Muito válida a sua observação, psicologicamente falando, fazendo jus assim ao nick do senhor.
A gente faz o que pode...?
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Não sei se por fatores culturais, mas só a reclamação é considerada uma expressão genuína de sinceridade, pois recai naquela ideia de que "o consumidor tem que reclamar mesmo dessas empresas multibilionárias". Não digo aqui, mas em muitos lugares da internet gostar de uma lista de jogos majoritariamente classificada como ruim, é automaticamente rotulada como querer colocar panos quentes mesmo.
O que é um erro de princípio, que faz muitos de nós cairmos nas armadilhas do "cliente tem sempre razão" e do "senso crítico".
Veja: o GwG chegou como uma resposta à PSN Plus. Foi uma reclamação pertinente dos assinantes da Live Gold, com certeza, e que obrigou a MS a dar aos seus consumidores melhores motivos pra permanecer no serviço.
Dito isto, jogos melhores no GwG reforçam a percepção de que esse serviço atende às expectativas? Sem dúvida. Mas, como a definição de "jogo melhor" é relativo e subjetivo, reclamar por um jogo diferente do que foi oferecido, sem considerar que outros possam gostar dele é, na minha opinião, um crítica pela crítica. O famoso " o cliente sempre tem razão". Ainda que possamos questionar as escolhas da curadoria, apelar pra essa máxima sempre que não gostamos de determinado jogo me parece algo irrefletido, sabe?
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Eu acredito que um pouco de empatia ajuda bastante a chegarmos num bom termo das coisas. Permite nos colocarmos no lugar do outro e entender as razões que levam a determinada crítica, e elogio também. Há coisas que pra uns faz sentido, mas pra outros não.
Até concordo, mas eu iria um pouco mais longe. Não basta ter empatia, mas é fundamental saber opinar.
Vamos lá: as pessoas entendem que têm direito à opinião. Discordo. Eu, sendo psicólogo, não posso achar que tenho o direito de opinar sobre física quântica, por exemplo.
Em suma, a opinião exige o compromisso com um certo conhecimento do que se está falando. No caso do assunto do tópico, não dá pra demonizar o jogo só porque é desconhecido ou pouco relevante. No máximo, podemos desejar jogos diferentes, mas não condená-los sem a devida avaliação. Não estou alegando que alguém fez isso aqui, mas sim que tal ação não é razoável.
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Com relação ao Games With gold, eu sempre gostei de ver o todo. Pude conhecer vários jogos incríveis por meio do plano, cuja relação custo benefício é absurda, mas a chegada do Gamepass mudou drasticamente a minha relação com ele.
Aquele catálogo mensal do GwG que outrora era atraente, já não soa tão apetecível assim, concorrendo diretamente com um Gamepass que mês após mês surpreende a gente, onde eu quase sempre "ah, depois eu jogo isso aí, tá na conta mesmo". E esse depois muitas vezes nunca vem.
É, isso é um fato.
No início do GamePass, eu fui um dos críticos, pois o catálogo se resumia a títulos antigos ou que já tinham sido dados no GwG. O tempo passou e a avaliação mudou, pois o serviço realmente melhorou sensivelmente. Podemos até afirmar que a melhora do GamePass foi proporcional à piora do GwG, como também havia sido previsto na ocasião.
Sou um dos muitos que defendem uma assinatura integrada, sem o GwG. Parece ser o futuro inevitável. Mas, fico na dúvida se não é melhor manter os dois serviços, e deixar os gamers escolherem o que mais se adequa às suas necessidades.
É algo a se pensar.