Cultura Pop é para os fracos, meu gosto é refinado

Scaiok

Jogador
Dezembro 1, 2010
178
0
O Facebook é uma rede social interessantíssima pra se estudar a dinâmica do comportamento humano. Principalmente, é uma rede muito boa pra se perceber como se constroem as relações de status e poder na sociedade, já que muitas das postagens dessa rede carregam essa conotação, e na maioria das vezes, aqueles que postam sequer tem ciência disso. Quando se para pra observar o Facebook por muito tempo, se tem uma sensação entendiante de de ja vú e repetição, mas com um pouco mais de cuidado e olhar, pode-se perceber alguns padrões interessantes, e alguma reflexão sobre eles nos leva a conclusões bem interessantes. Um tipo de postagem muito recorrente na minha timeline, por exemplo, vindo majoritariamente,embora não exclusivamente, da parte de rockeiros, são as postagens da
forma “o meu gosto é muito melhor que o seu”.
rock.jpg

É invariável, ao menos uma vez por dia leio algo assim, seja de rockeiros denegrindo o funk, os “coloridos”, Justin Bieber, música eletrônica, pagode, etc...enfim. Elas vem nas mais variadas formas, cores e sabores. As vezes são agressivas, como a foto ao lado, e as vezes são brincadeiras mais inofensivas. Também não se resume ao rock. Já vi fotos de gamers comparando o seu gosto por videogames ao gosto dos maconheiros de fumar maconha (?!), filmes cults em detrimento a filmes “blockbusters”, livros cultos em detrimento a livros de massa...enfim, a lista continua. Até aí, seria só mais uma expressão humana, talvez uma leve brincadeira e uma tiração de sarro. Mas o mais estranho na verdade é que essas pessoas realmente acreditam que suas comparações são genuínas, i.e, elas realmente acreditam que o “mais correto” é ouvir rock, não funk, ou que jogar videogame é uma atitude comparável a fumar maconha. A priori, me causou muito espanto essa necessidade de se denegrir a atitude de outras pessoas pra se exaltar o que se faz. Afinal, você realmente precisa falar que todos os outros estilos musicais são ruins pra curtir o seu estilo? Você realmente precisa comparar videogame a maconha pra gostar de videogame? Mas novamente, olhando e refletindo um pouco mais, tudo faz sentido.
O que eu desconsiderei na minha análise inicial e que me levou a essa grande confusão é o seguinte: vivemos em uma sociedade capitalista. Como quase tudo nesse tipo de sociedade, o status é uma competição. O que eu alego aqui, e vou demonstrar no decorrer deste texto, é que tais alegações de superioriedade de gosto musical, gosto cinematográfico e gosto literário não passam de uma forma de competição por status.
O rock em si tem uma queda drástica pelo underground. Desde a sua explosão na década de 60 o rock e o underground tem um grande caso de amor. O rock foi praticamente o hino de movimentos da contra-cultura e movimentos pioneiros dessa época. O rock também (especialmente o punk rock) era mais do que um estilo musical, mas uma revolução musical: era um estilo que vinha acabar com a elitização da música, tornando a execução da música de fácil e imediato acesso a qualquer pessoa. O lema do punk rock, com seu compasso simples em 4 por 4 era faça você mesmo. Não é atoa que as músicas do punk rock são de execução muito simples e podem ser tocadas por qualquer grupo de adolescentes com os instrumentos adequados na garagem de casa. Assim, muitos que criticam o punk rock por ser um estilo musical “pouco virtuoso” e “simplório” na verdade não entenderam bem o espírito da coisa: ele foi criado para ser simplório, pra ser simples. O que se pode criticar talvez é esse ideal da música popular como objetivo musical. Mas essa é outra discussão.
jaqueta-punk.jpg

Desde então, o rock sempre foi associado a contra-cultura a subversão, a desobediência civil, a revolta social. De fato, é essa a temática de muitas músicas do estilo. Dos Beatles à Gun’s’n’Roses, o tema de revolução e inconformismo é muito presente. Essa temática naturalmente se traduz no comportamento e na mentalidade de muitos que escutam esse estilo. Punks, beatniks, hippies, grunges, góticos, hipsters, rockeiros...são todas subculturas que tem um problema em se conformar com o sistema. Ao menos, é isso que eles imaginam que seja o caso. O pensamento comum das contra-culturas se parece mais ou menos com isso: todas as instituições interconectadas do mercado precisam das pessoas conformadas para poder vender a maioria de seus produtos para a maioria das pessoas. A mídia, através de publicidade, trabalha para atingir uma sociedade homogeniezada, em harmonia com seus interesses. Para escapar do consumismo e da conformidade, você deve dar as costas e ignorar a cultura padrão mainstream. Os grilhões assim cairão, a máquina vai falhar, o véu vai se dissolver e você vai poder enxergar o mundo pelo que ele é. A natureza ilusória da existência chegará ao fim, e você poderá, enfim, ser real. A grande ironia e o grande paradoxo é que existe alguém lucrando com isso.
Pense no esteriótipo típico do punk: jaqueta de couro, spikes e coturno. Oh, de onde ele tirou essas roupas? Alguém as produziu, certamente. Cada inconformado que surge no mercado gera um nicho, que é rapidamente preenchido por emprendores e pessoas interessadas no lucro, alimento novamente o sistema. Nas palavras dos filósofos Joseph Health e Andrew Potter, em seu livro “Nation of Rebels” (2004) o sistema não dá a mínima para o conformismo. Muito pelo contrário, o sistema triunfa e se constrói com base na busca pela individualidade de seus integrantes. Ao tentar criar um gosto distinto e refinido, para se escapar da cultura pop e das massas, está se justamente alimentando o mesmo mecanismo que produz a cultura pop e o entreterimento em massa.
Por exemplo, digamos que há uma banda muito boa na sua vizinhança. Eles não tem nenhum contrato de gravação ou álbum gravado. Eles simplesmente tocam em eventos alternativos e bares, e o som deles é ótimo. Você divulga e conta a todos sobre o trabalho deles a medida que eles constroem um público decente. Logo, eles gravam um álbum que vende o suficiente pra que eles possam ter sustento apenas da música, conseguindo se demitir de seus trabalhos regulares. Esse álbum então angaria mais público. Logo logo, eles tem um grande público, conseguem um contrato de gravação e conseguem tocar na rádio ou na televisão. Agora, eles super faturaram. Então você os odeia. Você abandona a banda e parte em busca de alguém mais autêntico, e o ciclo se reinicia de novo. Essa é a bomba da qual artistas e músicos se lançam das profundezas do underground para a cultura pop mainstream. Ela nunca para, e ao passar do tempo ela fica mais rápida e mais eficiente.

clube_da_luta1.jpg

No final da década de 90 e início de 2000 filmes com a temática inconformista eram bem comuns – Clube da Luta, Nação Fast-Food, Beleza Americana, The Corporation, etc. São todos filmes que criticam o que justamente se tornaram: ícones de consumo e estouro nas bilheterias do cinema. Talvez a intenção de seus criadores tenha sido uma crítica legítima ao sistema de consumo, mas ironicamente, esses filmes quando cairam no mercado geraram um lucro imenso na sua tentativa de criticar o tal consumismo. O caso do Clube da Luta é particularmente irônico: um filme que faz uma crítica pesada a ausência de individualidade e consumismo da sociedade...interpretado por Brad Pitt e Edward Norton, com um orçamento de doer os olhos. Foi também um enorme estrondo de bilheteria, faturando um total de cem milhões de dólares ao redor de cinemas do mundo todo. E principalmente: deixando todos que assistiram o vídeo ávidos por criticar o consumismo que acabaram de ser vítimas. Seus lamentos contra o consumismo foram consumidos. Cabem perfeitamente as palavras de Nietzsche aqui: “Quando olhamos para o abismo por muito tempo, o abismo começa a olhar para nós” (estou tão hiperster hoje que estou até citando Nietzsche).
O gosto refinado é a guerra de status da classe média. Os ricos competem com quantidade e qualidade de bens. Mas a classe média não pode comprar muito mais do que seu vizinho, porque simplesmente não tem dinheiro. O que ela não consegue compensar em quantidade, ela tenta compensar em refinamento de gosto. Você compete ao ter um gosto musical mais refinado, ao ter uma mobília ou uma decoração mais autêntica; e por conta disso as pessoas agora definem suas personalidades por quão refinido são seus gostos musicais, ou quão inteligentes, ou quão obscuras, ou quão irônicas e sarcásticas elas são. Você obtém status ao ter melhor gosto em músicas e em filmes, e por quão originais são suas roupas. Há centenas de milhares de cada item ou propriedade intelectual que você pode possuir, então você revela seu caráter autêntico e original através de como você consome.
Uma vez que tudo é produzido em massa, e frequentemente para uma audiência em massa, achar e consumir coisas que apelam para o seu desejo de autenticidade é o que move esses artistas e produtores do fundo do poço até os altos do sucesso – onde eles podem ser consumidos em massa.
Os hipsters então, são o produto direto do ciclo de indie, autêntico, obscuro, irônico, e inteligente consumismo. O que é por si mesmo irônico – o próprio ato de ir contra a cultura gera a próxima onda de cultura que as pessoas tentarão ir contra, gerando novamente uma nova onda.
Espere o suficiente, e o que uma vez foi cultura pop mainstream cairá novamente na obscuridade. Quando isso acontecer, ela se tornará novamente valiosa para aqueles em busca de autencidade e ironia ou inteligência. O valor então, não é intrínseco. E infelizmente, essa competição não está subordinada a como se constrói a sociedade. Competição por status é construída na personalidade humana a nível biológico. Pessoas pobres competem com recursos. A classe média compete com seleção. Os ricos competem com posses.
A relação de desgosto da maior parte dos rockeiros com o funk, por exemplo, não se trata de uma relação racional, considerada e ponderada dos “prós e contras” do rock em comparação com o punk. Trata-se na verdade de tentar mostrar o quão seu gosto é intelectualmente mais puro, mais refinado, mais original e autêntico, e não uma forma de música de massa para meros plebeus. Em suma, trata-se de tentar competir por status.
Isso não significa que não podemos lutar contra isso. Afinal, creio que todos concordaram que se achar um ser humano melhor por ter uma carro a mais ou uma casa na praia é algo completamente infantil, certo? E agora que você sabe que seu sentimento de superioridade por escutar rock, ou assitir filmes cults, ou usar aquela roupa descolada é nada mais do que a mesma expressão do mesmo sentimento infantil, que tal pensar um pouco mais na próxima vez que for compartilhar uma imagem denegrindo o gosto das outras pessoas, ou tornando o seu próprio gosto superior ao de outros?

Por Guilherme Tomishiyo em http://tropalanternaverde.blogspot.com.br/2012/05/cultura-pop-e-para-fracos-meu-gosto-e.html
 

Johannes

Guerreiro
Novembro 11, 2006
9,114
5,731
O cara realmente precisava fazer essa análise altamente superficial e tendenciosa sobre rock e cinema pra criticar os "intelectuais" de facebook? Seria mais fácil apenas reconhecer que o Facebook, assim como todas as redes sociais e ferramentas de comunicação em massa da internet, apenas se prestam a externar e dar visibilidade ao pensamento de certos grupos. Não é porque o cara gosta de rock e filmes cult que ele vai ser um hipster ou esnobe que se acha superior ao cara que ouve funk e gosta de filmes pipoca, ao mesmo passo que esse último não é um plebeu inferior por ter esses gostos.

Aliás, também é irônico que esse mesmo autor critique o uso que se faz do meio que permitiu a ele divulgar esse texto repleto das mesmas falhas que ele crítica. Ironias a mil.
 

carlos_hpy

Jogador
Janeiro 7, 2009
421
0
[quote1341981577=Johannes]
O cara realmente precisava fazer essa análise altamente superficial e tendenciosa sobre rock e cinema pra criticar os "intelectuais" de facebook? Seria mais fácil apenas reconhecer que o Facebook, assim como todas as redes sociais e ferramentas de comunicação em massa da internet, apenas se prestam a externar e dar visibilidade ao pensamento de certos grupos. Não é porque o cara gosta de rock e filmes cult que ele vai ser um hipster ou esnobe que se acha superior ao cara que ouve funk e gosta de filmes pipoca, ao mesmo passo que esse último não é um plebeu inferior por ter esses gostos.

Aliás, também é irônico que esse mesmo autor critique o uso que se faz do meio que permitiu a ele divulgar esse texto repleto das mesmas falhas que ele crítica. Ironias a mil.
[/quote1341981577]
Se aqui fosse o Facebook eu curtiria seu post !thumbsup
 

DeadMat94

Jogador
Janeiro 29, 2011
933
0
577304_394323927281658_966811273_n.jpg


Quando percebi que era sobre gostos musicais eu parei na mesma hora, esses textos só servem pra criar war.
 

gustavocubas28

Jogador
Março 31, 2011
2,605
14
[quote1342012907=Jeff Lemming]
Eu sou roqueiro. E me orgulho disso. Segue o jogo...
[/quote1342012907]
2 !x! !thumbsup !thumbsup
 

Gabriel :)

Jogador
Julho 5, 2011
209
0
Cara, acho essa questão um pouco mais complicada...
O autor não está totalmente errado, mas também não podemos generalizar...
De fato são grupos tentato justificar seus pontos de vista, como disse o Johannes e o proprio autor. Mas dai afirmar que isso está ligado diretamente ao sistema economico ou á lógicas de poder é um pouco precipitado, concordo que em alguns casos acontecem, mas as midias sociais são recentes, não sabemos a real dimensão de seu peso na sociedade. Até porque, a auto afirmação sempre existiu na historia da humanidade, e agora não seria diferente, só mudam as ferramentas...
Também não acho que toda obra que critique o capitalismo e o consumismo seja hipocrita ao usar a midia e a propaganda para ser divulgada, até porque não temos outras formas de propagação de idéias hoje que não passe por essas feramentas, então não dá pra cobrar que um filme seja visto sem gerar lucro para a produtora.
São os paradoxos do séculos XXI.
Mas acho que ainda é muito cedo pra tentar fazer qualquer tipo de análise, até porque estamos no meio de uma transformação que começou no final da década de 90 e ainda perdura até hoje. Qualquer tentativa de entender todas as tranformações de 90 até hoje, não trará uma resposta satisfatória, porque não temos uma padrão definido ainda!
Acho a discusão válida, mas é importante ter em mente que dificilmente chegaremos a uma resposta definitiva, até porque as midias (como um todo), alteraram profundamente as relações entre as pessoas, só que esse é um fenomeno ainda muito recente!
 

TheGirlsrule

Jogador
Janeiro 30, 2011
803
1
This is Crazy,My Comrade...

So li a metade tbm,pois,na minha opinião,Gosto Musical Nao se discute...tem gente que fala que o Page é o melhor guitarrista do mundo,eu já acho que é o Jimmy Hendrix,já tem pessoas que dizem que Blues ´eMelhor Que Soul,eu digo o contrario,mas,isso é tudo questão de opinião....
 

Scarfella

Jogador
Abril 20, 2010
7,639
1,288
Só precisei ler o comentário do Johannes para entender do que se trata... Esse assunto já está cansando... Tem pessoas que realmente não entendem o que são rede sociais e o que elas trazem consigo... O mais engraçado é quando o cara tenta provar pra todo mundo que não precisa provar nada pra ninguém...rs
 

Burga

Guerreiro
Junho 5, 2006
9,277
4,553
Cultura é cultura, não importa de onde veio e para aonde vai.

Eu não gosto de funk, não gosto de sertanejo, não gosto de brega music, mas defendo até a morte que quem goste, continue ouvindo. Na hora que eu levanto a minha voz para reclamar da música dos outros, eu abro o precedente para algum viado reclamar da minha música.
 

Gaviões

Jogador
Agosto 22, 2006
463
0
[quote1342035138=bburgarelli]
Cultura é cultura, não importa de onde veio e para aonde vai.

Eu não gosto de funk, não gosto de sertanejo, não gosto de brega music, mas defendo até a morte que quem goste, continue ouvindo. Na hora que eu levanto a minha voz para reclamar da música dos outros, eu abro o precedente para algum viado reclamar da minha música.
[/quote1342035138]

Defendo que ouçam, desde que nao me obriguem a ouvir junto, que eh o que geralmente ocorre com quem gosta de sertanejo universitario, funk e pagode.
99% das vezes que algum fdp esta ouvindo musica alta, seja no metro, onibus, carro ou em casa, sao pessoas que gostam desses lixos.
*Minha opiniao: sao lixos de estilos. Se existem pessoas que gostam (a maioria, na verdade), eu lamento. Nada contra quem gosta, desde que respeitem meus ouvidos.
 

IAJ

Jogador
Janeiro 15, 2011
298
0
Engraçado que as pessoas que dizem que suas bandas preferidas são superiores e que todos deveriam ouvir, são os mesmos que choram quando suas bandas viram "modinha".
 

Jeff Lemming

Jogador
Março 13, 2007
707
0
ITAJAÍ-SC
[quote1342044982=Gaviões]
[quote1342035138=bburgarelli]
Cultura é cultura, não importa de onde veio e para aonde vai.

Eu não gosto de funk, não gosto de sertanejo, não gosto de brega music, mas defendo até a morte que quem goste, continue ouvindo. Na hora que eu levanto a minha voz para reclamar da música dos outros, eu abro o precedente para algum viado reclamar da minha música.
[/quote1342035138]

Defendo que ouçam, desde que nao me obriguem a ouvir junto, que eh o que geralmente ocorre com quem gosta de sertanejo universitario, funk e pagode.
99% das vezes que algum fdp esta ouvindo musica alta, seja no metro, onibus, carro ou em casa, sao pessoas que gostam desses lixos.
*Minha opiniao: sao lixos de estilos. Se existem pessoas que gostam (a maioria, na verdade), eu lamento. Nada contra quem gosta, desde que respeitem meus ouvidos.

[/quote1342044982]

Esse é o ponto. Dificilmente alguem fica ouvindo Chopin em altíssimo volume no carro ou no ônibus. Geralmente é lixo music...

O que se depreende disto é extremamente pessoal. ;)
 

PHlempke

Jogador
Outubro 26, 2011
161
0
[quote1342053759=acrof]
c8592fc5.jpg
[/quote1342053759]


uheuaehuaehuaehuaehuae fiquei com preguiça de pesquisar no google
 

Sobre o PXB

  • Desde 2005 nossa comunidade se orgulha de oferecer discussões inteligentes e críticas sobre a plataforma Xbox. Estamos trabalhando todos os dias para garantir que nossa comunidade seja uma das melhores.

Sobre a Comunidade

  • As opiniões expressas neste neste site são da inteira responsabilidade dos autores. Microsoft, Xbox, Xbox Live, os logotipos do Xbox e/ou outros produtos da Microsoft mencionados neste site são marcas comerciais ou registradas da Microsoft Corporation.

Assinatura PXB Gold

+ Navegação sem publicidade

+ Upload de imagens nas postagens do fórum

+ Títulos de avatar personalizados.

 

Assinar com PayPal PagSeguro (cartão ou boleto)