Então, esse papo de que a Microsoft estava pagando para ter prioridade de chips é coisa do final de 2021 e início de 2022, momento em que o
Xbox estava até conseguindo acompanhar o PS5 em termos de vendas e, por vezes, até ficar à frente. A partir do segundo semestre do ano passado, a boca começou a abrir até chegar às estimativas que temos hoje, de 30 milhões de PS5 contra 18,5 milhões de
Xbox Series X|S.
Tem também o papo recente (
mês passado) do Jez Corden de que o
Xbox estaria utilizando uma parte da produção de hardware do
Series X para a estrutura de jogos em nuvem. Sendo verdade, seria uma nova etapa de preparação dos servidores, já que a Microsoft tinha anunciado, em
outubro de 2021, que havia concluído o upgrade do xcloud para hardwares customizados do
Series X.
Sobre esperar um boom de vendas após a compra da Activision, ou Starfield, é um caso que ainda vai acontecer e vamos ter que acompanhar os desdobramentos. Esperar um crescimento expressivo a ponto de superar o PS5 é difícil porque a marca PlayStation é muito forte, tão forte quanto a Nintendo e bem mais forte que o
Xbox - algo que a própria Microsoft faz questão de levantar na sua defesa de compra da Activision. Por outro lado, Starfield vai ser o primeiro grande AAA exclusivo após a onda de aquisições iniciada em 2018 - exclusivo no sentido de ser um jogo que sairia para outras plataformas mas, agora, é só no
Xbox, ao contrário de outros AAA que seriam lançados como exclusivos de qualquer forma (Forza, Halo, Microsoft Flight Simulator, Age of Empires, etc.).
É o primeiro jogo grande para as massas que, no fim das contas, são o que movimentam o mercado de videogames. Os jogos de 2022 no
Xbox não foram bons nesse sentido, não estou falando de qualidade, mas de apelo popular mesmo. Com um cenário assim, diria que o
Xbox conseguir ter se sustentado ali perto de 2/3 de vendas do PS5 seja até positivo. A partir de Starfield, vamos poder ter uma noção melhor de como a banda vai passar a tocar.
Digo no sentido de ser um objetivo mesmo, o PS4 já vendeu bem rápido em relação a outros PlayStation e, no primeiro ano, o PS5 conseguiu até superar. A partir do segundo, os problemas de estoque ficaram mais agravados e o objetivo foi pro saco: nos três primeiros anos, foram 36 milhões de PS4 e 30 milhões de PS5, quase 20% menos. A ideia era justamente tentar conseguir uma grande base instalada muito cedo na geração, porque depois de certo ponto, existe meio que um efeito manada onde a situação dificilmente se altera em termos de vendas.