Joguei Stanley Parable e gostei bastante, tirando o enjoo sentido.
É um jogo que nos convida a contestar, não deixar que o entretenimento nos manipule, nos aliene. A ideia é que a gente pense se os nossos critérios de preferência são nossos de fato ou se nos foram impostos pelo outro.
Ele discute muito o game design. As implicações éticas e criativas de se optar por um mundo aberto ou linear. O fato do desenvolvedor introduzir barreiras artificiais nos jogos só pra aumentar o tempo do jogo e manter o jogador num estado de indiferença, de apatia com relação ao seu papel no jogo.
A coisa é discutida a partir do jogo, do entretenimento. Mas isso vale pra tudo na vida. O objeto de alienação do Stanley é o trabalho, mas o pior é ele não saber disso porque só cumpre ordens e não pensa sobre aquilo que tá fazendo.
A narração é perfeita. Versão masculina da Glados, de Portal. Muito bom. Jogão. Tem 500 mil finais, rsrs. Eu consegui chegar a uns 10 finais, eu acho.
Em tempos de Pokemon Go, vale a pena jogar.