O Terror está de volta, em vários sentidos...
Como apreciador da franquia de longa data, e tendo jogado todos os games lançados, sinto-me a vontade, para discorrer sobre o último capítulo lançado da franquia em março de 2012: Silent Hill: Downpour.
Developer: Vatra
Publisher: Konami
Pontos Fortes !thumbsup :
- Enredo muito bem amarrado.
- Exploração da cidade + Side quests.
- Efeitos climáticos alteram a jogabilidade.
- A trilha não é tão genial como a de Yamaoka, mas Licht fez um trabalho muito bom.
- Como sempre, várias opções de finais.
- Legendas, menus, manuscritos, placas e tudo o que você imaginar, estão em português do Brasil, com diretito a palavrões.
- Talvez o game mais sombrio e assutador da franquia.
- A escassez de recursos, e principalmente de armas de fogo, ajudam no clima de tensão e sobrevivência.
Pontos fracos !ill :
- Sistema de batalha extremamente frustrante.
- Problemas técnicos como carregamento da engine e algumas travadas, típicas da Untreal Engine (jogando no PS3 o problema é pior ainda). Gráfismo um pouco defasado, para os padrões atuais.
- Interpretação do personagem principal é bem canastrona.
- Sistema de escolhas de Karma, seriam um ponto forte, se ão fossem tão superficiais.
- O mundo "alternativo" ficou um pouco chato, devia ter mais exploração nele.
Para começar, é sempre uma responsabilidade muito grande para um novo estúdio, assumir a produção de uma franquia aclamada, ainda mais, quando essa se encontra em decadência evidente nos últimos títulos, porém, a Vatra aceitou o desafio e entre altos e baixos, conseguiu talvez o melhor resultado desde Silent Hill 3.
Como sempre, o passado atormenta o personagem principal.
A história se inicia em uma penitenciária, onde seu personagem Murphy Pendleton, está preso, sem muitas informações sobre o real motivo (o que permanece até o fim do jogo), em uma espécie de tutorial de combate, seu personagem, já controlado por você, é obrigado a fazer uma pequena "atrocidade", que da a entender que se refere a vingança de atos passados. Após as devidas apresentações de comando, seu personagem é transferido junto com alguns outros presos, para uma penitênciária de segurança máxima, porém, no caminho da mesma, o seu ônibus por mero acaso do destino, sai da estrada e cai adivinha aonde? Sim, nos arredores da terrível e implacável Silent Hill. Misteriosamente, você está sozinho no local do acidente, e a partir daí, tende a traçar seu caminho para a liberdade, e é exatamente aonde começa o jogo, mas não vamos falar mais para evitar spoilers.
Aí começa um dos grandes problemas do jogo: O combate... Se muitos reclamaram da agilidade de Alex em Silent Hill: Homecoming, podem ficar tranquilos, pois, Murphy é bem menos ágil, e o sistema de "lock-on" do jogo é péssimo. Se você se encontrar cercado de mais de um inimigo, a melhor idéia, será correr, pois, nesse game, a agilidade foi toda transferida para os inimigos. Eles são rápidos, mortais, resistentes, e você se verá diversas vezes, tomando combos sem poder fazer muita coisa.
Uma das nojentas que vai te atasanar durante o jogo.
Os inimigos atacam de diversas formas, seja por cima, por baixo, pulando em seu pescoço, ou mesmo correndo pelo teto, e se nos demais jogos da série, a munição era escassa, nessa versão as coisas são piores. Armas de fogo durante o jogo, eu achei pouquíssimas, e as mesmas ainda são descartáveis, isso mesmo, descartáveis, você usa e se acabar a munição, você tem a opção de guarda-la até encontrar mais, mais isso vai ser meio raro durante a campanha. Mais um caso, se você está carregando uma arma grande, e quiser pegar outra , Murphy automáticamente, substitui pela próxima (como acontece em Max Payne 3), jogando a outra no chão, então esqueça aquele arsenal onde você vai no menu, e substitui uma shotgun por um cano, pois, não rola aqui. Armas de fogo são tão raras, que durante a campanha, só me lembro de ter encontrado algumas pistolas, uma ou duias shotguns e um Lança Pregos (que é meio secreto), foram as únicas, no mais, agarre o primeiro machado de incêncdio que encontrar e o use até ele quebrar, pois, é uma das armas mais eficientes do jogo, já que pode quebrar barreiras de portas, e são bem eficazes contra a maioria dos inimigos. De resto, você terá que se virar com tijolos, pedações de ferro, cadeiras, atiçadores de lareira, rastelos, martelos e tudo o que servir para bater em alguém.
Trocando...
Durante uma boa parte do jogo, você é obrigado a seguir um caminho mais linear, pois, essa é a trilha até Silent Hill, o que não permite muita exploração, porém, após chegar a cidade, as coisas começam a ficar mais legais, e perigosas também. Isso porque, é possível andar pela cidade, e entrar em diversas residências, como casas, lojas, delegacias, escolas, asilos e etc. E muito disso, totalmente fora da história principal!; ou seja, você pode entrar em uma casa e ela pode conter uma hisória bem assustadora, onde juntando os pauzinhos, você decifra o mistério, e além de ganhar alguns ítens bacanas, é presenteado com um troféu/ conquista. Existe um para cada side-quest presente no game.
Uma das casas com seus pequenos segredos sujos.
Além das side-quests, outra coisa afetará sua busca na cidade: A chuva... Sim, caso comece a chover, corra para um abriga e espere a chuva passar, pois, as tempestades atraem mais inimigos, e os deixam mais fortes, o que complica e muito a exploração. Esse fator climático, é uma ótima adição ao jogo, dentre muitas boas idéias do estúdio.
O terror do mundo alternativo.
Não posso dizer a mesma coisa, sobre o "mundo alternativo" da Vatra. Como marca registrada do game, devia ter um pouco mais de investimento e exploração, mas na maior parte do tempo, você fica fugindo por labirintos de um "buraco vermelho" que quer te sugar. Quando ele dissipa, você pode explorar um pouco os locais, mas não espere muita coisa.
Na chuva, o bicho (ou a bicha) pega.
Porém, nem tudo são flores. O game é assustador, tem muitas adições bacanas para a série, conseguiu retornar com um terror que havia sido perdido, mas tecnicamente é fraco, perto dos grandes títulos que temos hoje. Silente Hill é uma franquia com nome de peso, e parece que Downpour, não recebeu um investimento a altura. Você percebe que o trabalho poderia ter sido melhr executado em vários sentidos, mas aparentemente, o estúdio ficou limitado a um orçamento restrito, e com isso, o game foi lançado com gráficos ultrapassados, sem muitos detalhes, além de defeitos de colisão, bugs que te atrapalham (como ficar preso em paredes invisíveis), combate pobre, sistema de mira dos objetos muitas vezes não funciona direito, entre outros. Em mais de uma parte do game, fiquei frutrado ao tentar pegar uma arma, ou medikit, e o personagem simplesmente não identificou o objeto!! Fiquei uns minutos tentando, e acabei deixando o enfeite de cenário por ali mesmo. Frustrante!
Cunninghan é a policial da vez.
Como sempre, o game apresenta um sistema de finais váriados, são 5 no total, e os mesmos variam de acordo com suas escolhas no jogo. Sim, o game oferece algumas escolhas de Karma, porém, as mesmas são relativamente superficiais, e poderiam ter sido melhor trabalhadas. Não senti o peso de nenhuma escolha no jogo.
A trilha sonora é muito boa, e sempre varia de acordo com a situação, portanto, se prepare para grandes sustos durante a campanha, na cidade que está menos amigável que nunca. As dublagens são convincentes, mas infelizmente, a interpretação do Murphy é bem fraquinha. Ele grita e se altera de forma bem canastrona, com certeza, não concorreria ao Oscar...rs
Magoei
Conclusão.
Enfim, Slient Hill Downpour, entre altos e baixos, consegue sim, ser o melhor jogo da franquia, desde o ótimo Silent Hill 3. O game teve idéias impressionantes, e que agragam muito ao terror psicológico, porém, (talvez por baixo investimento por parte da Konami), o game temm seus problemas técnicos como gráficos defasados, e jogabilidade com problemas, além de um sistema de batalha frustrante. Se você conseguir passar por cima desses problemas, que não são dos piores, tem pela frente, um dos games mais assuatadores e perturbadores da geração, com direito a muitos sustos, tensão, e exploração nunca vista na franquia. Recomendo aos fãs do gênero e da franquia.
Scarfella Score: 7,5 -
Como apreciador da franquia de longa data, e tendo jogado todos os games lançados, sinto-me a vontade, para discorrer sobre o último capítulo lançado da franquia em março de 2012: Silent Hill: Downpour.
Developer: Vatra
Publisher: Konami
Pontos Fortes !thumbsup :
- Enredo muito bem amarrado.
- Exploração da cidade + Side quests.
- Efeitos climáticos alteram a jogabilidade.
- A trilha não é tão genial como a de Yamaoka, mas Licht fez um trabalho muito bom.
- Como sempre, várias opções de finais.
- Legendas, menus, manuscritos, placas e tudo o que você imaginar, estão em português do Brasil, com diretito a palavrões.
- Talvez o game mais sombrio e assutador da franquia.
- A escassez de recursos, e principalmente de armas de fogo, ajudam no clima de tensão e sobrevivência.
Pontos fracos !ill :
- Sistema de batalha extremamente frustrante.
- Problemas técnicos como carregamento da engine e algumas travadas, típicas da Untreal Engine (jogando no PS3 o problema é pior ainda). Gráfismo um pouco defasado, para os padrões atuais.
- Interpretação do personagem principal é bem canastrona.
- Sistema de escolhas de Karma, seriam um ponto forte, se ão fossem tão superficiais.
- O mundo "alternativo" ficou um pouco chato, devia ter mais exploração nele.
Para começar, é sempre uma responsabilidade muito grande para um novo estúdio, assumir a produção de uma franquia aclamada, ainda mais, quando essa se encontra em decadência evidente nos últimos títulos, porém, a Vatra aceitou o desafio e entre altos e baixos, conseguiu talvez o melhor resultado desde Silent Hill 3.
Como sempre, o passado atormenta o personagem principal.
A história se inicia em uma penitenciária, onde seu personagem Murphy Pendleton, está preso, sem muitas informações sobre o real motivo (o que permanece até o fim do jogo), em uma espécie de tutorial de combate, seu personagem, já controlado por você, é obrigado a fazer uma pequena "atrocidade", que da a entender que se refere a vingança de atos passados. Após as devidas apresentações de comando, seu personagem é transferido junto com alguns outros presos, para uma penitênciária de segurança máxima, porém, no caminho da mesma, o seu ônibus por mero acaso do destino, sai da estrada e cai adivinha aonde? Sim, nos arredores da terrível e implacável Silent Hill. Misteriosamente, você está sozinho no local do acidente, e a partir daí, tende a traçar seu caminho para a liberdade, e é exatamente aonde começa o jogo, mas não vamos falar mais para evitar spoilers.
Aí começa um dos grandes problemas do jogo: O combate... Se muitos reclamaram da agilidade de Alex em Silent Hill: Homecoming, podem ficar tranquilos, pois, Murphy é bem menos ágil, e o sistema de "lock-on" do jogo é péssimo. Se você se encontrar cercado de mais de um inimigo, a melhor idéia, será correr, pois, nesse game, a agilidade foi toda transferida para os inimigos. Eles são rápidos, mortais, resistentes, e você se verá diversas vezes, tomando combos sem poder fazer muita coisa.
Uma das nojentas que vai te atasanar durante o jogo.
Os inimigos atacam de diversas formas, seja por cima, por baixo, pulando em seu pescoço, ou mesmo correndo pelo teto, e se nos demais jogos da série, a munição era escassa, nessa versão as coisas são piores. Armas de fogo durante o jogo, eu achei pouquíssimas, e as mesmas ainda são descartáveis, isso mesmo, descartáveis, você usa e se acabar a munição, você tem a opção de guarda-la até encontrar mais, mais isso vai ser meio raro durante a campanha. Mais um caso, se você está carregando uma arma grande, e quiser pegar outra , Murphy automáticamente, substitui pela próxima (como acontece em Max Payne 3), jogando a outra no chão, então esqueça aquele arsenal onde você vai no menu, e substitui uma shotgun por um cano, pois, não rola aqui. Armas de fogo são tão raras, que durante a campanha, só me lembro de ter encontrado algumas pistolas, uma ou duias shotguns e um Lança Pregos (que é meio secreto), foram as únicas, no mais, agarre o primeiro machado de incêncdio que encontrar e o use até ele quebrar, pois, é uma das armas mais eficientes do jogo, já que pode quebrar barreiras de portas, e são bem eficazes contra a maioria dos inimigos. De resto, você terá que se virar com tijolos, pedações de ferro, cadeiras, atiçadores de lareira, rastelos, martelos e tudo o que servir para bater em alguém.
Trocando...
Durante uma boa parte do jogo, você é obrigado a seguir um caminho mais linear, pois, essa é a trilha até Silent Hill, o que não permite muita exploração, porém, após chegar a cidade, as coisas começam a ficar mais legais, e perigosas também. Isso porque, é possível andar pela cidade, e entrar em diversas residências, como casas, lojas, delegacias, escolas, asilos e etc. E muito disso, totalmente fora da história principal!; ou seja, você pode entrar em uma casa e ela pode conter uma hisória bem assustadora, onde juntando os pauzinhos, você decifra o mistério, e além de ganhar alguns ítens bacanas, é presenteado com um troféu/ conquista. Existe um para cada side-quest presente no game.
Uma das casas com seus pequenos segredos sujos.
Além das side-quests, outra coisa afetará sua busca na cidade: A chuva... Sim, caso comece a chover, corra para um abriga e espere a chuva passar, pois, as tempestades atraem mais inimigos, e os deixam mais fortes, o que complica e muito a exploração. Esse fator climático, é uma ótima adição ao jogo, dentre muitas boas idéias do estúdio.
O terror do mundo alternativo.
Não posso dizer a mesma coisa, sobre o "mundo alternativo" da Vatra. Como marca registrada do game, devia ter um pouco mais de investimento e exploração, mas na maior parte do tempo, você fica fugindo por labirintos de um "buraco vermelho" que quer te sugar. Quando ele dissipa, você pode explorar um pouco os locais, mas não espere muita coisa.
Na chuva, o bicho (ou a bicha) pega.
Porém, nem tudo são flores. O game é assustador, tem muitas adições bacanas para a série, conseguiu retornar com um terror que havia sido perdido, mas tecnicamente é fraco, perto dos grandes títulos que temos hoje. Silente Hill é uma franquia com nome de peso, e parece que Downpour, não recebeu um investimento a altura. Você percebe que o trabalho poderia ter sido melhr executado em vários sentidos, mas aparentemente, o estúdio ficou limitado a um orçamento restrito, e com isso, o game foi lançado com gráficos ultrapassados, sem muitos detalhes, além de defeitos de colisão, bugs que te atrapalham (como ficar preso em paredes invisíveis), combate pobre, sistema de mira dos objetos muitas vezes não funciona direito, entre outros. Em mais de uma parte do game, fiquei frutrado ao tentar pegar uma arma, ou medikit, e o personagem simplesmente não identificou o objeto!! Fiquei uns minutos tentando, e acabei deixando o enfeite de cenário por ali mesmo. Frustrante!
Cunninghan é a policial da vez.
Como sempre, o game apresenta um sistema de finais váriados, são 5 no total, e os mesmos variam de acordo com suas escolhas no jogo. Sim, o game oferece algumas escolhas de Karma, porém, as mesmas são relativamente superficiais, e poderiam ter sido melhor trabalhadas. Não senti o peso de nenhuma escolha no jogo.
A trilha sonora é muito boa, e sempre varia de acordo com a situação, portanto, se prepare para grandes sustos durante a campanha, na cidade que está menos amigável que nunca. As dublagens são convincentes, mas infelizmente, a interpretação do Murphy é bem fraquinha. Ele grita e se altera de forma bem canastrona, com certeza, não concorreria ao Oscar...rs
Magoei
Conclusão.
Enfim, Slient Hill Downpour, entre altos e baixos, consegue sim, ser o melhor jogo da franquia, desde o ótimo Silent Hill 3. O game teve idéias impressionantes, e que agragam muito ao terror psicológico, porém, (talvez por baixo investimento por parte da Konami), o game temm seus problemas técnicos como gráficos defasados, e jogabilidade com problemas, além de um sistema de batalha frustrante. Se você conseguir passar por cima desses problemas, que não são dos piores, tem pela frente, um dos games mais assuatadores e perturbadores da geração, com direito a muitos sustos, tensão, e exploração nunca vista na franquia. Recomendo aos fãs do gênero e da franquia.
Scarfella Score: 7,5 -