[FAKE NEWS] Kodera: "Não se preocupe com GAAS. A visão PlayStation é totalmente diferente"

Daniel Atilio

Jogador
PXB Gold
Julho 1, 2008
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Bauru
Galera, sendo fake ou não, muitas vezes produtores e executivos tem uma visão, mas o mercado muda e se adapta, sempre quando vejo frases assim, eu lembro de duas bem específicas...

- "Resident Evil 4 will definitely release only on GameCube, not on another console, if it happens, I will cut my head off." - Shinji Mikami
- "the characters and their move sets as chess pieces – they are essential items necessary in the game and we would never sell any of those individually." - Katsuhiro Harada

Na primeira, sabemos que Resident Evil 4 mesmo assim (em pouco tempo), foi lançado para outras plataformas. A segunda, vemos que no Tekken 7 existem DLCs pagas de personagens.

Então, o mundo muda, as pessoas mudam, as empresas mudam... enquanto o dinheiro "mandar" no negócio, tudo é sucetível a mudanças em visão do lucro.

No caso específico de jogos online x single offline, "enquanto tiver gente que compra, vai ter gente que vende", e não adianta, é um mercado lucrativo sim, o que nós como consumidores devemos fazer, é apoiar empresas que lançam jogos single, se você gosta dessa ideia, parta para jogos como Cuphead, e se possível compre no lançamento ou próximo a ele, não fique naquela ideia "ah vou esperar uma promoção de 80% ou no Games With Gold", quanto mais pensar assim, mais as empresas vão buscar formas de lucrar que não são single player...
 

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
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Rio Grande do Sul
Galera, sendo fake ou não, muitas vezes produtores e executivos tem uma visão, mas o mercado muda e se adapta, sempre quando vejo frases assim, eu lembro de duas bem específicas...

- "Resident Evil 4 will definitely release only on GameCube, not on another console, if it happens, I will cut my head off." - Shinji Mikami
- "the characters and their move sets as chess pieces – they are essential items necessary in the game and we would never sell any of those individually." - Katsuhiro Harada

Na primeira, sabemos que Resident Evil 4 mesmo assim (em pouco tempo), foi lançado para outras plataformas. A segunda, vemos que no Tekken 7 existem DLCs pagas de personagens.

Então, o mundo muda, as pessoas mudam, as empresas mudam... enquanto o dinheiro "mandar" no negócio, tudo é sucetível a mudanças em visão do lucro.

No caso específico de jogos online x single offline, "enquanto tiver gente que compra, vai ter gente que vende", e não adianta, é um mercado lucrativo sim, o que nós como consumidores devemos fazer, é apoiar empresas que lançam jogos single, se você gosta dessa ideia, parta para jogos como Cuphead, e se possível compre no lançamento ou próximo a ele, não fique naquela ideia "ah vou esperar uma promoção de 80% ou no Games With Gold", quanto mais pensar assim, mais as empresas vão buscar formas de lucrar que não são single player...

Concordo com essa questão de não acreditar tanto em declarações, mas percebendo movimentos passados e atuais da pra ter uma noção do caminho que as empresas estão tomando. Nesse caso, falando da Sony e seus estúdios internos, é bem clara a visão de criar jogos single player. Só em 2018 pra frente (que eu lembre) a gente vai ter God of War, Days Gone, Dreams, Ghost of Tsushima e The Last of Us II, pelo menos cinco jogos produzidos internamente com foco single AAA - sendo que a principal concorrente não lança um jogo assim (interno AAA exclusivo single) desde 2010. Já são sete anos dependendo do apoio de third parties para suprir essa demanda, e eu torço muito pra que essa notícia de aquisições e criações de estúdios permita que alguns deles criem projetos single, sem obrigatoriedade de aspectos multiplayer.

Claro que jogos com foco em gaas são a onda do momento, e Gran Turismo Sports é um caso onde um bom suporte pode fazer valer a pena, apesar do lançamento fraco. Faz mais sentido lançar um jogo de corrida/esportes e apoiá-lo por um tempo (não sei se a Sony vai fazer isso) do que lançar um jogo diferente todo ano.

Mas indo pro outro lado que considero importante, e por mais que mercado esteja indo pra esse lado do gaas, quantas "ondas do momento" a gente já viveu?
Jogos tinham tem que ter multiplayer - e saiam coisas como o modo online de BioShock 2. Jogos tinham tem que ter dlc/season pass/online pass - pagando conteúdo antes de saber o que, e até pagando pra poder jogar online caso tenha comprado um jogo físico e o dono antigo já tenha utilizado. Jogos tinham que ser mundo aberto pra explorar por horas - mesmo que signifique entupir de pontinhos e ações inúteis no mapa. Agora jogos devem oferecer suporte online constante (muitos com dlcs gratuitos, quebrando algo que era padrão há poucos anos) e arranjar maneiras de se monetizar no longo prazo de outras formas, com itens cosméticos ou loot boxes.

Fazer o que todo mundo faz é bom pra atingir o que a maioria do público quer, mas perceba como as "regras" vão mudando com o tempo, e o que hoje é padrão amanhã pode não ser mais. Todo jogo agora parece que mira no conteúdo "infinito", podemos jogar por centenas de horas, mas esse espaço está se vendo num problema: eu lanço um jogo com foco multi que pode ser jogado por centenas de horas, mas o jogador já tá preso em outro jogo por centenas de horas. Como convencer esse cara a largar aquele outro e comprar o meu?

Nesse filão que os jogos single ganham seu espaço. Jogos curtos, entre 10h a 40h que entregam uma experiência fechada com início, meio e fim. Cada vez menos empresas oferecem isso, os players (estúdios/publishers) tão indo pra outra ponta, e isso abre espaço pra quem souber aproveitar.
 
Última edição:

User 1422

Guerreiro
Março 19, 2009
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Acho que o legal do que a Sony vem fazendo com seus estúdios é que ela achou ali um espaço para eles que no qual, ao focar em single-player e concentrar os lançamentos mais para o primeiro semestre, ela não compete com seus principais parceiros third-party que focam em multi-player e fazem os grandes lançamentos do segundo semestre.

Toda empresa quer ganhar dinheiro sim claro, a Sony não é santa. Eu duvido que ela não tenha pelo menos uns dois ou três jogos no modelo GAAS recheados de microtransações cozinhando ali em algumas de suas equipes, mas ao mesmo tempo ela é a fornecedora de uma plataforma aonde os jogos dela e de todas as third-parties rodam. É interessante para ela manter sua plataforma cada vez mais atrativa e, quando ela entrega experiências diferenciadas, como os jogos com foco em single-player, que só podem ser jogadas em sua plataforma, ela atrai mais jogadores e atrai mais third-parties e aí ganha mais dinheiro.
 

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