Mesmo pra empresas grandes, existem custos, riscos e expectativas de retorno, e a Square ficou infame nos últimos anos por quão irreais eram as expectativas deles em relação ao desempenho de arrecadação dos jogos. Se fosse algo exclusivo da Sony, só vai lançar aqui mesmo esses menores, até acreditaria ter um acordo entre as partes, mas lança no Switch de boa, no PC.
O próprio PS5 tem se tornado uma plataforma cada vez mais uniforme e parecida com o
Xbox, com o grosso das vendas concentradas em determinados estilos de jogos, deixando o Switch até mais atrativo do que
Xbox/PS pra muitos desenvolvedores.
No fim do dia, toda empresa gosta de ganhar dinheiro, não gosta de ganhar pouco e detesta a ideia de que possa perder. O custo de lançar um Pixel Remaster no
Xbox não deve ser muito alto, mas pra não aparecer, a Square deve ter dados internos que mostram que alguns tipos de jogos são mais arriscados de lançar do lado de cá e prefere não correr esse risco. Esse foi o motivo do produtor não lançar Octopath Traveler 2 no
Xbox, que analisaram as vendas de outros jogos deles na plataforma e preferiram só não fazer.
Olha alguns dados sobre Octopath Traveler 1:
Nesse período, o jogo seguiu sendo vendido no PC e Switch, além do
Xbox, sendo que ficou no
Game Pass durante todo o período. Quem jogou pelo
Game Pass pode até ter gostado, mas o jogo provavelmente não vendeu bem no
Xbox. Qual o sentido de fazer um port dele, que não é caro mas baratinho também não é, pra talvez vender 50 mil - 100 mil unidades na plataforma, com sorte? Yakuza não existia na plataforma, entrou pelo
Game Pass e permaneceu, o RGG encontrou um público disposto a comprar e os jogos deles agora lançam fora do
Game Pass. Persona está tentando estabelecer a mesma rota com todos os jogos disponíveis no
Xbox dentro do
Game Pass para construir uma audiência disposta não só a jogar, mas a comprar os jogos.