Streaming de jogos e a mudança de categoria da indústria como um todo, deixando de ser um produto e passando a ser um serviço é inevitável. É realmente questão de tempo e o único limitador no momento é a qualidade da tecnologia de streaming. Última geração? Provavelmente não. A maioria disparada de analistas berravam aos quatro cantos uns 3 anos atrás que PS4 e XB1 teriam vendas abismais, seguindo o caminho do Wii U que já ia mal desde àquela época. Provavam por A mais B que o futuro era mobile, streaming, Zynga, Farmville, iOS e etc, que o reino dos consoles domésticos já tinha acabado. Só esqueceram de falar isso para a oitava geração que vem batendo facilmente todos os recordes anteriores com seus 22 milhões de PS4 e 12 milhões de
Xbox ao redor do mundo, espantando de vez o anúncio prematuro do fim dos consoles domésticos.
O futuro ubíquo dos jogos realmente está mais perto do que nunca, um futuro onde você possui assinaturas dos desenvolvedores que mais gosta e pode acessá-las do seu tablet, TV, notebook ou um aparelhinho estilo o Playstation TV. É o fim das melhorias de hardware dos consoles, já que toda a força bruta será feita do lado deles. Muito tempo depois de se sepultarem de vez o hardware do
Xbox e Playstation, ainda existirão Live e a PSN firmes e fortes, oferecendo games como serviços ao estilo do Netflix. Quer jogar games em 1080p e 30fps? Tranquilo, assina o plano básico. Quer jogar a 1080 e 60fps? Pega o plano Avançado. Já quer pular para jogos em 4k e 30fps? O plano Top UHD é para você. Quer só jogos da MS é mais barato. Tá afim de um pacotão Sony+MS+EA? Sem problemas. Prefere o pacote total adicionando ainda Ubisoft, Square e Bethesda? Vai fundo. Diferentes assinaturas para diferentes gostos.
Mas ainda tem uns bons anos antes disso acontecer. Já estamos na beiradinha, estamos vendo o início agora com PS Now, PS TV, essas novas TVs com Tizen, mas é provável que mais 2 gerações se passem antes disso se popularizar de verdade a ponto de empurrar a indústria nessa direção com força total. 2015 é a primeira vez que jogos digitais passaram jogos físicos, mas streaming de jogos ainda é relativamente ruim, com lag, perda de qualidade e resolução. Sem falar que a velocidade na internet no mundo ainda é muito baixa. Os data centers desses serviços ainda estão muito concentrados, o que só piora a oferta do serviço. Em 2015 algumas pessoas faze uso do PS Now, e outras tantas vão assinar o serviço da Samsung, mas nada que abale o status quo.
Agora em 15 anos, em 2030, a coisa já muda de figura. Velocidades de 1Gb/s em boa parte do planeta com a Internet 2. E mesmo no Brasil downloads de 360 ou 500Mb/s serão o pacote mais barato. Melhorias consideráveis na qualidade de streamings, computadores serão onipresentes. Estarão nas roupas, nos eletrodomésticos, na casa, em todo o lugar. O que os chips fizeram para o celular "tijorola" do passado transformando-os em smartphones, eles farão para as TVs em 15 anos. A smart TV de 2015 não lava nem os pés das TVs de OLED 8K über finas de 2030 com computadores integrados que fazem os mais poderosos CPUs do mundo atual parecerem transistores da década de 60.
Aliás, é comumente previsto que 2030 marca o fim de essencialmente todos os canais de TV aberta, pois não existirão mais espectadores para esse modelo. Jovens que nasceram após o ano 2000, quando dada a opção, preferem assistir a conteúdos oriundos direto da internet, seja Netflix, Hulu, Amazon Prime, Youtube, torrent entre outros. Eles querem ver o conteúdo que querem na hora que querem. Chega de grade de programação, chega de horário. Até mesmo filmes tem se adequado à essa nova realidade que está surgindo. Há quinze anos atrás, demorava em média 6-8 meses para um filme sair do cinema e chegar às locadoras. Hoje em dia o usual são 2-3 meses, e nesse meio tempo veio o Blu-ray e morreram praticamente todas as locadoras. Todo o entretenimento virá pela net, inclusive seus jogos....mais ainda vai demorar um pouquinho
