Victor analisa: DmC: Devil May Cry
O ano de 2013 começou a pouco tempo, mas parece que o mundo dos games não para. E no mês de janeiro, tive a oportunidade de começar o ano gamer com uma releitura clássica.
Para começar as minhas análises desse ano, nada melhor que DmC: Devil May Cry. O jogo desenvolvido pela Ninja Theory e distribuído pela Capcom traz uma história totalmente nova, que é responsável por "apagar" as histórias anteriores e recomeçar a franquia dos demônios. O game foi lançado no dia 15 de Janeiro de 2013.
- Plataforma de Teste: Xbox 360
- Informações:
Plataformas: Xbox 360, PlayStation 3, PC
Produtora: Capcom
Desenvolvedora: Ninja Theory
Suporte Online: Sim (Pontuação)
Jogadores: 1
Duração: Cerca de 10 horas
Data de Lançamento: 15/01/13 (X360, PS3); 25/01/13 (PC)
Introdução:
A franquia Devil May Cry começou em 2001 com seu primeiro jogo. Sua jogabilidade revolucionou o mundo dos jogos, criando um estilo muito utilizado atualmente chamado Hack n' Slash. Dois anos depois, em 2003, a Capcom lançou Devil May Cry 2, jogo que contava com dois protagonistas, Dante e Lucia. Infelizmente, a continuação do primeiro game foi péssima, sendo considerado o pior Devil May Cry já criado.
Em 2005, foi lançado Devil May Cry 3: Dante's Awakening. O jogo trouxe de volta a jogabilidade do primeiro game com várias inovações, e é considerado o melhor jogo da série por muitos jogadores.
Na geração atual, a Capcom lançou Devil May Cry 4 em 2008. O game acontecia entre o primeiro e o segundo game da série, e contava com um novo protagonista: Nero. Porém, Dante estava presente como segundo protagonista.
Depois do quarto jogo, a Capcom decidiu "apagar" tudo. DmC: Devil May Cry foi divulgado em 2010, e desde então sofre duras críticas dos jogadores por "estragar" a franquia. Será que o jogo estragará mesmo, ou renascerá Dante em um bom sentido?
Prós:
- O Renascimento de Dante
Quando começamos o jogo, percebemos que nada mais aqui é familiar. Toda a ambientação do jogo foi alterada para ser criada uma nova história.
Todos os combates que Dante vivencia acontecem numa dimensão paralela ao mundo real chamada de Limbo. É nesse mundo que os demônios vivem, e eles farão de tudo para impedir o protagonista de concluir sua missão. E como tudo o que acontece no Limbo não é visível aos humanos, a sociedade não reconhece Dante como um "herói" e sim como um terrorista, já que a mídia consegue modificar essa ideia.
- História recriada: ponto para mais
Por se tratar de uma releitura, o enredo do jogo foi totalmente modificado, trazendo uma história excelente que consegue prender o jogador até o final.
Tudo começa quando Dante conhece um grupo chamado "A Ordem". Esse grupo quer libertar o mundo humano dos demônios que o controlam. Porém, isso vai ser difícil, já que eles controlam a humanidade através da mídia e de uma "bebida viciante", coisa que podemos relacionar ao nosso cotidiano.
Todos os planos do grupo levará o protagonista a vários locais ocultos no Limbo, para que consiga alcançar o objetivo de fechar os Portões do Inferno.
- Personagens humanizados
Um dos pontos negativos nos jogos anteriores da série eram as personalidades dos personagens. Apesar do antigo Dante ser engraçado, todos os personagens pareciam ignorar o mundo a sua volta, sem ligar no que poderia acontecer.
Em DmC: Devil May Cry, Dante continua com seu senso de humor, porém agora tem mais atenção ao mundo, pois sabe que a humanidade depende de suas atitudes.
Já Vergil, irmão do protagonista, tem uma personalidade mais humanizada e intelectual. Por isso, o personagem ajuda Dante em vários planos através da sua inteligência.
Kat, por sua vez, é uma humana considerada a "excluída" da sociedade e por causa disso procura entrar no grupo para ajudá-los a libertar a humanidade.
- Direção artística fantástica
O que falar dos gráficos do jogo? De início, não são bons. Mas a Ninja Theory fez questão de dar uma boa dose de direção artística que deixou a atmosfera muito bonita.
A principal característica são as cores fortes e a presença de um contraste estourado. Tudo isso faz com que o jogo tenha um visual excelente.
- A trilha sonora de sempre... com algumas inovações
A franquia sempre foi conhecida por ter uma excelente trilha sonora com um rock bem pesado, servindo de fundo para os combates desenfreados do protagonista.
No novo jogo, além da presença das trilhas agitadas de rock, temos também músicas com um bom dubstep, juntando vários tipos de som para formar uma ótima música.
Contras:
- Sem lock-on
Apesar da jogabilidade de DmC: Devil May Cry ser superior a todos os outros jogos, a retirada do "lock-on" (mira que estava presente nos jogos anteriores) pode ser questionada.
Mesmo que esse tipo de mira não combine muito com a nova atmosfera do jogo, alguns combos ficam dificultados de executar por não poder focar em apenas um inimigo. Por isso, eles poderiam ter desenvolvido algum sistema semelhante, como o sistema de foco do game Darksiders.
Final:
Apesar de ter sofrido muitas críticas, a Ninja Theory acertou no desenvolvimento de DmC: Devil May Cry. A releitura serve muito bem para reiniciar a história de Dante, e traz um dos melhores jogos de ação de 2013.
Para quem ainda critica as mudanças no visual do protagonista, ou na mudança da ambientação, sugiro que dê uma chance ao jogo, pois foram acrescentadas apenas alterações positivas na franquia.
• Gráficos: 9,3
• Jogabilidade: 9,0
• Enredo: 9,7
• Áudio: 9,5
• Diversão: 9,8
• Nota Final: 9,4
• Jogabilidade: 9,0
• Enredo: 9,7
• Áudio: 9,5
• Diversão: 9,8
• Nota Final: 9,4