Algumas considerações. Primeiro que a pesquisa se propõe a analisar jogos exclusivamente no quesito gráfico e sua percepção pelo espectador, e escolher uma plataforma por esse princípio é plenamente válido. Outros preferem
Não vou entrar no vespeiro do resolutiongate, isso já foi discutido à exaustão e é deveras chato. Deve-se reconhecer que entre VGs, mesmo que existam diferenças, elas são geralmente sutis e ainda variam de jogo para jogo, em alguns é mais evidente e em outros é extremamente difícil de apontar, seja na geração passada seja nessa. É raro encontrar um game onde a experiência é claramente e indiscutivelmente inferior se comparado a outra plataforma, como foi por exemplo Bayonetta no PS3.
Outro fato relevante é que vídeos online sofrem compressão e diminuem a qualidade da imagem, o que esconderia diferenças mais aparentes entre consoles. O jornalista inclusive alertou sobre isso e reconheceu que é algo que afetaria o resultado final de qualquer pesquisa sobre o assunto. Mesmo assim ele disponibilizou para quem quisesse baixar, 3+ gigas de vídeos no google drive para ter acesso direto à captura direct feed sem qualquer compressão. Agora, quantos dos 2700 fizeram isso? Não se sabe, provavelmente poucos devido ao tamanho dos arquivos que exigiam vários minutos ou horas para download, versus simplesmente assistir às imagens no player da página instantaneamente. E se o ponto central é auferir a a percepção dos entrevistados quanto à qualidade gráfica de diferentes plataformas, me parece que o mais correto seria utilizar um meio que não piorasse justamente o ponto à ser pesquisado, inclusive o jornalista reconhece isso ao final do vídeo ao considerar um possível teste futuro. Entretanto, isso é relevante apenas à console vs. console. Mesmo em qualquer player ao redor da net não ver diferença gráfica entre PC e VG é osso. Seria um caso de jogar o PC no lixo ou ir no oftalmologista? Provavelmente não.
Isso tem mais a ver com percepção e familiaridade do que biologia ou hardware. A pesquisa diz que apenas 36% conseguiram identificar corretamente quando a imagem estava sendo rodada no PS4, XB1 e PC, mas quando instruídas para apontar qual imagem estava rodando num PC dentre às três disponíveis, os acertos aumentaram para 58%. Isso só prova uma única coisa, que 42% nunca tiveram contato com um PC de jogo, seja em sua própria casa, seja na casa de amigos e por isso mesmo não sabem nem o que esperar. O mais comum hoje em dia são notebooks, tablets ou simplesmente smartphones, distantes são os dias de um desktop familiar, ainda mais um desktop próprio para games. A alguns anos atrás se quis propagar a falácia de que o olho humano não enxerga nada além de 30fps, e que por isso mesmo, jogos rodando à 60fps são indistintos dos rodando à menos quadros....e não existe abobrinha maior do que essa em termos de gráficos. O foco é entender o conceito de fluidez. Para PC gamers isso é algo usual, inerente, é a busca eterna pelos 60fps, suave igual manteiga, mais liso que bundinha de bebê
Qualquer jogador exclusivo de console, se for dada a oportunidade de jogar um jogo num PC gamer de verdade durante uns poucos minutos, configurações máximas, 1080p e principalmente 60fps, e depois voltar para o VG que for e jogar o mesmo game, absolutamente nunca mais terá problema em apontar quando algo está rodando num PC ou num VG. Entender o que realmente significa fluidez é o tipo de conhecimento que não tem volta, pode ter 7 graus de miopia, pode ser sua avó, não faz a menor diferença. E eu afirmo isso sem desmerecer qualquer plataforma, todas possuem seus pontos fortes e fracos. Existem aqueles que percebem as diferenças, existem aqueles que não percebem, existem os que se importam com gráficos acima de qualquer outro fator, existem aqueles para quem gráfico pouco importa; e estas são todas possibilidades válidas e dignas de respeito, logo cabe a cada um de nós avaliar qual, dentre as várias plataformas disponíveis, atende as necessidades particulares de cada indivíduo, merecendo assim o seu dinheiro suado.