Phil Spencer está certo?

Dam Barbosa

Guerreiro
Setembro 12, 2016
809
1,020
Fortaleza, Ceará
Título à la IGN BR, mas o assunto é sério.

Então, pessoal vocês lembram da declaração polêmica e recente do Phil Spencer? Aquela sobre a relevância de jogos single-player, como Zelda e Horizon Zero Dawn?

Todos sabemos que muitas pessoas discordaram do que o mesmo falou, talvez por ter citado jogos que foram muito bons e venderam bem.

A que ponto quero chegar, recentemente a Kotaku revelou e diz ter confirmado com fontes que a franquia Mass Effect entrará em hiato, além disso o estúdio que desenvolveu o jogo Mass Effect Andromeda passará a dar suporte aos outros estúdios da EA. Vale lembrar que o próximo jogo da BioWare terá foco em SERVIÇOS.

A Square Enix pôs Deus Ex em hiato, além disso não distribuirá mais os jogos da franquia Hitman, sendo assim alguma outra distribuidora deverá fazer um acordo com a IO Interactive ou estúdio será fechado.

Nos dois casos os jogos possuem foco m single-player.

Phil está certo? Ou são apenas casos isolados?

Enviado do meu Lenovo K10a40 usando o app mobile do PXB!
 

lukastaves

Casual
Abril 27, 2017
1
8
Ele tá sim, o problema é que a imprensa não reportou o que ele disse de forma correta.

O que ele falou é completamente verdade, não só é mais fácil um jogo como serviço ser bem sucedido mas também é mais rentável. Por exemplo Halo 5 que foi considerado um fracasso pros padrões da franquia ou de outros jogos multiplayer atuais gerou 1 bilhão de dólares em menos de um mês isso é muito mais que Horizon, Zelda, Persona 5, nioh e nier somados. E isso era ainda mais impactante quando o 360 era dominante, lembram quando Halo 3 gerou mais dinheiro que as vendas totais de todos os exclusivos da Sony lançados até o lançamento dele?

Só que o que ninguém reportou além da entrevista original é que ele como publisher vê o gamepass como um modelo de negócios para esse tipo de jogo. Ao invés de só fazer jogos como serviço lançando conteúdo single player com frequência e diretamente no gamepass eles tem a oportunidade de gerar receitas bilionárias com jogos single.

Enviado de meu SM-G610M usando Tapatalk
 

kaizen

Suspenso
Julho 9, 2016
2,105
2,593
Uberaba
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EDIT: LEIA A MATÉRIA COMPLETA DO THE GUARDIAN E ENTENDA O QUE O PHIL REALMENTE QUIS DIZER.

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EDIT2: ENTREVISTA COMPLETA TRADUZIDA PELO @ronabs
Chefão da Microsoft diz: precisamos criar um Netflix de videogames
Texto de Keith Stuart

Em uma franca discussão sobre a indústria moderna de jogos, Phil Spencer debate o potencial de jogos episódicos e os prós e contras de conteúdos por download

Algo grande aconteceu na indústria de videogames nos últimos cinco anos – você deve ter percebido. Todas as velhas regras de consoles – o fato de que eles aproveitavam um ciclo de cinco a oito anos, ou que jogos funcionam assim que saem da caixa – se foram. Com a aceleração do consumo de eletrônicos pelo consumidor e a penetração em massa de banda larga nos trouxeram a uma era de inovação caótica e um modelo de negócios um pouco tenso. E, em algum lugar no meio de tudo isso, as pessoas ainda estão fazendo e jogando. Como elas continuam?

Estas também são preocupações de Phil Spencer, ex-desenvolvedor que agora dirige a divisão Xbox. Spencer sempre se posicionou como um fã ao invés de um homem de negócios. Seu mantra é “nós colocamos os gamers no centro de tudo”. Mas o que isso realmente significa está mudando – não só em termos de hardware, mas a maneira como os jogos são feitos e jogados.

Nos últimos cinco anos, vimos o surgimento de um novo conceito: jogos como serviços. Isso significa que o suporte dos desenvolvedores a um título não acaba quando ele é lançado. Eles disponibilizam servidores multiplayer para que as pessoas possam jogar online, e lançam conteúdos extras por download (DLC) como novos itens, mapas e histórias – algumas vezes gratuitos, mas muitas vezes pagos. E a razão pra isso é bem clara: os custos de desenvolvimento de jogos AAA está crescendo mais rápido do que o potencial de receitas. Para criar jogos em 1080p e 4K, as equipes precisam ser maiores e os ciclos de desenvolvimento mais longos, e ainda tem o custo com a manutenção dos servidores. É caro, e uma maneira de pagar por isso é garantir que o jogador que gosta do jogo permaneça e continue investindo em sua experiência.

Nessa pegada, jogos como Destiny e The Division se transformaram em serviços – e embora os jogos se desesperem com a nova era de DLCs, season pass e outros conteúdos extras, estão funcionando. Os dois títulos mantém uma grande e lucrativa base de jogadores mesmo nesta era volátil de consumo; Destiny tem 30 milhões de jogadores ativos, contribuindo bastante para as receitas digitais da Activision alcançarem $1 bilhão a cada trimestre.
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Destiny


Então, construir e manter uma comunidade em um título tira um pouco o risco do desenvolvimento. No entanto, os custos de alugar e manter em funcionamento redes online e manter as infraestruturas de lobby e matchmaking tornam o modelo inacessível para pequenos times. Deveria ser assim?

“Esta é a linha que acredito que deva ir a inovação para nós como uma plataforma de desenvolvimento”, diz Spencer. “Digamos que 10 pessoas estão em uma garagem e tenham uma ideia de um jogo baseado em serviço – o que significa para eles construírem a infraestrutura para poder criar este jogo? Como podemos ajuda-los? E na outra ponta, podemos fazer alguma coisa para este desenvolvedor continuar em seu próximo projeto mas ainda manter o suporte ao jogo anterior? Estas coisas são importantes para mim.”

Ao que parece, a sua solução é fazer a plataforma Azure mais aberta a estúdios menores, para que eles tenham acesso a uma grande rede global de servidores. “Eles não precisam comprar uns servidores por conta própria e deixar embaixo da mesa, torcendo que eles tenham gente para pagar por eles. Já nós podemos ganhar em nossa rede por escala. Do ponto de vista da confiabilidade, pelo que os testes de latência mostram, este tem sido um grande ponto de investimento que fizemos em nossos servidores. Nós falamos bastante na mídia sobre o lado consumidor da Xbox Live, com Arenas e Clubes, e outras coisas que fizemos para inovar. Tem todo um lado de desenvolvimento por trás disso, que vocês vão ouvir mais adiante.”

O que isso significa é mais estúdios independentes e inovadores que trabalham em experiências constantes como DayZ, Rust ou Playerunknown’s Battlegrounds. A preocupação é: fazer um modelo de jogos como serviço mais acessível pode resultar em uma grande quantidade de jogos abusando de DLCs, microtransações e políticas freemium – que vemos bastante em celulares. “Eu me preocupo com isso também. O que me preocupo é em um jogo que não tem cara de ser um jogo que dependa destas transações, precisar inserir estas políticas para sobreviver nos dias de hoje, ou pior, inserir apenas como caça-níquel. Me preocupo como esse ajuste não natural das coisas. O FIFA Ultimate Team faz bastante sucesso e as pessoas adoram. Penso que o modelo de cartas e a maneira como eles trabalharam a criatividade com o engajamento e a monetização faz sentido para as pessoas, e consequentemente, temos milhões e milhões de pessoas jogando.

“Mas se eu estou jogando um jogo single-player e baseado em história, e do nada tem uma barreira na minha frente, eu penso assim ‘tipo, eu sou velho, eu lembro uma armadura de cavalo, né?’. As pessoas logo pensam ‘opa, esse jogo não é desse tipo de coisa’. Nós queremos dar aos desenvolvedores oportunidades para fazerem o que eles quiserem. Mas eu também acho que devemos ajudar, como indústria, todos os tipos de jogos. Eu ouço do público ‘eu não quero microtransações em todos os meus jogos, não quero paywall nos jogos’, e eles estão absolutamente certos em terem estas opiniões. Eu acredito que há modelos onde isso faz sentido, e outros que não faz.”


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DayZ


Então, sobre os jogos que não precisam existir como serviço. Nós temos visto uma grande queda no número de jogos com foco na narrativa – aqueles que oferecem uma experiência única e depois acabam. Como manter estas experiências vivas?

“Não vou dizer que a audiência para este tipo de jogo não é grande, mas ela não é tão consistente. Nós vamos ter coisas como Zelda Breath of the Wild ou Horizon Zero Dawn que ainda vão sair, e vão se sair bem, mas eles não tem mais tanto impacto quanto antes porque os grandes jogos-serviços estão pegando boa parte da audiência. Os estúdios first-party da Sony fazem bastante esse tipo de jogo, e são muito bons nisso, mas tirando eles, é difícil – estão se tornando cada vez mais raros. É uma decisão de negócios bem difícil para as equipes, estão remando contra a maré.”

“Nós precisamos entender que se nós gostamos desses jogos, a oportunidade para eles deve existir. Eu adoro jogos com campanhas. Acabei de finalizar Thimbleweed Park, e achei um jogo fantástico. Inside provavelmente é meu GOTY do ano passado. Como uma indústria, eu quero fazer com que tanto jogos single-player com foco em narrativa e os baseados em serviços tenham oportunidade de se desenvolver. Penso que isso é fundamental pra gente.”

Spender sente que também existem bastante problemas com o design de muitos jogos AAA single-player. Eles tendem a ser parte de franquias de longa data, e dependem bastante de noções gerais sobre controle de interface e convenções já estabelecidas. “Como criadores, precisamos pensar sobre a acessibilidade do que construímos. Pode ser a n iteração de uma história e, se a pessoa não jogar o primeiro ou outras versões, ela pode não se conectar. Sob a perspectiva da mecânica, eles sabem que boa parte do público joga desde o PS1, e muitos assumem que você é um mestre com o controle.”

“É por isso que eu aplaudo times como o da TellTale, que criaram uma abordagem interessante para jogos narrativos. Eles pegam histórias conhecidas pelo público, como Walking Dead ou Game of Thrones, e constroem mecânicas acessíveis. Do ponto de vista hardcore, podemos dizer ‘ah, é o jogo de QTE. Isso é um jogo de verdade?’, mas se pensarmos na audiência mais ampla, você não pode assumir que a pessoa possa apertar o analógico esquerdo e segurar o gatilho direito e aí apertar Y dezenas de vezes para resolver um problema. Como desenvolvedores, temos que pensar em como tornar a audiência mais ampla.”

Spencer sente que, do ponto de vista criativo, precisamos de novos tipos de experiências narrativas – mas sob o ponto de vista de negócios, é difícil e arriscado se comprometer com estes jogos. Existe uma resposta? Spencer acha que sim – e vem ao olhar o sucesso de conteúdo original criado por serviços de TV modernos.

“Eu vejo coisas como HBO e Netflix, onde grandes conteúdos têm sido criados por existir um modelo de assinatura. Shannon Loftis e eu pensamos muito sobre isso, tipo, podemos colocar jogos baseados em história no Xbox Game Pass por termos um modelo de assinatura viável? Isto significa que não precisaríamos entregar um jogo inteiro em um mês específico, podemos desenvolver e entregar com o tempo.” É uma ideia fascinante. Até agora, serviços como PlayStation Plus e Xbox Game Pass tem sido usados apenas para oferecer jogos de catálogo para os jogadores, que é exatamente como o Netflix começou – um repositor de jogos e DVDs. Mas então o modelo do Netflix evoluiu para financiar novos materiais e revolucionar o mercado. Não é por nada que a Microsoft considera fazer algo parecido.

“Estamos na era de ouro da TV agora. A capacidade de contar uma história na TV hoje é muito grande, e eu penso que é por causa do modelo de negócios. Eu espero que, como indústria, possamos pensar no mesmo. Serviços de assinatura podem estimular novos jogos com boas histórias no mercado, porque existe um modelo de negócios para apoiar sua monetização.”


843.jpg

The Walking Dead – TellTale


Isso é tudo muito interessante, mas olhando para o Mercado hoje, o Xbox é mais fraco que o PlayStation em termos de estúdios first-party, onde os jogos mais épicos e agendados costumam sair. Sony tem Naughty Dog, Guerrilla, Media Molecule, Japan Studio, Polyphony e Santa Monica; a Microsoft tem Rare, 343i, Mojang, Turn 10, The Coalition e alguns second-party importantes, como a Playground Games e a Remedy. O Xbox é forte em jogos de corrida, e Minecraft ainda é gigante, mas são jogos como The Last of Us, Horizon Zero Dawn e Uncharted que as pessoas andam comentando.

Spencer sabe disso. “Agora o foco está realmente no conteúdo que estamos construindo. Eu sei que recebo muitas trombadas sobre nossos estúdios first-party e a posição em que nós estamos, e eu quero falar para estas pessoas: o mesmo nível de comprometimento que vocês sentiram de mim e da equipe à medida que evoluímos a plataforma ao longo dos últimos três anos, seja em evolução do serviço como na inovação de hardware – vai ser colocada nos estúdios fisrt-party. Não quero vir e anunciar antecipadamente as coisas, mas nós estamos aumentando o investimento, não tenham dúvidas disso.”

As mudanças na maneira como jogos são desenvolvidos e vendidos não vão mudar tão cedo. Mas Spencer fez uma grande concessão que jogos online precisam trabalhar e pensar mais em seus modelos de negócios, e se está dando certo para milhões de jogadores, então estúdios menores precisam entrar no jogo também. Ao mesmo tempo, a indústria não vai ampliar sua audiência fazendo demandas cada vez mais complexas no sentido de tempo, habilidade e carteira dos usuários. Ainda há muito a fazer para construir essa ideia de entretenimento interativo. Antes que empresas como Amazon e Netflix conseguirem um modelo sofisticado de disponibilização de conteúdo, as pessoas estariam interessadas em produções como Stranger Things, Westworld ou Game of Thrones? Poderiam as novas maneiras de acesso aos jogos reforçar a captação de pessoas na mesma forma que modelos totalmente novos explodiram no mercado mobile?

Estas são questões que a indústria deveria considerar. E parece que o cara do Xbox está fazendo isso.


Cara, já discutimos isso exaustivamente no outro tópico. Mass Effect e Deus Ex ficaram abaixo da média tanto para crítica quanto para público, mas existem dezenas de jogos single player de sucesso.

Problema é que parece que ninguém conseguiu interpretar o que o Phil quis dizer, ou talvez não queiram interpretar da forma correta só pra ficar gerando essas discussões polêmicas. O que ele quis dizer é que jogos single player não rendem tanto lucro quanto jogos multiplayer. Um Zelda e Horizon Zero Dawn são excelentes jogos, mas pode ter certeza que no final do ano CoD vai ter vendido mais do que os dois juntos, independente de ser um jogo ruim, mediano ou bom.
 
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jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
8,260
19,051
Manaus
Quando eu li só o pedaço, achei 100% errado, mas quando li toda a matéria original no The Guardian (tem outra também excelente no Gamasutra falando especificamente do Scorpio), no seu devido contexto, achei 100% correto e pertinente o que ele abordou. Foi na perspectiva de negócio.
O que houve de tão controverso foi uma mistura de ignorância com má fé de alguns veículos, reforçada pelo efeito cascata que a internet de hoje provoca.
 
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ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
26,615
75,696
Rio Grande do Sul
EDIT
Entendi errado e já saí xingando a IGN BR. :joy:

Mas a declaração não foi polêmica.
Começou aqui, parou ali, e representa três linhas de uma entrevista de 147 (word, calibri, 12, sem espaço entre os parágrafos).
Não dá pra transformar uma abanada em um furacão.

Abaixo, a representação visual do que essas 3 linhas significam em relação ao todo.
upload_2017-5-12_14-40-12.png
 
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LOCATELLi

Get Ready
Outubro 31, 2011
3,245
5,058
Rio Grande do Sul
Não acho que ele esteja certo. Andromeda e mais alguns foram de razoáveis a fiasquentos, e agora por conta disso, vamos acabar com o single e partir para o serviço? Aonde está a lógica disso?

Simples, jogos bons vendem bem, e ponto. Há exceções? Sim, mas ai tem variantes, como foi no caso de Titanfall 2, onde a própria EA vacilou.

Vocês estão ligados que isso pode ir contra ele mesmo? Porquê se a Sony continuar com o seu feijãozinho-com-arroz e continuar sendo um sucesso, Phil Spencer virará um Patcher com grife.

Em tempo: Eu não cheguei a ver a notícia, então, não sei se Phil Spencer falou diretamente que ''jogos virarão serviços'' ou apenas deu uma opinião do que o mercado estaria se tornando. Mas já deixo a minha opinião sobre o que acho do assunto.
 

kaizen

Suspenso
Julho 9, 2016
2,105
2,593
Uberaba
Não acho que ele esteja certo. Andromeda e mais alguns foram de razoáveis a fiasquentos, e agora por conta disso, vamos acabar com o single e partir para o serviço? Aonde está a lógica disso?

Simples, jogos bons vendem bem, e ponto. Há exceções? Sim, mas ai tem variantes, como foi no caso de Titanfall 2, onde a própria EA vacilou.

Vocês estão ligados que isso pode ir contra ele mesmo? Porquê se a Sony continuar com o seu feijãozinho-com-arroz e continuar sendo um sucesso, Phil Spencer virará um Patcher com grife.

Em tempo: Eu não cheguei a ver a notícia, então, não sei se Phil Spencer falou diretamente que ''jogos virarão serviços'' ou apenas deu uma opinião do que o mercado estaria se tornando. Mas já deixo a minha opinião sobre o que acho do assunto.
Você deveria ler toda a matéria do The Guardian, porque Eurogamer e outras pegaram partes da entrevista fora do contesto. Sinceramente, dá até preguiça de tentar explicar isso, e olha que postei logo no primeiro post...
 

fblipe

?️‍??
Março 15, 2015
3,351
5,770
Curitiba
Do ponto de vista do negócio dele, ele está certo: Ele quer monetizar mais em jogos que ele só ganha uma vez. Depois que você compra um jogo como Zelda ou Horizon, você não gasta mais com aquele jogo.
Ele quer a galera que compra Forza Horizon 3 e passa o resto da vida comprando um novo pacote de carros que é lançado toda semana por 20 reais.
 

Morts

Guerreiro
Agosto 21, 2009
14,455
10,146
Cotia
Se ele está certo ou não veremos mais adiante...
Vcs estão dispostos a pagar 250 pilas em um jogo somente online, que vende moedinhas, cartinhas e o escambau dentro dele e depois de 1 ano e meio, comprar o segundo jogo copiado e colado pelos mesmos 250 pilas?
Bom eu não to...
Ubisoft tomou no cú por conta de suas dlcs' EA tbm, e logo pararam com isso.
QUem manda não são eles e sim nos.
Agora se todo mundo comprar ai filhão senta e chora.
 

Marcus_007

Guerreiro
Fevereiro 1, 2010
3,797
4,380
Não sei se é caso de estar certo ou errado. É uma estratégia, uma direção que a empresa julga ser melhor para o seu modelo de negócio. Só o tempo dirá se a direção foi acertada ou não. A MS está mudando a prioridade de suas franquias e tudo isso que estamos vendo são as dores do parto desse processo. Fica cada vez mais claro que Sony e Nintendo (talvez até mesmo pela cultura japonesa dessas empresas) focam em IPs exclusivas que priorizam a experiência SP como ponto central (Horizon, Zelda, Uncharted, Mario...). Outro ponto é que nenhuma dessas duas empresas nipônicas está interessada em cumprir calendário. É super comum elas lançarem trailers e gameplays de jogos sem qualquer tipo de data atrelado à eles. Os jogos dessas empresas vão sair quando estiverem prontos! E é isso! Piadinhas de 2014 e 2015 de que PS4 não tem jogo é por causa dessa cultura da empresa, "o jogo vai sair quando estiver pronto, e nenhum momento antes".

Por outro lado, a MS quer focar mais nos IPs exclusivos que priorizam jogos como serviços e de preferência com forte apelo MP (ou pelo menos co-op). Junto à isso, existem claros indícios que (até mesmo por terem poucos estúdios próprios) a MS não pode se dar ao luxo de atrasar jogos que precisam de mais tempo. Caso contrário ficará sem lançamentos exclusivos em datas importantes, como festividades de fim de ano por exemplo. Então ainda que o jogo precise ficar um pouco mais no forno antes de ver a luz do dia, mas a MS precisa cumprir calendário e o jogo está jogável e aceitável na maior parte, ela lança. Caso claro de Recore. De maneira alguma é um jogo ruim, mas fica claro que ele foi lançado com falta de polimento geral, seja nos controles que não são exatamente 100% corretos, os ambientes secões e sem muitos detalhes, gameplay derivativo e repetitivo etc. É conhecido que Fable 4 já tinha história, design e estava em estágios iniciais de produção pela Lionhead. Fable Legends virou o que virou por determinação da MS que optou por desfigurar completamente sua antiga franquia SP para virar jogo MP de 4v1 porque era a febre do momento (Evolve da Turtle Rock, Shadowlands da Bioware). E isso NUNCA da certo: pegar um jogo e transformá-lo em algo completamente diferente. Pergunta para a EA se ela teve boa resposta ao trazer de volta Syndicate (um jogo de estratégia) como um jogo de tiro de primeira pessoa. Aliás, não é de hoje que Fable é o saco de pancadas da MS. Vai um Fable Journey aí? Alguém? Ninguém? A mudança de foco também responde pelos problemas de Ś̶̼̟̩͓̳̼̲̺͙͔͔̼̫̼̺̫̫͚͕͕͇͋͊͆͗̑͛͌́̈́́͗̂̂̕͜͝͝͝ͅc̷̢̨̹̳͈̮̳̝̝͖̘̣͔̝̝͒͋̿̍͂̿̈́͛a̷͔̜̬̰͖͓͔̦͉̖̗̠̱̦͚̒͗̊̊̐̃̐́́̋͐̿̓͑̀̑̆͒͝ͅl̵̨̙̝̱͔̞͖͓̼͎̘͉̯͇̫̭̓̒̿ę̶̢̛̛̩̦̬͇͕͚̠̬̫̪̻̼̪͉̼̱̤͛̃̔̊̂͐̓̽̈̿̅̀͒̀̓́̕̕̕͘͜͜͜͝͠b̴̧̲̘̘̟̠̺͖̟̽̓́̚͘o̷̢̠̻̱͌̓̂͋̇̓̑̋̿̒͑͌͌̈́̀̈́͋̚̚͠͝͠͝u̸̧̻͈̠͕̳͖̤͙̠͈̪̰͈̺̯̼̠͈͆̽́͌̉́͊͛̚͜͜ṅ̵̨̛̝̹̪̤͎̥͎̱̼͇̝̭̙͝ͅḓ̷̢̢̳͖̖̠̣̲̖̣̖̱̜͍̮̙͍͇̤̊͐̆̈́̀̿̏̆̓̐̚͘͝. Se você ver o primeiro trailer de gameplay do jogo e o último, parecem ser games completamente diferentes. A ideia original da Platinum era um jogo SP de ação frenética, algo que eles sabem fazer muito bem (Bayonetta, Nier, Metal Gear Rising, Vanquish...), e ao longo dos anos eles tiveram que adequar o projeto ao que a MS tinha em mente - um jogo CO-OP mais focado em MP.

Não é por acaso que na santíssima trindade da MS - TODOS - os jogos são fortemente embasados em experiências MP. É a visão central da companhia. Mesmo em Ryse teve que colar um modo MP para justificar o investimento. Com recepção abaixo do esperado nas suas tentativas exclusivamente SP como Sunset Overdrive e Quantum Break, eu ficarei verdadeiramente surpreso se a MS não abandonar (ou ao menos reduzir bastante) exclusivos SP no futuro. Veja os exclusivos deste ano: Gigantic é um MOBA, Crackdown 3 é Co-Op/MP, Sea of Thieves é um MMO, e até mesmo State of Decay 2 que no 1° era SP passará a ser uma experiencia MP (só não se sabe se será MP estilo Dark Souls ou estilo The Division). Não há nada de certo ou errado com a estratégia dessas empresas, tudo depende do seu gosto pessoal. Para alguém que prefere mais experiências SP a Nintendo e Sony estão fazendo um trabalho melhor, mas para quem prefere co-op e MP a MS é o caminho óbvio.
 

Morts

Guerreiro
Agosto 21, 2009
14,455
10,146
Cotia
Não sei se é caso de estar certo ou errado. É uma estratégia, uma direção que a empresa julga ser melhor para o seu modelo de negócio. Só o tempo dirá se a direção foi acertada ou não. A MS está mudando a prioridade de suas franquias e tudo isso que estamos vendo são as dores do parto desse processo. Fica cada vez mais claro que Sony e Nintendo (talvez até mesmo pela cultura japonesa dessas empresas) focam em IPs exclusivas que priorizam a experiência SP como ponto central (Horizon, Zelda, Uncharted, Mario...). Outro ponto é que nenhuma dessas duas empresas nipônicas está interessada em cumprir calendário. É super comum elas lançarem trailers e gameplays de jogos sem qualquer tipo de data atrelado à eles. Os jogos dessas empresas vão sair quando estiverem prontos! E é isso! Piadinhas de 2014 e 2015 de que PS4 não tem jogo é por causa dessa cultura da empresa, "o jogo vai sair quando estiver pronto, e nenhum momento antes".

Por outro lado, a MS quer focar mais nos IPs exclusivos que priorizam jogos como serviços e de preferência com forte apelo MP (ou pelo menos co-op). Junto à isso, existem claros indícios que (até mesmo por terem poucos estúdios próprios) a MS não pode se dar ao luxo de atrasar jogos que precisam de mais tempo. Caso contrário ficará sem lançamentos exclusivos em datas importantes, como festividades de fim de ano por exemplo. Então ainda que o jogo precise ficar um pouco mais no forno antes de ver a luz do dia, mas a MS precisa cumprir calendário e o jogo está jogável e aceitável na maior parte, ela lança. Caso claro de Recore. De maneira alguma é um jogo ruim, mas fica claro que ele foi lançado com falta de polimento geral, seja nos controles que não são exatamente 100% corretos, os ambientes secões e sem muitos detalhes, gameplay derivativo e repetitivo etc. É conhecido que Fable 4 já tinha história, design e estava em estágios iniciais de produção pela Lionhead. Fable Legends virou o que virou por determinação da MS que optou por desfigurar completamente sua antiga franquia SP para virar jogo MP de 4v1 porque era a febre do momento (Evolve da Turtle Rock, Shadowlands da Bioware). E isso NUNCA da certo: pegar um jogo e transformá-lo em algo completamente diferente. Pergunta para a EA se ela teve boa resposta ao trazer de volta Syndicate (um jogo de estratégia) como um jogo de tiro de primeira pessoa. Aliás, não é de hoje que Fable é o saco de pancadas da MS. Vai um Fable Journey aí? Alguém? Ninguém? A mudança de foco também responde pelos problemas de Ś̶̼̟̩͓̳̼̲̺͙͔͔̼̫̼̺̫̫͚͕͕͇͋͊͆͗̑͛͌́̈́́͗̂̂̕͜͝͝͝ͅc̷̢̨̹̳͈̮̳̝̝͖̘̣͔̝̝͒͋̿̍͂̿̈́͛a̷͔̜̬̰͖͓͔̦͉̖̗̠̱̦͚̒͗̊̊̐̃̐́́̋͐̿̓͑̀̑̆͒͝ͅl̵̨̙̝̱͔̞͖͓̼͎̘͉̯͇̫̭̓̒̿ę̶̢̛̛̩̦̬͇͕͚̠̬̫̪̻̼̪͉̼̱̤͛̃̔̊̂͐̓̽̈̿̅̀͒̀̓́̕̕̕͘͜͜͜͝͠b̴̧̲̘̘̟̠̺͖̟̽̓́̚͘o̷̢̠̻̱͌̓̂͋̇̓̑̋̿̒͑͌͌̈́̀̈́͋̚̚͠͝͠͝u̸̧̻͈̠͕̳͖̤͙̠͈̪̰͈̺̯̼̠͈͆̽́͌̉́͊͛̚͜͜ṅ̵̨̛̝̹̪̤͎̥͎̱̼͇̝̭̙͝ͅḓ̷̢̢̳͖̖̠̣̲̖̣̖̱̜͍̮̙͍͇̤̊͐̆̈́̀̿̏̆̓̐̚͘͝. Se você ver o primeiro trailer de gameplay do jogo e o último, parecem ser games completamente diferentes. A ideia original da Platinum era um jogo SP de ação frenética, algo que eles sabem fazer muito bem (Bayonetta, Nier, Metal Gear Rising, Vanquish...), e ao longo dos anos eles tiveram que adequar o projeto ao que a MS tinha em mente - um jogo CO-OP mais focado em MP.

Não é por acaso que na santíssima trindade da MS - TODOS - os jogos são fortemente embasados em experiências MP. É a visão central da companhia. Mesmo em Ryse teve que colar um modo MP para justificar o investimento. Com recepção abaixo do esperado nas suas tentativas exclusivamente SP como Sunset Overdrive e Quantum Break, eu ficarei verdadeiramente surpreso se a MS não abandonar (ou ao menos reduzir bastante) exclusivos SP no futuro. Veja os exclusivos deste ano: Gigantic é um MOBA, Crackdown 3 é Co-Op/MP, Sea of Thieves é um MMO, e até mesmo State of Decay 2 que no 1° era SP passará a ser uma experiencia MP (só não se sabe se será MP estilo Dark Souls ou estilo The Division). Não há nada de certo ou errado com a estratégia dessas empresas, tudo depende do seu gosto pessoal. Para alguém que prefere mais experiências SP a Nintendo e Sony estão fazendo um trabalho melhor, mas para quem prefere co-op e MP a MS é o caminho óbvio.
Fica claro o perfil do jogador...e atraves desse perfil escolheram seus consoles.
Se quer mais jogos focados em SP vai para outra linha, quer jogar online, com uma rede robusta milhares de player vai pra outra linha.
É o que eu tenho batido na tecla, a qual o pessoal não entende.
MS ta certa, ela ta focando no publico dela, e o publico dela em sua maioria prefere MP e não vejo problemas nisso.
O foda é quando o cara quer q a MS seja a SONY e vice versa.
 
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Reações: Marcus_007

Creis92

Guerreiro
Novembro 1, 2015
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Pernambuco
Pra uma questão como essa não existe certo eu errado pois se trata de gosto x lucro. Ele tá apostando no que dá mais dinheiro atualmente nesse mercado, não está errado em fazer isso. Mas jogadores como eu, que não são adoradores incondicionais de MP, não estão errados em querer mais jogos SP e menos MP, pois é nosso gosto. O negócio é esperar, ver no que vai dar e torcer pra que a MS não aposte nesse formato de only MP e abandonar as campanhas. É possível conciliar ambos. E pros que não querem se arriscar têm sempre o Ps4(Eu mesmo comprei um), PC e Switch aí de opções.

Enviado do meu SM-J700M usando o app mobile do PXB!
 
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Marcus_007

Guerreiro
Fevereiro 1, 2010
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Fica claro o perfil do jogador...e atraves desse perfil escolheram seus consoles.
Se quer mais jogos focados em SP vai para outra linha, quer jogar online, com uma rede robusta milhares de player vai pra outra linha.
É o que eu tenho batido na tecla, a qual o pessoal não entende.
MS ta certa, ela ta focando no publico dela, e o publico dela em sua maioria prefere MP e não vejo problemas nisso.
O foda é quando o cara quer q a MS seja a SONY e vice versa.
Pois é, não existe certo ou errado aqui. A MS não tirou essa direção dela da cartola, do nada. Certamente tem estudos internos, feedback por questionários etc, que apontam que a maioria dos donos de um XB1 preferem mais jogos sociais, MP e afins do que experiências SP. Parte dos usuários pode não gostar disso, mas o que há de se fazer? É um negócio afinal de contas. As pessoas ainda terão N experiências SP através de jogos de 3rd party, mas fica difícil para a MS justificar gastos em um tipo de jogo que a maioria de seus consumidores não tem tanto interesse, ou tem interesse menor. Eu não acho que isso deixa jogos SP em perigo, não quer dizer que eles desaparecerão, nem quer dizer que eles não estarão mais disponíveis num console Xbox; Apenas que, num futuro, talvez não existam mais exclusivos Xbox que sejam focados exclusivamente em SP.
 
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Archangel2035

Casual
Setembro 17, 2008
2,445
1,769
Ironicamente o melhores jogos de 2017 lançados atė o momento tem foco single player ou Coop - Zelda, Horizon Zero, Nioh, Persona e etc manda lembrancas.

Fato se a M$ continuar neste pensamento logo no futuro teremos vários Mobas, Jogos de Celular, F2P, vendendo moedinhas pois lucra mais.

Depois não adianta ficar reclamando e defendendo a falta de variedade de jogos na plataforma do Xbox.

Mas é assim que a M$ trabalha, ela tem que cair primeiro para depois reinventar.

Enviado do meu SM-G610M usando o app mobile do PXB!
 

Morts

Guerreiro
Agosto 21, 2009
14,455
10,146
Cotia
Olha vcs vão me desculpar, mas existe certo e errado SIM..
Ganhar dinheiro é o certo e perder dinheiro é errado...isso é o principio basico de uma empresa...E digo novamente a MS está certa sim em ir onde da mais grana pra ela. Se ela vai ganhar muito com isso não sabemos, pode ser que sim, pode ser que não.
Mas de fato, jogador de console, não costuma ficar gastando comprando moedinhas igual o jogador de candy crush...são publicos diferentes.
Como o marcus disse, ela não tirou lá da cartola que agora vai fazer isso...ela fez pesquisa, ela acompanha o mercado..Po é a MS, não uma empresinha X de coxinha.
 

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