Textão, preparem-se... 3, 2, 1...
Olá amigos, gostaria de levantar uma bola e iniciar uma discussão sobre os rumos que a comunidade gamer - ou pelo menos parte dela - vem tomando nos últimos anos. Eu tenho 37 anos, o que significa que passei por muitas gerações de consoles e na minha adolescência joguei muito na era 8 bits (Atari, Nintendinho, Master System, Game Boy e cia.), numa época em que a grande maioria dos jogos sequer tinha password, bateria ou escolha de dificuldade no menu. (e pra fins de informação, sim, as baterias de salvamento em cartuchos surgiram nos 8 bits, apesar de raros). Então você era obrigado a jogar aquele jogo foda, estilo Battletoads, do começo ao fim, sem poder salvar o progresso. Isso não me incomodava, afinal, tempo não era problema na adolescência. Podia comprometer umas 3 horas jogando sem me preocupar com nada, quer dizer, me preocupava muito quando minha mãe passava varrendo no meio da sala arrastando tudo como um furacão.
Os bons tempos se foram...
Hoje, anos depois, com a chegada da internet rápida, consoles e placas de vídeo modernas, regalias como salvamento na nuvem, me tornei adulto, com responsabilidades, obrigações e um tempo que se tornou mais que precioso. Não parei de jogar, não abandonei essa paixão que são os games. Mas o Battletoads ficou nas sombras. Eu não ousaria terminá-lo novamente sem poder salvá-lo. Por essas razões, muito frequentemente escolho os modos "normal" ou "easy" para jogar algo, mais para relaxar, sem estresse. Pois com o tempo corrido, ficar morrendo no mesmo lugar não é mais pra mim.
A comunidade se tornou tóxica
Seguindo esse mesmo raciocínio, acredito que vários Youtubers fazem uso dessa facilidade em alguns jogos pra conseguir gravar seus gameplays sem interrupções ou serem forçados a fazer constantes edições nos vídeos. É preciso deixar claro aqui, que não sou fã de nenhum "Youtuber". O único canal em que me inscrevi até hoje foi o do @ArnaldoDK, que eu acho muito engraçado e o do @ronabs por ocasião de uma publicação dele aqui no fórum. Mas voltando ao assunto, hoje me deparei novamente com uma situação que tem se tornado corriqueira no meio gamer que é o de pessoas criticando e menosprezando alguns youtubers (e consequentemente outros jogadores) por utilizarem o modo "easy" para jogar ou fazer seus gameplays. Vi essa prática muito frequente naquela paginazinha "milgrau", o que não me causava espanto, afinal a proposta daquela página sempre foi posar de babaca ou idiota (e bem, se essa não era a intenção...).
Num vídeo recente de um youtuber famoso que gravou o gameplay de Uncharted 4, foram atrás do perfil do cara na PSN pra descobrir que o cara não tinha desbloqueado os troféus referente às dificuldades maiores, o que significava que ele tinha terminado o jogo no "very easy". E nossa, isso foi um absurdo, se tornou notícia por um mês naquela página e tal. Mas o que realmente me deixou surpreso hoje - e razão de eu ter levantado essa reflexão aqui - é que muitos seguidores daquela página, inclusive outros com canais no youtube, estão seguindo essa mesma filosofia de criticar o cara porque ele terminou o jogo no "very easy" e isso seria um absurdo, algo imperdoável. Esses seguidores também estão criando vídeos com o mesmo tema, como se fosse uma nova religião criticar o tal youtube que jogou Uncharted 4 no "very easy". O youtuber em questão, alvo desses ataques, se sentiu inclusive na obrigação de ocultar os troféus, dado o assédio criado por esses grupos de pessoas, criando uma situação vexatória, que na minha opinião é inexistente, nula.
Presenciar essa bizarrice hoje me fez pensar: Quando nos tornamos isso? Em que momento começou essa obrigação de jogar no "very hard" ou você não é gamer de verdade? Eu, do alto dos meus quase 40 anos, depois de ter zerado Battletoads, todos os Mários, todos os Sonics, quase todos os Mega-Mans, e tantos outros, nunca julguei outro jogador por essa questão. Pra mim isso é meramente opcional. Por que essa necessidade de expor pessoas ao ridículo, enxovalhar, para provar que você é supostamente melhor que ela em algo? Hoje me sinto um incapaz por ter usado o código Konami pra terminar Gradius 2 e peço desculpas ao "milgrau" por isso, mas foda-se, eu joguei até o fim com um colega e foi muito divertido.
Triste ver o que parte dessa comunidade gamer está se tornando. Pior, não são crianças, mas em nome de alguns likes, se prestam a este papel ridículo e pior, arrastando consigo pessoas de mente igualmente vazias, criando conceitos errados, transformando jogadores em figuras tóxicas dentro da comunidade, crianças e adolescentes em suas maioria.
Deixe a sua opinião, sua indignação, sua admiração, etc...
Desculpas à moderação se postei em local errado.
Olá amigos, gostaria de levantar uma bola e iniciar uma discussão sobre os rumos que a comunidade gamer - ou pelo menos parte dela - vem tomando nos últimos anos. Eu tenho 37 anos, o que significa que passei por muitas gerações de consoles e na minha adolescência joguei muito na era 8 bits (Atari, Nintendinho, Master System, Game Boy e cia.), numa época em que a grande maioria dos jogos sequer tinha password, bateria ou escolha de dificuldade no menu. (e pra fins de informação, sim, as baterias de salvamento em cartuchos surgiram nos 8 bits, apesar de raros). Então você era obrigado a jogar aquele jogo foda, estilo Battletoads, do começo ao fim, sem poder salvar o progresso. Isso não me incomodava, afinal, tempo não era problema na adolescência. Podia comprometer umas 3 horas jogando sem me preocupar com nada, quer dizer, me preocupava muito quando minha mãe passava varrendo no meio da sala arrastando tudo como um furacão.
Os bons tempos se foram...
Hoje, anos depois, com a chegada da internet rápida, consoles e placas de vídeo modernas, regalias como salvamento na nuvem, me tornei adulto, com responsabilidades, obrigações e um tempo que se tornou mais que precioso. Não parei de jogar, não abandonei essa paixão que são os games. Mas o Battletoads ficou nas sombras. Eu não ousaria terminá-lo novamente sem poder salvá-lo. Por essas razões, muito frequentemente escolho os modos "normal" ou "easy" para jogar algo, mais para relaxar, sem estresse. Pois com o tempo corrido, ficar morrendo no mesmo lugar não é mais pra mim.
A comunidade se tornou tóxica
Seguindo esse mesmo raciocínio, acredito que vários Youtubers fazem uso dessa facilidade em alguns jogos pra conseguir gravar seus gameplays sem interrupções ou serem forçados a fazer constantes edições nos vídeos. É preciso deixar claro aqui, que não sou fã de nenhum "Youtuber". O único canal em que me inscrevi até hoje foi o do @ArnaldoDK, que eu acho muito engraçado e o do @ronabs por ocasião de uma publicação dele aqui no fórum. Mas voltando ao assunto, hoje me deparei novamente com uma situação que tem se tornado corriqueira no meio gamer que é o de pessoas criticando e menosprezando alguns youtubers (e consequentemente outros jogadores) por utilizarem o modo "easy" para jogar ou fazer seus gameplays. Vi essa prática muito frequente naquela paginazinha "milgrau", o que não me causava espanto, afinal a proposta daquela página sempre foi posar de babaca ou idiota (e bem, se essa não era a intenção...).
Num vídeo recente de um youtuber famoso que gravou o gameplay de Uncharted 4, foram atrás do perfil do cara na PSN pra descobrir que o cara não tinha desbloqueado os troféus referente às dificuldades maiores, o que significava que ele tinha terminado o jogo no "very easy". E nossa, isso foi um absurdo, se tornou notícia por um mês naquela página e tal. Mas o que realmente me deixou surpreso hoje - e razão de eu ter levantado essa reflexão aqui - é que muitos seguidores daquela página, inclusive outros com canais no youtube, estão seguindo essa mesma filosofia de criticar o cara porque ele terminou o jogo no "very easy" e isso seria um absurdo, algo imperdoável. Esses seguidores também estão criando vídeos com o mesmo tema, como se fosse uma nova religião criticar o tal youtube que jogou Uncharted 4 no "very easy". O youtuber em questão, alvo desses ataques, se sentiu inclusive na obrigação de ocultar os troféus, dado o assédio criado por esses grupos de pessoas, criando uma situação vexatória, que na minha opinião é inexistente, nula.
Presenciar essa bizarrice hoje me fez pensar: Quando nos tornamos isso? Em que momento começou essa obrigação de jogar no "very hard" ou você não é gamer de verdade? Eu, do alto dos meus quase 40 anos, depois de ter zerado Battletoads, todos os Mários, todos os Sonics, quase todos os Mega-Mans, e tantos outros, nunca julguei outro jogador por essa questão. Pra mim isso é meramente opcional. Por que essa necessidade de expor pessoas ao ridículo, enxovalhar, para provar que você é supostamente melhor que ela em algo? Hoje me sinto um incapaz por ter usado o código Konami pra terminar Gradius 2 e peço desculpas ao "milgrau" por isso, mas foda-se, eu joguei até o fim com um colega e foi muito divertido.
Triste ver o que parte dessa comunidade gamer está se tornando. Pior, não são crianças, mas em nome de alguns likes, se prestam a este papel ridículo e pior, arrastando consigo pessoas de mente igualmente vazias, criando conceitos errados, transformando jogadores em figuras tóxicas dentro da comunidade, crianças e adolescentes em suas maioria.
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