Ele deve tá com a peste comprando tudo que é exclusividade de demo, temporária, estúdio e a porra toda.
Eu meio que desconfiava disso. E pra entender o porquê, é preciso entender como os contratos de exclusividade funcionam.
A princípio, todo game de uma third é multiplataforma. Ela escolhe ali as plataformas que vai lançar baseando-se no potencial de receita gerada (na média é
Xbox, PS e PC, às vezes Nintendo).
Se, por exemplo, a
Xbox chega com a third para tentar uma exclusividade de PC+
Xbox, o que vai ser levado em consideração não são somente as vendas nessa plataforma, mas o custo de oportunidade de deixar de vender na PS. Supondo que a plataforma da Sony fosse responsável por, sei lá, 40% das vendas, a proposta tem que girar em função disso, porque é a receita que a desenvolvera abrirá mão ao tornar o game exclusivo.
E é com esse mecanismo que a Sony vai tentar isolar a
Xbox com relação aos multiplataformas, e vai aproveitar que algumas publishers não acreditam no
Game Pass para vender jogos e gerar receita. Se antigamente o custo de oportunidade de deixar de vender na
Xbox era 1/3 ou 1/4 das vendas brutas, por exemplo, agora, com o engajamento que a
Game Pass gera, o número pode ser ainda menor caso o game saia por fora da
Game Pass. Então fica ainda mais fácil (do que já era na
Xbox One) para a Sony cobrir essa receita perdida e tornar o game exclusivo da PS ou PS+PC.
Foi uma das coisas que eu temia com relação a PS no início, e parece que vai seguir mesmo essa linha. FF deve ser só o começo de uma boa leva de games historicamente multiplataformas que a Sony pegou pra si.