Oi, pessoal.
Esse é o Resumo da Semana Xbox, chegando na 189ª edição e trazendo pra vocês, além das novidades da semana do Xbox, os grupos da Copa do Mundo, que acabaram de ser sorteados, o Brasil está no grupo G de "gol do menino Ney":
Já mais abaixo, seguimos com a programação normal de dar uma passada pelos principais assuntos que movimentaram o Xbox nos últimos dias. No início, temos a lista de tópicos abordados, então se você quiser pular direto pra ele, é só clicar no link.
Boa leitura.
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CRUSADER KINGS III E WEIRD WEST FECHAM AS 14 ADIÇÕES DO MÊS DO XBOX GAME PASS
Com a adição dos dois jogos abaixo, e até porque hoje já é 1º de abril, o Xbox Game Pass fechou o mês de maio com 14 adições. As novidades recentes são:
Pra acompanhar essa e outras movimentações futuras do catálogo, recomendo bastante acompanhar os dois tópicos que temos aqui no PXB (Xbox Game Pass e PC Game Pass), com todas as informações que você precisa para conhecer o serviço e conferir quais jogos estão disponíveis em cada plataforma. Os jogos por streaming estão agrupados junto no tópico de console.
COMO A MICROSOFT NORMALIZOU A AUTOPUBLICAÇÃO DE JOGOS INDEPENDENTES
Para Chris Charla, um ex-desenvolvedor que virou diretor do ID@Xbox, programa de publicação de jogos independentes da Microsoft, jogos independentes se destacam pois “tem sempre uma coisa nova, tem sempre uma coisa inesperada. [...] Eles não precisam tentar ser tudo para todos”. Essa liberdade é o que permite que tenhamos jogos como, por exemplo, Unpacking, que é basicamente um jogo de desempacotar coisas de caixas mas que consegue aliar isso com excelentes visuais, áudio e até uma história. Segundo Charla, esse tipo de jogo talvez não pudesse ser feito 15 anos atrás, 10, talvez até cinco, mas que a maturidade do cenário independente permite que essas experimentações aconteçam hoje. O ID@Xbox é grande, já rendeu mais de $2,5 bilhões em royalties de mais de três mil jogos, e mostra um crescimento que iniciou lá na Xbox Live Arcede do Xbox 360, com Charla citando que o progresso do mercado indie era tão rápido que a Microsoft não estava conseguindo acompanhar. E foi nessa época que a empresa entendeu que esse mercado seria vital para o seu crescimento com o Xbox, garantindo aos jogadores o acesso a uma gama de jogos muito maior. Isso era feito olhando para a outra ponta: facilitando o acesso a kits de desenvolvimento e outras ferramentas de publicação.
A ideia, então, é não segurar os desenvolvedores em suas ideias, e sim assumir algumas responsabilidades para que a preocupação maior dos devs seja com a qualidade do seu jogo, independente de que tipo ele venha a ser. Charla diz que não existe uma preferência por gêneros, ou até discriminação caso algum jogo meio diferente apareça: “ao não tentar ditar o conteúdo que queremos promover ou algo do tipo, mas apenas olhando para coisas que são legais e divertidas, eu acredito que isso nos ajude a seguir a missão original do programa, que é garantir que estamos trazendo uma grande variedade de conteúdo”. Equipes de todos os tamanhos passaram e estão no ID@Xbox, de grupos de 10 a 20 pessoas até mesmo estúdios que passam de 1.000, já que a ideia não é se centrar no tamanho e sim na possibilidade de ofertar a opção de uma autopublicação por eles mesmos nas plataformas Xbox. Claro que nem tudo são flores, e Charla reconhece que dói ver alguns jogos não se saindo tão bem especialmente por fatores que fogem do controle de seus criadores (como ser lançado perto de um jogo maior que chame mais a atenção e fique nas rodas de conversa durante a janela inicial). mas o principal ponto positivo, segundo ele, é como o ID@Xbox normalizou os jogos independentes como um pilar fundamental das plataformas Xbox, algo que vai se expandir ainda mais com o anúncio recente do ID@Azure, para desenvolvedores que queiram utilizar as ferramentas em nuvem da Microsoft em seus jogos também. E Charla finaliza que ver jogos tendo sucesso é muito bom, mas no fim do dia, especialmente para quem está lançando seu primeiro jogo, “só de ter construído já é uma grande vitória. Isso é, definitivamente, o que me faz acordar toda manhã”.
(The Hollywood Reporter)
HALO INFINITE CAIU NA ARMADILHA DOS JOGOS LIVE SERVICE
Tudo o que falamos aqui é sobre o multiplayer, vamos lá. Halo Infinite é um caso curioso de um jogo que se destacou muito em seu lançamento mas foi perdendo força com o passar dos meses. Longe de ser um desastre, o título ainda é bastante jogado nos consoles Xbox, mas vem despencando no Steam, com pico de jogadores em torno de 10k/dia, deixando o jogo na rabeira do top 100 dos mais jogados na plataforma. Muito disso se deve ao fato de que um jogo que se propõe a ser um live service, basicamente, um serviço também, precisa de novos conteúdos de maneira recorrente para seguir com a atenção do público (e dos streamers), mas a falta de novidades tem feito mal ao jogo, e as recompensas cosméticas muitas vezes não são o suficiente para manter a galera ativa. Para Brian Jarrard (Diretor de Comunidade da 343 Industries), “francamente, tem muitos jogos fantásticos nesse espaço de live services que estabeleceram um nível muito alto e são muito maduros, que tem sido tocados nesse modelo há muito tempo. É essa barra que muitos jogadores de vários jogos olham. E a gente ainda não chegou lá”. Ele complementa que, no fim do dia, trata-se de uma questão de capacidade mesmo, não em termos técnicos, mas de pessoal, quantas pessoas e recursos eles dispõem para resolver um problema? Ou quais outros problemas existem e exigem prioridade? Criar novos conteúdos de maneira frequente é difícil, e os poucos que se propõem a fazer isso com certo destaque costumam ter equipes que cruzam a barreira dos mil desenvolvedores, a Activision mesmo tem sei lá quantos estúdios trabalhando em Call of Duty. Soma-se a isso o fato de que muitos jogadores não reclamam nem da falta de conteúdo de Infinite, mas da maneira como a progressão acontece, algo muito mais fundamental e que interfere em toda a economia e monetização do jogo, caso tenha que ser refeita.
Para Tom French (Diretor Criativo do Multiplayer), lançar Infinite sem o modo de criação Forge foi difícil, já que o modo estava bem estabelecido com o último jogo (Halo 5: Guardians), com muitas novidades e até algumas coisas que eles precisaram segurar para não quebrar esse modo (como iclusão de novos conteúdos). Mas ele reforça que essa experiência serviu para a equipe aprender mais sobre o modo e, principalmente, como a comunidade interage com o modo Forge, e isso tem servido como base para o desenvolvimento desse modo em Infinite. Recentemente, o modo Forge, que seria adicionado na Temporada 2 de Halo Infinite, foi adiado para a Temporada 3 (ainda sem data).
Voltando para a parte de conteúdo, o artigo dá como exemplo o moto Tactical Ops: a pessoa foi lá, jogou, até gostou, mas não curtiu a ideia de ter que realizar desafios com uma arma específica para progredir, sendo que só estava caindo em partidas em que essa arma nem estava disponível. Com isso, Halo Infinite até não pede nosso dinheiro, não precisamos pagar para avançar, mas ele pede outra coisa em troca, o nosso tempo - que, para muita gente, é até mais valioso que o dinheiro. Com isso, o jornalista abandonava partidas até encontrar uma que servisse, deixando outras pessoas na mão. Isso sem falar na progressão do battle pass original, que muita gente completou ainda no primeiro mês e está até agora com ele, sem nada de novo pra fazer. Nesse sentido, French afirma que muitas coisas estão sendo trabalhadas simultaneamente, e que teremos novos mapas, modos, experiências e funcionalidades: “nós sabemos que podemos tornar o jogo melhor, sonhamos em ver ele melhor. E vamos trabalhar nessa direção”.
(The Washington Post)
XBOX GAME PASS PODE RECEBER UM PLANO FAMILIAR EM BREVE
Como melhorar um serviço que nos entrega tanto valor? Foi essa pergunta que o Jez Corden respondeu no Windows Central ao afirmar algo que muitos usuários irão adorar. Segundo ele, a Microsoft está progredindo com o plano de introduzir um plano familiar para o Xbox Game Pass, algo que não existe hoje mas que é relativamente comum em diferentes serviços de streaming (Spotify, Disney+, entre outros), permitindo o acesso de até cinco contas a toda a biblioteca de jogos, sendo, claro, bem mais barato do que ter cinco assinaturas individuais. Neste caso, existirá uma conta master, que poderá incluir/remover membros, da mesma forma que outros serviços da Microsoft já fazem, como o Office 365, com a única limitação sendo as cinco contas do mesmo país. Segundo Corden, já tem algum tempo que a Microsoft pensa em incluir um plano familiar para o Xbox Game Pass, mas existem detalhes que ainda precisam ser trabalhados, especialmente na forma como os royalties e licenças serão compensadas para as publishers. Segundo as fontes consultadas, a ideia é lançar esse plano familiar ainda em 2022. Alguns detalhes, porém, ainda são desconhecidos. Por exemplo: existirão planos familiares separados para o Xbox Game Pass e PC Game Pass? Apenas o Xbox Game Pass Ultimate terá um plano familiar? O preço também é algo que está sendo estudado, embora o Jez tenha reforçado que deve ser bem mais barato do que pagar individualmente por cinco assinaturas (hoje, cinco assinaturas individuais dariam $75, então, algo bem mais barato ficaria na casa dos $25 - $35 mensais). Ou ainda, como vai ser feito isso: um valor fixo para ser dividido entre até cinco contas ou um preço base mais um valor adicional (digamos, $5) por cada conta extra? De qualquer forma, independente do que vier a se concretizar, é muito bom ver que a Microsoft não está acomodada com o sucesso do serviço e tem atuado em diversas frentes para deixá-lo ainda melhor. E quem ganha somos nós.
(Windows Central)
ABUSO, BULLYNG E SEXISMO NA UNDEAD LABS, MAS PARECE QUE A COISA MELHOROU
Quando a Microsoft passou a investir pesado novamente em estúdios first party, a partir de 2018, uma das primeiras compras foi a Undead Labs, estúdio independente que já havia lançado State of Decay de forma exclusiva no Xbox 360 em 2013 e que havia lançado a sequência em maio de 2018. De um estúdio independente com poucas pessoas, já eram 60 pessoas na época de State of Decay 2 e muitos mais desde então, visto que o terceiro jogo é ainda mais ambicioso. Mas, com esse crescimento e uma certa leniência da Microsoft (mais uma vez essa questão aparecendo), parece que o início da parceria não foi muito bom para o estúdio e suas pessoas. Em reportagem do Kotaku, 12 atuais e ex-funcionários da Undead Labs relataram problemas muito comuns na indústria, como abuso e sexismo, mas afirmaram que “nós tínhamos medo que eles (Microsoft) viriam e mudariam nossa cultura, mas o nosso colapso veio de dentro, e nós poderíamos ter utilizado a ajuda deles”. A reportagem entrou contato com Jeff Strain, ex-Head e fundador da Undead Labs que saiu do estúdio em 2019 por conta de questões pessoais e também um certo cansaço profissional mesmo (ele inclusive publicou todas as perguntas e respostas em seu perfil do Medium, pra quem quiser ver a parte dele completa e sem edições), para falar sobre esses problemas ocasionados por uma rápida expansão, enquanto ainda se acostumavam com a nova estrutura e iniciavam o desenvolvimento de State of Decay 3. Segundo o Kotaku, equipes multidisciplinares existiam em paralelo, mas sem muita conversa entre elas, ocasionando muito trabalho perdido - e, nessas situações de estresse, começaram também os problemas de relacionamento dentro do estúdio.
Além de estarem cansados de ficar andando em círculos, o ambiente passou a ser mais ríspido, com alegações de discriminação contra mulheres, pessoas não-binárias e outras minorias. Com Strain fora da Undead Labs, Philip Holt (head da ArenaNet, outro estúdio fundado por Strain) se tornou chefe executivo e passou a tocar a Undead Labs, causando mais descontentamentos e até demissões de mulheres de forma injustificada. Eles até contrataram Anne Schlosser, profissional de RH com passagens por Dell, Lowes e Microsoft, mas que, segundo os entrevistados, não fez muita coisa pra melhorar a situação. Mas a coisa começou a mudar mais ou menos em agosto de 2021, com vários depoimentos sendo feitos em sequência que acabaram chegando até o RH do Xbox/Microsoft. A partir daí, a gigante passou a ter um envolvimento mais direto com a situação, com o desligamento de Schlosser em setembro (seguido por um e-mail de Holt para a equipe da Undead Labs meio que defendendo ela ainda, o que deixou a galera bem pistola). De qualquer forma, de lá pra cá, a situação melhorou bastante com novos programas de treinamento, inclusive com workshops sobre assédio sexual, e também com uma diversidade maior entre os contratados, incluindo 42% de mulheres/não-binários e 29% de minorias raciais ou étnicas. Ou seja, apesar do tom crítico do artigo, que deve sim ser analisado e absorvido, é importante ressaltar a melhoria do ambiente interno, tão importante para que as pessoas possam trabalhar e se sentirem respeitadas.
E falando sobre trabalho, State of Decay 3. A reportagem finaliza falando um pouco sobre o jogo também, que entre indas e vindas, ainda se encontraria em fase de pré-produção. A ideia nem era apresentar o jogo em 2020, mas a Microsoft solicitou às suas equipes que mostrassem alguma coisa, aí fizeram aquele trailer bonito. Porém, isso gerou certa estranheza em alguns desenvolvedores, pois naquele momento, ainda não estava claro o que SOD3 seria. No trailer, foi mostrado um veado zumbi, então, isso quer dizer que teremos uma fauna de mortos-vivos também? Nem alguns desenvolvedores sabiam disso. No final de 2020, uma demonstração interna não foi lá essas coisas, gerando preocupações em 2021 quando eles não tinham nada pronto para mostrar para a Microsoft, chamado “vertical slice” (uma analogia com uma fatia de bolo, que quando cortada, mostra todas as camadas, o recheio, etc.). Nesse caso, um “vertical slice” do jogo seria uma parte jogável que demonstrasse diferentes mecânicas, por exemplo: stealth, combate corpo a corpo e com armas de fogo, construção, crafting, entre outras coisas. Segundo alguns entrevistados, Holt estaria pressionando os desenvolvedores a darem o seu melhor, para tentar se provar como um bom líder dentro da Xbox Game Studios, mostrando trabalho e resultados mesmo que às custas da saúde física e mental da galera. A inclusão de novas mecânicas, como parkour mais refinado, aparecimento de animais selvagens de forma dinâmica conforme o tempo, tem colocado algumas pedras no caminho de State of Decay 3. Tem quem diga que se a fase de pré-produção está sendo assim, não irão ficar quando o jogo entrar em produção completa. Outros afirmam que a coisa tem andado de forma mais fluida desde o início deste ano. De toda forma, fica aí registrado mais um caso de algo que infelizmente ainda acontece mas que, aparentemente, a Microsoft está se mexendo para tentar consertar. Quanto ao jogo, vamos ver qual será a abordagem da Microsoft, se haverá algum tipo de interferência (que não necessariamente é negativa, diga-se de passagem, podem dar mais recursos ou chamar uma equipe externa pra ajudar) ou se vão adotar uma postura mais amena, como aconteceu com a The Initiative (que perdeu quase metade do seu staff em 2021 por conta de um desenvolvimento dito como muito lento).
(Kotaku)
SENADORES AMERICANOS PEDEM À FTC UM OLHAR APURADO NA AQUISIÇÃO DA ACTIVISION
Se com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades, com grandes aquisições, vêm grandes pepinos. A compra da Activision Blizzard foi histórica por diversos fatores, especialmente pelos valores envolvidos ($68,7 bilhões), mas isso atraiu os olhares de todo o mundo, o que por um lado é bom já que promove a Microsoft e o nosso Xbox, mas por outro, também cresce o volume de críticas e possíveis problemas que podem acontecer. Nesta semana, quatro senadores americanos (Elizabeth Warren, Bernie Sanders, Cory Brooker e Sheldon Whitehouse) enviaram uma carta para a Federal Trade Comission (FTC) solicitando um olhar mais apurado nessa negociação. O FTC é um órgão governamental independente que tem como missão garantir a proteção dos consumidores, especialmente no que se refere a práticas empresariais e fusões e aquisições, mais ou menos o que o CADE faz aqui no Brasil. O objetivo desta carta foi pressionar a presidente do FTC, Lina Khan, a investigar se este acordo poderá significar uma piora na série de processos de má conduta que a Activision está enfrentando atualmente. Isso porque a consolidação que está acontecendo em diversas indústrias pode acabar por concentrar muito poder na mão de poucas empresas, tornando-as mais fortes na queda de braço dos trabalhadores americanos (lembrando que no mercado de jogos, não existe sindicalização, é cada um por si, sendo que muitas empresas do ramo são abertamente contra os profissionais se unirem para buscar mais direitos ou melhores condições de trabalho). Além disso, a carta dos senadores também cita o fato que, no formato atual, a negociação permite que Bobby Kotick permaneça como CEO da Activision até o negócio ser finalizado, e que receberá muito dinheiro quando deixar o cargo.
Segundo um grupo de acionistas, desde que a intenção de compra foi anunciada, mais de 1,3 mil funcionários pediram a saída de Kotick, acusaso de múltiplos atos assédio sexual, má conduta e discriminação na empresa ao longo de vários anos, contribuindo para o estabelecimento dessa cultura dentro da Activision. Para o grupo de senadores, "a falta de responsabilização, apesar de acionistas, funcionários e o público pedirem que Kotick seja responsabilizado pela cultura que criou, seria um resultado inaceitável da proposta de aquisição da Microsoft". Vale lembrar que, nesta semana, a Activision fechou um acordo de $18 milhões coma US Equal Employment Opportunity Commission, outro pepino que a empresa está passando, algo irrisório para uma empresa que, só em 2021, deve ter lucrado mais de $2,5 bilhões (esse número ainda não foi divulgado, mas só nos três primeiros trimestres, foram $2,1 bilhões). Os senadores ainda salientaram que, caso o acordo possa gerar um impacto na capacidade dos funcionários de negociarem com a empresa, o FTC deve se posicionar contra a aquisição. O FTC está avaliando o caso desde fevereiro, como uma parte normal do processo de aprovação. Como falei lá em cima, grandes valores, grandes pepinos, muita gente torcendo contra, mas muita coisa potencial a favor também - por exemplo, nesta semana, a Microsoft foi eleita a empresa global com a melhor cultura empresarial (incluindo remuneração, condições de trabalho, vantagens e equilíbrio entre vida pessoal/profissional), em pesquisa feita anonimamente com milhares de pessoas de mais de 70 mil empresas no período de março de 2021 a 2022. Ou seja, enquanto a Activision enfrenta problemas de gestão de pessoas, a Microsoft encabeça a lista no extremo oposto, algo que pode ser muito benéfico para os funcionários da Activision - e que talvez até ajude a fazer a aquisição passar, visto a boa imagem que a Microsoft ganha com esse resultado.
(Games Industry)
DEALS WITH GOLD COM SALDÕES DE AÇÃO/AVENTURA, BEM AVALIADOS E RPG
Nesta semana, o Deals with Gold conta com três grupos de ofertas temáticas que, juntas, somam quase 300 itens com preços especiais para assinantes Xbox Live Gold ou Xbox Game Pass Ultimate.
(PXB)
MICROSOFT REWARDS E XBOX GAME PASS QUESTS | ATUALIZAÇÃO SEMANAL
E chegamos à última semana de atividades do Xbox Game Pass Quests, se você fez tudo o que podia, certamente já garantiu a de 1.000 pontos mensais, mas ainda assim, vale o aviso: as solicitações restantes devem ser completadas e resgatadas até às 13h59min de segunda-feira, 4 de abril, e não terça-feira como de costume. Isso porque, por algum motivo, elas encerram um dia antes e ficamos 24h sem nada, então, atenção. De resto, aproveitem as atividades tranquilas para acumular ainda mais pontos. Pra saber tudo sobre mais esse benefício aos usuários de Xbox, conferir as atividades disponíveis, compartilhar dicas de como resolver as solicitações, temos um tópico completo com tudo sobre o Microsoft Rewards e Xbox Game Pass Quests aqui no PXB.
Xbox Game Pass Quests - até 4/abr, 13h59min
Microsoft Rewards - até 5/abr, 00h59min
LANÇAMENTOS DA SEMANA (28/MARÇO A 1º/ABRIL)
LANÇAMENTOS DA PRÓXIMA SEMANA (4 A 8/ABRIL)
LINKS RECOMENDADOS
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E fechamos mais uma semana. Se você quiser um quadro bem legal da tabela da Copa pra compartilhar com os amigos, tem essa imagem aqui, do perfil 16 bits ta depressão no Twitter.
Tenham todos um excelente final de semana.
Esse é o Resumo da Semana Xbox, chegando na 189ª edição e trazendo pra vocês, além das novidades da semana do Xbox, os grupos da Copa do Mundo, que acabaram de ser sorteados, o Brasil está no grupo G de "gol do menino Ney":
Grupo A - Catar, Equador, Senegal e Holanda
Grupo B - Inglaterra, Estados Unidos, Irã e um play-off da Europa (País de Gales/Escócia/Ucrânia)
Grupo C - Argentina, México, Arábia Saudita e Polônia
Grupo D - França, Dinamarca, Tunísia e play-off América do Sul/África/Oceania (Peru/Emirados Árabes/Austrália)
Grupo E - Espanha, Alemanha, Japão e play-off América Central/Oceania (Costa Rica/Nova Zelândia)
Grupo F - Bélgica, Croácia, Marrocos e Canadá
Grupo G - Brasil, Suíça, Sérvia e Camarões
Grupo H - Portugal, Uruguai, Gana e Coreia do Sul
Já mais abaixo, seguimos com a programação normal de dar uma passada pelos principais assuntos que movimentaram o Xbox nos últimos dias. No início, temos a lista de tópicos abordados, então se você quiser pular direto pra ele, é só clicar no link.
Boa leitura.
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- Duas novas adições fecham as 14 novidades de março do Xbox Game Pass
- Como o ID@Xbox normaliza a autopublicação de jogos independentes no Xbox
- Halo Infinite caiu na armadilha dos live services
- Xbox Game Pass pode receber um plano familiar em breve
- Relatos da Undead Labs falam de abuso, bullyng e sexismo, mas situação melhorou recentemente
- Senadores americanos pedem ao FTC para analisar mais a fundo a aquisição da Activision
- Deals with Gold com saldões de ação/aventura, bem avaliados e RPG
- Microsoft Rewards e Xbox Game Pass Quests, atualização semanal
- Lançamentos da semana (28/março a 1º/abril)
- Lançamentos da próxima semana (4 a 8/abril)
- Links recomendados
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CRUSADER KINGS III E WEIRD WEST FECHAM AS 14 ADIÇÕES DO MÊS DO XBOX GAME PASS
Com a adição dos dois jogos abaixo, e até porque hoje já é 1º de abril, o Xbox Game Pass fechou o mês de maio com 14 adições. As novidades recentes são:
- Crusader Kings III (console/Xbox Series X|S) - Jogos de estratégia costumam ser raros nos consoles por conta da complexidade de gameplay envolvida e da preferência dos jogadores em jogar esse tipo de jogo com um teclado e mouse. Crusader Kings III tenta mudar isso, com uma interface e jogabilidade completamente refeita e pensada para um controle, trazendo o seu subgênero de grand strategy para o Xbox Series X|S, onde a ideia é construir uma dinastia através de política, economia, guerras, relações, etc. Nativamente, só tem a versão do Series, mas é possível jogar por streaming também (pra quem é assinante Ultimate).
- Weird West (console/PC/cloud) - Criado por ex-membros da Arkane, Weird West é um jogo de ação e RPG com elementos de immersive sim, em uma visão superior com a temática do Velho Oeste. Como um immersive sim, dá pra fazer muita coisa que impacta o jogo, como até matar personagens principais que interferem na quest principal. São cinco personagens jogáveis que fazem parte de uma história maior, e jogamos com todos eles. Dá até pra interagir com os outros personagens, aproveitando inclusive as habilidades e itens conquistados quando jogamos com os outros.,
Pra acompanhar essa e outras movimentações futuras do catálogo, recomendo bastante acompanhar os dois tópicos que temos aqui no PXB (Xbox Game Pass e PC Game Pass), com todas as informações que você precisa para conhecer o serviço e conferir quais jogos estão disponíveis em cada plataforma. Os jogos por streaming estão agrupados junto no tópico de console.
COMO A MICROSOFT NORMALIZOU A AUTOPUBLICAÇÃO DE JOGOS INDEPENDENTES
Para Chris Charla, um ex-desenvolvedor que virou diretor do ID@Xbox, programa de publicação de jogos independentes da Microsoft, jogos independentes se destacam pois “tem sempre uma coisa nova, tem sempre uma coisa inesperada. [...] Eles não precisam tentar ser tudo para todos”. Essa liberdade é o que permite que tenhamos jogos como, por exemplo, Unpacking, que é basicamente um jogo de desempacotar coisas de caixas mas que consegue aliar isso com excelentes visuais, áudio e até uma história. Segundo Charla, esse tipo de jogo talvez não pudesse ser feito 15 anos atrás, 10, talvez até cinco, mas que a maturidade do cenário independente permite que essas experimentações aconteçam hoje. O ID@Xbox é grande, já rendeu mais de $2,5 bilhões em royalties de mais de três mil jogos, e mostra um crescimento que iniciou lá na Xbox Live Arcede do Xbox 360, com Charla citando que o progresso do mercado indie era tão rápido que a Microsoft não estava conseguindo acompanhar. E foi nessa época que a empresa entendeu que esse mercado seria vital para o seu crescimento com o Xbox, garantindo aos jogadores o acesso a uma gama de jogos muito maior. Isso era feito olhando para a outra ponta: facilitando o acesso a kits de desenvolvimento e outras ferramentas de publicação.
A ideia, então, é não segurar os desenvolvedores em suas ideias, e sim assumir algumas responsabilidades para que a preocupação maior dos devs seja com a qualidade do seu jogo, independente de que tipo ele venha a ser. Charla diz que não existe uma preferência por gêneros, ou até discriminação caso algum jogo meio diferente apareça: “ao não tentar ditar o conteúdo que queremos promover ou algo do tipo, mas apenas olhando para coisas que são legais e divertidas, eu acredito que isso nos ajude a seguir a missão original do programa, que é garantir que estamos trazendo uma grande variedade de conteúdo”. Equipes de todos os tamanhos passaram e estão no ID@Xbox, de grupos de 10 a 20 pessoas até mesmo estúdios que passam de 1.000, já que a ideia não é se centrar no tamanho e sim na possibilidade de ofertar a opção de uma autopublicação por eles mesmos nas plataformas Xbox. Claro que nem tudo são flores, e Charla reconhece que dói ver alguns jogos não se saindo tão bem especialmente por fatores que fogem do controle de seus criadores (como ser lançado perto de um jogo maior que chame mais a atenção e fique nas rodas de conversa durante a janela inicial). mas o principal ponto positivo, segundo ele, é como o ID@Xbox normalizou os jogos independentes como um pilar fundamental das plataformas Xbox, algo que vai se expandir ainda mais com o anúncio recente do ID@Azure, para desenvolvedores que queiram utilizar as ferramentas em nuvem da Microsoft em seus jogos também. E Charla finaliza que ver jogos tendo sucesso é muito bom, mas no fim do dia, especialmente para quem está lançando seu primeiro jogo, “só de ter construído já é uma grande vitória. Isso é, definitivamente, o que me faz acordar toda manhã”.
(The Hollywood Reporter)
HALO INFINITE CAIU NA ARMADILHA DOS JOGOS LIVE SERVICE
Tudo o que falamos aqui é sobre o multiplayer, vamos lá. Halo Infinite é um caso curioso de um jogo que se destacou muito em seu lançamento mas foi perdendo força com o passar dos meses. Longe de ser um desastre, o título ainda é bastante jogado nos consoles Xbox, mas vem despencando no Steam, com pico de jogadores em torno de 10k/dia, deixando o jogo na rabeira do top 100 dos mais jogados na plataforma. Muito disso se deve ao fato de que um jogo que se propõe a ser um live service, basicamente, um serviço também, precisa de novos conteúdos de maneira recorrente para seguir com a atenção do público (e dos streamers), mas a falta de novidades tem feito mal ao jogo, e as recompensas cosméticas muitas vezes não são o suficiente para manter a galera ativa. Para Brian Jarrard (Diretor de Comunidade da 343 Industries), “francamente, tem muitos jogos fantásticos nesse espaço de live services que estabeleceram um nível muito alto e são muito maduros, que tem sido tocados nesse modelo há muito tempo. É essa barra que muitos jogadores de vários jogos olham. E a gente ainda não chegou lá”. Ele complementa que, no fim do dia, trata-se de uma questão de capacidade mesmo, não em termos técnicos, mas de pessoal, quantas pessoas e recursos eles dispõem para resolver um problema? Ou quais outros problemas existem e exigem prioridade? Criar novos conteúdos de maneira frequente é difícil, e os poucos que se propõem a fazer isso com certo destaque costumam ter equipes que cruzam a barreira dos mil desenvolvedores, a Activision mesmo tem sei lá quantos estúdios trabalhando em Call of Duty. Soma-se a isso o fato de que muitos jogadores não reclamam nem da falta de conteúdo de Infinite, mas da maneira como a progressão acontece, algo muito mais fundamental e que interfere em toda a economia e monetização do jogo, caso tenha que ser refeita.
Para Tom French (Diretor Criativo do Multiplayer), lançar Infinite sem o modo de criação Forge foi difícil, já que o modo estava bem estabelecido com o último jogo (Halo 5: Guardians), com muitas novidades e até algumas coisas que eles precisaram segurar para não quebrar esse modo (como iclusão de novos conteúdos). Mas ele reforça que essa experiência serviu para a equipe aprender mais sobre o modo e, principalmente, como a comunidade interage com o modo Forge, e isso tem servido como base para o desenvolvimento desse modo em Infinite. Recentemente, o modo Forge, que seria adicionado na Temporada 2 de Halo Infinite, foi adiado para a Temporada 3 (ainda sem data).
Voltando para a parte de conteúdo, o artigo dá como exemplo o moto Tactical Ops: a pessoa foi lá, jogou, até gostou, mas não curtiu a ideia de ter que realizar desafios com uma arma específica para progredir, sendo que só estava caindo em partidas em que essa arma nem estava disponível. Com isso, Halo Infinite até não pede nosso dinheiro, não precisamos pagar para avançar, mas ele pede outra coisa em troca, o nosso tempo - que, para muita gente, é até mais valioso que o dinheiro. Com isso, o jornalista abandonava partidas até encontrar uma que servisse, deixando outras pessoas na mão. Isso sem falar na progressão do battle pass original, que muita gente completou ainda no primeiro mês e está até agora com ele, sem nada de novo pra fazer. Nesse sentido, French afirma que muitas coisas estão sendo trabalhadas simultaneamente, e que teremos novos mapas, modos, experiências e funcionalidades: “nós sabemos que podemos tornar o jogo melhor, sonhamos em ver ele melhor. E vamos trabalhar nessa direção”.
(The Washington Post)
XBOX GAME PASS PODE RECEBER UM PLANO FAMILIAR EM BREVE
Como melhorar um serviço que nos entrega tanto valor? Foi essa pergunta que o Jez Corden respondeu no Windows Central ao afirmar algo que muitos usuários irão adorar. Segundo ele, a Microsoft está progredindo com o plano de introduzir um plano familiar para o Xbox Game Pass, algo que não existe hoje mas que é relativamente comum em diferentes serviços de streaming (Spotify, Disney+, entre outros), permitindo o acesso de até cinco contas a toda a biblioteca de jogos, sendo, claro, bem mais barato do que ter cinco assinaturas individuais. Neste caso, existirá uma conta master, que poderá incluir/remover membros, da mesma forma que outros serviços da Microsoft já fazem, como o Office 365, com a única limitação sendo as cinco contas do mesmo país. Segundo Corden, já tem algum tempo que a Microsoft pensa em incluir um plano familiar para o Xbox Game Pass, mas existem detalhes que ainda precisam ser trabalhados, especialmente na forma como os royalties e licenças serão compensadas para as publishers. Segundo as fontes consultadas, a ideia é lançar esse plano familiar ainda em 2022. Alguns detalhes, porém, ainda são desconhecidos. Por exemplo: existirão planos familiares separados para o Xbox Game Pass e PC Game Pass? Apenas o Xbox Game Pass Ultimate terá um plano familiar? O preço também é algo que está sendo estudado, embora o Jez tenha reforçado que deve ser bem mais barato do que pagar individualmente por cinco assinaturas (hoje, cinco assinaturas individuais dariam $75, então, algo bem mais barato ficaria na casa dos $25 - $35 mensais). Ou ainda, como vai ser feito isso: um valor fixo para ser dividido entre até cinco contas ou um preço base mais um valor adicional (digamos, $5) por cada conta extra? De qualquer forma, independente do que vier a se concretizar, é muito bom ver que a Microsoft não está acomodada com o sucesso do serviço e tem atuado em diversas frentes para deixá-lo ainda melhor. E quem ganha somos nós.
(Windows Central)
ABUSO, BULLYNG E SEXISMO NA UNDEAD LABS, MAS PARECE QUE A COISA MELHOROU
Quando a Microsoft passou a investir pesado novamente em estúdios first party, a partir de 2018, uma das primeiras compras foi a Undead Labs, estúdio independente que já havia lançado State of Decay de forma exclusiva no Xbox 360 em 2013 e que havia lançado a sequência em maio de 2018. De um estúdio independente com poucas pessoas, já eram 60 pessoas na época de State of Decay 2 e muitos mais desde então, visto que o terceiro jogo é ainda mais ambicioso. Mas, com esse crescimento e uma certa leniência da Microsoft (mais uma vez essa questão aparecendo), parece que o início da parceria não foi muito bom para o estúdio e suas pessoas. Em reportagem do Kotaku, 12 atuais e ex-funcionários da Undead Labs relataram problemas muito comuns na indústria, como abuso e sexismo, mas afirmaram que “nós tínhamos medo que eles (Microsoft) viriam e mudariam nossa cultura, mas o nosso colapso veio de dentro, e nós poderíamos ter utilizado a ajuda deles”. A reportagem entrou contato com Jeff Strain, ex-Head e fundador da Undead Labs que saiu do estúdio em 2019 por conta de questões pessoais e também um certo cansaço profissional mesmo (ele inclusive publicou todas as perguntas e respostas em seu perfil do Medium, pra quem quiser ver a parte dele completa e sem edições), para falar sobre esses problemas ocasionados por uma rápida expansão, enquanto ainda se acostumavam com a nova estrutura e iniciavam o desenvolvimento de State of Decay 3. Segundo o Kotaku, equipes multidisciplinares existiam em paralelo, mas sem muita conversa entre elas, ocasionando muito trabalho perdido - e, nessas situações de estresse, começaram também os problemas de relacionamento dentro do estúdio.
Além de estarem cansados de ficar andando em círculos, o ambiente passou a ser mais ríspido, com alegações de discriminação contra mulheres, pessoas não-binárias e outras minorias. Com Strain fora da Undead Labs, Philip Holt (head da ArenaNet, outro estúdio fundado por Strain) se tornou chefe executivo e passou a tocar a Undead Labs, causando mais descontentamentos e até demissões de mulheres de forma injustificada. Eles até contrataram Anne Schlosser, profissional de RH com passagens por Dell, Lowes e Microsoft, mas que, segundo os entrevistados, não fez muita coisa pra melhorar a situação. Mas a coisa começou a mudar mais ou menos em agosto de 2021, com vários depoimentos sendo feitos em sequência que acabaram chegando até o RH do Xbox/Microsoft. A partir daí, a gigante passou a ter um envolvimento mais direto com a situação, com o desligamento de Schlosser em setembro (seguido por um e-mail de Holt para a equipe da Undead Labs meio que defendendo ela ainda, o que deixou a galera bem pistola). De qualquer forma, de lá pra cá, a situação melhorou bastante com novos programas de treinamento, inclusive com workshops sobre assédio sexual, e também com uma diversidade maior entre os contratados, incluindo 42% de mulheres/não-binários e 29% de minorias raciais ou étnicas. Ou seja, apesar do tom crítico do artigo, que deve sim ser analisado e absorvido, é importante ressaltar a melhoria do ambiente interno, tão importante para que as pessoas possam trabalhar e se sentirem respeitadas.
E falando sobre trabalho, State of Decay 3. A reportagem finaliza falando um pouco sobre o jogo também, que entre indas e vindas, ainda se encontraria em fase de pré-produção. A ideia nem era apresentar o jogo em 2020, mas a Microsoft solicitou às suas equipes que mostrassem alguma coisa, aí fizeram aquele trailer bonito. Porém, isso gerou certa estranheza em alguns desenvolvedores, pois naquele momento, ainda não estava claro o que SOD3 seria. No trailer, foi mostrado um veado zumbi, então, isso quer dizer que teremos uma fauna de mortos-vivos também? Nem alguns desenvolvedores sabiam disso. No final de 2020, uma demonstração interna não foi lá essas coisas, gerando preocupações em 2021 quando eles não tinham nada pronto para mostrar para a Microsoft, chamado “vertical slice” (uma analogia com uma fatia de bolo, que quando cortada, mostra todas as camadas, o recheio, etc.). Nesse caso, um “vertical slice” do jogo seria uma parte jogável que demonstrasse diferentes mecânicas, por exemplo: stealth, combate corpo a corpo e com armas de fogo, construção, crafting, entre outras coisas. Segundo alguns entrevistados, Holt estaria pressionando os desenvolvedores a darem o seu melhor, para tentar se provar como um bom líder dentro da Xbox Game Studios, mostrando trabalho e resultados mesmo que às custas da saúde física e mental da galera. A inclusão de novas mecânicas, como parkour mais refinado, aparecimento de animais selvagens de forma dinâmica conforme o tempo, tem colocado algumas pedras no caminho de State of Decay 3. Tem quem diga que se a fase de pré-produção está sendo assim, não irão ficar quando o jogo entrar em produção completa. Outros afirmam que a coisa tem andado de forma mais fluida desde o início deste ano. De toda forma, fica aí registrado mais um caso de algo que infelizmente ainda acontece mas que, aparentemente, a Microsoft está se mexendo para tentar consertar. Quanto ao jogo, vamos ver qual será a abordagem da Microsoft, se haverá algum tipo de interferência (que não necessariamente é negativa, diga-se de passagem, podem dar mais recursos ou chamar uma equipe externa pra ajudar) ou se vão adotar uma postura mais amena, como aconteceu com a The Initiative (que perdeu quase metade do seu staff em 2021 por conta de um desenvolvimento dito como muito lento).
(Kotaku)
SENADORES AMERICANOS PEDEM À FTC UM OLHAR APURADO NA AQUISIÇÃO DA ACTIVISION
Se com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades, com grandes aquisições, vêm grandes pepinos. A compra da Activision Blizzard foi histórica por diversos fatores, especialmente pelos valores envolvidos ($68,7 bilhões), mas isso atraiu os olhares de todo o mundo, o que por um lado é bom já que promove a Microsoft e o nosso Xbox, mas por outro, também cresce o volume de críticas e possíveis problemas que podem acontecer. Nesta semana, quatro senadores americanos (Elizabeth Warren, Bernie Sanders, Cory Brooker e Sheldon Whitehouse) enviaram uma carta para a Federal Trade Comission (FTC) solicitando um olhar mais apurado nessa negociação. O FTC é um órgão governamental independente que tem como missão garantir a proteção dos consumidores, especialmente no que se refere a práticas empresariais e fusões e aquisições, mais ou menos o que o CADE faz aqui no Brasil. O objetivo desta carta foi pressionar a presidente do FTC, Lina Khan, a investigar se este acordo poderá significar uma piora na série de processos de má conduta que a Activision está enfrentando atualmente. Isso porque a consolidação que está acontecendo em diversas indústrias pode acabar por concentrar muito poder na mão de poucas empresas, tornando-as mais fortes na queda de braço dos trabalhadores americanos (lembrando que no mercado de jogos, não existe sindicalização, é cada um por si, sendo que muitas empresas do ramo são abertamente contra os profissionais se unirem para buscar mais direitos ou melhores condições de trabalho). Além disso, a carta dos senadores também cita o fato que, no formato atual, a negociação permite que Bobby Kotick permaneça como CEO da Activision até o negócio ser finalizado, e que receberá muito dinheiro quando deixar o cargo.
Segundo um grupo de acionistas, desde que a intenção de compra foi anunciada, mais de 1,3 mil funcionários pediram a saída de Kotick, acusaso de múltiplos atos assédio sexual, má conduta e discriminação na empresa ao longo de vários anos, contribuindo para o estabelecimento dessa cultura dentro da Activision. Para o grupo de senadores, "a falta de responsabilização, apesar de acionistas, funcionários e o público pedirem que Kotick seja responsabilizado pela cultura que criou, seria um resultado inaceitável da proposta de aquisição da Microsoft". Vale lembrar que, nesta semana, a Activision fechou um acordo de $18 milhões coma US Equal Employment Opportunity Commission, outro pepino que a empresa está passando, algo irrisório para uma empresa que, só em 2021, deve ter lucrado mais de $2,5 bilhões (esse número ainda não foi divulgado, mas só nos três primeiros trimestres, foram $2,1 bilhões). Os senadores ainda salientaram que, caso o acordo possa gerar um impacto na capacidade dos funcionários de negociarem com a empresa, o FTC deve se posicionar contra a aquisição. O FTC está avaliando o caso desde fevereiro, como uma parte normal do processo de aprovação. Como falei lá em cima, grandes valores, grandes pepinos, muita gente torcendo contra, mas muita coisa potencial a favor também - por exemplo, nesta semana, a Microsoft foi eleita a empresa global com a melhor cultura empresarial (incluindo remuneração, condições de trabalho, vantagens e equilíbrio entre vida pessoal/profissional), em pesquisa feita anonimamente com milhares de pessoas de mais de 70 mil empresas no período de março de 2021 a 2022. Ou seja, enquanto a Activision enfrenta problemas de gestão de pessoas, a Microsoft encabeça a lista no extremo oposto, algo que pode ser muito benéfico para os funcionários da Activision - e que talvez até ajude a fazer a aquisição passar, visto a boa imagem que a Microsoft ganha com esse resultado.
(Games Industry)
DEALS WITH GOLD COM SALDÕES DE AÇÃO/AVENTURA, BEM AVALIADOS E RPG
Nesta semana, o Deals with Gold conta com três grupos de ofertas temáticas que, juntas, somam quase 300 itens com preços especiais para assinantes Xbox Live Gold ou Xbox Game Pass Ultimate.
- Ação e aventura - Tem Assassin’s Creed, Batman, Darksiders, Far Cry, Lost Judgment, Mad Max, Star Wars Jedi: Fallen Order, é uma longa lista com jogos que estão entre os preferidos de muita gente.
- Bem avaliados - Nesta seleção, o negócio são jogos bem avaliados, com destaque para franquias como BioShock, Child of Light, Destiny 2, Hellblade e Rayman.
- RPG - Outro tipo de jogo bastante adorado pelo pessoal, aqui temos títulos como Battle Chasers: Nightwar, Fallout, Mass Effect, The Bard’s Tale, The Elder Scrolls e Wasteland.
(PXB)
MICROSOFT REWARDS E XBOX GAME PASS QUESTS | ATUALIZAÇÃO SEMANAL
E chegamos à última semana de atividades do Xbox Game Pass Quests, se você fez tudo o que podia, certamente já garantiu a de 1.000 pontos mensais, mas ainda assim, vale o aviso: as solicitações restantes devem ser completadas e resgatadas até às 13h59min de segunda-feira, 4 de abril, e não terça-feira como de costume. Isso porque, por algum motivo, elas encerram um dia antes e ficamos 24h sem nada, então, atenção. De resto, aproveitem as atividades tranquilas para acumular ainda mais pontos. Pra saber tudo sobre mais esse benefício aos usuários de Xbox, conferir as atividades disponíveis, compartilhar dicas de como resolver as solicitações, temos um tópico completo com tudo sobre o Microsoft Rewards e Xbox Game Pass Quests aqui no PXB.
Xbox Game Pass Quests - até 4/abr, 13h59min
- Microsoft Flight Simulator (25 pontos) – Jogar Microsoft Flight Simulator. Atividade exclusiva para assinantes Ultimate.
- Minecraft Dungeons (25 pontos) – Jogar o novo evento congelado.
- Conclua três solicitações diárias (10 pontos) – Fazer três daquelas solicitações diárias: jogar um jogo do Xbox Game Pass.
- Conquiste mais pontos (10 pontos) – Desbloquear três conquistas ou jogar três jogos diferentes do Xbox Game Pass.
Microsoft Rewards - até 5/abr, 00h59min
- Tiny Tina's Wonderlands (10 pontos) - Só clicar no card de Tiny Tina's Wonderlands.
- Caçador de Coqnuistas (40 pontos) - Desbloquear três conquistas em qualquer jogo do Xbox.
- Faça buscas no Bing (50 pontos) - Fazer buscas no Bing em três dias diferentes.
LANÇAMENTOS DA SEMANA (28/MARÇO A 1º/ABRIL)
- Agent Intercept (PikPok) - R$ 74,95
- Crusader Kings III (Paradox/Lab42) - R$ 184,95 (Xbox Series X|S)
- Flat Kingdom Paper’s Cut Edition (Games Starter/Ratalaika) - R$ 29,95
- Glam's Incredible Run: Escape from Dukha (Three Legged Egg/Red Art Games)
- Ikai (PM Studios, Inc.) - R$ 18,45
- Princess Farmer (Samobee Games/Whitethorn Games) - R$ 54,95
- Real Heroes: Firefighters HD (Sickhead Games/Ziggurat Interactive) - R$ 54,95
- Super Cyborg (ArturGames/Drageus Games) - R$ 25,95
- Tropico 6 Next Gen Edition (Limbic Entertainment/Kalypso Media) - R$ 184,95 (Xbox Game Pass)
- Vengeful Heart (Salmon Snake/Top Hat Studios) - R$ 36,95
- Weird West (WolfEye Studios/Devolver Digital) - R$ 147,45 (Xbox Game Pass)
- Whisper Trip (Walnut LLC) - R$ 18,45
LANÇAMENTOS DA PRÓXIMA SEMANA (4 A 8/ABRIL)
Terça, 5
Quarta, 6
- Legal Dungeon (Somi/PLAYISM) - R$ 50,95
- Lego Star Wars: The Skywalker Saga (TT Games/Warner Bros. Games) - R$ 229,00
- MLB The Show 22 (San Diego Studio/MLB) - R$ 349,95 (Xbox Game Pass) (Xbox One - R$ 222,45)
- Outbreak: Contagious Memories (Dead Drop Studios LLC) - R$ 112,45
- Replica (Somi/PLAYISM) - R$ 18,45
- Z-Warp (Eastasiasoft Limited/Panda Indie Studio)
Quinta, 7
- Road Maintenance Simulator (Caipirinha Games/Aerosoft GmbH)
Sexta, 8º
- Chinatown Detective Agency (General Interactive Co./Humble Games) - (Xbox Game Pass)
- Chrono Cross: The Radical Dreamers Edition (Square Enix) - R$ 104,95
- Godfall: Ultimate Edition (Counterplay Games/Gearbox)
- Janitor Blends
- Slipstream (Ansdor Games/BlitWorks)
- Whiskey & Zombies (The Nuttery Entertainment/JanduSoft) - R$ 22,45
LINKS RECOMENDADOS
- Apex Legends Xbox Series X|S, PS5 update coming soon - A Respawn confirmou que lançará um upgrade gratuito para Apex Legends no Xbox Series X|S em 29 de março, incluindo resolução 4K (Series X), melhor qualidade de sombras, HDR e outros detalhes. Mais pra frente, a ideia é conseguir disponibilizar uma opção de jogo a 120 fps. | Windows Central
- Clube PXB Game Pass - jogo de abril: Tunic - Tunic chegou de surpresa no Xbox Game Pass, muita gente se jogou e está curtindo e ele agora também faz parte do nosso Clube PXB Game Pass. Acesse o tópico, deixe um post para participar e trocar ideias com a galera. | PXB
- E3 2022 - Digital and Physical - Has Officially Been Canceled - Depois de cancelar um evento físico em 2022 e cogitar a possibilidade de fazer algo virtual (como em 2021), a ESA confirmou que não irá realizar uma edição da E3 em 2022. A ideia é se reagrupar e fazer algo grande em 2023. | IGN
- Event Pass Fracture Tenrai disponível de novo em Halo Infinite - Caso alguém ainda não tenha completado esse event pass gratuito, ele estará disponível até terça-feira, 5 de abril. | Halo Waypoint
- Free Play Days com Epic Chef - Com parte do Free Play Days desta semana, assinantes Xbox Live Gold e Xbox Game Pass Ultimate poderão jogar Epic Chef sem custo adicional até a madrugada de segunda-feira. | Xbox Wire
- Microsoft starts testing Minecraft ray tracing on Xbox - Depois de falar em ray tracing para Minecraft lá na época do anúncio do Xbox One X ainda, parece que agora a coisa está andando. Alguns usuários do Minecraft Preview já conseguem jogar Minecraft com suporte a ray tracing (ainda um pouco limitado) no Xbox Series X|S, além de também já marcar o jogo como otimizado para as plataformas. Quem sabe, tenhamos um anúncio oficial em breve. No Twitter, a Mojang disse que a disponibilização foi um erro e não tem planos de adicionar ray tracing em Minecraft no futuro próximo. | The Verge
- Resident Evil's Creator Visits Bokeh Game Studio [vídeo] - O Bokeh Studio é a nova equipe de Keiichiro Toyama (Silent Hill, Siren, Gravity Rush), e que já confirmaram estar trabalhando em um novo jogo de terror. Nesse vídeo, eles conversaram com Shinji Mikami (Resident Evil, Tango Gameworks) para falar sobre as duas icônicas franquias de terror, suas carreiras, curiosidades e mais. O vídeo é em japonês, mas tem legendas em inglês. | Bokeh Game Studio
- Revelados os jogos do Games with Gold de abril - Os títulos do Games with Gold de abril são: Another Sight e Hue (Xbox One), Outpost Kaloki X e MX vs ATV Alive (Xbox 360), todos rodam também no Series X|S normalmente. No Brasil, Outpost Kaloki X não está disponível, então, teremos Cloning Clyde. Ele e Another Sight já estão disponíveis pra download, inclusive. | Xbox Wire
- Summer Game Fest confirmada para junho de 2022 - Aproveitando o cancelamento da E3, a equipe do Geoff Keighley foi rápida no gatilho pra já confirmar a edição 2022 do Summer Game Fest, incluindo um show principal apresentado pelo Geoff com muitos anúncios e world premieres. | Summer Game Fest
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E fechamos mais uma semana. Se você quiser um quadro bem legal da tabela da Copa pra compartilhar com os amigos, tem essa imagem aqui, do perfil 16 bits ta depressão no Twitter.
Tenham todos um excelente final de semana.
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