Sem sombra de dúvidas, o Xbox One X é o console mais poderoso lançado até hoje, passando o PlayStation 4 Pro e o Xbox One convencional com folga. Porém, como que todo esse poder bruto será utilizado? Em jogos novos, a página está em branco e os desenvolvedores podem usar como quiser, mas e nos games já lançados?
Para mostrar um pouco do que a nova máquina pode fazer, a Microsoft revelou alguns dados de benchmarks do Xbox One X rodando alguns jogos em comparação ao Xbox One normal. O Digital Foundry teve acesso a esses dados e explica tudo no vídeo abaixo. Confira:
Vamos dissecar um pouco as informações: nove jogos foram levados em conta, mas a empresa não divulgou os seus nomes e podemos apenas especular sobre o que se trata. Mas, basicamente, como os títulos antigos se comportam em um port direto para o Xbox One X, rodando a 4K? É isso que vamos comentar abaixo.
Basicamente, alguns jogos como Forza 7 e Gears of War 4 (são especulações quase certas), funcionam muito bem com a otimização nativa. No Xbox One convencional, Forza 7 usa 77,8% da GPU para rodar o game em 1080p com média de 77 fps, enquanto no Xbox One X, apenas 65,9% da GPU é utilizada para alcançar 4K e 91 fps. Gears of War segue com um desempenho muito bom também, mostrando que não tem problema algum em rodar em 4K, mesmo sem ser otimizado.
Nem tudo são flores (isso não é um problema)
Apesar de muitos jogos rodarem perfeitamente sem nenhum tipo de esforço no Xbox One X, há algumas exceções que não retiram tanto os recursos para rodarem melhor. O “Jogo A” e o “Jogo H” não se saem tão bem em 4K. A primeira coisa que precisamos ressaltar é que, assim como explicado pelo Digital Foundry, o port utilizado para o benchmarking não é otimizado e pode não utilizar as novas memórias GDDR5 como deveriam (o código-fonte é feito para a arquitetura anterior do Xbox One, com memória DDR3 e ESRAM para ajudar por fora).
O “Jogo H”, possivelmente Star Wars Battlefront, roda em 720p e 60fps no Xbox One comum, enquanto no Xbox One X a GPU ficaria sobrecarregada para rodá-lo em 38fps e em 4K. É um exemplo extremo, já que estamos falando de aumentar a resolução em 9 vezes. Já o “Jogo A”, que provavelmente é ReCore, consegue alcançar os 4K, mas a performance praticamente não muda.
Um outro título, o “Jogo E” (talvez Assassin’s Creed Origins), é um mundo aberto que roda em 900p e 30 fps no Xbox One comum com 100% de uso da GPU, algo que não é melhorado muito no Xbox One X: o jogo pode rodar a 4K, mas a performance fica comprometida e vai para os 24 fps e com sobrecarga na GPU. Mais uma vez: os nomes são apenas especulados e são jogos não-otimizados.
Novos e antigos: qual a diferença?
Para completar, o Digital Foundry explicou como o Xbox One X vai lidar com os jogos já lançados e que não receberão patches para utilizar o potencial do novo console. Basicamente, a biblioteca é dividida em duas: os games mais antigos que rodam em uma SDK mais velha (ambiente de desenvolvimento) e os novos, que aproveitam uma nova SDK.
Os antigos aproveitarão pouco o poder bruto do console e devem ter pequenas otimizações de performance, de resolução (quando for dinâmica, como Halo 5) e filtro de texturas, quase como um Xbox One comum um pouco mais forte. Em contrapartida, todos os títulos desenvolvidos na nova SDK têm acesso completo a todos os recursos do Xbox One X, ou seja, podem utilizar o poder bruto para ficarem melhor sem nenhum tipo de otimização (jogos como Project Cars e outros que têm framerate desbloqueado podem se beneficiar).
Em outras palavras, softwares desenvolvidos na nova SDK conseguem “enxergar” o upgrade de hardware nativamente. Por enquanto, teremos que esperar para ver como o console funcionará em 4K, pois até agora, só vimos Forza Motorsport 7 e Super Lucky’s Tale em 4K nativo, já que a Microsoft não mostrou os demais games prometidos em 4K até agora.
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