Esse é um "problema" da saga Halo para jogadores menos apaixonados. Talvez a falha da MS seja somente em não vendê-lo da forma correta.
Já falei isso aqui algumas vezes, nem gosto mais de repetir, pois parece meio pedante, mas lá vai...
Resumidamente, Halo é uma saga transmedia, pois é contada em mais de um tipo de mídia, foi lançado assim (Jogo + livro), a saga foi escrita baseada em um clássico do hard sci-fi (Ringworld de Larry Niven, de 1973) e em teorias de ciência de fronteira (teorias pensadas por cientistas que vivem para pensar coisas que podem ser realidade algum dia, como o motor de dobra, que já está sendo pesquisado a fundo pela NASA atualmente, as Esferas de Dyson, estruturas espaciais gigantescas, do físico e matemático inglês Freeman J. Dyson, e dos habitats espaciais, conhecidos como Anéis de Bishop (1977), do pesquisador norte-americano Forrest Bishop).
http://www.tstoryteller.com/transmedia-storytelling
https://en.wikipedia.org/wiki/Transmedia_storytelling
Claro que cada jogo tem sua história com início, meio e fim, como toda boa história deve ser contada, mesmo que faça parte de uma saga enorme. A guerra Humanos-Covenant (Halo CE, 2 e 3), Halo: Reach (Noble team durante os eventos do livro Hallo The Fall of Reach, e antes de Halo CE) e por aí vai...
Talvez porque não moremos nos Estados Unidos, não percebemos desta forma. Poucas obras chegaram aqui localizadas para pt-br (4 livros, dos quase 20 existentes, e há pouco tempo os jogos e séries começaram a ser dublados/localizados).
A MS escolhe (quase) sempre escritores reconhecidos para escrever os livros. A saga Forerunner (tem em pt-br), que são 3 livros muito bem escritos por sinal, foi escrito por um autor de hard sci-fi ganhador de 2 prêmios Hugo e 3 ou 5 Nebula. Broken Circle (pt-br) compõe livros que falam um pouco das espécies que compõem a aliança Covenant, foi escrito por John Shirley, conhecido como autor renomado de cyberpunk e pós-cyberpunk.
Na saga Master Chief é mais uma peça importante do xadrez, mas não a única.
Daí o que acontece entre dois jogos ou durante um jogo (porém com outros personagens) é preenchido com histórias nas séries, livros, HQ, graphic novels e até mesmo nos podcasts Hunt the Truth (bem que a tecnologia que levou à criação da Cortana me intrigava, esse podcast acabou alimentando teorias que ligam, de alguma forma, o que a Libraria fez com Bornstellar ao que eu tô começando a desconfiar da história do Chief... Black box... Cortana... 343 Guilty Spark/Mendicant Bias ... as IA que moviam as esfinges de guerra do Ur-Didact... isso pode ficar interessante).
Se a 343 conseguir ajustar o MP e balancear o jogo, Halo continuar rendendo seus milhões a cada jogo, e os fãs não destruirem a moral da 343 com críticas de baixo nível que inundam os fóruns oficiais, podemos ver boas histórias sendo contadas nos próximos 10 anos...
O bom disso tudo é que, quem gosta de sci-fi, pode viajar na história nos momentos de lazer entre os jogos, as partidas MP, e entre os outros jogos tb, pois ninguém vive só de Halo.
Aí está o conflito da boa história, contar um recorte daquele universo e deixar para contar o restante em outras mídias, ou contar tudo o que puder dentro de um só jogo e deixar a história mais rasa?
Há quem prefira uma forma ou a outra, Halo é a primeira e espero que continue assim.
Só lembrando, halo 5 é o segundo da saga Reclaimer, ou seja é um jogo intermediário da série, talvez Halo 6 não encerre a saga...
Boa diversão,
@dlm1982