Emerson Gonçalves disse:Veremos agora a última parte do estudo da Pluri Consultoria comparando esses quatro jogadores, um dos quais um verdadeiro mito. Acredito que tenha sido um trabalho bem difícil, em virtude das grandes mudanças econômicas no Brasil e no mundo, mas os analistas da empresa conseguiram chegar a um bom resultado.
Antes do quadro final com os valores, temos uma tabela com os resultados desses jogadores em suas carreiras, dois deles até o momento, claro. Reparem na exuberância dos números de Sua Majestade.
Hoje em dia é voz corrente tentar equiparar Maradona ou mesmo Lionel Messi a Pelé. Mas quem o viu jogar tem muito claro que tais comparações são impossíveis, pura e simplesmente. Nos dias de hoje, Pelé seria ainda melhor do que foi. E, senhores leitores de pouca idade, não acreditem que no passado era só futebol-arte e coisa e tal. Não, triste engano. A violência era ainda maior do que é hoje, a ponto de exigir da FIFA medidas mais duras para contê-la. Se os zagueiros demoravam para chegar, os atacantes também não tinham a velocidade de hoje, sem falar na resistência. A bola pesada e dura de outrora exigia mais do jogador do que é exigido hoje, com bolas modernas, estudadas para desempenhos perfeitos. O uniforme pesava, não pelo peso do nome do clube e sim pelo seu peso propriamente dito, somado ao suor.
E os gramados, então?
Ah, bom, os gramados eram tão ruins, até piores (um pouco) do que são hoje. Nesse sentido não tivemos evolução no futebol brasileiro.
É difícil falar sobre Pelé, por sua complexidade, por tudo que foi e ainda é, pelo que representou e representa.
Ou é muito fácil falar sobre Pelé: foi incomparável, único, soberano absoluto. E ponto. Assim é para mim.
Os números a seguir são interessantes, mas jamais conseguirão dar o real valor de Sua Majesta, mas jamais conseguirão dar o real valor de Sua Majestade, o Rei Pelé. Mas estão de bom tamanho para os outros três jogadores.
A próxima e última tabela, mostra com facilidade a um simples olhar, que Messi e Neymar têm um longo caminho à frente.
Neymar e Messi poderão ter carreiras brilhantes, escrevendo capítulos preciosos na história do futebol. Pensando em números – gols, títulos, dinheiro – pode acontecer de um ou ambos deixarem o Rei para trás. Mas no quesito arte ou futebol ou sonho, não conseguirão.
Talvez porque Pelé tenha sido, como disse seu parceiro Pepe, um extraterrestre.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/olharcronicoesportivo/
Acho muito legal essas comparações, mesmo que não sejam exatas (nunca serão), é algo bem curioso.
