Pensando e repensando sobre o caso, fiquei mais flexível e passei a entender o lado da Nintendo - e de quem distribui os jogos dela aqui também.
Deve ser foda ter que vender a alma pro pata rachada pra conseguir fazer negócios por aqui.
É imposto disso, imposto daquilo, taxa de não sei o que, tudo pra parar na cueca de qualquer malandro ou numa maleta, em uma reunião de negócios para que as obras deste país andem de alguma maneira - porque aqui funciona assim: eu faço, mas primeiro eu quero uma parte.
E mesmo essas "isenções" que o governo oferece para quem se instala aqui acaba retornando para o governo, adivinhe....em mais impostos.
Fiquei sem palavras ao ler o Ministro da Fazenda falando que nós, brasileiros, devemos trabalhar melhor e produzir mais este ano para girar a economia e fazer com que não seja necessário aumentar (ainda mais) a carga tributária. (Sim, ele falou isso, tá aqui ó:
http://www1.folha.uol.com.br/mercad...elevar-alguns-impostos-diz-joaquim-levy.shtml)
Tudo isso pra dizer que tenho medo de que outras empresas passem a ver o Brasil como um lugar inviável para os negócios.
O preço X de um produto lá fora aqui viram o dobro/triplo/quádruplo, porque tem câmbio, impostos, lucro Brasil e taxa novidade: não importa se o preço do anterior e do novo lá fora seja X, aqui no Brasil o mais novo vai custar mais.
É só ver alguns lojistas vendendo jogos de One/PS4 a R$ 250 porque sim.
Ou o iPhone 6, que chegou com preço do modelo básico a partir de R$ 3.500 > preço americano de US$ 649 (R$ 1.750), ou seja, metade do preço é pelo produto, metade é para poder vender aqui.
E, mesmo que aqui o lucro seja absurdo, nem todas as empresas têm $$$ (ou vontade, é verdade) para investir na produção local.
Bato palmas para empresas como a Microsoft, que apesar de tudo isso, ainda acredita e investe aqui no Brasil.
Espero que ela leve sempre no peito aquele "não vamos desistir do Brasil".