Como é de praxe nessa época de E3, passam as conferências e as pessoas envolvidas passam por diversas rodadas de entrevistas com trocentos veículos diferentes, boa parte destas abordando o mesmo assunto.
Antes de ir pro assunto do título do tópico, vamos pra parte boa.
Durante uma destas conversas, com o GameCentral, Phil Spencer falou que o motivo de ir a E3 é informar e entreter as pessoas que estão interessadas no Xbox. Por isso que apresentaram 42 jogos, 22 deles com conteúdos exclusivos para o console. Comentou também sobre os estúdios exclusivos, destacando a Rare e o risco que acompanha lançar uma nova IP. Segundo ele, a taxa de sucesso de um novo título (da indústria) fica em torno de 25% a 30% - o que motiva as sequências de títulos consagrados sendo maioria ao invés de novas IPs.
Quando perguntado sobre a reação do público sobre a retrocompatibilidade com o Xbox original, disse que é normal a recepção da galera na conferência, porque muitas daquelas pessoas são fãs de Xbox há 15 anos. O complemento que encaixa na lógica foi que o maior jogo apresentado (em questão de público/alcance), Minecraft, foi um dos menos exaltados de toda a conferência.
Mas em um determinado ponto, a coisa começou a tomar outro caminho. O entrevistador, que não tava com cara de good guy "faça seu trabalho Microsoft PR", comentou sobre aquela imagem daquele inseto, utilizada um tempo atrás pra mostrar a diferença do poder gráfico do Xbox One X e HDR e tal, disse que mesmo um amigo que trabalha pra um site de tecnologia disse que "é, acho que dá pra ver uma diferença aqui". E que neste ponto, morava o problema: as pessoas estavam mais obcecadas por números do que por jogos, "meu número é maior que o seu número, meu console tem dois pterodáctilos a mais que o seu". E, com tudo isso, um dos jogos mais aclamados pelo visual foi The Last Light, um jogo que "poderia ser jogado em um Commodore 64" - não literalmente, mas o Phil entendeu o ponto de ser um jogo mais simples e que possivelmente terá a mesma qualidade gráfica no One e One X.
E chegamos à questão do FPS. Vou só traduzir pra ver como foi.
GameCentral: O que me frustra é ver que o único número que me importa é o único que nem você nem a Sony são obcecados por alcançar. Que é 60 fps, algo que entendo ser mais fácil do Xbox One X alcançar do que outros consoles.
Phil Spencer: Isso está correto. Mas... (risos) por que você se importa com 60 fps?
GC: É o único número que afeta o gameplay, e mesmo assim é o único que nenhuma das duas empresas toca. Ninguém vai reconhecer a diferença entre 4K e 1080p e essas baboseiras...
PS: Você acaba de quebrar seu argumento.
GC: Como?
PS: Você disse que esses jogos poderiam rodar num Commodore 64, mas eles não rodariam a 60 fps em um Commodore 64.
GC: Uridium rodava..
PS: (risos) Eu não estou discordando de você. Mas é uma opinião subjetiva que acha que é a única que importa.
Ambos: (risos também)
GC: Mas é a única que afeta o gameplay.
PS: Visuais afetam o gameplay.
GC: Mas não a resolução. Nem perto da diferença que um bom frame rate faz.
PS: Não me entenda mal. Eu gosto de frame rate. Eu amo Ori, é uma das razões que me fazem amar jogar Forza Motorsport. Mas você tem que voltar pra algo que você disse antes: a maioria das pessoas. Em quantos fps roda Minecraft?
GC: Eu sei, mas uma taxa de fps abaixo do que precisa ser - e isso varia conforme o jogo - é percebido. As pessoas podem não identificar o problema, mas elas notam que tem algo errado.
PS: Algumas percebem. Outras só querem se divertir jogando Lego Batman.
GC: Você pode ensinar isso. Mostre: esta é a diferença que faz. O Xbox One X está trazendo isso pra você.
PS: (risos) Você tem uma causa, eu gosto disso. Eu não esperava você sair de "eu não me importo com HDR10 ou Dolby Vision mas me importo com 60fps".
GC: ...
PS: Mas você está certo. Este console vai tornar mais possível aos desenvolvedores para tornarem a resolução e o frame rate mais consistentes, mais do que qualquer outro console no mercado.
GC: Eu adoraria ver 60 fps como algo padrão...
PS: Eu vou te dizer, como alguém que tem tocado uma plataforma por um tempo, determinar decisões de gameplay é uma situação ruim pra uma fabricante se posicionar. Os desenvolvedores são incentivados a dar a melhor experiência que puderem, nós dois concordamos com isso. Então se eles acham que é 60 fps e que isso vai ajudar, em termos de vender mais cópias, eles terão como fazer. Nem todos entendem a diferença entre 60 fps e 30 fps. Eles não são tão técnicos quanto você.
Fonte: http://metro.co.uk/2017/06/14/phil-...st-people-just-want-to-go-play-games-6707712/
Antes de ir pro assunto do título do tópico, vamos pra parte boa.
Durante uma destas conversas, com o GameCentral, Phil Spencer falou que o motivo de ir a E3 é informar e entreter as pessoas que estão interessadas no Xbox. Por isso que apresentaram 42 jogos, 22 deles com conteúdos exclusivos para o console. Comentou também sobre os estúdios exclusivos, destacando a Rare e o risco que acompanha lançar uma nova IP. Segundo ele, a taxa de sucesso de um novo título (da indústria) fica em torno de 25% a 30% - o que motiva as sequências de títulos consagrados sendo maioria ao invés de novas IPs.
Quando perguntado sobre a reação do público sobre a retrocompatibilidade com o Xbox original, disse que é normal a recepção da galera na conferência, porque muitas daquelas pessoas são fãs de Xbox há 15 anos. O complemento que encaixa na lógica foi que o maior jogo apresentado (em questão de público/alcance), Minecraft, foi um dos menos exaltados de toda a conferência.
Mas em um determinado ponto, a coisa começou a tomar outro caminho. O entrevistador, que não tava com cara de good guy "faça seu trabalho Microsoft PR", comentou sobre aquela imagem daquele inseto, utilizada um tempo atrás pra mostrar a diferença do poder gráfico do Xbox One X e HDR e tal, disse que mesmo um amigo que trabalha pra um site de tecnologia disse que "é, acho que dá pra ver uma diferença aqui". E que neste ponto, morava o problema: as pessoas estavam mais obcecadas por números do que por jogos, "meu número é maior que o seu número, meu console tem dois pterodáctilos a mais que o seu". E, com tudo isso, um dos jogos mais aclamados pelo visual foi The Last Light, um jogo que "poderia ser jogado em um Commodore 64" - não literalmente, mas o Phil entendeu o ponto de ser um jogo mais simples e que possivelmente terá a mesma qualidade gráfica no One e One X.
E chegamos à questão do FPS. Vou só traduzir pra ver como foi.
GameCentral: O que me frustra é ver que o único número que me importa é o único que nem você nem a Sony são obcecados por alcançar. Que é 60 fps, algo que entendo ser mais fácil do Xbox One X alcançar do que outros consoles.
Phil Spencer: Isso está correto. Mas... (risos) por que você se importa com 60 fps?
GC: É o único número que afeta o gameplay, e mesmo assim é o único que nenhuma das duas empresas toca. Ninguém vai reconhecer a diferença entre 4K e 1080p e essas baboseiras...
PS: Você acaba de quebrar seu argumento.
GC: Como?
PS: Você disse que esses jogos poderiam rodar num Commodore 64, mas eles não rodariam a 60 fps em um Commodore 64.
GC: Uridium rodava..
PS: (risos) Eu não estou discordando de você. Mas é uma opinião subjetiva que acha que é a única que importa.
Ambos: (risos também)
GC: Mas é a única que afeta o gameplay.
PS: Visuais afetam o gameplay.
GC: Mas não a resolução. Nem perto da diferença que um bom frame rate faz.
PS: Não me entenda mal. Eu gosto de frame rate. Eu amo Ori, é uma das razões que me fazem amar jogar Forza Motorsport. Mas você tem que voltar pra algo que você disse antes: a maioria das pessoas. Em quantos fps roda Minecraft?
GC: Eu sei, mas uma taxa de fps abaixo do que precisa ser - e isso varia conforme o jogo - é percebido. As pessoas podem não identificar o problema, mas elas notam que tem algo errado.
PS: Algumas percebem. Outras só querem se divertir jogando Lego Batman.
GC: Você pode ensinar isso. Mostre: esta é a diferença que faz. O Xbox One X está trazendo isso pra você.
PS: (risos) Você tem uma causa, eu gosto disso. Eu não esperava você sair de "eu não me importo com HDR10 ou Dolby Vision mas me importo com 60fps".
GC: ...
PS: Mas você está certo. Este console vai tornar mais possível aos desenvolvedores para tornarem a resolução e o frame rate mais consistentes, mais do que qualquer outro console no mercado.
GC: Eu adoraria ver 60 fps como algo padrão...
PS: Eu vou te dizer, como alguém que tem tocado uma plataforma por um tempo, determinar decisões de gameplay é uma situação ruim pra uma fabricante se posicionar. Os desenvolvedores são incentivados a dar a melhor experiência que puderem, nós dois concordamos com isso. Então se eles acham que é 60 fps e que isso vai ajudar, em termos de vender mais cópias, eles terão como fazer. Nem todos entendem a diferença entre 60 fps e 30 fps. Eles não são tão técnicos quanto você.
Fonte: http://metro.co.uk/2017/06/14/phil-...st-people-just-want-to-go-play-games-6707712/
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