Análise Assassin's Creed III - Crítica

DeLarge

Jogador
Maio 21, 2012
165
0
Assassins-creed-31.jpg


Resolvi fazer uma análise um pouco diferente deste game, pois sempre vejo o mesmo esquema de dar notas para gráficos, jogabilidade, multiplayer e etc. Como não me julgo capaz de dar notas para algo que eu não sou capaz de fazer prefiro analisar pontos um pouco mais específicos.


Sem delongas vamos lá:

Asassin's Creed III é o maior e mais complexo game da franquia, a esta altura não é novidade para ninguém que este jogo é passado em plena Revolução Americana, um período importantíssimo na história do mundo em geral. O horizonte temporal da aventura é gigantesco, atravessando toda a revolução, mas começando mesmo antes desta época, no período entre 1754 e 1763 quando os Franceses travaram um conflito com os índios nativos ao mesmo tempo que mantinham uma disputa com os colonizadores Ingleses. O enredo está muito bem escrito, e melhor do que isso, liga muito bem os diferentes períodos e acontecimentos durante as etapas do jogo.

Apresentando novos personagens reais e ficcionais e locais. Nesse cenário, as cidades de Boston e Nova York estão em processo de crescimento, por isso, ao invés de explorar somente a verticalidade de estruturas artificiais, é possível passear também por árvores e terreno acidentado natural. Há um milhão de coisas a se fazer. O resultado, porém, é tão rico quanto tem bugs. Mas em mundos tão grandes e com tantas possibilidades, é comum que existam erros e problemas de frame rate até que atualizações sejam disponibilizadas.

Porque jogar

Aquilo que é a essência da série, o combate e o free running, foi lapidada. Mesmo que o combate continue simples, uma marca de todos os Assassin's Creed, este é o melhor da franquia, com armas interessantes e ótimas animações dos assassinatos, além de brigas com animais selvagens.

Há novas mecânicas, como escutar conversas e batalha naval, que adicionam uma camada extra de diversão; o mundo é enorme e imersivo, como de praxe e esperado pelos fãs; e há um ajuste de combate e de free running, que lapidam as duas mecânicas essenciais da série. Além disso, outras implementações supérfluas - como o jogo de "tower defense" de Assassin´s Creed Revelations - foram removidas

Correr e escalar a cidade é mais simples e direto, e estes pontos são auxiliados por uma interface esperta. Ademais, os gráficos ganham um novo brilho, e mostram uma movimentação mais fluida de Connor. Neste ponto, a desenvolvedora cumpre aquilo que promete: um game digno da série, que faz pequenos ajustes e traz ainda mais exploração e novas mecânicas que nada devem aos jogos anteriores.

Uma adição que vale a pena destacar é o já citado antes combate naval, que é absolutamente divertido e emocionante e traz uma bem-vinda sensação de variedade ao novo jogo. Muitos dos fãs temiam que a sua jogabilidade seria rasa ou desinteressante, mas as batalhas em alto mar se tornam um dos pontos mais bacanas de Assassin's Creed III. O modo cooperativo Wolfpack também deve estar na sua lista de novidades a serem testadas apesar de eu não ter tido a oportunidade de fazer isso ainda.

Os Protagonistas

Em termos de roteiro, porém, é frustrante perceber que o controle do novo herói, Connor, chegue apenas depois de algumas horas de jogo. Por outro lado, o primeiro personagem a aparecer, Haytham, é interessante e tem uma aura de carisma, o que torna a experiência mais agradável. Parece, assim, que o enfoque do game é a guerra entre Templários e os Assassinos, e não a um ou outro personagem.

O problema é que você dificilmente encontrará nesses dois protagonistas (Connor e Haytham) o pareço que teve por Ezio, o que pode ser um pouco estranho para um game que representa o grande clímax de Desmond. Isto é, existe um charme no índio mestiço, mas nada que se compare ao do "garanhão italiano". Isso sem contar o vilão, apenas regular, talvez porque ele não seja o verdadeiro malfeitor (não posso falar nada além disso para não estragar surpresas).


Connor o protagonista deste terceiro título representa uma mistura entre as origens nativas índias daquele continente e as forças estrangeiras que invadiram a América do Norte, as suas origens, motivações, porque devemos nos importar e relacionar com ele é mais cuidadosa que nunca. Connor, ou Ratohnhaké:ton para a família, não é apenas uma personagem muito detalhada, como está muito bem caracterizado

Porém mais do que em outros games da série, temos a sensação de que Connor não faz aquilo que pode, mas aquilo que precisa, o que pode ser uma premissa interessante, e ao mesmo tempo, cruel e dura. Isto pode ser considerado como um lema do título: fazemos aquilo que nos é requerido, mesmo que no processo, deixamos de completar a missão pela qual nos envolvemos nessa bagunça toda. A questão do sacrifício é bem explorada na história em vários pontos mas o novo assassino parece se sentir manipulado.

Conclusão

Infelizmente, com o final do game, depois de uma interação e uma peleja entre as duas deusas – Minerva e Juno –, sobra apenas a frustração. É impossível não compará-lo, em menor grau, à igualmente vazia conclusão de Mass Effect 3.

Por outro lado, a Ubisoft, além de tocar na questão da existência por via do mito do eterno retorno (também usada pela trilogia de Mass Effect), acaba negando muito do que afirmou em sua franquia. Para mim, o final é simplesmente desgostoso. E o pior: reafirma a questão da manipulação também vista na linha narrativa de Connor.


Em suma é um excelente jogo de ação que infelizmente peca no enredo, vou encerrando por aqui para não spoilar, porém encerro essa pequena análise com um apelo às empresas de videogames, para que concebam suas histórias do começo ao fim. Que tomem cuidado com um novo tipo de mania que assola os jogos eletrônicos: o desleixo nos finais, quase sempre vagos e inconsistentes. Ainda mais em uma franquia que primou por sua qualidade narrativa desde a primeira edição.
 

thiago.cido

Jogador
Outubro 28, 2011
118
0
pena que o fim da história não seja como esperávamos, pois essa é a minha segunda franquia de games favorita, logo após Metal Gear Solid.

mas, o jogarei de qualquer forma. Pra mim, todo AC é uma experiência incrível
 

DeLarge

Jogador
Maio 21, 2012
165
0
[quote1353614949=thiago.cido]
pena que o fim da história não seja como esperávamos, pois essa é a minha segunda franquia de games favorita, logo após Metal Gear Solid.

mas, o jogarei de qualquer forma. Pra mim, todo AC é uma experiência incrível
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Não se engane é um ótimo jogo de ação, mas deixou a desejarem alguns quesitos que sempre foram o diferencial da série.
 

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