdadeiramente havia de errado. PUGB, um jogo incompleto, não está muito distante de ser um dos games mais vendidos da Xbox. Sim, estou falando de vendas próximas do que a tríade Halo/Gears/Forza conseguiu arrancar nesta geração.
Exerça o seguinte exercício mental: com todas as suas forças, tente se imaginar como um dirigente corporativo da Microsoft. Um cara que não entende muito de games talvez, mas que entenda de resultados. Você vê que games como Sunset Overdrive e Quantum Break não receberam a atenção devida dos jogadores, em outras palavras, não venderam o que deveriam de fato vender. Aí você vê um game preview, com baixo orçamento feito por uma pequena desenvolvedora que arranca não só o custo de produção do game durante a preview, mas torna-o uma febre praticamente mundial. Qual, na sua opinião de executivo, seria o melhor formato de negócio?
O problema não é PUBG fazer sucesso. O problema é seu oposto não fazer. Será que se Ś̶̼̟̩͓̳̼̲̺͙͔͔̼̫̼̺̫̫͚͕͕͇͋͊͆͗̑͛͌́̈́́͗̂̂̕͜͝͝͝ͅc̷̢̨̹̳͈̮̳̝̝͖̘̣͔̝̝͒͋̿̍͂̿̈́͛a̷͔̜̬̰͖͓͔̦͉̖̗̠̱̦͚̒͗̊̊̐̃̐́́̋͐̿̓͑̀̑̆͒͝ͅl̵̨̙̝̱͔̞͖͓̼͎̘͉̯͇̫̭̓̒̿ę̶̢̛̛̩̦̬͇͕͚̠̬̫̪̻̼̪͉̼̱̤͛̃̔̊̂͐̓̽̈̿̅̀͒̀̓́̕̕̕͘͜͜͜͝͠b̴̧̲̘̘̟̠̺͖̟̽̓́̚͘o̷̢̠̻̱͌̓̂͋̇̓̑̋̿̒͑͌͌̈́̀̈́͋̚̚͠͝͠͝u̸̧̻͈̠͕̳͖̤͙̠͈̪̰͈̺̯̼̠͈͆̽́͌̉́͊͛̚͜͜ṅ̵̨̛̝̹̪̤͎̥͎̱̼͇̝̭̙͝ͅḓ̷̢̢̳͖̖̠̣̲̖̣̖̱̜͍̮̙͍͇̤̊͐̆̈́̀̿̏̆̓̐̚͘͝ tivesse sido lançado ano passado, ele teria superado as vendas de PUBG? Dificilmente. Mas será que ele chegaria perto o suficiente para evidenciar o modelo de negócio dos jogos singleplayer como viável para a alta gerência da Microsoft?
Tento não fazer comparações com outras plataformas, mas nesse caso torna-se inevitável. Vamos pegar o caso do Horizon Zero Dawn. Uma aposta realmente arriscada: uma nova IP, singleplayer, mundo aberto, sem cooperativo/multiplayer e sem receitas de microtransações, ao maior modelo oldschool de fazer jogos. E deu certo. As vendas foram muito bem e acredito que isso dê uma maior segurança para a Sony arriscar mais neste modelo de negócio. Mas e do lado verde? Que segurança a Microsoft tem de investir pesado em games singleplayer de alto orçamento, sejam IPs antigas ou novas, quando um game preview de baixíssimo orçamento rouba a cena e faz os cofres lotarem?
Eu não sei de fato como a Microsoft vai encarar esse sucesso astronômico do PUBG na Xbox e acho até meio do contra reclamar do sucesso de algo, mas esta é apenas a minha perspectiva da coisa. Além do mais, esse é um momento pra debatermos o que de fato esperamos para o futuro da Xbox.
No mais, espero que ela encare esta febre do melhor jeito possível, seja lá qual ele for.