Nintendo quer voltar a dar atenção aos jogadores inveterados
Por Redação em | 29.08.2014 às 11h00
A estratégia da Nintendo com o Wii pode ter sido extremamente bem-sucedida, resultando em um dos consoles mais vendidos da geração passada. O foco menor em gráficos ou sistemas online e mais em inovações de jogabilidade, como o controle de movimentos, e títulos inventivos e casuais deu certo, mas a fórmula acabou não se repetindo com o Wii U. Agora, para a empresa, é hora de voltar ao passado.
É isso, pelo menos, o que afirma Shigeru Miyamoto, um dos designers mais conceituados da empresa e criador de grandes franquias como Super Mario Bros., Metroid e The Legend of Zelda. Para ele, a mudança no mercado e a chegada dos celulares e tablets como plataforma preferida dos jogadores casuais fez com que a companhia não fosse mais necessária nesse quesito e, agora, pudesse se focar novamente nos chamados jogadores “hardcore”, aqueles que não veem os games apenas como uma forma de diversão.
Miyamoto, em entrevista à revista Edge (cujas informações foram publicadas pelo site Computer and Videogames) chama estes usuários de “passivos” e até mesmo critica a postura deles. Para o executivo, trata-se de uma posição de conforto extremo, no qual a pessoa fica apenas esperando que as desenvolvedoras invistam em inovação e apresentem propostas mastigadas a eles. Em um comportamento que o designer taxou como “patético”, eles não desafiam a si mesmos nem buscam títulos mais complexos.
Não se trata, porém, de deixar essa fatia de público de lado. Mas, nas palavras do pai de Mario, a Nintendo não se encontra mais em uma posição na qual deve tornar os games relevantes e interessantes para essa fatia de público, já que ele seguiu para outras propostas e dispositivos.
Para a Nintendo, então, é hora de mudar. E esse é um movimento que já começou a ser sentido na E3 2014, quando a empresa anunciou uma enxurrada de títulos inéditos de algumas de suas principais franquias, como um The Legend of Zelda com mundo aberto, por exemplo, e o retorno de Star Fox com um investimento pesado nas novas formas de controle proporcionadas pela mistura entre joystick e tablet do Wii U.
Segundo a análise da revista, que publicou uma longa matéria sobre o histórico recente da Nintendo, trata-se mais de uma falta de inovação do que uma mudança na cabeça do público. Quando o Wii chegou ao mercado, os controles por movimento ainda eram uma novidade e as novas formas de se jogar chamaram a atenção de todo o público. Sendo assim, as desenvolvedoras acabavam arrumando maneiras de circundar o menor potencial gráfico da plataforma para lançar títulos voltados para as novas mecânicas.
O ensejo em que o Wii U chegou ao mercado, porém, já era mobile, então a segunda tela disponível no controle acabou não surpreendendo ninguém. E o abismo gráfico em relação ao Xbox One e PlayStation 4 acaba desmotivando muitas companhias a desenvolverem para uma plataforma com potencial e público bem menores. Assim, a Nintendo acabou sem o apoio de grandes nomes da indústria como Ubisoft e Electronic Arts, por exemplo, e se vê numa posição de contar apenas com si mesma.
Mais do que isso, as declarações de Miyamoto representam a primeira vez que um alto executivo da Nintendo afirmou claramente uma mudança na postura da empresa e um afastamento do mercado casual. As baixas vendas do Wii U, claro, com certeza têm influência nessa nova visão, mas o designer não entra nesse detalhe ao longo da entrevista.
Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/nin...ncao-aos-jogadores-inveterados/#ixzz3Bnk8E7lk
Por Redação em | 29.08.2014 às 11h00
A estratégia da Nintendo com o Wii pode ter sido extremamente bem-sucedida, resultando em um dos consoles mais vendidos da geração passada. O foco menor em gráficos ou sistemas online e mais em inovações de jogabilidade, como o controle de movimentos, e títulos inventivos e casuais deu certo, mas a fórmula acabou não se repetindo com o Wii U. Agora, para a empresa, é hora de voltar ao passado.
É isso, pelo menos, o que afirma Shigeru Miyamoto, um dos designers mais conceituados da empresa e criador de grandes franquias como Super Mario Bros., Metroid e The Legend of Zelda. Para ele, a mudança no mercado e a chegada dos celulares e tablets como plataforma preferida dos jogadores casuais fez com que a companhia não fosse mais necessária nesse quesito e, agora, pudesse se focar novamente nos chamados jogadores “hardcore”, aqueles que não veem os games apenas como uma forma de diversão.
Miyamoto, em entrevista à revista Edge (cujas informações foram publicadas pelo site Computer and Videogames) chama estes usuários de “passivos” e até mesmo critica a postura deles. Para o executivo, trata-se de uma posição de conforto extremo, no qual a pessoa fica apenas esperando que as desenvolvedoras invistam em inovação e apresentem propostas mastigadas a eles. Em um comportamento que o designer taxou como “patético”, eles não desafiam a si mesmos nem buscam títulos mais complexos.
Não se trata, porém, de deixar essa fatia de público de lado. Mas, nas palavras do pai de Mario, a Nintendo não se encontra mais em uma posição na qual deve tornar os games relevantes e interessantes para essa fatia de público, já que ele seguiu para outras propostas e dispositivos.
Para a Nintendo, então, é hora de mudar. E esse é um movimento que já começou a ser sentido na E3 2014, quando a empresa anunciou uma enxurrada de títulos inéditos de algumas de suas principais franquias, como um The Legend of Zelda com mundo aberto, por exemplo, e o retorno de Star Fox com um investimento pesado nas novas formas de controle proporcionadas pela mistura entre joystick e tablet do Wii U.
Segundo a análise da revista, que publicou uma longa matéria sobre o histórico recente da Nintendo, trata-se mais de uma falta de inovação do que uma mudança na cabeça do público. Quando o Wii chegou ao mercado, os controles por movimento ainda eram uma novidade e as novas formas de se jogar chamaram a atenção de todo o público. Sendo assim, as desenvolvedoras acabavam arrumando maneiras de circundar o menor potencial gráfico da plataforma para lançar títulos voltados para as novas mecânicas.
O ensejo em que o Wii U chegou ao mercado, porém, já era mobile, então a segunda tela disponível no controle acabou não surpreendendo ninguém. E o abismo gráfico em relação ao Xbox One e PlayStation 4 acaba desmotivando muitas companhias a desenvolverem para uma plataforma com potencial e público bem menores. Assim, a Nintendo acabou sem o apoio de grandes nomes da indústria como Ubisoft e Electronic Arts, por exemplo, e se vê numa posição de contar apenas com si mesma.
Mais do que isso, as declarações de Miyamoto representam a primeira vez que um alto executivo da Nintendo afirmou claramente uma mudança na postura da empresa e um afastamento do mercado casual. As baixas vendas do Wii U, claro, com certeza têm influência nessa nova visão, mas o designer não entra nesse detalhe ao longo da entrevista.
Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/nin...ncao-aos-jogadores-inveterados/#ixzz3Bnk8E7lk