Deixando de lado as tretas que surgiram no meio deste tópico, sobre o Phill Spencer penso que ele e suas decisões são fruto do que a indústria de games se tornou hoje....eu sinceramente não gosto nem um pouco do que a indústria de games é hoje, eu tenho um
Xbox One, hoje posso comprar qualquer game ou console que me der na telha pois tenho condições para isto, mas não o faço pois não tenho o mínimo tesão pelo que a indústria de games tem a oferecer hoje em termos de produto, ou seja, tenho o
Xbox One hoje mais para não deixar o rack da sala desprovido de um console e o uso muito mais por conta do Groove Music e do Netflix.
Pode ser que eu tenha a síndrome da nostalgia, aquela coisa chata de que tudo do passado era melhor do que as coisas similares de hoje...é pode ser que eu tenha tal síndrome!!!...mas o fato concreto é que o que tem hoje em termos de games não me causa qualquer sensação boa, mas apenas indiferença.
Explicitando o por quê dos games de hoje ou a indústria de games de hoje não me satisfaz, objetivamente é porque:
- Os games seller são demasiadamente grandes (com duração muito grande) e hoje eu não tenho tanto tempo e muito menos saco para ficar horas e horas, quanto mais dias ou meses em função de um game. Aí bate a nostalgia da objetividade dos games de antigamente em que numa tarde, depois que você já tava craque no game, era o bastante para zerar o game, nostalgia de quando os games tinham de de 6 a 12 fases...Era ótimo pegar um Gradius, um Contra, um Shinobi, um Double Dragon, um Mario, um Flintstone, um Top Gerar e zerá-los numa tarde....sinceramente hoje este perfil de game esta extinto. Mas peraí! Ah Mr. X, mas existem estes games no padrão indie!
- Outro saco da indústria atual é esta distinção entre blockbusters e indies....acho os indies chatos, não são polidos como os blockbusters, na maioria das vezes sempre falta algo nestes tais indies. Pior ainda agora no caso da Microsoft, que não há mais distinção entre indies e blockbusters na loja virtual, você geralmente saca que é indie por conta do preço...Para mim tá um saco esta história de que as grandes Capcom, Konami, Tecmo, Rockstar, EA, Ubisoft etc só devem investir em games longos, repletos de multiplayer, com trocentos DCLs, com personagens cheios de movimentos e mecânicas que você mal vai absorver um terço delas...enquanto games de aventura, beat'up, luta e até mesmo rpgs são entendidos hoje como estilos de segunda categoria que se se tiverem que ser feitos, isto fica a cargo das produtoras indies...Enfim uma burocratização infernal da indústria e um desvalorização descomunal de gêneros de games dentro da indústria
- E ainda tem os casos que a indústria não sabe ler as demandas da galera. Ai vem um executivo e fala, ah a galera quer nostalgia, quer títulos das antigas!!!!!...ai vem e lançam um puta franquia do passado toda pixelada e cagada..... É muito idiotice junta em termos de executivos nesta indústria....porra será que não tem um ser inteligente dentro desta indústria para sacar que a galera quer o espirito e as franquias de sucesso do passado com recursos gráficos fodas dos dias de hoje?
- Outro lixo hoje na indústria, é os lançamentos ficarem concentrados todos no final de ano ou pós E3, ou seja sobreposição de títulos, excesso de títulos em poucos meses, e a maioria dos meses em plena seca de títulos, tudo isto porque marketing agora é algo tão ou mais importante que o próprio game em si.
Para não me delongar mais ainda acho um porre:
- supervalorização de multiplayer em detrimento do singleplayer
- supervalorização de FPSs
- supervalorização dos tais games de cybersports
- supervalorização de perfumarias como trofeis, produção de vídeos de jogatina, etc
- excesso de versões para venda de um mesmo game (Forza 6 standard, Forza 6 Deluxe, Forza 6 Ultimate Edition, e por ai vai)
- excesso de cores monocromáticas ou excesso de cores vibrantes, explosões, movimentos, rapidez exagerada, informativos na tela dos games que os tornam aquele tipo aquele doce que de tão doce dá vômito. Olha o que é um game de luta hoje com algum status como é caso de Killer Instinct e compara com um Street Fighter 2 do passado, é o mesmo de compar caos com harmonia.
Enfim, Phill Spencer é simplesmente produto desta realidade que a indústria de games é hoje, que acha que ta agradando oferencendo mais e mais e mais, sendo que para oferecer mais e mais e mais de algo, acabasse se perdendo muito em outros pontos. Para a mim a indústria perdeu muitos pontos positivos que tinha no passado.
Eu particularmente só invisto num
Xbox Scorpio, primeiro se ele for uma nova geração de console dentro da Microsoft e depois se ele levar a sério o que é ter exclusividades, games harmônicos, variedade de gêneros, potência de hardware e cronograma de lançamentos durante o ano bem planejado. Resumido, para eu me dispor a comprar o Scorpio ele precisa ser a fusão de "Super Nintendo com Neo Geo" dos dias atuais.