O modelo de geração de console é coisa do passado, mas a Microsoft não quer um console por ano

CaptainXbox

Guerreiro
Março 13, 2017
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São Paulo
A chegada do Xbox One X é um dos passos que a Microsoft tomou para continuar o desenvolvimento de novas plataforma de modelos na indústria do videogame. Um modelo que leva tempo implementar a inclusão do Windows 10 na infra-estrutura do Xbox e ampla base de usuários dentro desta comunidade. Uma comunidade que tem esperado desde 2013, os dois mais poderosos novos hardwares, que estão ligados à uma geração. Um conceito da Microsoft que estão convencidos de que é obsoleto e que existem novas tendências que será melhor para os usuários.

Em entrevista à Wired, Albert Penello, Diretor Sênior de Gerenciamento de Produtos e Planejamento, deixou claro a postura que a Microsoft pretende alcançar nesta indústria. Ele explica que para a Microsoft, "o modelo de geração será em breve uma coisa do passado." E em apenas 4 anos, com o mesmo preço, você será capaz de adquirir um hardware significativamente mais poderoso, que é um grande exemplo de como a tecnologia tem evoluído ao longo dos anos. Penello garante que a infra-estrutura montada sobre o Windows 10 e DirectX 12 pode evitar a necessidade de revezamento geracional como estamos acostumado.

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Ele destaca como os outros setores como nos dispositivos móveis, explicando que "a indústria mudou-se para um ponto onde cada um escolhe se atualizar o seu telefone quando você sente que você precisa."

De certa forma, é algo que poderia ser aplicado nos consoles, onde temos um exemplo muito mais direto com os PCs.

"Eu não vou dizer que necessariamente as gerações vão desaparecer, mas acho que esta geração atrás, pensando em questão de software, é óbvio para onde queríamos tentar ir".

"Estamos tentando garantir que isso é sobre um conteúdo, ao invés de um dispositivo. Eu não acho que esse modelo de gerações de console, será mais apto a seguir em frente."


Assim, a chegada do Xbox One X não se parece com um salto, não é visto como um corte, mas como uma expansão de opções para a comunidade Xbox. Aqueles que consideram necessário para fazer o salto, você pode dar a opção qualquer momento.

Isso não é algo que possa preocupar as pessoas com a chegada de hardwares de vez em quando. É aí que Penello adverte que esta mudança de modelo de geração não deve envolver a chegada de um hardware por ano.

Como ele explica, "temos 8 gerações desde 1977", explicando como este modelo tem contribuído grandes avanços ao longo da história.

"Eu não sabia que existia o PS4 Pro quando a equipe se reuniu para projetar o Xbox One X, e o que pensamos sobre isso", mas a chegada desses novos consoles quebrou bastante o modelo de geração. Nós não queremos acabar com os consoles, nós amamos os jogos. Eu não quero ver um console em cada ano também. Eu não acho que ninguém quer, mas quem sabe o que as pessoas podem pensar com o avanço de novas tecnologias".

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A Microsoft expôs um plano de uma infra-estrutura endossando Xbox como uma plataforma de opções. É um pouco evidente a forma como a Microsoft se inspirou em PCs para transformar o Xbox no que é hoje e no que será no futuro. Um hardware extremamente potente, compatibilidade com os Xbox anteriores é um exemplo de como uma única plataforma, ou um único console, pode fornecer acesso a todas as gerações de uma marca.

Tudo isso foi o que trouxe a história com as gerações de consoles, mas parece que a Microsoft quer se movimentar a um outro modelo que pode ser mais benéfico para a experiência e para a comunidade.

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Xbox One X chegará em 7 de novembro e tem previsão para chegar ao Brasil ainda esse ano.

Fonte
 

Saci

Heimdall dos Pampas
Moderador
Abril 11, 2007
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A ideia dele sempre foi vista como muito boa, resta saber se a execução será capaz de ser tão boa.

O que as empresas estão apostando é que o consumidor escolha a plataforma, e dentro dessa plataforma, a sub-opção que lhe parecer mais adequada.
Como escolher entre iOS ou Android, e dentro de cada uma, o aparelho que lhe parece a opção adequada.

Foi um movimento quase ao mesmo tempo de Sony e Microsoft, que me pergunto se não há fabricantes de chips a cochichar nos ouvidos por trás dessa inspiração ("olha, parece que o fulano está agitando esse esquema, vocês vão ficar só olhando?"). Spencer quis tocar no assunto em determinado momento, em 2015, se não me engano, e algumas pessoas acharam que ele estava pensando em um console modular. Não era o caso, mas sim aparelhos de diferentes capacidades executando os mesmos jogos.

Em 2012 eu lembro de um certo marasmo, pessoas achando que estava na hora da geração acabar, etc. Que a tecnologia ultrapassada estava segurando as desenvolvedoras. Se a cada 4 anos houver um incremento de hardware, e a cada 8 o hardware mais antigo deixa de ser suportado (essa parte ainda é especulação), me parece um modelo que não é tão diferente assim do que foi. O hardware mais antigo ainda vai segurar o limite tecnológico por bastante tempo, porém em termos de aspecto visual e desempenho, o jogador passa a ter a opção de experimentar o jogo em melhores condições, se assim o quiser.

Como diferencial, o modelo de negócio novo deixa de trabalhar com reset total da base, o que dá mais segurança para os investimentos em jogos de grande porte. Se o "Xbox Two" mantiver compatibilidade com o XoneX, Esse passa a emprestar sua base de jogadores para garantir mais usuários em jogos online, por exemplo. A manutenção da biblioteca de jogos também é simpática para permanecer na plataforma.

O problema é que não há garantias de como a tecnologia vai evoluir, e se isso terá algum sentido daqui 5 anos. Pode surgir um fato novo no mercado que jogue tudo para o ar. Mas os caras precisam trabalhar com algum rumo, e hoje o que se mostra para o futuro próximo é isso.
 

Saci

Heimdall dos Pampas
Moderador
Abril 11, 2007
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Como diferencial, o modelo de negócio novo deixa de trabalhar com reset total da base, o que dá mais segurança para os investimentos em jogos de grande porte. Se o "Xbox Two" mantiver compatibilidade com o XoneX, Esse passa a emprestar sua base de jogadores para garantir mais usuários em jogos online, por exemplo. A manutenção da biblioteca de jogos também é simpática para permanecer na plataforma.

Tem mais um detalhe: se confirmando essa forma de transição, na verdade "mudar de geração" lá na frente teria duas opções de preço: uma entre 400 e 500 dólares, digamos para um "Xbox Two", e outra com hardware mais defasado porém já barateado a menos de US$ 300 (XoneX).
 

User 1422

Guerreiro
Março 19, 2009
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Foi um movimento quase ao mesmo tempo de Sony
Uma curiosidade é que a Sony, apesar de também lançar seu console mid-gen, mantém o discurso de que as gerações não acabaram, que o objetivo do Pro é outro e blablabla. Semana passada mesmo teve entrevista do Shawn Layden e outra declaração do Mark Cerny reafirmando o compromisso deles com o modelo geracional. Mas eu acho que eles tão só ali em cima do muro esperando pra ver de que lado a bola cai pra cair dentro.
 
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Saci

Heimdall dos Pampas
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Abril 11, 2007
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Semana passada mesmo teve entrevista do Shawn Layden e outra declaração do Mark Cerny reafirmando o compromisso deles com o modelo geracional. Mas eu acho que eles tão só ali em cima do muro esperando pra ver de que lado a bola cai pra cair dentro.
A Sony tem mostrado muito um lado "se eles dizem isso, então a gente acha que o certo é outra coisa". E esse tipo de conversa está começando a desgastá-los. O bafafá de todo esse lance de geração é que as pessoas sentiram que estava ocorrendo uma abreviação, que o equipamento que eles compraram achando que ia aguentar 6, 7 anos de lançamentos, de repente ia durar 3 ou 4. Era só esse o problema. Pelo menos eu não lembro de ninguém dizendo "que droga, eu não quero que os jogos que eu comprar agora funcionem no dispositivo que será lançado daqui 6 anos".
 
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jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
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Sai a geração de consoles tradicional e entra o ciclo real do dispositivo, com 2 ou mais hardwares intercalados, dando opção pro jogador escolher o que lhe for mais conveniente. Mas claro, mantendo os jogadores desses hardwares integrados.
Fica claro que a M$ aposta num console de massa, que é o S, e outro Premium, que é o X.

Eu acho que o que muda de prático é que a geração propriamente dita não gira mais em torno de um console só como se fosse o único representante dela, mas numa gama de dispositivos.

O modelo todo da indústria dos games como está (ou estava) na atualidade não se sustenta por muito tempo.
O formato de comercialização e consumo aplicado a videogames está mudando, e rápido. O que acho natural, já que TV, Cinema, quadrinhos e afins mudaram e continuam mudando. se adaptando conforme a necessidade.

Ainda não tenho uma visão tão fechada a respeito, mas entendo que empresas gigantes como a M$ são organismos vivos e dinâmicos, e estão sempre pesquisando maneiras de dinamizar os processos e oferecer sustentabilidade ao negócio, ao passo que precisam agradar os jogadores.
 
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Rasta

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Junho 24, 2015
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CG
Acho que as empresas tão querendo tapar o sol com a peneira nessa gen, só não a nintendo que dessa vez deixou as coisas mais claras.
 

Morts

Guerreiro
Agosto 21, 2009
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Cotia
Olha não me incomodo com o lance desses consoles mid gen.
Acho q a MS inventou uma parada muito importante que é o fim das gerações, todos os jogos dela rodam nos consoles, e isso é muito bom.
Se a Sony não fizer algo parecido já vai perder muitos pontos.
 
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Finalx5

Guerreiro
Abril 4, 2017
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Sobre o comentário anterior do @Saci, consoles precisam evoluir a ponto não de ficarem tão distantes do PC, isso é um fato mas as gerações existiram para que o usuário não precisasse se preocupar com novos Update de hardware tão cedo. Vou tentar exemplificar: você tem um console de 300 dólares que duraria 5-6 anos sabendo que ele é o topo de linha entretanto agora vc tem upgrades regulares a cada 4 anos, upgrades que muitas vezes não vão se justificar devido a limitações de orçamento. E essa constante evolução cria uma barreira financeira padrão onde todo o novo console mid gen passaria a custar 500 dólares.
Pode ser que minha visão seja apocalíptica demais, mas foi como disse antes, precisa provar que não há com o que se preocupar.
 

Saci

Heimdall dos Pampas
Moderador
Abril 11, 2007
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Sobre o comentário anterior do @Saci, consoles precisam evoluir a ponto não de ficarem tão distantes do PC, isso é um fato mas as gerações existiram para que o usuário não precisasse se preocupar com novos Update de hardware tão cedo. Vou tentar exemplificar: você tem um console de 300 dólares que duraria 5-6 anos sabendo que ele é o topo de linha entretanto agora vc tem upgrades regulares a cada 4 anos, upgrades que muitas vezes não vão se justificar devido a limitações de orçamento. E essa constante evolução cria uma barreira financeira padrão onde todo o novo console mid gen passaria a custar 500 dólares.
Pode ser que minha visão seja apocalíptica demais, mas foi como disse antes, precisa provar que não há com o que se preocupar.
Se a pessoa tem o perfil de não querer que exista uma alternativa melhor do que aquela que ela comprou, nesse caso não é possível gostar da mudança.
E não vai aparecer nada que a faça mudar de ideia.
Como jogo no PC já faz mais de décadas, me acostumei com a ideia de que não tenho orçamento pra acompanhar todas as novidades, jogo da forma que me é viável.

Enviado do meu ASUS_Z012DC usando o app mobile do PXB!
 

Saci

Heimdall dos Pampas
Moderador
Abril 11, 2007
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Ainda, @Finalx5 , o lance de "ter que se preocupar" é subjetivo, pois vai muito do psicológico.
Desde que os jogos saiam para todos os dispositivos, claro.
Sempre vai ter quem diga que os jogos serão mal otimizados porque tem coisa melhor, etc., mas nesse quesito sempre vai reinar as teorias: cada um tem a sua e na verdade nunca vai dar pra ter certeza. Os desiludidos dirão que seu console poderia rodar o jogo melhor se não fosse o outro e vice-versa.

Sempre terá gente descontente. Como já tinha gente descontente com o hardware antes de anunciarem o lance midgen.

Enviado do meu ASUS_Z012DC usando o app mobile do PXB!
 
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UterFavelado

Guerreiro
Janeiro 20, 2015
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Sabe uma coisa que nao entendo.
Porque as pessoas acham tao ruim trocar de console a cada 2 ou 3 anos se hj em dia um celular custa mais caro que um console e quase ninguem fica 3 anos com ele. seja por vontade de trocar, ou seja pq eles fodem antes disso e a manutencao fica mais cara que um novo.
O video game trabalha num mercado de consumidores entre o computador e o celular. Se o cara eh apaixonado pelas minimas melhorias tecnologicas ele vai jogar no pc, se ele quer uma coisa mais p passar o tempo vai jogar no cel. O console ocupa um espaco entre eles.
Esse mercado esta mudando muito rapido e tanto a Microsoft como a sony estao tentando achar uma solucao sustentavel para os negocios a medio prazo. Acho que uma geracao durando 5 anos nao se sustenta mais economicamente. Logo teriamos celulares quase iguais aos consoles mas com muito mais utilidades.
Uma grande sacada da Microsoft foi garantir que jogos antigos irao rodar nos consoles novos. Quanto mais jogos vc tiver mais dificil vai ser no futuro vc trocar de marca.
 
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Marcus_007

Guerreiro
Fevereiro 1, 2010
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Já ouviu aquela expressão "falta combinar com os russos"? Esse movimento ao "fim das gerações" pode acabar fracassando se as outras duas partes da trinca não toparem seguir o mesmo caminho. É óbvio que é bem atraente a possibilidade de emular nos consoles algo que é lugar comum no PC há décadas - o fato de você nunca mais "perder" seus jogos antigos quando novos são lançados ou não precisar trocar de "máquina" só porque lançaram um jogo novo. O risco é que N fatores devem estar perfeitamente alinhados para isso acontecer e se tornar padrão. São tantas variáveis que fica difícil proclamar o fim das gerações nesse momento:

* Sony e Nintendo podem não querer seguir esse caminho, e provavelmente não irão. E isso certamente pode mudar no futuro, mas enquanto a Sony detiver 2/3 do mercado atual a direção dela tem bem mais peso que as demais;
* Os devs podem não querer seguir esse caminho. Jogos tem se tornado cada vez mais caros e ambiciosos tecnicamente, imagina ter que frear avanços na área porque máquinas antigas não aguentam ou ter que gastar mais ainda para customizá-los para 6, 8, 10 máquinas com capacidades distintas lançadas ou longo de 8 anos;
* Isso pode jogar um balde de água fria na ascensão dos indies. É conhecido que muitos estúdios iniciantes lançam jogos em apenas um console nem pelo fato de acordos de exclusividade, mas por não terem dinheiro para portá-lo para sistemas diferentes. Imagina se tivessem que portá-lo para 3, 4, 5 máquinas diferentes numa mesma "plataforma";
* O x86 pode acabar sendo abandonado. Para o fim das gerações funcionar é preciso que a arquitetura x86 seja o padrão daqui para frente, caso contrário pode esquecer paridade de maneira "fácil". Mas historicamente os fabricantes sempre migram para a tecnologia mais "em conta" na época de lançamento dos consoles. E tecnologia de ponta é extremamente imprevisível. Absolutamente nada impede que em 5 anos, SoCs da Samsung, Nvidia ou Apple sejam possibilidades bem mais interessantes aos fabricantes, e todos eles usam arquitetura ARM, que vem evoluindo à passos gigantescos quando se fala em SoCs mobile. O x86 ainda é mais complexo, tem mais recursos e domina o mercado de PCs, mas para dispositivos móveis tem perdido cada vez mais espaço para o ARM, presente hoje dentro de 9 em 10 celulares, no PS Vita, no Nintendo Switch, no Nvidia Shield, no Apple TV, no Fire TV, e agora estão começando a roubar espaço até mesmo em notebooks. Na Computex desse ano MS e Qualcomm apresentaram notebooks rodando com SoCs Snapdragons ao invés de uma solução x86 da Intel ou AMD. Como falei, hoje, o x86 ainda tem vantagem mas o ARM chega cada vez mais perto. Não é mais o caso de se o ARM vai ultrapassar o x86 para soluções em SoC algum dia, é quando;
* A AMD pode falir. Parece exagero? Pois saiba que ela é uma empresa que vive na corda bamba a décadas e décadas. Já quase pediu concordata inúmeras vezes. Suas principais concorrentes são nada menos que Intel e Nvidia, as donas de 80% do mercado respectivo onde atuam. É uma aposta bastante arriscada ter a fabricante do seu componente mais importante numa posição de ampla desvantagem quanto essa. E se a AMD falir em 5 anos, como fica os SoCs x86 dos videogames? Sony e MS simplesmente compram a AMD? Não é tão simples assim, ela pode ser absorvida pela Intel, Nvidia ou outro player. Mas vamos dizer que uma das duas realmente compre a AMD, isso imediatamente implica que a outra não terá mais esses SoCs, o que taca uma pedra no sonho de "gerações em fim". E se elas forem atrás de outro fornecedor? Basicamente a única opção será a Intel e os SoCs x86 dela são péssimos péssimos na parte gráfica, e ainda assim teria falta de compatibilidade já que a GPU seria completamente diferente.


Fora esses possíveis "problemas de alinhamento", existem outros fatores a se considerar também. Por um lado, os benefícios de "gerações em fim" são óbvios e não precisam de explicação. Mas existe o outro lado da moeda, coisas que acontecerão se não houverem mais gerações de consoles:

* O fim do pulo geracional. PS4 Pro e XB1 X são máquinas extremamente robustas quando comparadas com suas contrapartes, mas eles não são consoles geracionais. Até mesmo pelo fato de serem obrigados a rodar os mesmos jogos de suas contrapartes mais fracas, seus games são meras versões melhoradas e não jogos de cair o queixo que marcaram gerações anteriores. E não estou falando apenas de gráficos, mas também de inteligência artificial, sistemas de jogo (como o Nemesis de Shadow of Mordor), quantidade de NPCs, número de polígonos em tela, física, simulação etc. O fato é, toda vez que se inicia uma nova geração zera-se o "piso" dos jogos, aumentando-o consideravelmente. Ao abandonar o antigo hardware esses games são livres para serem o melhor possível com as novas ferramentas que lhes são dadas, e isso tende a surpreender. Ao carregar as máquinas mais antigas impõe um freio na inovação gráfica, IA e demais sistemas. Exemplos reais disso ocorrendo não faltam. Witcher 3 nunca seria possível no PS3 e X360 devido ao grande número de sistemas diferentes (palavras da própria CDPR), Shadow of Mordor e DA Inquisition tiveram vários sistemas de jogo retirados de suas versões PS3/X360, Black Ops 3 no PS3/X360 era essencialmente outro jogo porque não tinha campanha SP e mesmo seus mapas MP eram versões "secas e vazias" onde computadores e veículos do cenário foram substituídos por caixas, tinham pouca sombra nos objetos, quase nenhuma vegetação e detalhes extras como neve, fumaça e faíscas estavam completamente ausentes;

* Nivelamento nos consoles de cima para baixo. Acreditar no inverso é ilusão. O console que estiver no fim da fila tecnológica é o que dança primeiro. Isso é um fato! Novamente, basta olhar todo início de geração que isso fica claro. Devs abandonam gerações anteriores porque seus jogos em constante evolução são ambiciosos demais para as capacidades dos VGs mais antigos. E isso ocorre mesmo quando se leva em conta abandonar um mercado maior e estabelecido para um menor que está nascendo ainda. Não fosse assim X360, PS3 e Wii teriam sido verdadeiros fracassos de vendas, pois se tamanho de mercado fosse o único fator nenhum dev em sã consciência teria abandonado 160 milhões de PS2 para produzir jogo para 5 milhões de X360 ou PS3. Os devs sempre estão em uma corrida pelo topo, logo, novos jogos serão feitos com as capacidades do XB1 X em mente e em resoluções nativas, essas melhorias serão aplicadas no Pro mas em resolução checkerboard, e no PS4 e XB1 vai implementar "o que der".

* O fim do "Secret Sauce". A maior força e vantagem dos consoles sempre foi o fato deles serem únicos, o que possibilita a customização extrema das peças, down to the metal. É por isso que seus hardwares "antigos" produzem resultados acima de suas peças stock e conseguem agradar por anos e anos. No momento onde existem 3~4 máquinas para se preocupar (por plataforma) ou 6, 8, 10 totais, você arremessa o Secret Sauce pela janela. Obrigatoriamente nesse ponto a programação dos jogos nos consoles será generalista e não especialista. É assim que ocorre em todos os ambientes onde várias máquinas geracionais tem que conviver juntas (PCs, celulares, tablets....). E isso implica que a "idade" do hardware pesará mais rápido, com os consoles antigos envelhecendo bem mais rapidamente do que envelheceriam se gerações de consoles existissem como regra.

* Pode ocasionar o fim do fator "conveniência". Existe uma espécie de "contrato" implícito quando um gamer compra um console - "Eu compro esse videogame de você e você me dá o melhor possível por 5 anos sem eu ter que me preocupar com mais nada". Essa foi a realidade por mais de 3 décadas. Nós somos a primeira turma a ver esse contrato rasgado e o resultado tem sido tumultuoso para dizer o mínimo. Ninguém é obrigado a comprar os consoles tunados, mas é evidente que o mero fato de existência deles gera sentimentos de angústia, traição e revolta na comunidade gamer. Antes, todos sempre estiveram em posição de igualdade. Agora, uma parcela tem "algo melhor" que os demais. E isso na espécie humana nunca é recebido com bons olhos. É difícil dizer como as pessoas se comportarão pois é algo muito novo, mas pode acabar sendo visto como o fim da conveniência para muitos. Em 2013 você podia entrar numa loja, pegar um X360 e ter a absoluta certeza que qualquer jogo ia rodar nele, sem ter que ler a caixa, pesquisar antes, nada. Em 2023 se você entrar numa loja, comprar um XB1 X pode acabar levando um jogo que não vai rodar legal na sua máquina. Talvez tenha uma lista de consoles na traseira da caixa dizendo se ele roda no seu ou não, às vezes tem site da internet te avisando para não comprar aquele jogo para o seu console específico porque apesar dele "tecnicamente" rodar, o game não tem um monte de sistemas, não tem campanha SP e os mapas MP são repletos de caixas...rs.
 
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Guerreiro
Abril 4, 2017
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Sim, por isso frisei que pode ser minha paranoia apenas. No caso do XoneX e do PS4 Pro eu vejo uma ideia muito boa pois quem tem TV 1080 não precisa se preocupar em migrar para os Update de Hardware afinal eles focam em entregar uma melhor experiência para quem tem TVs 4k. Mas nesse momento o modelo de negócios é saudável e "inteligente", a questão pra mim é até quando.
 
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jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
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Ainda, @Finalx5 , o lance de "ter que se preocupar" é subjetivo, pois vai muito do psicológico.
O jogador de console foi acostumado a acreditar que o console que ele comprou é o 'melhor' que aquela geração pode oferecer, e por muitos anos.
Nunca foi algo que se sustentasse tecnologicamente falando. E agora, nem mercadologicamente.
Pra mim, o lance é: se e até quando o hardware que adquiri terá conteúdo continuamente.

Nesse modelo, se a pessoa quiser comprar um console Xbox, ela terá 2 opções em faixas bem delimitadas de preço e benefícios.
Então aí cada um avalie pra si qual se encaixa no seu perfil de jogo.
 
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jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
8,255
19,038
Manaus
A retrocompatibilidade trouxe questões práticas e filosóficas interessantes pra mim.
Comprei a tempos atrás o Dungeons & Dragons Chronicles of Mystara, do X360. Foi um deleite de nostalgia, beat up/rpg arcade de alto nível.
Tirei prints e clipes do jogo. Um rapaz lá da espanha viu e queria jogar cooperativo, era muito fã do jogo e franquia.
Quando deu fé, lá estava eu jogando e falando portunhol na party rsrs (party do X360, detalhe). Foi divertido.

No modelo clássico de geração, jamais teria esse nivel de experiência. Afinal, só vale se for console "mesma geração", não é?
Mas a proposta da M$ permitiu eu jogar um game de X360 de forma perfeitamente integrada no Xbox One, como se fosse tudo uma coisa só.
 
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Morts

Guerreiro
Agosto 21, 2009
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Cotia
rque as pessoas acham tao ruim trocar de console a cada 2 ou 3 anos se hj em dia um celular custa mais caro que um console e quase ninguem fica 3 anos com ele.
São coisas bemmmmm diferentes....Celular praticamente substitui um notebook por exemplo, desde q comprei um Smartphone mais robusto nunca mais mexi no meu note.
Por mais q os consoles façam quase tudo q um celular, os app de banco, ifood, waze, zap e etc não vem no console...ainda bem...rs.
Celular basicamente te escraviza, eu tive q trocar o meu, pq fazia todas as paradas de banco pelo celular, uma hora o meu ficou obsoleto e me vi indo em loterica ou banco realizar tarefas simples.
Por isso não tem como comparar um celular com um console.
Outro fator é q se vc trocar de console a cada 3 anos, vc comprar um console e jogar X jogos, e depois ter q comprar outro console depois de 3 anos para jogar a continuação da sua franquia......Isso é muito ruim.
Eu particularmente quando compro um console eu escolhe ele, pq quero ter a comodidade de saber q alem de não ter q fazer upgrade, vou ficar lá meus 4 ou 5 anos com ele, sugando o leite de pedra.
A retrocompatibilidade trouxe questões práticas e filosóficas interessantes pra mim.
Comprei a tempos atrás o Dungeons & Dragons Chronicles of Mystara, do X360. Foi um deleite de nostalgia, beat up/rpg arcade de alto nível.
Tirei prints e clipes do jogo. Um rapaz lá da espanha viu e queria jogar cooperativo, era muito fã do jogo e franquia.
Quando deu fé, lá estava eu jogando e falando portunhol na party rsrs (party do X360, detalhe). Foi divertido.

No modelo clássico de geração, jamais teria esse nivel de experiência. Afinal, só vale se for console "mesma geração", não é?
Mas a proposta da M$ permitiu eu jogar um game de X360 de forma perfeitamente integrada no Xbox One, como se fosse tudo uma coisa só.

Eu acho essa proposta da MS muito, mas muito benéfica mesmo...e até acho a melhor coisa q tem no console..
Tanto q vou pegar um xone por conta disso e de quebra aproveitar algumas franquias q eu gosto.
Eu ainda acho q isso vai mudar o conceito, pq se sony não fizer um PS5 retro eu particularmente nem sei se continuarei na plataforma.
 
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