Vício em videogames passa a ser considerado uma doença pela OMS

[Paulo Taucci]

Conforme notícia do IGN:
"O vício em videogames passou a ser considerado um problema de saúde mental pela Organização Mundial da Saúde nesta segunda-feira (18).
De acordo com o G1, o manual de classificação de doenças da OMS define a compulsão como um 'padrão de comportamento persistente ou recorrente', que pode tornar-se intenso a ponto de tomar 'a preferência sobre outros interesses da vida'."

https://g1.globo.com/bemestar/notic...ssifica-vicio-em-videogames-como-doenca.ghtml
http://br.ign.com/consoles/63463/news/vicio-em-videogames-passa-a-ser-considerado-uma-doenca-pela

Eu já conheci pessoas que não tinham vida social por conta de videogame, nem dormiam direito por conta das jogatinas. Acho que essa alteração da OMS seria bom somente para esses casos extremos, por conta dos tratamentos, para os demais seria só mais uma justificativa para reclamar dos Jogos e Gamers. Minhas esposa que o diga, não pode nem ficar sabendo kkkk.

 

[ronabs]

Tudo que é feito de forma exagerada e compromete outros aspectos da vida causa/é um transtorno, e sendo assim, deve ser tratado como tal.

 

[Johannes]

China e Coreia do Sul que o digam, lá já virou caso de saúde pública mesmo.

 

[Paulo Taucci]

Pois é, tem casos que precisa mesmo, vício é um problema sério, mas é preciso saber ponderar também. Mesmo porque se a pessoa está de férias por exemplo e com tempo livre não vejo problema na pessoa gastar uns tempos a mais no videogame, acho que o que vale mais é a pessoa ter a capacidade de colocar o videogame de lado pra fazer outras atividades e não deixar os deveres e obrigações de lado, não deixar de sair, se divertir e não faltar com a família, amigos, trabalho e etc.. Mesmo porque pra muita gente jogar em si é o trabalho, é seu ganha pão, seja ganhando dinheiro com transmissões, propaganda, campeonatos e tantas outras formas aí.

 

[ronabs]

Mesmo porque se a pessoa está de férias por exemplo e com tempo livre não vejo problema na pessoa gastar uns tempos a mais no videogame,

Aí que tá, tempo é só um dos fatores e nem é o principal.

acho que o que vale mais é a pessoa ter a capacidade de colocar o videogame de lado pra fazer outras atividades e não deixar os deveres e obrigações de lado, não deixar de sair, se divertir e não faltar com a família, amigos, trabalho e etc..

Isso aqui sim.

O DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) acredito* que seja o material mais atualizado em se tratando desse assunto, tendo incluído nessa revisão muitos problemas relacionados à internet e que se desdobram em coisas como celular, redes sociais, WhatsApp, e também jogos eletrônicos. E nesse tópico, ele cita coisas como:
- Preocupação excessiva com jogos: pensar na partida anterior ou na próxima, traçar estratégias, ficar remoendo situações ou imaginando como vai ser;
- Sintomas de abstinência quando não consegue jogar: irritabilidade, ansiedade, tristeza por não suprir o vício;
- Tolerância, tendo que passar cada vez mais tempo jogando pra conseguir matar a vontade;
- Tentativa de parar, diminuir ou controlar - e não conseguir, ou seja, a pessoa até entende que aquilo pode ser prejudicial mas não consegue superar sozinha;
- Perda de interesse por outros passatempos, dando sempre prioridade pra jogatina acima de qualquer outra coisa;
- Jogar pra aliviar um humor negativo, como ansiedade, culpa, tristeza, resumindo, descontar as frustrações do dia a dia no videogame;
- Colocar em risco um relacionamento, trabalho, oportunidade de entrevista, social com os amigos, etc.

Ou seja, é claramente quando a coisa sai de controle, extrapola o limite do aceitável, passa a ser nocivo tanto pra quem sofre com isso como também pra quem está ao seu redor (família, amigos, colegas de trabalho), conforme descrito acima. Com o boom do uso de redes sociais, o potencial de dano aumenta ainda mais, porque é fácil encontrar pessoas com o mesmo comportamento, o que só estimula e incentiva que esse tipo de ação continue acontecendo.

* E tipo (essa parte é importante), estou aqui falando como um leigo no assunto que pegou o livro da namorada porque se interessa em entender e aprender um pouco mais sobre. Qualquer psicólogo pode vir aqui e falar disso com muito mais propriedade do que eu. Mas se alguém estiver (ou achar que estiver) passando por este ou qualquer outro tipo de problema, que esteja afetando negativamente a sua vida, nunca pare somente em buscas na internet, procure ajuda de verdade. Tem muita gente especialista preparada e pronta pra isso.

 

[itotinaru]

estou em estado terminal então.