Por isso que comentei, tipo: se é sistemático, qual a lógica da Sony supostamente pagar para omitir que jogo X será lançado no
Xbox em uma matéria de um site específico entre centenas, mas permitir que esse mesmo veículo dê notas mais altas para os principais exclusivos de
Xbox em relação às médias que eles conquistam entre a crítica? A única coisa que a IGN ganha ao errar propositalmente, caso aconteça, é ter a sua credibilidade questionada repetidas e repetidas vezes.
Na minha visão, isso é erro de processo por conta da forma como a criação dessas notícias funciona e que se aproveita do on-line: é uma fábrica que age como uma esteira que corre para ser o primeiro a publicar e ser bem rankeada nas buscas do assunto pra depois, se necessário, corrigir ou ajustar a informação. Nisso, a ordem de escrever, revisar, editar, conferir e publicar é atropelada porque se eu não publicar antes, o site do zezinho vai e aí ele vai ficar melhor posicionado nesse assunto em si, aí eu perco acessos, visualizações, cliques e dinheiro.
"Ah, mas quem escreveu deveria ter procurado melhor" - não fez, tá errado, revisa processo e treina a galera se for necessário.
"Ah, mas o editor que é mais experiente deveria ter feito aquela conferida dupla nas informações" - deveria, puxa a orelha e manda o editor sentar na mesma turma que os freelancers novatos pra revisar os processos e lembrar como o trabalho deve ser feito.
Igual o que o Linus tá fazendo na empresa dele, toda a produção de conteúdo foi interrompida para que eles entendam onde estão errando e possam melhorar. Estão perdendo bastante dinheiro com isso, mas uma credibilidade arranhada é muito mais difícil de recuperar (dependendo do estrago, algumas nunca se recuperam).
Não é nem um problema só de videogames, mas do próprio jornalismo como um todo.