Middle-earth: Shadow of Mordor
Nota: 8,5
É a surpresa dessa geração até agora e um dos melhores jogos que temos disponíveis.
Muita gente fala que a jogabilidade é uma cópia de Assassin's Creed, mas eu achei muito mais parecido com Batman Arkham. A maneira como Talion, o protagonista, se move e luta é muito parecida com o morcegão. A diferença é que ele não tem uma capa para planar e faz uso de parkour. Aí, sabe como é, falou parkour, pessoal já fala de AC.
De qualquer forma, a jogabilidade é muito boa, rápida e energética. Sem contar que é uma delicia cortar a cabeça dos Uruks no meio do combate. O jogo não poupa no visual das execuções, é cabeça rolando direto!
Uma ou outra música se destaca, mas nada muito foda.
Outra coisa muito boa é a progressão do jogo. Ele vai liberando novas habilidades e poderes de maneira bem gradual e equilibrada. Quando você chega a 50%, os novos poderes mudam o jogo e você percebe que aquilo que você vinha fazendo e gostando é só a pontinha do iceberg.
A história é um pouco fraca. Mas também, convenhamos uma história não-canônica em um universo tão retratado, é difícil pacas. Não chega a ser uma porcaria, mas quando tudo é revelado, fica um pouco sem sentido e com um ganchinho para DLC ridículo. Mas a jornada até o fim é sensacional.
Outro ponto positivo é a distribuição de coletáveis que dá aula para os ACs da Ubisoft. Nada daqueles milhares de coletáveis só pra encher o mapa e sem valor algum. Em Shadow of Mordor, os coletáveis são na medida e todos acrescentam ao lore do jogo, seja com um codex, uma imagem ou um audio. Além do que, está tudo marcado no mapa logo de cara para quem quiser, ir atrás.
Agora o melhor do jogo é o tal do Nemesis System. É um sistema maluco que gera e gerencia a hierarquia do Uruks, dando a cada um deles um visual, medos, fraquezas, forças e raivas, além das lembranças dos encontros com Talion. Se você derrotar um inimigo sem executá-lo, quando encontrar com ele, ele terá uma cicatriz do seu último encontro. Jogue fogo nele e ele voltará com uma queimadura, além de se lembrar do que aconteceu no último encontro e jurar vingança. E é tudo dinâmico, não scriptado! Aqueles que te derrotam ou conseguem fazer algum outro feito são promovidos, aqueles que você mata, saem da hierarquia e logo são substituídos. Enfim, é até difícil explicar o como esse sistema muda o jogo para melhor, sem ele, seria um jogo banal. É o tipo de sistema que você sente que é next-gen mesmo e que deveria fazer parte de todos os jogos de mundo aberto daqui pra frente, imagina um AC ou um Batman com este sistema?