O artigo comenta do ponto de vista econômico. Concordo. Se fosse um CEO da Microsoft ou Sony, ficaria noites sem dormir na tentativa de encontrar alternativas para lucrar. Conforme foi dito, no artigo 25 milhões de jogadores de Call of Duty é muito pouco se comparado aos 500 milhões de jogadores de Angry Birds.
O custo de produção de COD é alto perto de Angry Birds e ainda há custos de se manter Hosts para jogos online. Angry Birds é sempre o mesmo jogo a cada nova versão, custa baratinho e atinge um público bem maior.
Ou seja, a grama do vizinho é sempre mais verde... Todo CEO quer ter o seu Angry Birds.
Os executivos das empresas de Games já começaram a apelas pras DLCs. Quer jogar Forza ou Gran Turismo? Vai ter que pagar $200 no jogo e ainda vai ter que comprar os carros a 40 MS points cada. O que parece ser uma solução, acho que é um tiro no pé, porque só vai afastar aqueles que realmente gostam de consoles.
Outro detalhe é que game é uma coisa cada vez mais elitizada. Coisa de gente rica.
Antigamente, comprávamos um TOP GAME da CCE e os cartuchos "piratas" a preço de banana. Sinceramente eu nem sabia que era pirata. Ainda tinha a alternativa de alugar jogos.
Com o PS1 e PS2, chegou a era do console destravado e ainda vendia bem, porque no camelô se compra jogo a R$ 5,00 ou 3 por R$ 10,00. Pior que não se achava console original, muito menos jogo original. Bom... isso não é bem verdade, mas era difícil de se achar e custava caro. Já camelô em qualquer esquina tinha.
Hoje praticamente acabou essa coisa de destravado, porque se for pra jogar na Live, o cara tem que ter original. É um
XBOX que custa mais de R$ 1.000,00, ainda precisa de internet. Se quiser jogar na Live, vão mais alguns R$ pelo plano Gold e cada vez se gasta mais.
Hoje é preciso 10x mais dinheiro pra ter a mesma diversão que há 10 anos atrás.
Fora isso, tem as pessoas que nunca foram fãs de games e acidentalmente compram um iPhone pelo Hype. Então essas pessoas descobriram o Angry Birds, o Fruit Ninja, etc, etc... São jogos (desculpe o termo) pra se jogar no banheiro. São jogos rápidos, divertidos e naturalmente atingem um público muito maior.
Agora, eu não gosto de jogar no iPhone. Jogo no banheiro, ou quando espero em alguma fila. Mas quando quero jogar prefiro um console. Só que pessoas com o meu (ou nosso) perfil, não pagam todas as contas que essas mega-corporações querem.
Eu AMO meu
Xbox por ser um media center gigante (não posso negar que o console é trambolhudo). Além de jogar, posso assistir videos do meu computador, posso ver Video do Youtube e Netflix. Minha TV também faz tudo isso (menos jogar), por isso cada vez mais meu
XBOX vai ficando só com a função jogar. Por isso mesmo, como fã de consoles, acho que os caras da SONY, Microsoft, Nintendo, Sega... deveriam fazer o que sempre fizeram bem: JOGOS E CONSOLES. Eles não precisam reinventar a roda. Basta fazer o negócio bem feito, sem cobrar caro por DLCs e sem elitizar cada vez mais os games.
Essa é a minha opinião. Mas o que eu quero é diferente do que o mercado quer. Por isso mesmo, se um dia o console acabar, vou guardar meu
XBOX de placa Jasper como relíquia, assim como ainda guardo meu Top Game, meu Mega Drive, meu SuperNES e (pasmem) meu NEO GEO. Meu filho tem 1 ano e ainda não sabe o que são essas coisas, mas tenho certeza que se um dia os consoles deixarem de existir, vou pegar o moleque com 18 anos e jogando Ninja Gaiden II no Top Game.
E ainda vou ficar contando histórias de como era no tempo em que as pessoas se divertiam jogando video-game.