Tópico Oficial Alan Wake II - Monstros têm muitas faces... | MC 87 - OC 89

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
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Rio Grande do Sul
Joguei o capítulo CANTAMOS.
Esse jogo é uma obra de arte absolutamente surpreendente. Sai da caixinha sem medo de ser feliz ou de perder ritmo. Me peguei completamente surpreso com o que tava acontecendo na tela. Um nível de surpresa e admiração que faz muuuito tempo que um jogo não me causa. Terminei o capítulo com um sorriso no rosto.
O legal de Alan Wake é que ele tem um universo que permite algumas coisas que, em outros jogos, não daria pra encaixar. Mais: ele abraça essa bizarrice sem ter vergonha ou tentar fazer comentários sobre o quão ridículo pode parecer, fazer piadinha em cima.

Acontece alguma coisa maluca na tela, a gente só respira fundo e vai junto.

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ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
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Rio Grande do Sul
Engraçado que ele distribuíram antecipadamente só keys de ps5 e pc. Sendo que a melhor versão dos consoles é do series X
Cara que fez o review do jogo para o Xbox Era. Não foi um problema de disponibilizar primeiro keys de PC e PS5 e sim que o processo de certificação da Microsoft é mais rigoroso (e, como consequência, lento). Ele jogou no PC porque o código foi recebido no domingo (21/out, 6 dias antes do lançamento), enquanto o de Xbox só chegou na quarta de manhã (25, 2 dias antes do lançamento).

Por conta disso, a publisher pode mandar um jogo para a certificação final no mesmo dia para a Epic Games Store, Steam, PSN e Xbox Network - o jogo vai ser liberado depois no Xbox por pura burocracia. E isso vai gerar um atraso na liberação das keys para quem for fazer o review nos consoles Xbox.


 
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ronabs

opa
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Novembro 8, 2010
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Rio Grande do Sul
Uma coisa sobre subjetividade envolvendo aquela parte (spoiler abaixo com vídeo, pra exemplificar). Não consegui me decidir se, aos 2'41":
  • O rosto do Alan Wake (personagem) demonstra desconforto com o que está tendo que fazer, como se fosse obrigado;
  • O Ilkka Villi (ator) erra o que deveria fazer (reparem no movimento dos outros atores), mas o conjunto fica bom e dá essa outra camada acima e só mantiveram.
Acho mais provável que tenha sido o segundo caso (erro), mas que permaneceu por permitir essa leitura de incômodo.




Essa cara do Sam Lake rindo me quebra. O que esse cidadão deve ter se divertido durante a produção desse jogo.
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Lizard Devil I

Guerreiro
PXB Gold
Setembro 7, 2008
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Ilhota - SC
@ronabs , para você que acabou o jogo, a história se desenvolve legal e fecha bem ou depois de terminar tem que tomar umas cachaças e ver uns vídeos no YouTube para tentar compreender?
 

ronabs

opa
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Novembro 8, 2010
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@ronabs , para você que acabou o jogo, a história se desenvolve legal e fecha bem ou depois de terminar tem que tomar umas cachaças e ver uns vídeos no YouTube para tentar compreender?
Então, a história desenvolve bem e é fácil de acompanhar especialmente na parte da Saga por conta do Mind Place. Como tem o quadro de investigação, com comentários, dá pra se localizar sobre o que está acontecendo bem tranquilo.

Já sobre fechar bem, depende da expectativa. Seguindo o conceito de nunca entregar tudo para o jogador, deixando sempre algumas dúvidas e mistérios no ar, não é um jogo que resolve tudo, ele entrega bastante coisa importante para a franquia (algumas muito importantes), responde algumas dúvidas de anos da galera e avança no universo conectado da Remedy, mas deixa novas pontas soltas no ar. Algumas delas devem ser bem endereçadas nos DLCs, tipo aprofundar mais o papel do Federal Bureau of Control em Bright Falls.
 

ronabs

opa
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Novembro 8, 2010
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Bom, vamos lá.

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Como alguém que gosta de histórias desde que se entende por gente, Alan Wake II é uma realização daquelas difíceis de acontecer. Um projeto ambicioso da Remedy, que teve seus primeiros jogos há mais de uma década, passou adormecido por um tempão soltando algumas migalhas pelo caminho (Quantum Break, Control) enquanto tentava encontrar alguém que topasse o desafio e que, hoje, resulta em um projeto impressionante pela escala das coisas que estão em andamento.

Neste caso, AW2 segue uma linha criativa de mistério que não responde todas as nossas dúvidas, deixando margem para interpretação e discussões futuras entre os fãs. Segundo Sam Lake (um dos diretores do jogo, ao lado de Kyle Rowley), “geralmente, a tensão vai embora quando você tem uma resposta definitiva. Para mim, tanto na ficção como na realidade, raramente existe uma resposta clara e definitiva”. Em AW2, recebemos muitas respostas em relação aos mistérios criados lá atrás, mas ao mesmo tempo em que portas se fecham, outras tantas se abriram. O que não quer dizer que a história de Alan Wake e do Remedy Connected Universe não avancem. Ô, se avançam, e de maneiras bem criativas.

Assim como a Rockstar fez com Red Dead Redemption 2, deixando Arthur Morgan fora do Massacre de Blackwater para que nós, jogadores, não saibamos exatamente o que aconteceu nesse evento que dá início aos acontecimentos do jogo, a introdução de uma nova personagem na trama (Saga Anderson/Melanie Liburd) cumpre muito bem esse propósito de chegarmos em uma Bright Falls que passou por muita coisa em 13 anos e, ainda assim, sentirmos aquele gostinho de novidade, de não estar 100% a par da situação. No caso, uma agente do FBI que chega à cidade junto ao parceiro, Alex Casey (Sam Lake/James McCaffrey) para investigar uma série de assassinatos e, chegando lá, descobrem uma nova morte recente, de Robert Nightingale (Doug Cockle), carrasco de Wake no primeiro jogo, em um culto macabro.

Os dois personagens jogáveis - Anderson e Wake (Ilkka Villi/Matthew Porretta) - agem em campos diferentes de atuação, uma no mundo real (Bright Falls) e o outro no Dark Place, e as mecânicas específicas de cada um ajudam a tornar AW2 mais dinâmico. Por ser definido como um survival horror, essa mistura faz com que as 15h-16h que se leva para terminar a história (algo bem longo para títulos do gênero) passem mais rápido. No mundo real, o lado investigativo de Anderson brilha dentro do Mind Place, um local que é possível acessar instantaneamente apertando o botão “view”, em uma transição praticamente imediata.

Dentro do Mind Place, podemos ver/escutar/ler todos os coletáveis do jogo e, especialmente, avançar na investigação para entender o que está acontecendo ali - afinal, Anderson é uma agente do FBI:
  • No quadro, vamos construindo os casos com pistas que encontramos até chegar a uma solução. Além de divertido, é uma boa maneira de deixar o jogador a par do que está acontecendo, pois as fotos e documentos possuem legendas e as próprias deducções da Saga ficam expostas, ajudando a se encontrar caso a gente fique meio perdido;
  • Já os perfis são pastas pessoais de diversos personagens onde é possível investigá-los através de um poder da Saga de conversar com entidades do outro lado.
Wake possui três novas mecânicas de gameplay, todas se passando dentro do Dark Place:
  • Puzzles de luz, onde é possível retirar uma fonte de luz de um local e levá-la para outro ponto, transformando aquele lugar (abrindo um caminho, por exemplo);
  • E reescrever a história em momentos-chave, fazendo com que um local também seja transformado a partir de novos fatos criados pelo próprio personagem;
  • Toda sombra pode ser um inimigo. Por ser um survival horror, os recursos são limitados, mas o jogo é longo (bem mais longo que outros expoentes do gênero, como Resident Evil, Dead Space, Amnesia, o mais longuinho que vem à cabeça é Aline Isolation), então ter combate o tempo inteiro poderia ser desgastante demais. A tensão vem, então, do fato de que todas as sombras do Dark Place podem ser um inimigo, algumas vezes a gente passa por elas de boas, em outras toma um puxão pelo pescoço e um cagaço de brinde.

O combate do jogo é bem mais cadenciado do que o primeiro e a gestão do inventário faz bastante diferença entre chegar em um confronto lascado ou bem preparado. Durante a minha jogatina, no normal, era bem comum eu ter poucas balas e, especialmente, baterias para a lanterna. Os novos cenários que visitamos (como Watery, uma cidadezinha menor ao lado de Bright Falls, ou Coffee World, um parque de diversões abandonado) cumprem bem o papel de mostrar como as coisas estranhas estão indo além das fronteiras de Bright Falls.

Além disso, temos aqui muitos puzzles para pegar os coletáveis, desde resolver charadas até problemas de matemática (coisa de questão do Enem mesmo). Achei todos eles bem divertidos, alguns mais complicadinhos de fazer mas todos satisfatórios de chegar ao final se sentindo inteligente.

Aí assim, eu falei, falei, falei, dá pra ver que gostei, mas essas não são nem as melhores partes do jogo.


:no_mouth:


Em 2019, a Remedy pegou todo mundo de surpresa com o Ashtray Maze em Control, uma sequência que mistura jogabilidade, combate, plataforma e música (feita pela banda fictícia Old Gods of Asgard, formada por membros da banda finlandesa Poets of the Fall) em cerca de 7-8 minutos espetaculares. Durante o desenvolvimento de AW2, o estúdio falou que estavam criando algo ainda maior - e eles conseguiram superar muito o que foi feito em Conrol.

Os spoilers abaixo contêm informações específicas de três momentos:
  • O “Ashtray Maze 2: Turbinado e Energizado”;
  • Um segundo inspirado em Stranger Things;
  • E um terceiro mais parado, mas que os amantes de cinema vão adorar.

Herald of Darkness

Como falei em alguns posts acima, por envolver mistérios e um tom de absurdo, o universo de Alan Wake permite que algumas coisas aconteçam meio que sem tantos questionamentos assim. O jogo não considera aquilo absurdo, não faz piada com o que está acontecendo, e o jogador só embarca junto. Neste caso, em um musical de mais de 15 minutos, que dá ainda mais luz para as excelentes performances dos atores.

Dark Ocean Summoning

Lembra da dobradinha Eddie Munson/Dustin Henderson fazendo um show de rock no Mundo Invertido? É tipo isso: Tin e Odin metendo um rock and roll enquanto matamos hordas e mais hordas de inimigos no meio de uma tempestade às margens de Cauldron Lake.

Nightless Night

Um curta completo de 15 minutos de Thomas Zane (Ilkka Villi/James McCaffrey), que dá pra assistir dentro de um cinema no Dark Place. Vou até repetir: fizeram um curta completo e colocaram dentro do jogo também.



.
.


Agora, para os problemas. Um jogo tecnicamente tão impressionante veio, infelizmente, acompanhado de alguns probleminhas e inconsistências na parte de polimento. Durante a minha jogada, presenciei alguns deles, especialmente de iluminação em poucos ambientes internos (onde texturas não carregavam direito, uma parede específica ficava toda branca se eu me afastasse, e bolinhas brancas aparecessem pelo cenário quando me virava muito rápido). Ainda vi minha lanterna virar um vaso quadrado durante um momento e a coluna mais à direita do meu inventário travar (de não conseguir colocar nada lá diretamente, só se puxasse algo que ocupasse 2-3-4 quadrinhos). Felizmente, pelo que pude ver, os patches disponibilizados ontem resolveram essas questões. Não sei como ficou outro problema que muita gente enfrentou, de que as legendas em português ficavam dessincronizadas ou tomavam boa parte da tela, como joguei em inglês, não passei por isso. E um último ponto, que não é um problema em si, mas fruto da própria maneira como o jogo funciona: em algumas cenas, como o personagem Alan Wake é feito por um ator (Ilkka Villi) e um dublador (Matthew Porretta), a sincronização entre imagem/voz parece não estar 100%. Não atrapalha, mas olhando com cuidado, dá pra perceber.

Ao todo, foram quase 24h de jogo para fazer quase tudo, faltou uma só conquista pra terminar mas acabei pegando ela depois porque era bem simples de fazer. Durante o texto, fiz questão de colocar os nomes dos atores que interpretam os personagens (e faço isso nos spoilers finais também) porque, além de um belo jogo, AW2 também é uma excelente obra multimídia que trabalha o conceito de metanarrativa - narrativas paralelas contidas dentro da própria narrativa geral do jogo. Muitos desses atores devem aparecer bastante em indicações e premiações por suas performances.

Para responder as novas dúvidas que deixaram no ar, teremos duas expansões futuras já confirmadas:
  • Night Springs - outono de 2024
    • "Visões e sonhos. A ficção é escrita e se torna realidade. A ficção colapsa e permanece como apenas palavras em uma página. Essas são as suas histórias... em Night Springs. Jogue como vários personagens familiares do mundo de Alan Wake e experimente o inexplicável em múltiplos episódios independentes de Night Springs, um show de TV ficcional ambientado no mundo de Alan Wake."
  • The Lake House - TBA
    • "A Lake House é uma instalação misteriosa situada na costa de Cauldron Lake, montada por uma organização governamental independente para conduzir pesquisas secretas... até que algo dá errado. Explore a Lake House e embarque em duas diferentes aventuras enquanto as realidades de Saga Anderson e Alan Wake colidem novamente."

Finalizando a parte "análise", acredito que uma boa história é aquela que consegue não só impactar o leitor/ouvinte/espectador/jogador durante o contato com a obra (seja essa obra um jogo, filme, conto, livro, música, fotografia, pintura, etc.), mas fazer a gente pensar naquilo que vimos por um tempo. No caso de Alan Wake, tivemos 10 anos para digerir, começamos a receber algumas provocações há alguns anos em Quantum Break/Control e, hoje, 12 anos depois do lançamento do primeiro título da franquia, fomos agraciados com um dos melhores jogos não só do ano, mas de toda a atual geração. Não vejo nenhum estúdio na indústria, hoje, que conta histórias como a Remedy. E que bom que tenha alguém disposto a experimentar fazer jogos de alta produção dessa forma.

É 10/10 com folga.

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Agora, para os spoilers, caso alguém queira embarcar na doideira depois de terminar.

Alice Wake (Christina Cole)
O maior spoiler de todos é que a Alice está viva e é muito mais importante do que imaginávamos. Mas peraí, ela não estava viva? Ela conseguiu sair do Dark Place no primeiro jogo, foi até chamada para uma entrevista no FBC (relatada em documentos em Control). Sim, ela estava viva mas, ao longo do jogo, vamos descobrindo que ela estava sendo bastante atormentada pelo Scratch, a ponto de não aguentar mais e decidir se matar, se jogar de um penhasco. As últimas imagens dela viva são fotografias desse ato, inclusive.

Só que não. A “morte” da Alice foi fake. Quando essa parte do vídeo começou, onde ela fala "this part is just for you", eu fiquei em dúvida se era a Alice falando comigo (enquanto jogador) ou com o Alan.

Basicamente, ela se ligou (sozinha) que a lógica do Dark Place exige que, para conseguir transformar o mundo real, a forma como isso acontece é através da arte.. Isso é algo que o jogo vai até espalhando algumas migalhas, mas não vamos relacionando A+B: Thomas Zane (cinema), Alan Wake (literatura) e - veja você - Alice Wake (fotografia). Aparentemente, após ficar presa no Dark Place, perder a memória e recuperar após as entrevistas com o FBC, ela foi ligando os pontos e não só 1) entendeu como o lugar funciona como 2) através da sua arte, começou a guiar acontecimentos para chegar a um final feliz. Tanto que existe uma linha de teoria que diz que foi ela (Alice) quem colocou a bala de luz que a Saga utiliza para matar de vez o Mr. Scratch. Outros dizem que a Alice também estava mandando cartas para a Rose Marigold (Jessica Preddy, a atendente do Oh Deer Diner), para ajudar Wake da forma que for possível no mundo real (apesar de que pode ter sido ajudada pelo próprio Wake, já que ele tem alguns buracos na memória também). De qualquer forma, a revelação de que ela é muito mais importante para a história do que alguém que precisa ser salva abre um caminho muito interessante para a personagem no futuro.

Tim Breaker (Shawn Ashmore)
Esse aqui é uma incógnita bem interessante. Ele aparece no começo do jogo mas logo na parte do necrotério, investigando a morte do Nightingale, ele some e vai para o Dark Place. Encontramos o personagem algumas vezes durante o jogo e o Tim diz que ele lembra de ver flashes dele em outras realidades, e quem está fazendo isso com ele é o Mr. Door. Por quê? Não sabemos ainda qual o papel dele no grande plano das coisas.

Mr. Door (David Harewood)
O personagem interpretado pelo excelente David Harewood é uma figura bem enigmática do jogo. Servindo como apresentador do programa de entrevistas, ele é muito consciente sobre o que se passa dentro do Dark Place e está tentando ajudar o Alan Wake (que sempre faz o oposto, gerando mais confusão e coisarada). Mas ele faz isso não para ajudar o Wake e sim “alguém importante para mim que você chamou pra isso tudo”. Quem? A Saga Anderson. Isso porque Mr. Door é uma alcunha de Warlin Door, pai da Saga e que foi "oferecido" para o Dark Place por Tor/Odin para que a família Anderson fosse deixada em paz. A influência de Door dentro do Dark Place ainda parece pouco explorada.

Ahti (Martti Suosalo)
O misterioso zelador de Control (que já estava dentro da Oldest House quando ela foi descoberta) aparece em Alan Wake 2 (no mundo real e no Dark Place) e as suas intenções contiuam sendo pouco explícitas. Uma coisa clara é que ele estava protegendo o quarto utilizado pelo Alan para escrever as histórias. Já outro aspecto que vale ressaltar é que ele só chama o Alan de Tom (Zane?). Assim como o caso do Door no Dark Place, o verdadeiro poder do Ahti parece não ter sido sequer arranhado ainda.

Dr. Darling (Matthew Porretta) e Jesse Faden (Courtney Hope)
Apesar de aparecerem por um pequeno instante, em uma televisão com interferência no apartamento do Thomas Zan, já abre aquele sorrisão por serem dois personagens bem queridos de Control. E também porque não sabemos o destino do Dr. Darling, ele se trancou dentro da Hedron (aquela caixa metálica gigantesca do final do jogo) e sumiu, diz que foi parar em outra dimensão mas não sabemos onde. Já para a Jesse, com a expansão do RCU, ela deve ser cada vez mais importante para conduzir investigações sobrenaturais por aí.

Tor (Stuart Milligan) e Odin Anderson (Harry Diston)
Na última luta contra um chefe no jogo, Saga Anderson é arremessada para dentro do Dark Place. Quando essa luta termina, vemos Tor e Odin entrando no Cauldron Lake para ir atrás da neta/sobrinha-neta.

Kiran Estevez (Janina Gavankar)
A agente do Federal Bureau of Control (FBC) chega em Bright Falls para assumir a investigação do FBI. Com isso, descobrimos que o FBC possui uma instalação secreta em Bright Falls para investigar fenômenos sobrenaturais, espero que a gente veja mais sobre isso nos DLCs (provavelmente, em Lake House). A inclusão dela na história é legal por trazer junto toda a burocracia e leveza do FBC, como, por exemplo, uma hora em que a Saga diz "boa sorte" pra Estevez e ela responde algo tipo "o Departamento de Probabilidade diz que as chances de algo ruim acontecer são mais altas quando você diz 'boa sorte' para outra pessoa".

Alex Casey (Sam Lake/James McCaffrey)
Repetindo a dobradinha que deu vida para Max Payne, eu ainda achei inconclusivo se o agente do FBI Alex Casey é uma pessoa real ou uma manifestação da escrita do personagem Ales Casey (dos livros escritos por Wake). De toda forma, a performance de Lake/McCaffrey é excelente e abriu uma porta interessante para o personagem em outros jogos do Universo Conectado da Remedy.


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Parabéns e obrigado para a Remedy, Sam Lake e cia.

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corujajunior

Um Nahobino...
PXB Gold
Abril 5, 2018
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Fortaleza
Bom, vamos lá.

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Como alguém que gosta de histórias desde que se entende por gente, Alan Wake II é uma realização daquelas difíceis de acontecer. Um projeto ambicioso da Remedy, que teve seus primeiros jogos há mais de uma década, passou adormecido por um tempão soltando algumas migalhas pelo caminho (Quantum Break, Control) enquanto tentava encontrar alguém que topasse o desafio e que, hoje, resulta em um projeto impressionante pela escala das coisas que estão em andamento.

Neste caso, AW2 segue uma linha criativa de mistério que não responde todas as nossas dúvidas, deixando margem para interpretação e discussões futuras entre os fãs. Segundo Sam Lake (um dos diretores do jogo, ao lado de Kyle Rowley), “geralmente, a tensão vai embora quando você tem uma resposta definitiva. Para mim, tanto na ficção como na realidade, raramente existe uma resposta clara e definitiva”. Em AW2, recebemos muitas respostas em relação aos mistérios criados lá atrás, mas ao mesmo tempo em que portas se fecham, outras tantas se abriram. O que não quer dizer que a história de Alan Wake e do Remedy Connected Universe não avancem. Ô, se avançam, e de maneiras bem criativas.

Assim como a Rockstar fez com Red Dead Redemption 2, deixando Arthur Morgan fora do Massacre de Blackwater para que nós, jogadores, não saibamos exatamente o que aconteceu nesse evento que dá início aos acontecimentos do jogo, a introdução de uma nova personagem na trama (Saga Anderson/Melanie Liburd) cumpre muito bem esse propósito de chegarmos em uma Bright Falls que passou por muita coisa e, ainda assim, sentirmos aquele gostinho de novidade, de não estar 100% a par da situação. No caso, uma agente do FBI que chega à cidade junto ao parceiro, Alex Casey (Sam Lake/James McCaffrey) para investigar uma série de assassinatos e, chegando lá, descobrem uma nova morte recente, de Robert Nightingale (Doug Cockle), carrasco de Wake no primeiro jogo, em um culto macabro.

Os dois personagens jogáveis - Anderson e Wake (Ilkka Villi/Matthew Porretta) - agem em campos diferentes de atuação, uma no mundo real (Bright Falls) e o outro no Dark Place, e as mecânicas específicas de cada um ajudam a tornar AW2 mais dinâmico. Por ser definido como um survival horror, essa mistura faz com que as 15h-16h que se leva para terminar a história (algo bem longo para títulos do gênero) passem mais rápido. No mundo real, o lado investigativo de Anderson brilha dentro do Mind Place, um local que é possível acessar instantaneamente apertando o botão “view”, em uma transição praticamente imediata.

Dentro do Mind Place, podemos ver/escutar/ler todos os coletáveis do jogo e, especialmente, avançar na investigação para entender o que está acontecendo ali - afinal, Anderson é uma agente do FBI:
  • No quadro, vamos construindo os casos com pistas que encontramos até chegar a uma solução. Além de divertido, é uma boa maneira de deixar o jogador a par do que está acontecendo, pois as fotos e documentos possuem legendas e as próprias deducções da Saga ficam expostas, ajudando a se encontrar caso a gente fique meio perdido;
  • Já os perfis são pastas pessoais de diversos personagens onde é possível investigá-los através de um poder da Saga de conversar com entidades do outro lado.
Wake possui três novas mecânicas de gameplay, todas se passando dentro do Dark Place:
  • Puzzles de luz, onde é possível retirar uma fonte de luz de um local e levá-la para outro ponto, transformando aquele lugar (abrindo um caminho, por exemplo);
  • E reescrever a história em momentos-chave, fazendo com que um local também seja transformado a partir de novos fatos criados pelo próprio personagem;
  • Toda sombra pode ser um inimigo. Por ser um survival horror, os recursos são limitados, mas o jogo é longo (bem mais longo que outros expoentes do gênero, como Resident Evil, Dead Space, Amnesia, o mais longuinho que vem à cabeça é Aline Isolation), então ter combate o tempo inteiro poderia ser desgastante demais. A tensão vem, então, do fato de que todas as sombras do Dark Place podem ser um inimigo, algumas vezes a gente passa por elas de boas, em outras toma um puxão pelo pescoço e um cagaço de brinde.

O combate do jogo é bem mais cadenciado do que o primeiro e a gestão do inventário faz bastante diferença entre chegar em um confronto lascado ou bem preparado. Durante a minha jogatina, no normal, era bem comum eu ter poucas balas e, especialmente, baterias para a lanterna. Os novos cenários que visitamos (como Watery, uma cidadezinha menor ao lado de Bright Falls, ou Coffee World, um parque de diversões abandonado) cumprem bem o papel de mostrar como as coisas estranhas estão indo além das fronteiras de Bright Falls.

Além disso, temos aqui muitos puzzles para pegar os coletáveis, desde resolver charadas até problemas de matemática (coisa de questão do Enem mesmo). Achei todos eles bem divertidos, alguns mais complicadinhos de fazer mas todos satisfatórios de chegar ao final se sentindo inteligente.

Aí assim, eu falei, falei, falei, dá pra ver que gostei, mas essas não são nem as melhores partes do jogo.


:no_mouth:


Em 2019, a Remedy pegou todo mundo de surpresa com o Ashtray Maze em Control, uma sequência que mistura jogabilidade, combate, plataforma e música (feita pela banda fictícia Old Gods of Asgard, formada por membros da banda finlandesa Poets of the Fall) em cerca de 7-8 minutos espetaculares. Durante o desenvolvimento de AW2, o estúdio falou que estavam criando algo ainda maior - e eles criaram.

Os spoilers abaixo contêm informações específicas de três momentos:
  • O “Ashtray Maze 2: Turbinado e Energizado”;
  • Um segundo inspirado em Stranger Things;
  • E um terceiro mais parado, mas que os amantes de cinema vão adorar.

Herald of Darkness

Como falei em alguns posts acima, por envolver mistérios e um tom de absurdo, o universo de Alan Wake permite que algumas coisas aconteçam meio que sem tantos questionamentos assim. O jogo não considera aquilo absurdo, não faz piada com o que está acontecendo, e o jogador só embarca junto. Neste caso, em um musical de mais de 15 minutos, que dá ainda mais luz para as excelentes performances dos atores.

Dark Ocean Summoning

Lembra da dobradinha Eddie Munson/Dustin Henderson fazendo um show de rock no Mundo Invertido? É tipo isso: Tin e Odin metendo um rock and roll enquanto matamos hordas e mais hordas de inimigos no meio de uma tempestade às margens de Cauldron Lake.

Nightless Night

Um curta completo de 15 minutos de Thomas Zane (Ilkka Villi/James McCaffrey), que dá pra assistir dentro de um cinema no Dark Place.



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Agora, para os problemas. Um jogo tecnicamente tão impressionante veio, infelizmente, acompanhado de alguns probleminhas e inconsistências na parte de polimento. Durante a minha jogada, presenciei alguns deles, especialmente de iluminação em poucos ambientes internos (onde texturas não carregavam direito, uma parede específica ficava toda branca se eu me afastasse, e bolinhas brancas aparecessem pelo cenário quando me virava muito rápido). Ainda vi minha lanterna virar um vaso quadrado durante um momento e a coluna mais à direita do meu inventário travar (de não conseguir colocar nada lá diretamente, só se puxasse algo que ocupasse 2-3-4 quadrinhos). Felizmente, pelo que pude ver, os patches disponibilizados ontem resolveram essas questões. Não sei como ficou outro problema que muita gente enfrentou, de que as legendas em português ficavam dessincronizadas ou tomavam boa parte da tela, como joguei em inglês, não passei por isso. E um último ponto, que não é um problema em si, mas fruto da própria maneira como o jogo funciona: em algumas cenas, como o personagem Alan Wake é feito por um ator (Ilkka Villi) e um dublador (Matthew Porretta), a sincronização entre imagem/voz parece não estar 100%. Não atrapalha, mas olhando com cuidado, dá pra perceber.

Ao todo, foram quase 24h de jogo para fazer quase tudo, faltou uma só conquista pra terminar mas acabei pegando ela depois porque era bem simples de fazer. Durante o texto, fiz questão de colocar os nomes dos atores que interpretam os personagens (e faço isso nos spoilers finais também) porque, além de um belo jogo, AW2 também é uma excelente obra multimídia que trabalha o conceito de metanarrativa - narrativas paralelas contidas dentro da própria narrativa geral do jogo. Muitos desses atores devem aparecer bastante em indicações e premiações por suas performances.

Para responder as novas dúvidas que deixaram no ar, teremos duas expansões futuras já confirmadas:
  • Night Springs - outono de 2024
    • "Visões e sonhos. A ficção é escrita e se torna realidade. A ficção colapsa e permanece como apenas palavras em uma página. Essas são as suas histórias... em Night Springs. Jogue como vários personagens familiares do mundo de Alan Wake e experimente o inexplicável em múltiplos episódios independentes de Night Springs, um show de TV ficcional ambientado no mundo de Alan Wake."
  • The Lake House - TBA
    • "A Lake House é uma instalação misteriosa situada na costa de Cauldron Lake, montada por uma organização governamental independente para conduzir pesquisas secretas... até que algo dá errado. Explore a Lake House e embarque em duas diferentes aventuras enquanto as realidades de Saga Anderson e Alan Wake colidem novamente."

Finalizando a parte "análise", acredito que uma boa história é aquela que consegue não só impactar o leitor/ouvinte/espectador/jogador durante o contato com a obra (seja essa obra um jogo, filme, conto, livro, música, fotografia, pintura, etc.), mas fazer a gente pensar naquilo que vimos por um tempo. No caso de Alan Wake, tivemos 10 anos para digerir, começamos a receber algumas provocações há alguns anos em Quantum Break/Control e, hoje, 12 anos depois do lançamento do primeiro título da franquia, fomos agraciados com um dos melhores jogos não só do ano, mas de toda a atual geração. Não vejo nenhum estúdio na indústria, hoje, que conta histórias como a Remedy. E que bom que tenha alguém disposto a experimentar fazer jogos de alta produção dessa forma.

É 10/10 com folga.

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Agora, para os spoilers, caso alguém queira embarcar na doideira depois de terminar.

Alice Wake (Christina Cole)
O maior spoiler de todos é que a Alice está viva e é muito mais importante do que imaginávamos. Mas peraí, ela não estava viva? Ela conseguiu sair do Dark Place no primeiro jogo, foi até chamada para uma entrevista no FBC (relatada em documentos em Control). Sim, ela estava viva mas, ao longo do jogo, vamos descobrindo que ela estava sendo bastante atormentada pelo Scratch, a ponto de não aguentar mais e decidir se matar, se jogar de um penhasco. As últimas imagens dela viva são fotografias desse ato, inclusive.

Só que não. A “morte” da Alice foi fake. Quando essa parte do vídeo começou, onde ela fala "this part is just for you", eu fiquei em dúvida se era a Alice falando comigo (enquanto jogador) ou com o Alan.

Basicamente, ela se ligou (sozinha) que a lógica do Dark Place exige que, para conseguir transformar o mundo real, a forma como isso acontece é através da arte.. Isso é algo que o jogo vai até espalhando algumas migalhas, mas não vamos relacionando A+B: Thomas Zane (cinema), Alan Wake (literatura) e - veja você - Alice Wake (fotografia). Aparentemente, após ficar presa no Dark Place, perder a memória e recuperar após as entrevistas com o FBC, ela foi ligando os pontos e não só 1) entendeu como o lugar funciona como 2) através da sua arte, começou a guiar acontecimentos para chegar a um final feliz. Tanto que existe uma linha de teoria que diz que foi ela (Alice) quem colocou a bala de luz que a Saga utiliza para matar de vez o Mr. Scratch. Outros dizem que a Alice também estava mandando cartas para a Rose Marigold (Jessica Preddy, a atendente do Oh Deer Diner), para ajudar Wake da forma que for possível no mundo real (apesar de que pode ter sido ajudada pelo próprio Wake, já que ele tem alguns buracos na memória também). De qualquer forma, a revelação de que ela é muito mais importante para a história do que alguém que precisa ser salva abre um caminho muito interessante para a personagem no futuro.

Tim Breaker (Shawn Ashmore)
Esse aqui é uma incógnita bem interessante. Ele aparece no começo do jogo mas logo na parte do necrotério, investigando a morte do Nightingale, ele some e vai para o Dark Place. Encontramos o personagem algumas vezes durante o jogo e o Tim diz que ele lembra de ver flashes dele em outras realidades, e quem está fazendo isso com ele é o Mr. Door. Por quê? Não sabemos ainda qual o papel dele no grande plano das coisas.

Mr. Door (David Harewood)
O personagem interpretado pelo excelente David Harewood é uma figura bem enigmática do jogo. Servindo como apresentador do programa de entrevistas, ele é muito consciente sobre o que se passa dentro do Dark Place e está tentando ajudar o Alan Wake (que sempre faz o oposto, gerando mais confusão e coisarada). Mas ele faz isso não para ajudar o Wake e sim “alguém importante para mim que você chamou pra isso tudo”. Quem? A Saga Anderson. Isso porque Mr. Door é uma alcunha de Warlin Door, pai da Saga e que foi "oferecido" para o Dark Place por Tor/Odin para que a família Anderson fosse deixada em paz. A influência de Door dentro do Dark Place ainda parece pouco explorada.

Ahti (Martti Suosalo)
O misterioso zelador de Control (que já estava dentro da Oldest House quando ela foi descoberta) aparece em Alan Wake 2 (no mundo real e no Dark Place) e as suas intenções contiuam sendo pouco explícitas. Uma coisa clara é que ele estava protegendo o quarto utilizado pelo Alan para escrever as histórias. Já outro aspecto que vale ressaltar é que ele só chama o Alan de Tom (Zane?). Assim como o caso do Door no Dark Place, o verdadeiro poder do Ahti parece não ter sido sequer arranhado ainda.

Dr. Darling (Matthew Porretta) e Jesse Faden (Courtney Hope)
Apesar de aparecerem por um pequeno instante, em uma televisão com interferência no apartamento do Thomas Zan, já abre aquele sorrisão por serem dois personagens bem queridos de Control. E também porque não sabemos o destino do Dr. Darling, ele se trancou dentro da Hedron (aquela caixa metálica gigantesca do final do jogo) e sumiu, diz que foi parar em outra dimensão mas não sabemos onde. Já para a Jesse, com a expansão do RCU, ela deve ser cada vez mais importante para conduzir investigações sobrenaturais por aí.

Tor (Stuart Milligan) e Odin Anderson (Harry Diston)
Na última luta contra um chefe no jogo, Saga Anderson é arremessada para dentro do Dark Place. Quando essa luta termina, vemos Tor e Odin entrando no Cauldron Lake para ir atrás da neta/sobrinha-neta.

Kiran Estevez (Janina Gavankar)
A agente do Federal Bureau of Control (FBC) chega em Bright Falls para assumir a investigação do FBI. Com isso, descobrimos que o FBC possui uma instalação secreta em Bright Falls para investigar fenômenos sobrenaturais, espero que a gente veja mais sobre isso nos DLCs (provavelmente, em Lake House). A inclusão dela na história é legal por trazer junto toda a burocracia e leveza do FBC, como, por exemplo, uma hora em que a Saga diz "boa sorte" pra Estevez e ela responde algo tipo "o Departamento de Probabilidade diz que as chances de algo ruim acontecer são mais altas quando você diz 'boa sorte' para outra pessoa".

Alex Casey (Sam Lake/James McCaffrey)
Repetindo a dobradinha que deu vida para Max Payne, eu ainda achei inconclusivo se o agente do FBI Alex Casey é uma pessoa real ou uma manifestação da escrita do personagem Ales Casey (dos livros escritos por Wake). De toda forma, a performance de Lake/McCaffrey é excelente e abriu uma porta interessante para o personagem em outros jogos do Universo Conectado da Remedy.


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Parabéns e obrigado para a Remedy, Sam Lake

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corujajunior

Um Nahobino...
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Abril 5, 2018
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A Remedy tinha que encher o saco da Microsoft pra 1) fazer uma sequência de Quantum Break ou 2) comprar a IP pra que o estúdio faça uma por conta própria, pra colcoar a turma de QB oficialmente nessa bagunça chamada Remedyverso.


Mas será que com a excelente recepção de AW2 a MS não encha os olhos e se anime?
 

ronabs

opa
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Novembro 8, 2010
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Mas será que com a excelente recepção de AW2 a MS não encha os olhos e se anime?
Pior que eu falei mas depois pensando melhor, não sei se a Remedy toparia fazer algo envolvendo Quantum Break sem ter posse da IP. Querendo ou não, entrando em uma parceria com a Microsoft, sempre existe o risco da publisher botar algumas condições que o estúdio não queira cumprir ou até topar liberar uma nova produção, mas sem referências em futuros jogos.
 

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