Breve Análise
Gameplay
Depois de 33h eu terminei a campanha.
Soul Hackers 2 segue a mesma estrutura de gameplay de Shin Megami Tensei, Persona e de JRPS em geral: Combate por turnos. A party e os inimigos apresentam afinidades e fraquezas para determinados elementos. São eles: Fogo, gelo, eletricidade, força e veneno (ruin). Explorar as fraquezas dos inimigos lhe concede um ataque extra, ao final do seu turno, chamado de Sabbath. A cada golpe que você explora a fraqueza do inimigo, um de seus demons se junta ao grupo num ataque especial e poderoso.
Soul Matrix
Um dos ambientes que recorrentemente estamos explorando é a Soul Matrix. Neste local adentramos na mente de nossos companheiros de grupo para explorarmos seus labirintos e conhecermos melhor suas motivações e seu passado.
A Soul Matrix poderia ser um dos maiores pontos positivos do jogo porque pretende expandir essa relação do grupo, aprofundar a psique dos personagens, mas seu ambiente extremamente igual e repetitivo torna essa missão um tanto quanto monótona. Apesar de ainda recompensatória, explorar a Soul Matrix não é das atividades mais divertidas dentro do jogo, mas ainda assim recomendável pra quem quer se aprofundar nos membros da party.
Demons e Cerveja
Os demons do jogo também seguem o padrão Persona e SMT. Muitos deles, inclusive, são compartilhados entre os jogos. Há uma grande variedade de demons e cada um apresenta suas afinidades e fraquezas que são importantes na hora de um combate. Você pode criar demons a partir da fusão de dois (fusão normal) ou até fusionar três ou quatro pra criar um demons poderoso (fusão especial). Ao fusionar dois demons, você tem opção de escolher quais habilidades aquele novo demons vai herdar dos dois que foram fundidos.
Ainda há um sistema de "Hangouts". Neste, você vai desbloqueando momentos descontraídos onde os personagens do grupo vão pra um bar tomar todas e jogar conversa fora. Isso ele o "Soul Level" de cada personagem, mostrando que a afinidade e entrosamento entre Ringo (personagem principal) e os outros membros da party está maior. Além disso, esse entrosamento vai liberando passagens dentro da Soul Matrix de cada personagem individualmente. Quanto maior o entrosamento, mais profundo você adentrar na mente do companheiro, permitindo ganhar melhores recompensas e desvendar mais coisas do passado dele.
Gráficos
Graficamente o jogo é bonito, mas claramente tem um orçamento menor que os irmãos mais velhos: SMT e Persona. As animações não são das mais detalhadas e o jogo conta com poucas cutscenes. Muitos dos diálogos (mesmo que a grande maioria apresente dublagem em inglês e japonês) segue o formato de visual nove, com personagens quase estáticos em tela com texto na parte inferior. Mas nada que comprometa o envolvimento com a trama.
Conclusão
Soul Hackers 2 é um bom jogo, com mecânicas consagradas da Atlus, personagens carismáticos, apesar de levemente genéricos e uma vasta quantidade de demons para se explorar os poderes, fusões entre eles e fazer builds específicas, se desejar. Os combates não são engessados, podendo trocar o seu demon de acordo com a necessidade da luta e excelentes lutas contra chefes.
Apesar disso, apresenta pouca variedade de ambientes, uma Soul Matrix repetitiva e animações pouco caprichadas.
Nota: 8 vezes que a Ringo encheu a cara e eu curti o papo de 10.