Com sua permissão,
@ronabs , gostaria de expor minha discordância acerca do trecho destacado, e tecer outros comentários sobre o restante deste conteúdo.
Imagino que quando você fala da figura do "corruptor", esteja referindo-se à empresas em sua maioria, e/ou seus representantes. Discorrerei partindo desta interpretação.
Se existem aliciadores (e sabemos que existem), o gestor público que se vende pode ser considerado o grande eixo de irradiação da corrupção. Porquê?
Pois ele detêm o poder político. E esse é um poder maior que o poder econômico.
O Estado cria barreiras, impostos, limites, restrições. Se aparece um auditor em uma empresa, dizendo que ela deve quantias astronômicas para o Estado, o empresário tende a submeter-se a qualquer acordo para evitar prejuízos. De que adianta a empresa ser gigante se o governo, em uma canetada, acaba com seus privilégios?
Nesse caso, o corruptor é o agente público.
O caso do escândalo da Petrobrás também denuncia isso: agentes públicos exigindo vantagens indevidas para que empresas possam celebrar contratos com a estatal. Ou paga, ou fica de fora. Quem é o corruptor aqui?
Concordo que a questão passa muito além dos limites de um simples partido político. Mudam-se as pessoas, mas as práticas, os vícios, permanecem.
Deveríamos repensar todo o sistema representativo vigente, desde a base.