Tim também respondeu sobre a questão de deixar de ser independente e responder para uma grande empresa.
Não vou colocar aspas, mas o que ele disse em síntese é que não é uma questão de você estar dentro de uma empresa ou não; não existe isso de ser intrinsecamente bom ou ruim ser adquirido por uma publisher, o que importa são as pessoas que fazem parte do seu trabalho.
Ele citou o exemplo do primeiro Psychonauts, em que no começo do projeto eles lidavam com um executivo da MS, mas essa pessoa saiu e quem entrou depois não teve a mesma relação com o projeto.
Hoje eles estão à vontade com Matt Booty e Spencer. Se o grupo for trocado, as coisas podem mudar no futuro. Mas hoje eles tem liberdade pra criar os jogos que eles acham legais.
O Kickstarter foi uma forma legal de ultrapassar a barreira dos executivos de publishers que tem a função de definir se o jogo é arriscado demais para investir. Eles deixam o público decidir diretamente! Porém, o aumento de custos da indústria não afeta apenas os jogos AAA; a quantidade de recursos viável de se obter em uma campanha de crowdfunding limita bastante o tipo de jogo que se pode fazer apenas com isso. Não é a toa que muitos jogos começam no kickstarter e terminam com apoio de uma publisher.
Com o apoio da MS, a Double Fine pode fazer jogos que ela acha que terão um público. Não ser um jogo da moda não é uma fraqueza pra eles, e sim um ponto de destaque na diversidade do catálogo. "
Não é uma questão de gostar ou não gostar dos jogos em serviços de assinatura. Os serviços chegaram pra ficar." Perguntado sobre sua opinião a respeito dos efeitos futuros dessa realidade para os estúdios menores, Schafer comenta que pode seguir o caminho do Spotify, em que bandas menores não ganham nada, ou do Netflix, em que estúdios de produção sem tanto prestígio conseguem financiamento para suas obras. Ele sente que o
Game Pass está mais para o último caso, e que o plano da MS para o serviço parece muito inteligente.