XOne / PS4 / PC | Data de lançamento: 21 de Março de 2017
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REVIEWS
XBOX ONE METACRITIC - 77
PLAYSTATION 4 METACRITIC - 75
PC METACRITIC - 78
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SINOPSE
Mass Effect: Andromeda é um jogo role-playing de ação de tiro em terceira pessoa, produzido pela BioWare e publicado pela Electronic Arts para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One. Andromeda foi oficialmente anunciado a 15 de Junho de 2015 durante a conferência de imprensa da Electronic Arts na E3. É o quarto titulo principal da série Mass Effect e tem lançamento agendado para o inicio de 2017.
De acordo com o produtor, Mass Effect: Andromeda decorre num lugar muito distante e muito tempo depois dos eventos da trilogia original com “novos mundos excitantes para descobrir, grandes personagens e ação intensa. Irá explorar uma nova galáxia: Andromeda”.
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O QUE JÁ SABEMOS SOBRE O JOGO
Andrômeda, em termos astrofísicos, é nossa vizinha mais próxima. Um pulinho de insignificantes 2.5 milhões de anos-luz em relação à Terra. Mas para uma história sobre humanos e sobre a humanidade, Andrômeda é um sonho distante, um pequeno ponto brilhante no nosso céu estrelado.
É difícil sequer imaginar em um conceito tão alienígena quanto explorar outra galáxia quando ainda estamos timidamente cogitando desbravar Marte. Mas é exatamente isso que a equipe da BioWare está ousando fazer em Mass Effect Andromeda.
Para os desenvolvedores de uma das melhores e mais importantes franquias de ficção científica das últimas décadas, essa nova missão é tanto uma maldição trazida pelo pesado legado da trilogia original de Mass Effect quanto uma benção que os permite, novamente, fazer o que fazem de melhor: criar universos.
Em conversa com Michael Gamble e Fabrice Condominas, dois dos produtores da BioWare responsáveis por Mass Effect Andromeda foi revelado como eles pretendem apresentar essa nova galáxia enquanto se mantém fiéis à essência de Mass Effect.
TERRENO FÉRTIL
"Temos o que chamamos de DNA de Mass Effect, algo que tentamos manter intacto", explica Gamble. "Podemos conversar por horas sobre o que é esse DNA, mas essencialmente estamos falando de personagens profundos e interessantes, ambientação Sci-Fi e escolhas com consequências. Nós estamos garantindo que tudo isso seja bem representado em Andromeda."
Para Gamble, Andromeda é tanto um recomeço para fãs da franquia quanto uma porta de entrada para aqueles que estão interessados em desbravar a série pela primeira vez. “Para os fãs, tudo o que precisamos fazer é cavar mais fundo e expandir todos os conceitos interessantes da série que eles já conhecem e amam," afirma. "Ao mesmo tempo, queremos garantir que qualquer pessoa que tenha interesse em experimentar essa franquia pela primeira vez."
A franquia Mass Effect nunca parou de evoluir. Nós olhamos para tudo o que aprendemos no passados e tentamos fundir isso em uma única experiência. Resgatamos o clima de exploração e o senso de progressão de Mass Effect 1, enquanto aproveitamos as interações de Mass Effect 2 e o dinamismo de Mass Effect 3," completa Condominas. "Mas também tentamos tornar todos esses conceitos mais acessíveis para quem nunca jogou a trilogia original, mantendo as camadas de profundidade que o game sempre ofereceu."
DESIGN EM CAMADAS
O balanço entre RPG e ação sempre foi uma questão importante na franquia Mass Effect. Entre o primeiro e o terceiro game da série, é notável a ênfase cada vez maior nos elementos de ação, muitas vezes em detrimento das mecânicas de RPG. Andromeda, no entanto, aparentemente vai tentar resgatar o equilíbrio entre os dois lados da balança. E a melhor forma de fazer isso, de acordo com Condominas, é remover a balança.
"O RPG e ação caminham juntos", explica o produtor. "Mas a diferença entre Andromeda e os games anteriores da franquia é que, em vez de priorizar a ação, agora trabalhamos esses elementos em camadas. Temos um sistema de combate mais acessível do que nunca mas, se você for um fã de RPG, vai encontrar também muita progressão de habilidades, sistemas de fabricação e exploração."
"Especificamente no combate, a adição de pulos e poderes com cooldowns individuais mudaram a dinâmica entre ação e RPG de maneira notável," conclui Condominas. "Não estamos mais trabalhando com um sistema de cobertura em que você espera, pula para fora da cobertura e atira. Agora é tudo mais dinâmico e você poderá se mover muito mais pelo mapa. Isso forma uma grande diferença em termos de gameplay quando comparamos Andromeda e a trilogia original."
Pergunto para os produtores se a experiência do estúdio com Dragon Age Inquisiton (2014), considerado um excelente ideal na maneira como balanceou elementos de ação e RPG. Condiminas, no entanto, pareceu relutante em assumir qualquer inspiração no mais recente game da franquia Dragon Age. "É menos uma questão de se inspirar e mais de olhar para o que foi feito e aprender com aquilo," pontuou. Nada foi tirado diretamente de Inquisition. A maneira como você comanda e direciona seu esquadrão é totalmente diferente, por exemplo. Eu diria que estamos muito mais próximos do multiplyer de Mass Effect 3 do que estamos de Inquisition."
DE HUMANOS, PARA HUMANOS
Com uma nova galáxia, nasce também uma nova narrativa, outro dos elementos essenciais para a franquia Mass Effect. Gamble garante que a história de Andromeda é totalmente separada e independente da aventura que tivemos ao lado de Shepard e seus parceiros na Via Lactea. "Não temos amarras em relação aos acontecimentos da trilogia original," explica. "Isso permite que nós voemos um pouco mais alto para contar uma história única em Andromeda."
Mas por mais diferente que seja da aventura que já vivenciamos, Mass Effect Andromeda continua sendo uma história sobre a humanidade. "Esse sempre foi o foco, contar uma história sob a perspectiva da humanidade. No primeiro Mass Effect, era sobre a humanidade tentando encontrar seu lugar na galáxia. Em Andromeda, é sobre liderar a humanidade em busca de um novo lar. Nós assumimos um risco, nós nos propomos a explorar essa nova galáxia, e agora nós precisamos saber como vamos sobreviver. É menos sobre provar algo e mais sobre sustentar nossa existência."
É por isso que, apesar de tantos apelos fanáticos pela chance de controlarmos um Krogan, Turian, Salarian ou Asari, novamente teremos apenas a opção de controlar humanos em Andromeda. E esses humanos, os irmãos Ryder, têm uma missão bastante desafiadora: assumir o manto de Shepard, protagonista da trilogia original, que se tornou um ícone inesquecível para todos os fãs da franquia.
"É por isso que, apesar de tantos apelos fanáticos pela chance de controlarmos um Krogan, Turian, Salarian ou Asari, novamente teremos apenas a opção de controlar humanos em Andromeda. E esses humanos, os irmãos Ryder, têm uma missão bastante desafiadora: assumir o manto de Shepard, protagonista da trilogia original, que se tornou um ícone inesquecível para todos os fãs da franquia.
SEXO E AMOR
Perceba que estamos falando dos Ryders, no plural. Isso porque a BioWare fez a escolha de separar as opções masculina e feminina do protagonista de Andromeda em dois personagens que são irmãos gêmeos. Gamble explica que essa decisão foi pensando na representatividade de ambos os sexos tanto em termos de marketing quanto de narrativa. "Transformá-los pessoas diferentes, humanos que existem na mesma linha do tempo, nos permite fazer coisas bastante interessantes em termos de narrativa. Assim, podemos usar os dois como personagens tanto na trama quanto em nossa divulgação do game."
Diferente da trilogia original, vamos sentir a diferença de controlar um personagem do sexo masculino e feminino. "Vão haver diferenças em termos de romance e nos diálogos," confirma Gamble. "Áreas e conceitos do universo serão apresentadas de maneira diferente dependendo de qual personagem você escolher. Certamente há diferenças entre a narrativa dos dois sexos, mais do que havia na trilogia original."
Por falar em romance, Shepard sempre foi bastante namoradeiro(a), e parece que os irmãos Ryder irão herdar essa característica. Os relacionamentos amorosos irão retornar em Andromeda e, de acordo com Gamble, terão muito mais profundidade e impacto do que as paixões um tanto engessadas das trilogia original. "Em vez de algumas pequenas interações que se acumulam até culminarem na consumação do romance", explica o produtor, "cada romance será único, aprofundado e bastante diferente de todos os outros."
"Para cada romance, há mais pontos de interação para que você possa ter inúmeras conversas com seu interesse romântico, seja flertando ou conversando sobre outras coisas que estão acontecendo no jogo," continua Gamble. "Além disso, adicionamos muito mais reações para os interesses românticos ao longo da aventura, então ele irá comentar sobre os acontecimentos recentes, sobre as áreas que vocês visitarem juntos e sobre suas ações ao longo do jogo."
VERMELHO, VERDE E AZUL
A jornada para Andrômeda dura 600 anos no universo de Mass Effect, mas a última aventura da franquia foi lançada há apenas 4 anos. Isso pode até ser uma eternidade no ritmo frenético da indústria de jogos, mas não parece ter sido o bastante para fazer com que os fãs da série se esqueçam da crise causada pela conclusão da trilogia original.
Mass Effect 3, na obrigação de afunilar algumas boas dezenas de decisões feitas pelos jogadores no papel de Shepard, acabou pecando na hora de oferecer uma conclusão satisfatória para todos os jogadores. A revolta em relação ao final foi tanta que a BioWare pediu desculpas publicamente e ofereceu uma atualização gratuita expandindo e contextualizando melhor os momentos finais da jornada de Shepard.
Sabendo que esse é um tema delicado, tentei perguntar da maneira mais delicada possível sobre o assunto, mas Gamble sacou imediatamente minha intenção: "Se você está perguntando indiretamente se aprendemos com o final de Mass Effect 3, sim, nós com certeza aprendemos," afirmou o produtor. "Ainda é um desafio tentar acertar na mira, mas estamos fazendo nosso melhor para oferecer uma história que leve em consideração a escolha dos jogadores e reflita essas escolhas na situação atual daquela galáxia sem, ao mesmo tempo, levar as pessoas a se sentirem insatisfeitas com esses resultados."
Acredito que isso é tudo que os fãs da franquia gostariam de ouvir. Da minha parte, digo que a ansiedade para desbravar Andrômeda é tanta que esperar até março de 2017 vai parecer demorar tanto quanto a jornada dos Ryder até a nossa galáxia vizinha. A lei da relatividade é uma bela de uma sacana às vezes.
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