Quem tem medo do Resolutiongate

[alyssonmasters]

Como vão pessoal do PXB faz tempo que não posto e hoje trago uma reflexão.

Todos se lembram que esta geração começou com o famigerado resolutiongate, que era ou é uma disputa feroz contada pixel a pixel em busca do melhor gráfico possível. Vendo este esforço em busca dos gráficos sempre me forço a pensar se gráficos são implantes para a diversão ou mesmo se são importantes para a nova geração de jogadores.

Como um jogador da velha guarda que veio do Atari 2600 vi diversos saltos técnicos que sempre viam acompanhados de melhores gráficos, jogos do NES não podiam rodar no Atari e jogos do SNES não podiam rodar no NES, neste época não era só melhores gráficos era o aumento de possibilidades o controle do Atari com apenas 1 botão de jogo o do NES com 2 botões de jogo e o SNES com 6 botões demostra isto.

Agora pulando para a dupla PS3/360 e PS4/ONE vemos que em termos de botões de jogo nada muda e os novos jogos parecem entregar apenas mais gráficos é nesta onda que surfa a Nintendo oferecendo algo novo além de gráficos ultra refinados.

Recentemente comprei um PS4 pro e vejo meu filho de 4 anos muito agnóstico aos gráficos, ele joga no tablet no 360 e no PS4 pro sem nenhuma ressalva sobre gráficos ele só busca o jogo que ele quer jogar, joga castle crashes e Rayman legends no 360 e pula para Q*Bert reboot no PS4 pro além de jogar o PAC-MAN 256 também no PS4 pro parece piada mas sim o meu filho usa o console mais poderoso da Sony feito para rodar jogos em altíssima qualidade para jogar remakes de jogos do Atari 2600.

Se dentro deste cenário eu pergunto para que mais gráficos e quem ganha ao forçar a ideia de que precisamos de mais disto para ter diversão, será que estamos matando a instituição do console como centro de diversão com esta situação?

 

[ronabs]

É que o aspecto gráfico é fácil de vender e também de comparar de maneira objetiva. Eu não consigo transmitir facilmente um aspecto subjetivo (exemplo: diversão) quando tento comparar Titanfall 2 com Mirror's Edge Catalyst, mas seu eu coloco um do lado do outro dá pra ver claramente qual deles é o mais bonito.

A busca por gráficos deve ser acompanhada por outros elementos que criam uma experiência completa. Um jogo lindo - siga ele uma corrente artística ou realista - pode ser medíocre se a jogabilidade for ruim, a motivação for rasa, a música for genérica, o level design for sem inspiração, a história não prender (para jogos single). Esse é um jogo que não te causa nada, não provoca nenhuma reação, a gente joga, termina e ter jogado ele ou não não faz diferença nenhuma. Far Cry 4 foi assim comigo. Agora, adiciona todas esses elementos que comentei ali em um jogo bonito e a coisa muda completamente de figura.

Os exemplos que tu citou, Castle Crashers e Rayman Legends, são jogos bonitos (ao seu estilo) e acima de tudo, divertidos de jogar. Responsivos, inspirados, completos. Gráfico é bonito de ver, mas depois de um tempo envelhece. Já o jogo, quando é bom, permanece.

E sobre a importância que eu dou para gráficos, deixo abaixo imagens de três dos jogos que mais gostei de jogar nos últimos anos. Nenhum se destaca pelo aspecto gráfico, mas os três tiveram êxito em me instigar a querer saber o que está acontecendo; me relacionar com os personagens e o que está sendo contado; e me tirar da zona de conforto subvertendo expectativas, mecânicas e padrões que eu carrego na bagagem com meus anos de jogatina.

Jogos bonitos ainda vão me impressionar, mas jogos como esses vão me encantar.

 

[Edu Barros]

É que o aspecto gráfico é fácil de vender e também de comparar de maneira objetiva. Eu não consigo transmitir facilmente um aspecto subjetivo (exemplo: diversão) quando tento comparar Titanfall 2 com Mirror's Edge Catalyst, mas seu eu coloco um do lado do outro dá pra ver claramente qual deles é o mais bonito.

A busca por gráficos realistas deve ser acompanhada por outros elementos que criam uma experiência completa. Um jogo lindo - siga ele uma corrente artística ou realista - pode ser medíocre se a jogabilidade for ruim, a motivação for rasa, a música for genérica, o level design for sem inspiração, a história não prender (para jogos single). Esse é um jogo que não te causa nada, não provoca nenhuma reação, a gente joga, termina e ter jogado ele ou não não faz diferença nenhuma. Far Cry 4 foi assim comigo. Agora, adiciona todas esses elementos que comentei ali em um jogo bonito e a coisa muda completamente de figura.

Os exemplos que tu citou, Castle Crashers e Rayman Legends, são jogos bonitos (ao seu estilo) e acima de tudo, divertidos de jogar. Responsivos, inspirados, completos. Gráfico é bonito de ver, mas depois de um tempo envelhece. Já o jogo, quando é bom, permanece.

E sobre a importância que eu dou para gráficos, deixo abaixo imagens de três dos jogos que mais gostei de jogar nos últimos anos. Nenhum se destaca pelo aspecto gráfico, mas os três tiveram êxito em me instigar a querer saber o que está acontecendo, me relacionar com os personagens e o que está sendo contado, e me tirar da zona de conforto subvertendo padrões que eu carrego em meus anos de jogatina.

Jogos bonitos ainda vão me impressionar, mas jogos como esses vão me encantar.

Depois disso, nem tenho muito o que postar, concordo com tudo.
Vou aproveitar de deixar mais dois screenshots de jogos que surpreenderam o mundo com sua qualidade, mesmo com gráficos mais simples.

 

[User 1422]

Concordo com o @ronabs e gostaria de acrescentar que tem também a questão do momento da geração. Essa geração que estamos demorou muito pra chegar e quando finalmente chegou havia uma expectativa de gráficos revolucionários. Essa expectativa contribuiu para o Resolution Gate porque, como disseram, é mais fácil comparar gráficos.

Pessoal estava em um momento de decisão: Xbox One ou PS4. E não que esse fosse o único ou o mais importante parâmetro de decisão, não é, mas é fácil você olhar o mesmo jogo rodando em dois aparelhos e julgar o que te parece melhor.