Bom, posso agradecer por ter a oportunidade de ter jogado todos os GOTY's do ano. Lógico que não tive o mesmo tempo para jogar todos, e não sou milionário para ter todos em casa, e também não tenho dúvidas de que todos que estão na disputa merecem estar lá. Todos eles são sensacionais!
Mas, nenhum deles merece tanto esse Goty como o "Bruxão de Rívia", O "Lobo Branco"!!!
O jogo está em outro patamar.
Bloodborne trouxe mecânicas e esquivas muito bem aprimoradas, uma jogabilidade que talvez seja a mais afinada da geração, mas é difícil pegar a história do jogo apesar de ser bastante imersivo, ela não se apresenta de forma natural ao jogador, isso é até característica dos mundos da série Souls. O mesmo podemos dizer sobre Metal Gear V, uma jogabilidade afinadíssima, mas uma história que necessita de muitas fitas cassetes para se apegar. Com um início arrasador e sensacional já dando indícios de tudo que ainda tem por vir, parece até ser dois games diferentes após terminar o prólogo arrasador e começar a campanha em um ritmo mais lento e sem muita conectividade. Outro problema é que o mundo de Metal Gear não é tão grande assim, e as missões são repetitivas, mesmo que em cada missão você possa atacar com uma gameplay diferente, é inegável que faltou ao game o senso de obrigar o jogador a se diferenciar, ou seja, se algumas dessas missões fossem obrigatório ser stealth e outras você fosse obrigado a se tornar "O Rambo", com mais enquadramentos cinematográficos iguais ao início do jogo, só isso faria do jogo algo ainda melhor.
Super Mário Maker, podemos dizer que é uma nostalgia, gráficos bem trabalhados e uma jogabilidade muito bem afinada e que faz diferença cada recurso do WiiU. A Nintendo sabe criar algo divertido!
Fallout leva um sangue extraordinário de RPG, um mundo aberto gigantesco que te suga até a última gota, te transporta pra dentro do caos. Apesar de toda a liberdade de construção do game, imersividade, cenários diversificados, sensação de mundo destruído por uma guerra, é complicado passar batido por expressões tão ríspidas e sem vida comparados a The Witcher.
Nosso "Bruxão" também tem problemas, com controles duros, bugs, mecânicas atrapalhadas... mas, é inegável como Witcher elevou o padrão dos videojogos! Com um enredo (na verdade são vários enredos neh) espetacular, um mundo aberto gigantesco, muita coisa por fazer e muita história pra contar. Este game não te transporta pra 1 mundo, te transporta pra vários! Chega ser injustiça o Witcher não ganhar o goty!
Uma observação que fico feliz em reparar é que mais uma vez os melhores do ano são tomados pelo gênero de mundo aberto! Isso é gratificante, pois espero cada vez mais liberdade nos jogos, e isso só é possível em jogos de mundo aberto. Ainda sofremos com portas que não abrem, subterrâneos inacessíveis, pedras de 50 cm intransponíveis que negam acesso a locais interessantes e limites de cenário invisíveis. Mas, num futuro próximo teremos acesso a cada vez mais locais, vide Fallout 4 e Witcher com seus segredos subterrâneos, casas, castelos e prédios muito bacanas e superinteressantes de se investigar (e fazer a limpa é claro).