Pontos Fortes:
-Sistema de free-cut, não é exatamente novo, mas é um trabalho único.
-Jogabilidade rápida e muito bem feita, com novos elementos e equilíbrio na maioria do jogo, ao melhor estilo "Platinum".
-Cenários e objetos amplamente destrutíveis.
-Boss battles bem legais, e cheias de adrenalina.
-Algumas kojimices para manter a alma do jogo.
Pontos fracos.
-O jogo pode ser difícil para algumas pessoas, mesmo no modo normal, devido o sistema de parry, e algumas exigências.
-Câmera as vezes é problemática e pode atrapalhar em situações.
-Character design, não está a altura dos demais Metal Gears.
Anunciado desde a E3 de 2009, e com diversos problemas de produção, e chegando até, a quase ser cancelado, Metal Gear Rising: Revegeance, finalmente chega as nossas mãos, para delírio dos fãs da franquia, carentes de jogos, devido as diversas exclusividades malucas de Kojima. Como todos sabem, esse é o primeiro jogo que sai do elemento "stealth", de Metal Gear Solid, para a vertente Hack'n Slash, como o codinome de Rising, e como ficou isso?
Enredo. (Sem spoilers]
O game se passa 4 anos apoós os eventos de Metal Gear Solid 4. Raiden presta serviços de segurança VIP, treino militar e outras funções para uma base militar de segurança privada (EMSP) num país em desenvolvimento, que sofre sua reconstrução após uma guerra civil. O trabalho era tranquilo, já que Raiden é extremamente forte, e escoltado por diversos cyborgues da guarda e armamento pesado. Durante uma escolta importante, o grupo de Raiden é atacado, por um grupo poderoso, e cheio de habilidades, que derrotam e humilham Raiden, assassinando o Presidente que estava sendo escoltado, e deixando Raiden extremamente ferido. É aí que Raiden sai atrás de vingança.
Como sempre, os motivos vão ser políticos, e a história está recheada de reviravoltas, com inimigos poderosos e batalhas sangrentas. Não achei os inimigos tão épicos como os dos demais Metal Gears, e realmente não são tão memoráveis, porém, alguns se destacam e a história flui bem.
Meta Gear?
Jogabilidade.
Como todos já devem saber, essa vertente do jogo é Hack'n Slash, logo, esqueçam a furtividade como base do jogo, pois, o noegócio aqui é cortar, cortar e cortar mais um pouco. E basicamente se resume a isso mesmo, pois, o jogo não oferece puzzles e situações muito complexas, aonde o diferencial é a jogabilidade, e as batalhas com os inimigos.
No jogo, você cruza os cenários até o seu objetivo, e em meio a isso, vão surgindo os obstáculos nos seu caminho, que são inimigos, ou diversas situações. Para superá-los, Raiden pode contar com sua arma primária, que é basicamente sua espada principal, e diversas armas secundárias que alteram a jogabilidade, que podem ser encontradas no cenário, ou mesmo superando chefes. O arsenal conta com uma lança Gecko, uma mini "espada-chicote", uma "tesoura gigante", RPG's, granadas e etc.
Quer uma mãozinha ae?
Para além disso, o game ainda conta com um pouco dos elementos de "stealth" para relembrar um pouco da série, em certos momentos é possível seguir sem ser detectado, e os sinais de "caution" quando um inimigo vê algo estranho, e o de "Alert" quando ele de fato te viu. Em alguns momentos é possível seguir assim, mas eles são minoria, pois, na maior parte do tempo, Raiden está lutando e cortando diversos inimigos ao mesmo tempo.
Quanto ao sistema de batalha, ele é muito interessante e empolga bastante, baseado em golpe fraco e golpe forte, aonde basta você apertar os botões alternadamente, que assim como em Bayonetta, o Raiden faz o show dele, porém, é preciso atenção, pois, os inimigos atacam, mesmo quando estão sendo atacados, e você pode levar danos e morrer diversas vezes se atacar sem parar. O jogo oferece um sistema de parry, que consiste em, que no momento do golpe do inimigo, você coloque o direcional pra frente (direção do golpe) e pressione o ataque fraco, que Raiden defenderá o golpe e poderá atacar em seguida. Funciona bem, mas é não é um sistema fácil, principalmente para quem não está habituado como esse tipo de jogo. Além do mais, o jogo não tem "auto-regen", e conta com recuperadores de energia, que tendem ao deixar a vida do jogador mais complicada.
Outra coisa que pode ser um problema, é o sistema de câmeras, que atormenta 11 em cada 10 jogos de Hack n' slash. Em alguns momentos você está atacando um personagem e Raiden mira em outro, ou fica de costas sem ação. Somando isso, a necessidade do parry constante, você irá apanhar várias vezes por culpa das câmeras, que tentam de dar a melhor posição para o combate, e acabam se perdendo fazendo o contrário. Na maior parte do jogo isso não atrapalha, mas em algumas batalhas, pode ser extremamente frustrante.
O design não é dos melhores.
Para além disso, é possível abrir baús, cortar alguns objetos da tela para ganhar itens, e durante as batalhas, cortar a mão de alguns inimigos, para obter informações. Diversas vezes, o jogo tenta testar sua perícia no corte e no reflexo, que te obrigam a cortar uma mão, ou mesmo defender vários ataques ao mesmo tempo. Virtualmente é tudo plasticamente lindo, e Raiden é extremamente habilidoso.
Claro que as Kojimices não podiam ser esqueidas, e o jogo tem várias referências a outros jogos, como inimigos escondidos dentro de caixas, espalhados por fases, além é claro de você poder se esconder em caixas e latões. Tem também exclamações e interrogações na cabeça de inimigos, seguido daquele som de alarme já conhecido de anos atrás, imagens holográficas de mulheres para distrair inimigos e etc.
Gráficos.
Aqui é um ponto delicado. A engine da Platinum, não é tão bonita quanto a engine de Metal Gear Solid 4 por exemplo, mas ela sempre me agradou, como em Vanquish. Adaptaram ela a um visual mais próximo de Metal Gear 4, e isso não é nenhum problema, em um jogo como esse. O jogo não é extremamente detalhado, porém, existe uma explicação: Quase tudo é destrutível e cortável, e você pode cortar em centenas e até milhares de pedaços, até o objeto sumir, literalmente.
Visualmente o sistema de cortes do jogo impressiona, e é legal escolher o ângulo, e cortar a vontade, aonde isso serve para inimigos, objetos e tudo mais que você tentar.
who's bad?
Durabilidade.
Eu fechei o jogo, em cerca de quase 8 horas no normal, o que pode ser alongado no hard, e com as VR Missions. O jogo te incentiva a jogá-lo novamente com o sistema de ranking, e pra quem é fã de um bom hack'n slash, passará muito tempo batendo records e tentando superar as suas notas em cada batalha.
Já aviso a todos, o jogo em geral, não é tão dificil para quem gosta do gênero, e se empenha em conhecer suas mecânicas, e principalmente entender os sistema de parry, porém, mesmo no normal, o jogo tende a desequilibrar bastante em alguns Bosses específicos, aonde lutar errado, vai ser seu caixão por várias vezes. O último chefe, é insanamente difícil, mesmo no normal, e mesmo jogando certo, e vai cobrar uma perícia e habilidade acima da média do jogador para conseguir superá-lo. Chega a ser frustrante, pois, acredito que muita gente vai sofrer e chorar lágrimas de sangue pra vencer o desgraçado, mas quando eu vi um vídeo no youtube, com um cara o vendendo sem tomar dano, me senti deprimido...rs
Galera todo reunida.
Som:
O som é ok, com uma trilha bem frenética, com muito Rock e eletrônika, que dão aquela empolgação para lutar e cortar tudo o que aparece pela frente. As dublagens variam, entre algumas muito boas e outras "meh", mas fora Raiden, Wolf e alguns vilões, o jogo não traz tantos personagens memoráveis assim, mas quanto ao som, nada que desagrade.
O jogo conta com alguns inimigos memoráveis.
Veredito:
Metal Gear Rising, é uma nova vertente da franquia, e que teve uma estréia muito satisfatória. O jogo tem seus defeitos, mas é alucinante, frenético e com um Raiden mais "heróico" e memorável do que antes. Você vai adorar cortar tudo e todos que cruzarem seu caminho, em uma história legal, com diversas referências ao universo da série. apar os fãs da saga, vale a pena sim conferir, assim como aos apreciadores de um bom Hack n' Slash !thumbsup
