No ano passado, XCOM Enemy Unknown angariou 13 prêmios de GOTY (incluindo alguns bem prestigiosos, como do Kotaku, Giant Bomb, Gametrailers e Gamespy) e e cerca de 30 de melhor jogo de estratégia do ano (lista completa: http://www.firaxis.com/?/news/single...te-awards-list ) . Foi um grande sucesso de público e de vendas, criou uma legião de fãs de seguem jogando e rejogando a campanha inúmeras vezes. Eu mesmo terminei a campanha de Enemy Unknown mais de 10 vezes, explorei cada aspecto possível dentro do jogo, e nunca enjoei do mesmo.
Enemy Within foi anunciado no meio deste ano, e causou um grande alvoroço entre os fãs. Eu fiquei acordado até a 01:00h esperando o meu download terminar para finalmente por as mãos na aguardada expansão.
Para os que não sabem, EW foi vendido como uma expansão ao jogo original. A historia e a dinâmica original permanecem, mas são modificadas por novas características, como novas unidades, novos inimigos, uma nova facção terrorista que aparece intermitentemente aos ataques alienígenas, um novo e valiosíssimo recurso (MELD), novos itens, bugs concertados e tempos de pesquisa mais longos.
O jogo de fato adquire um novo ritmo. Na primeira campanha que joguei, nunca fiquei naquela urgência toda de controlar o pânico. Tive uma incidência bem maior de missões do conselho e Exalt (a facção terrorista), o que tornou o gerenciamento do pânico menos estressante. Joguei essa primeira campanha no normal, pois vi muitos veteranos reclamando da dificuldade aumentada no clássico. Foi um erro. Na dificuldade normal, o jogo ficou mais fácil no início, com o uso dos Mechs, e ridiculamente fácil no final (não fiz a última missão ainda, mas até agora meu memorial não tem um nome sequer – e tenho 100% de cobertura de satélites). A utilização dos Mechs no esquadrão muda bastante as táticas de combate. O investimento em MELD nos mesmos é alto. Só consegui ter dois Mechs Tier 3 bem pro final do jogo. Mas gastei bastante MELD também com as modificações genéticas. A aquisição do MELD é uma ótima diferenciação em EW. Como ele expira depois de algumas rodadas, você se sente compelido a explorar o mapa, e arrisca acionar inimigos em patrulha. E você vai querer MELD. Eu tinha muita expectativa pelos Mechs, mas as modificações genéticas também mudam a jogabilidade. Mimetic Skin, uma habilidade de ficar invisível funciona melhor que Ghost Armor.
Outro aspecto relacionado ao MELD é que a sua escassez torna os seus soldados cada vez mais únicos. A progressão de patentes foi modificada (se tornou mais lenta). Não dá mais pra substituir um soldado morto (especialmente se você investiu MELD nele de alguma forma) por outro igualzinho. Eu senti que a fila andou muito mais nas missões e perto do fim tenho cerca de 15 soldados dentre os quais eu posso formar um esquadrão para a missão final, sem me preocupar muito.
A operação Progeny – uma série de missões do conselho que seria inicialmente lançada como um DLC e que foi incorporada à expansão – é sensacional. É uma série de 5 missões, três delas em mapas bem bacanas e diferenciados. Duas delas com características bem específicas que diferenciam a jogabilidade. Por falar nos novos mapas, eu separo em duas caixas. Tem alguns que são “requentados” e outros completamente novos. Fiquei com a impressão de ter mais possibilidades de atacar pelo alto (o que foi proposital, já que ajuda quem investe em modificações genéticas). Alguns são realmente geniais, adorei um Landed UFO no topo de um prédio, com a cidade ao fundo e um rastro de destruição que deu ótimas características ao mapa (incluindo verticalidade).
A ameaça do EXALT é bem legal. É uma pedra no sapato, pois quando você acha que vai avançar (ou quando já está numa situação ruim), eles aparecem pra sacanear. Os EXALTS tem uma IA melhor que os alienígenas. Atacam em grupo e colaboram bastante entre eles. Os alienígenas tiveram apenas pequenas melhorias. Alguns entram em Overwatch assim que acionados no mapa.
A 2K lançou o jogo como uma expansão no PC, mas o limite de tamanho dos DLCs de console não permitiu essa opção para os usuários do Xbox 360 e PS3, mesmo os que já possuem o jogo. Isso criou uma confusão tremenda com os preços. Nos EUA, o jogo custa 40 dólares para consoles e 30 para PC via download. Aqui, a expansão sai por 79 no steam, o que não condiz em nada com outros lançamentos que saíram a 30 dólares lá fora. Brave New World, da própria Firaxis sai a 44 reais aqui, e custa 30 lá fora. Na Austrália, o DLC pra PC está saindo a 50 dólares australianos e gerou uma verdadeira revolta, com vários usuários dando 0 para o jogo no metacritics.
Lambanças à parte, a expansão vale muito a pena para os fãs. Para os que nunca jogaram XCOM, é melhor começar por este que pelo vanilla. Só é bom estudar bem o preço.
Nota 9/10
Enemy Within foi anunciado no meio deste ano, e causou um grande alvoroço entre os fãs. Eu fiquei acordado até a 01:00h esperando o meu download terminar para finalmente por as mãos na aguardada expansão.
Para os que não sabem, EW foi vendido como uma expansão ao jogo original. A historia e a dinâmica original permanecem, mas são modificadas por novas características, como novas unidades, novos inimigos, uma nova facção terrorista que aparece intermitentemente aos ataques alienígenas, um novo e valiosíssimo recurso (MELD), novos itens, bugs concertados e tempos de pesquisa mais longos.
O jogo de fato adquire um novo ritmo. Na primeira campanha que joguei, nunca fiquei naquela urgência toda de controlar o pânico. Tive uma incidência bem maior de missões do conselho e Exalt (a facção terrorista), o que tornou o gerenciamento do pânico menos estressante. Joguei essa primeira campanha no normal, pois vi muitos veteranos reclamando da dificuldade aumentada no clássico. Foi um erro. Na dificuldade normal, o jogo ficou mais fácil no início, com o uso dos Mechs, e ridiculamente fácil no final (não fiz a última missão ainda, mas até agora meu memorial não tem um nome sequer – e tenho 100% de cobertura de satélites). A utilização dos Mechs no esquadrão muda bastante as táticas de combate. O investimento em MELD nos mesmos é alto. Só consegui ter dois Mechs Tier 3 bem pro final do jogo. Mas gastei bastante MELD também com as modificações genéticas. A aquisição do MELD é uma ótima diferenciação em EW. Como ele expira depois de algumas rodadas, você se sente compelido a explorar o mapa, e arrisca acionar inimigos em patrulha. E você vai querer MELD. Eu tinha muita expectativa pelos Mechs, mas as modificações genéticas também mudam a jogabilidade. Mimetic Skin, uma habilidade de ficar invisível funciona melhor que Ghost Armor.
Outro aspecto relacionado ao MELD é que a sua escassez torna os seus soldados cada vez mais únicos. A progressão de patentes foi modificada (se tornou mais lenta). Não dá mais pra substituir um soldado morto (especialmente se você investiu MELD nele de alguma forma) por outro igualzinho. Eu senti que a fila andou muito mais nas missões e perto do fim tenho cerca de 15 soldados dentre os quais eu posso formar um esquadrão para a missão final, sem me preocupar muito.
A operação Progeny – uma série de missões do conselho que seria inicialmente lançada como um DLC e que foi incorporada à expansão – é sensacional. É uma série de 5 missões, três delas em mapas bem bacanas e diferenciados. Duas delas com características bem específicas que diferenciam a jogabilidade. Por falar nos novos mapas, eu separo em duas caixas. Tem alguns que são “requentados” e outros completamente novos. Fiquei com a impressão de ter mais possibilidades de atacar pelo alto (o que foi proposital, já que ajuda quem investe em modificações genéticas). Alguns são realmente geniais, adorei um Landed UFO no topo de um prédio, com a cidade ao fundo e um rastro de destruição que deu ótimas características ao mapa (incluindo verticalidade).
A ameaça do EXALT é bem legal. É uma pedra no sapato, pois quando você acha que vai avançar (ou quando já está numa situação ruim), eles aparecem pra sacanear. Os EXALTS tem uma IA melhor que os alienígenas. Atacam em grupo e colaboram bastante entre eles. Os alienígenas tiveram apenas pequenas melhorias. Alguns entram em Overwatch assim que acionados no mapa.
A 2K lançou o jogo como uma expansão no PC, mas o limite de tamanho dos DLCs de console não permitiu essa opção para os usuários do Xbox 360 e PS3, mesmo os que já possuem o jogo. Isso criou uma confusão tremenda com os preços. Nos EUA, o jogo custa 40 dólares para consoles e 30 para PC via download. Aqui, a expansão sai por 79 no steam, o que não condiz em nada com outros lançamentos que saíram a 30 dólares lá fora. Brave New World, da própria Firaxis sai a 44 reais aqui, e custa 30 lá fora. Na Austrália, o DLC pra PC está saindo a 50 dólares australianos e gerou uma verdadeira revolta, com vários usuários dando 0 para o jogo no metacritics.
Lambanças à parte, a expansão vale muito a pena para os fãs. Para os que nunca jogaram XCOM, é melhor começar por este que pelo vanilla. Só é bom estudar bem o preço.
Nota 9/10