[EUROGAMER] O que se passa com o Japão? Uma análise à crise de criatividade nipónica.

Scarfella

Jogador
Abril 20, 2010
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por Joel Monteiro Publicado Sábado, 9 Fevereiro 2013

Quando Phil Fish, criador de Fez, comentou que "os jogos japoneses modernos são uma porcaria", jogadores de todo o mundo não hesitaram em apontar-lhe o dedo. A afirmação até pode até ter sido um pouco agressiva mas não foi tão descabida quanto isso.

Já 2010 Kenji Inafune, criador de Megaman tinha dito que temia que a indústria dos videojogos japoneses desaparecesse completamente e, na altura, ninguém disse que estava errado.

Para qualquer jogador de consolas nascido nos anos 80, o Japão foi, durante a nossa infância e adolescência, um lugar mágico e distante que nos dava os melhores jogos do mundo.

Quando nos divertíamos com a Mega Drive e Super Nintendo, contavam-se pelos dedos os jogos ocidentais que havia lá por casa. Tirando Mortal Kombat e os títulos da EA Sports, eram poucos os jogos que não vinham do Japão. Nessa altura, até boa parte dos jogos da Disney eram feitos pela Capcom! Os ocidentais estavam mais virados para os PCs, mundo que sempre pouco significou para quem, tal como eu, respirava a cultura das consolas.

Com a chegada da PlayStation, Saturn e Nintendo 64 as coisas pouco mudaram. Wipeout, Grand Theft Auto, Tomb Raider, Crash Bandicoot ou os jogos da Rare ganharam terreno para os europeus e norte-americanos mas os japoneses trouxeram para a mesa nomes de peso como Tekken, Metal Gear Solid, Resident Evil ou Final Fantasy(série até então desconhecida dos europeus).

crash-foto1.jpg


"Foi no tempo do Playstation original, que os Ocidentais começaram a marcar passo. Crash Bandicoot ficava atrás de Mário, mas não tanto"

Foi só com a chegada da PlayStation 2, Xbox e Gamecube que a criatividade japonesa começou a abrandar. Novos IPs vindos do país do sol nascente não eram tão abundantes quanto nas gerações anteriores e Grand Theft Auto tornou-se o primeiro jogo ocidental mais vendido numa geração.

As consolas actuais só vieram confirmar uma situação que já muitos previam: os japoneses já não são os maiores do mundo no que toca a desenvolver jogos para consolas. Halo, Gears of War, Mass Effect, Elder Scrolls e, especialmente, Call of Duty conquistaram as carteiras e o tempo dos jogadores ocidentais, que entretanto se tornaram os maiores consumidores de jogos do planeta.

É certo que nesta geração não tivemos nas consolas domésticos jogos com o mesmo nível de criatividade e avanço no design como na geração passada aconteceu com Ico, Shadow of the Colossus, Resident Evil 4, Final Fantasy X ou Kingdom Hearts. No entanto, ainda há alguns jogos japoneses a serem bem feitos e aclamados, tais como Dark Souls, Ni No Kuni, Super Mario Galaxy; apenas são em muito menor quantidade do que eram no passado.

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A sensação que temos nos dias que correm é de que, criativamente, o Japão já deu o que tinha a dar e os títulos actuais não passam de meras reciclagens - New Super Mario Bros., Munster Hunter, Pokémon, Animal Crossing - ou imitações baratas de títulos ocidentais -Resident Evil 6 ou Quantum Theory.

Apesar de a indústria no ocidente ter atingido a maturidade, não é de todo errado afirmar que a criatividade japonesa, pelo menos no que toca ao design de videojogos, está a atravessar uma forte crise.

Vamos viajar no tempo
Em 2002, dois anos depois de aparecer a PlayStation 2, o mercado japonês representava 50% da indústria dos videojogos. O Japão era incontestavelmente a pátria dos jogos e isso via-se na enorme influência que teve na nossa infância. Em 2010, o seu peso tinha baixado para 10% e, hoje em dia, ainda consegue ser menor. Como é que, em apenas 8 anos, o mercado japonês perdeu tanto terreno para o ocidente?

Além do crescimento dos mercados europeu e norte-americano, existem razões culturais e demográficas que nos ajudam a explicar este fenómeno.

O Japão tem a população mais envelhecida do mundo e esta não tem parado de crescer. São um público cada vez maior de não-jogadores. Além disso, tem também uma das taxas de natalidade mais baixas do planeta, ou seja, nascem muito poucos novos jogadores.

Como se não bastasse, existe um estigma social em relação a jogadores japoneses adultos, arrastando a média de idades dos jogadores para níveis inferiores aos 30 anos dos jogadores ocidentais. Este estranho fenómeno deve-se à rígida cultura empresarial do país. Manda a tradição que os empregados só devem ir para casa depois do patrão sair e, por isso, não é estranho um adulto trabalhar 13 horas por dia. Isto deixa-lhe menos tempo para dedicar à família e aos seus hobbies, incluindo jogos em consolas domésticas. Isto também ajuda a explicar a grande popularidade das portáteis no país(jogadas nas viagens para o trabalho), a quase inexistência de uma cultura de PC gaming e o enorme crescimento dos jogos para tablets, smartphones e redes sociais.

Outro problema que afecta a indústria dos jogos no Japão prende-se com a força do Yen, quase em paridade com o dólar(neste momento, $1 equivale a ¥91). Os títulos AAA são muito caros de produzir e, salvo raras excepções(como Dragon Quest) vendem mais unidades no estrangeiro.

O valor das vendas, quando convertido para Yenes, acaba por ser bastante inferior ao que o mesmo jogo geraria internamente. Por forma a dar a volta a esta situação, muitos empresas têm optado por produzir os seus jogos no ocidente onde a mão de obra é mais barata e igualmente qualificada. O exemplo mais recente desta prática é DmC, o 5º jogo da série Devil May Cry que até agora era produzida pela Capcom e que passou para as da Ninja Theory, uma empresa Inglesa.


"O lendário Itagaki, criador de Ninja Gaiden e Dead or Alive, que agora trabalha com empresas ocidentais, garante que o orçamento para um jogo no ocidente dá para 30 jogos no Japão."
Estas razões explicam o menor número de novas IPs AAA japonesas mas também estão próximas da crise de criatividade japonesa.

O sucesso ocidental criou nos japoneses a ilusão de uma perda de interesse do público europeu e norte-americano pelos seus jogos e isto tem-se traduzido numa óbvia ocidentalização dos seus produtos.

A ocidentalização de facto, como aconteceu com DmC, não me causa nenhum tipo de confusão. Há uma clara necessidade económica por trás disso e, como provou e muito bem a Ninja Theory, o trabalho acaba por ter bastante qualidade.

Bem mais grave considero o outro tipo de ocidentalização- a criativa. Olhando para os interesses dos jogadores estrangeiros, algumas empresas têm preferido aplicar nos seus IPs, alguns deles bastante estabelecidos, fórmulas claramente ocidentais, entrando em completa ruptura com as bases estabelecidas.

Quando o trabalho é bem feito resultam bons jogos. É o caso de Dragon's Dogma ou Demons Souls, dois novos IPs com fórmulas marcadametne ocidentais e que conquistaram crítica e jogadores em todo o mundo. Do lado oposto, temos aberrações como Quantum Theory, um shooter medíocre da Koei que tentou miseravelmente imitar Gears of War e que, por esta altura, quase todos já esquecemos.

Do lado das IPs gigantes o cenário tem sido ainda pior. Os grandes designers japoneses, à frente das grandes franchises abandonaram todos a sua casa-mãe(Sakaguchi cortou com a Square, Inafune e Shinji Mikami abandonaram a Capcom) e sua saída não tardou em reflectir-se numa mudança de mentalidade das empresas de onde saíram.

A ocidentalização tomou logo conta de Resident Evil. Se com o 5º jogo a série já tinha cortado as suas raízes de survival horror, para agradar mais ao público ocidental consumidor de shooters, o 6º capítulo voltou completamente as costas ao género que praticamente fundou. Uma série que começou por se inspirar em Alone in the Dark, vira-se agora para Gears of War.

Para os lados da Square Enix as coisas não são melhores. Talvez por ter assistido ao sucesso de Elder Scrolls e Knights of the Old Republic, a equipa criativa por trás de Final Fantasy XIII achou por bem dar menos importância a personagens e história e focar-se mais nos visuais. O problema é que os rpgs citados não descuram estes elementos- apenas os entregam de uma forma diferente do que é habitual nos JRPGs. Acabou por ser o Final Fantasy pior recebido pela crítica de que há memória.

Outra série emblemática que deu um salto a ocidente foi Front Mission. Evolved, a mais recente entrada na série, deixou de ser um jogo de estratégia para passar a ser um shooter. As críticas foram más e as vendas ainda piores. Temo que tenha sido a última vez que saiu um jogo de uma das minhas séries favoritas.


Lindíssimo? Sem dúvida. Desprovido de conteúdo? Absolutamente.
Hideo Kojima é um acérrimo defensor da abertura japonesa ao ocidente mas a verdade é que a série Metal Gear Solid sempre foi uma mistura bastante bem conseguida entre ocidente(na temática) e oriente(na cinemática).

Feliz ou infelizmente, esta tendência parece afectar apenas os jogos AAA. Os bons jogos japoneses continuam a sair mas estão longe dos televisores. Seguindo a tendência que os japoneses têm para as portáteis, a boa criatividade parece ter-se virado para aí. Pela primeira vez nos seus mais de 25 anos de história, Dragon Quest, a série de maior sucesso por aqueles lados, teve um capítulo principal numa consola portátil. E foi um grande jogo.

Novas IPs, tais como 999, Ghost Trick: Phantom Detective, The World Ends With You, Patapon ou LocoRoco são todas lançados em portáteis em vez de consolas domésticas. Se no ocidente prestássemos mais atenção a elas, não nos queixaríamos tanto do mercado japonês.

Será que as coisas vão mudar?
É difícil estar a apontar dedos à indústria japonesa quando os seus esforços dão bons frutos nas portáteis. Em relação aos títulos AAA, acho que vamos ter que aguentar a direcção que as coisas têm tomado a não ser que bons jogos marcadamente japoneses como Xenoblade, Ni No Kuni ou o novo Fire Emblem consigam alterar esta errada percepção de que os ocidentais não querem coisas "demasiado" japonesas.

Com uma indústria dominada por veteranos, Itagaki acha que aos jovens criadores japoneses falta coragem e que "precisam de estar dispostos a espetarem-se contra algo à sua frente quer as pessoas gostem ou não."

Se calhar foi mesmo esta a atitude que alegrou a minha infância com "Gunstar Heroes" ou "Zombies ate my Neighbors". Duvido que hoje em dia qualquer um deles chegasse a uma consola doméstica.

fonte:http://www.eurogamer.pt/articles/2013-02-09-o-que-se-passa-com-o-japao
 

Scarfella

Jogador
Abril 20, 2010
7,639
1,288
Muito interessante a matéria... Não é de hoje que o Japão, percursor e que um dia já foi o melhor mercado de games do mundo, está em declínio de criatividade... Eles tem copiado fórmulas de sucesso ocidentais, e quando lançam algo de qualidade como o Ni No Kuni, não há novidade nem criatividade, e sim, apenas uma reutilização das fórmulas de sucesso de duas décadas atrás...

Lembro que na época de PSone, eu pegava jogos totalmente em Japonês, pois, mesmo não entendendo nada, era bom demais de se jogar, e as revistas da época (revista Gamers era ótima), davam pelo meno um resumo da história... A Gamers que citei, traduzia até os diálogos... Bons tempos...
 

TheGirlsrule

Jogador
Janeiro 30, 2011
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Bela matéria.
Me lembro que nos tempos de ps1,meu resident evil 1 era em Japones,dai tinha umas revistas que se comprava na banquinha da esquina que tinha detonados...
Que sensação boa era aquel ajogar um jogo em que se não entendia nada do que se estava passando,dava até um certo medinho :)
 

Arch3r

Jogador
Novembro 18, 2011
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Minas Gerais
Eu praticamente so jogava jogos japones, era incrivel como a galera gamer que conhecia na epoca nao faziam restriçoes a generos. Tudo que vinha era bem aceito, com generos totalmentes distintos e formulas estabelecida entre eles, mostrava que a criatividade estava alem do que a tecnologia poderia nos conceder.

Eu jogava Gran Turismo 2 e viajava naquela apresentaçao pensando: Sera que algum dia teremos graficos a esse nivel? E hoje temos e tente comparar o sucesso de Gran Turismo 5 com GT2...

Lembro que na epoca quando aparecia algum portador de um Final Fantasy da vida... Juntava uma galera na casa do cara, pra ver aquelas CG's incriveis, graficos lindissimos e aquele game tinha uma magica que te conquistava, mesmo os que nao gostavam de RPG. Era o sonho de todo moleque ter um jogo desses, mas aqui onde eu moro era muito dificil de se conseguir.

Se hj eu jogo video games e graças a geraçao do PS1, que me encantava com cada jogo que eu colocava na bandeja e ate hj tenho fe nas franquias que eu gostava na epoca. Espero que algum dia os japas deem uma virada nessa ocidentalizaçao que os games estao vivendo, trazendo tanto bons novos titulos como reerguendo franquias que hj se encontram perdidas.
 

Schwarzz

Guerreiro
Fevereiro 18, 2008
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As grandes publishers japonesas entraram em declínio foda nessa geração.

Capcom perdeu quase todos os nomes grandes depois que desmontou Clover Studio, fez 2 RE fracos que não conseguiram marcar como RE4, colocou 2 novas franquias sem sal, Dead Rising e Lost Planet, so acertou mesmo nos jogos de luta. Era uma empresa que nas gerações passadas so fazia jogo acima da média ( salvos algumas coisas)

Konami sinceramente eu não sei como ainda ta viva, unico jogo relevante deles nessa geração foi MGS4, conseguiu destruir SH, Contra sumiu, perdeu no futebol, perdeu nos jogos de dança, tem o pior departamento de relações publica do universo.

Namco ate se mantém bem, mas tem abusado bizarramente dos DLCs cosméticos.

Square Enix so anda se salvando por causa dos estúdios ocidentais, FF hoje se tiver 10% do peso que tinha na geração 32 bits é muito, e eles tão perdidos nos mobiles, preços mega zuados, e ainda recentemente eles lançaram um " jogo" chamado FF All the bravest que é praticamente um insulto, você so fica dando swipe na tela e jogo fica te mandando comprar mais coisas com dinheiro de verdade.

Eu sinceramente não sei o que esperar do mercado japonês, eles estão tao desesperados para copiar as desenvolvedoras ocidentais que se perderam no meio caminho, ate mercado indie lá ta parado.
 

caddelin

Guerreiro
Fevereiro 3, 2007
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758
Curitiba
Konami é uma empresa lucrativa, Schwarzz. Ela vem diminuindo a margem de lucro dela ano após ano, mas ela sempre se mantém no azul. De todas as publishers japonesas ela é uma das mais estáveis. Aliás, eu arriscaria dizer de todas a spublishers do mundo.

Acho que essa é uma das razões pelas quais ele preferem não expandir muito.

Com relação à crise de criatividade japonesa, eu penso o seguinte: os jogadores de videogame de modo geral são um público conservador com relação aos jogos, e os japoneses são tudo isso elevado à décima potência.

Os japoneses são excelentes em criar FÓRMULAS de jogo. MODELOS sobre os quais construi um determinado jogo. Os J-"RPG"s são frutos de uma FÓRMULA de se criar jogos que se convencionou por muito tempo chamar de RPG. Os jogos de tiro com naves (shoot´em up) japoneses também sõa distintos na sua fómula de jogo. Os jogos de plataforma 2d dos japoneses também são criados sobre uma fórmula pré-concebida.

E aí o que eles fazem: eles exploram aquela fórmula descaradamente. Enquanto a indústria ocidental cria fórmulas por tempo limitado, que duram meia dúzia de lançamentos em cima dela e já precisam partir para outra, os japoneses lançam CENTENAS de títulos em cima da mesma fórmula.

Pòr exemplo: a Bioware tem uma FÓRMULA de RPG. É o modelo de jogo da Bioware. Até hoje não chegaram a 10 jogos que ela lançou dentro daquela fórmula, e não apenas eu, mas vários outros colegas aqui do portal já disseram que a fórmula dela tá cansada e repetitiva.

Ora, virtualmente todos os J-"RPG"s são construídos em cima da MESMÍSSIMA fórmula desenvolvida por eles há mais de duas décadas. Só muda o conteúdo de jogo. É como se a Bioware lançasse uns 20 RPGs por ano em cima da mesma fórmula e engine de MAss Effect, mas um seria na idade média, outro seria um anime, outro seria na era clássica, e outro seria um cyberpunk. Muda a roupagem, a estética, mas a base continua a mesma.

Então a solução para a crise japonesa passa por eles perceberem que no mundo atual dos jogos, criatividade não é criar várias histórias diferentes, ou mudar o estilo de desenho ou de aparência do universo, e sim inovar na fórmula sobre a qual esses jogos são construídos.
 

Schwarzz

Guerreiro
Fevereiro 18, 2008
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11,039
Eu sei que a Konami ainda ta azul. E não compreendo como, coma quantidade de bizzarices que eles comentem, alguns que eu lembro de cabeça:

Avisaram que o SH do Vita ia ser adiando alguns dias antes da data de lançamento, acho que 3 dias.

Lançaram Blades of Times, mas esqueceram de distribuir o jogo, ninguém conseguia comprar o jogo.

Aquela conferencia da E3 que ate hoje eu quero saber o que aquele japa bebeu.

Quase nunca fazem marketing e quando resolver fazer:

[youtube]2UnuN7VLovA[/youtube]

Conseguiram fazer um HD remate pior que o original com SH2, eles conseguiram perder o código da release final do jogo.

Até onde eu lembre os jogos que a Konami lançou em 2012, SH HD, ZOE HD , PES, Doctor Who, Blades of Time, SH Vita, Never Dead, SH downpour. Cm excesso ali do PES nenhum deles deve ter sido um mega sucesso, lucrativo talvez. Pense em uma franquia nova da Konami? Algum jogo realmente relevante fora MGS4?

Eu realmente não entendo como eles ainda funcionam cometendo tanta amadorismo.
 

acrof

Jogador
Março 25, 2007
703
0
[blockquote]Então a solução para a crise japonesa passa por eles perceberem que no mundo atual dos jogos, criatividade não é criar várias histórias diferentes, ou mudar o estilo de desenho ou de aparência do universo, e sim inovar na fórmula sobre a qual esses jogos são construídos. [/blockquote]
Discordo.

É justamente isso que eles tem tentado fazer, mudar de estilo suas já consagradas franquias. Só que mudam elas tentando agradar o público ocidental, e é aí que a coisa se perde. Não funciona, não dá certo.

Hoje todo personagem de JRPG é igual, todos tem cara e voz de mulher, usam as mesmas roupas, a história desses novos jogos dá nojo, de tão fraca.

Apesar de a fórmula antiga ser muito explorada ela era boa porque tudo no jogo era muito bem feito, muito bem pensado.
Os personagens tinham uma profundidade até hoje inigualável, trilha sonora tão viciante que suas OSTs são vendidas em disco até hoje e são tocadas em concertos (videogame live, por ex.) e fãs até a exaustão. Alguns tinham histórias dignas de um livro. Enfim, para o mercado japônes, eu defendo que mantenham a fórmula velha, pois é FÁCIL ver que as mudanças não agradaram nenhum dos fãs, sejam orientais ou ocidentais.

Repare que os jogos japoneses que até hoje vendem MUITO, são justamente os que evoluiram sua mecânica de grão em grão, fazendo apenas pequenos ajustes a cada ano.
Dragon quest, Mario, Pokemon, Zelda, são jogos excelentes, e até hoje mantém a mesma base de 20 anos atrás.

Pegue Sonic, que na era do megadrive era sinonimo de jogo de plataforma, resolveu inventar moda, e hoje não vale NADA. Mario, que brigava frente a frente com ele, não invetou moda, e continua sendo um dos games mais vendidos do mundo.
 

GoodOfMetal

Jogador
Setembro 8, 2008
1,819
42
[quote1360768364=acrof]
[blockquote]Então a solução para a crise japonesa passa por eles perceberem que no mundo atual dos jogos, criatividade não é criar várias histórias diferentes, ou mudar o estilo de desenho ou de aparência do universo, e sim inovar na fórmula sobre a qual esses jogos são construídos. [/blockquote]
Discordo.

É justamente isso que eles tem tentado fazer, mudar de estilo suas já consagradas franquias. Só que mudam elas tentando agradar o público ocidental, e é aí que a coisa se perde. Não funciona, não dá certo.

Hoje todo personagem de JRPG é igual, todos tem cara e voz de mulher, usam as mesmas roupas, a história desses novos jogos dá nojo, de tão fraca.

Apesar de a fórmula antiga ser muito explorada ela era boa porque tudo no jogo era muito bem feito, muito bem pensado.
Os personagens tinham uma profundidade até hoje inigualável, trilha sonora tão viciante que suas OSTs são vendidas em disco até hoje e são tocadas em concertos (videogame live, por ex.) e fãs até a exaustão. Alguns tinham histórias dignas de um livro. Enfim, para o mercado japônes, eu defendo que mantenham a fórmula velha, pois é FÁCIL ver que as mudanças não agradaram nenhum dos fãs, sejam orientais ou ocidentais.

Repare que os jogos japoneses que até hoje vendem MUITO, são justamente os que evoluiram sua mecânica de grão em grão, fazendo apenas pequenos ajustes a cada ano.
Dragon quest, Mario, Pokemon, Zelda, são jogos excelentes, e até hoje mantém a mesma base de 20 anos atrás.

Pegue Sonic, que na era do megadrive era sinonimo de jogo de plataforma, resolveu inventar moda, e hoje não vale NADA. Mario, que brigava frente a frente com ele, não invetou moda, e continua sendo um dos games mais vendidos do mundo.
[/quote1360768364]

Concordo.

Esse negócio de copiar os ocidentais em tudo só tem ferrado cada vez mais os jogos japas, nesse ritmo teremos fps anuais baseados em FF e DQ vindos do Japão e não mais jogos longos e com boas histórias como antes.

Realmente sinto muita falta de um novo Contra sou fã da franquia desse moleque quando joguei o Contra 3 SNES, depois joguei vários outros jogos da série.
 

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