Acordo reduz tarifas de games e eletrônicos em 80 países

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felipevasco31

Guerreiro
Janeiro 23, 2015
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Rio de janeiro
Vitória do lobby mais uma vez e no caso tem nome é Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
Este assunto é muito complexo, vou tentar ser sucinto. Este assunto tem 2 lados e como tal pode ser positivo ou negativo mesmo no longo prazo, tudo vai depender como a economia mundial vai se comportar.

Mas como a maioria daqui, eu também queria ver o Brasil participando deste acordo internacional para termos mais acesso a mais tecnologias e mais baratas, só que eu e também tenho que aceitar que dado o estado de incompetência da nossa indústria eletrônica vou ter produtos mais baratos mas estou pondo na rua mães e pais com filhos pequenos.
Não quero sensibilizar ninguém com este papo, só estou colocando que não tem solução sem dor, abrir o mercado coloca gente na rua e fechar o mercado nos coloca no atraso.
Essa história de enfraquecer a indústria Nacional é mais antiga que andar pra traz, como a maioria aqui falou o setor de material eletrônicos no país é quase zero.
Acho totalmente ao contrário quanto mais diminuimos a tributação e aí economia se fortalece, consequentemente mais postos empregos.
Parece que o governo tem fobia quando se fala em diminuir os impostos, tudo é extremamente caro no país pois há conveniência com os grandes empresários, todo mundo leva o seu só o povo que se ferra .
 
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Maicrosofiti BR

Jogador
Novembro 9, 2006
750
239
Infelizmente neste caso o governo tem razão. Os outros países aderiram pq não produzem nada ou estão em um outro nível. Não é só consoles. Não adianta nada cortar impostos e deixar a população sem emprego.

Depois dos preços da Live BR em R$ 250,00 sem pagar quase nada de imposto não tenho ilusão de que adiantaria. Não tem caminho fácil. O que é barato no BR? Os fabricantes ficariam com margem de lucro maior e não repassaria nada ao consumidor. O Brasil precisa de uma reforma tributária completa. Reduzir custos para conseguir competir fora e aumentar o mercado consumidor.
 
Junho 30, 2010
398
231
Belo Horizonte
Essa história de enfraquecer a indústria Nacional é mais antiga que andar pra traz, como a maioria aqui falou o setor de material eletrônicos no país é quase zero.
Acho totalmente ao contrário quanto mais diminuimos a tributação e aí economia se fortalece, consequentemente mais postos empregos.
Parece que o governo tem fobia quando se fala em diminuir os impostos, tudo é extremamente caro no país pois há conveniência com os grandes empresários, todo mundo leva o seu só o povo que se ferra .
Não é bem assim, afinal você está diminuindo o imposto de importação e aumentando a concorrência para quem produz aqui. Neste cenário se os produtos importados dominarem o mercado local, os impostos e os empregos no setor afetado caem.
Sobre a produção de eletrônicos no Brasil ser quase discordo radicalmente, a produção de eletrônicos do Brasil representa algo em torno de 7,8% da pauta de exportações brasileiras algo em torno de 18 bilhões de dólares, e neste caso estamos falando de tecnologia "boa" que disputa com os Asiáticos, Americanos e Europeus e ganha. Tem uma confusão aqui neste post pois tem muita gente achando que estamos falando só de videogames, smartphones e computadores, e nestes setores sim, o Brasil produz quase 0, mas a pauta tem 200 itens.

Não acho que o Brasil precisa produzir tudo como alguns acham, mas se vamos abrir mão de um setor da economia temos saber do que estamos abrindo mão e neste caso não estamos abrindo mão de "quase zero" estamos abrindo mão de um setor que emprega gente com estudo que vai ter que fazer outra coisa.

referência:
Exportações Brasileiras
http://www.indexmundi.com/trade/exports/?country=br
Importações Brasileiras
http://www.indexmundi.com/trade/imports/?country=br
 

Maicrosofiti BR

Jogador
Novembro 9, 2006
750
239
Explica essa parte? Porque pra mim não faz o menor sentido.
A indústria BR não tem como concorrer com outros países e com o desemprego ninguém compraria nada. Os impostos, infelizmente, fazem que empresas como a MS, Nokia, Samsung, Dell... mantenham fábricas aqui. Os outros setores da economia não seriam capazes de absorver estes empregos como acontece nos EUA. Só a Lei da Informática até 2011 trouxe R$ 1 bi de investimentos ao setor e muitos empregos diretos de qualidade para pesquisadores. Sem esta proteção nós voltaríamos ao tempo de colônia.
 

GameStrike

Arauto da impaciência
Julho 31, 2014
4,171
5,231
Rio de Janeiro GTA City
A indústria BR não tem como concorrer com outros países e com o desemprego ninguém compraria nada. Os impostos, infelizmente, fazem que empresas como a MS, Nokia, Samsung, Dell... mantenham fábricas aqui. Os outros setores da economia não seriam capazes de absorver estes empregos como acontece nos EUA. Só a Lei da Informática até 2011 trouxe R$ 1 bi de investimentos ao setor e muitos empregos diretos de qualidade para pesquisadores. Sem esta proteção nós voltaríamos ao tempo de colônia.
Agora entendi, você está falando de impostos de importação. Acho que peguei o bonde andando.
 

Burga

Guerreiro
Junho 5, 2006
9,277
4,553
Não existe indústria eletrônica no Brasil. Existe indústria de montagem de equipamentos eletrônicos importados. É importante fazer essa distinção.

O pouco de componentes que são efetivamente fabricados no Brasil, estão gerações defasados ao mercado mundial.
 
M

MASTER JNO

Visitante
Não existe indústria eletrônica no Brasil. Existe indústria de montagem de equipamentos eletrônicos importados. É importante fazer essa distinção.

O pouco de componentes que são efetivamente fabricados no Brasil, estão gerações defasados ao mercado mundial.

Essa é uma realidade muito triste de ter que se encarar no nosso país! O que não esta defasado aqui? Melhor não pensar nisso pra não estragar o dia.
 

Anti-Paladino

Novato
Agosto 7, 2011
562
736
Meu momento de sinceridade. O governo brasileiro em todas as esferas é por natureza incompetente e corrupto. Assim como a maioria dos brasileiros.
Já quanto ao assunto do tópico, vou dar uma olhada no texto do acordo. Fiquei curioso pra saber quais areas foram afetadas e quem foi signatário.
Eu acho que mudaria um pouco seu momento de sinceridade para: "Como a maioria dos brasileiros são incompetentes, corruptos (90% tem um preço, basta pagar o preço que você tem o que quer) e pouco se importam com a ''coisa pública'' tudo isso reflete no que é o ''des''governo brasileiro, não de hoje, mas desde sempre''.
Quanto ao tema do tópico, meu TCC na época (2010) da faculdade foi sobre Direito Econômico, e como a lei de informática se expandida para os jogos eletrônicos de consoles poderia fomentar a indústria nacional, tornando possível que empresas como MS e Sony pudessem produzir aqui seus produtos com preços mais baixos, combatendo a pirataria, fazendo crescer novamente o mercado de produção, distribuição e inclusive locação, hoje quantas locadoras existem na sua região? Na época anida a cabeça não era muito boa para chegar a uma conclusão que hoje tenho bem clara, pelo menos na minha opinião, não digo que estou correto.

Não é isentando o produto A,B ou C, que você vai destruir o mercado nacional (como o cara disse na reportagem), é o próprio governo e o próprio povo (voltando a ideia do momento sinceridade) com suas políticas protecionistas e tributando até o ar que você respira que destrói o mercado nacional. Não adianta querer proteger a indústria A no Brasil, se você cobra 35% do faturamento anual dela de imposto e demais exigências fiscais e previdenciárias. Não adianta querer que a indústria de produção automóveis venda carro todo dia (e ficar chorando hoje que tá em crise) se você cobra 20,30% do valor do produto em imposto e se incompetentes do STF (que decidiu anos atrás sobre o tema e é composto por membros que acham que foram eleitos pelo povo e legislam por meio de Súmulas violando a competência do Poder Legislativo) dizem que o texto constitucional ''TAXA ANUAL DE MÁXIMA DE 12%'' não se aplica às instituições financeiras, ai depois o legislador eleito por você, por mim, por nós, faz uma Emenda à Constituição 40/2003, e revoga o parágrafo do art. 192 que previa esta limitação, ai tudo certo quando te cobram 3x o preço do carro em juros. Não tem como querer movimentar a economia com isenções se esse trabalhador paga 3 ou 4 meses de seu salário como imposto e ainda compra carro financiado com juros absurdos, ou se juros do cartão é 468% ao ano...uma hora o esquema de abusos quebra, uma hora essa pirâmide que depende do povo submisso gastando o resto de seu $$ para mantê-la ativa quebra.

Meu momento sinceridade:
O capitalismo é genial.... o capitalismo te convence a trabalhar produzindo produtos ou serviços, que vieram de outras empresas capitalistas, para ganhar $$, seu rico e suado salário e em seguida, devolver tudo para os detentores do poder econômico. Um exemplo, o que a Loreal tem a ver com um Kitkat? Ambas são empresas controladas pela Nestle. Então você trabalha na fábrica do KitKat, sai feliz da vida, e vai a um supermercado comprar um shampoo da Loreal... resumindo? Você acabou de comprar um produto do seu próprio empregador, quem pagou seu salário recebeu uma fatia dele novamente em um produto dela mesmo. Isso me lembra uns casos de fazendas, onde o fazendeiro obriga seus funcionários a gastarem 20% do salário em produtos do supermercado que ele mesmo criou dentro da fazenda. Bom voltando ao assunto.

Desta forma para não falar muito, cheguei a conclusão de que pouco importa o que decidam lá fora, se o Brasil abandonar a ganância de tributar e permitir que a indústria e o comércio possam trabalhar em paz sem abusos, aqui seria o paraíso para as empresas nacionais e internacionais. Mas do jeito que tá hoje, se isentar os produtos de fora você quebra a economia interna, e se você não isentar, no patamar atual, vocÊ também vai quebrar, ou já vem quebrando a economia interna.

Nós temos uma população gigantesca + um povo naturalmente consumidor, mas que ao invés de gastar o seu $$ no comércio em geral, paga é imposto durante todo o ano, o Governo deixou de ser um ente que visa ''O Interesse Público'' para visar exclusivamente ''lucro'' por meio de impostos.
 
Última edição:

felipevasco31

Guerreiro
Janeiro 23, 2015
1,961
2,163
Rio de janeiro
Não é bem assim, afinal você está diminuindo o imposto de importação e aumentando a concorrência para quem produz aqui. Neste cenário se os produtos importados dominarem o mercado local, os impostos e os empregos no setor afetado caem.
Sobre a produção de eletrônicos no Brasil ser quase discordo radicalmente, a produção de eletrônicos do Brasil representa algo em torno de 7,8% da pauta de exportações brasileiras algo em torno de 18 bilhões de dólares, e neste caso estamos falando de tecnologia "boa" que disputa com os Asiáticos, Americanos e Europeus e ganha. Tem uma confusão aqui neste post pois tem muita gente achando que estamos falando só de videogames, smartphones e computadores, e nestes setores sim, o Brasil produz quase 0, mas a pauta tem 200 itens.

Não acho que o Brasil precisa produzir tudo como alguns acham, mas se vamos abrir mão de um setor da economia temos saber do que estamos abrindo mão e neste caso não estamos abrindo mão de "quase zero" estamos abrindo mão de um setor que emprega gente com estudo que vai ter que fazer outra coisa.

referência:
Exportações Brasileiras
http://www.indexmundi.com/trade/exports/?country=br
Importações Brasileiras
http://www.indexmundi.com/trade/imports/?country=br
Vc pode ter toda razão, mas uma opinião de leigo de quem não sabe nada de economia: porque a indústria brasileira tem tanto medo da concorrência internacional? Desde que eu sou garoto, nas aulas de história, geografia... sempre rola esse assunto de proteção a indústria Nacional.
Acho que o governo tem que fazer sua parte e tentar estabelecer uma indústria competitiva para país, seja diminuindo a tributação, burocracia, investindo em infraestrutura, (rodovias, portos, ferrovias , aeroportos),em tecnologia . É muito fácil pro governo utilizar essa mentalidade do séc 19, 20 e optar pelo mais fácil, dos empresários principalmente os de pequenos e médio porte até da pra entender, pois os mesmos não tem suporte necessário.
 

felipevasco31

Guerreiro
Janeiro 23, 2015
1,961
2,163
Rio de janeiro
Eu acho que mudaria um pouco seu momento de sinceridade para: "Como a maioria dos brasileiros são incompetentes, corruptos (90% tem um preço, basta pagar o preço que você tem o que quer) e pouco se importam com a ''coisa pública'' tudo isso reflete no que é o ''des''governo brasileiro, não de hoje, mas desde sempre''.
Quanto ao tema do tópico, meu TCC na época (2010) da faculdade foi sobre Direito Econômico, e como a lei de informática se expandida para os jogos eletrônicos de consoles poderia fomentar a indústria nacional, tornando possível que empresas como MS e Sony pudessem produzir aqui seus produtos com preços mais baixos, combatendo a pirataria, fazendo crescer novamente o mercado de produção, distribuição e inclusive locação, hoje quantas locadoras existem na sua região? Na época anida a cabeça não era muito boa para chegar a uma conclusão que hoje tenho bem clara, pelo menos na minha opinião, não digo que estou correto.

Não é isentando o produto A,B ou C, que você vai destruir o mercado nacional (como o cara disse na reportagem), é o próprio governo e o próprio povo (voltando a ideia do momento sinceridade) com suas políticas protecionistas e tributando até o ar que você respira que destrói o mercado nacional. Não adianta querer proteger a indústria A no Brasil, se você cobra 35% do faturamento anual dela de imposto e demais exigências fiscais e previdenciárias. Não adianta querer que a indústria de produção automóveis venda carro todo dia (e ficar chorando hoje que tá em crise) se você cobra 20,30% do valor do produto em imposto e se incompetentes do STF (que decidiu anos atrás sobre o tema e é composto por membros que acham que foram eleitos pelo povo e legislam por meio de Súmulas violando a competência do Poder Legislativo) dizem que o texto constitucional ''TAXA ANUAL DE MÁXIMA DE 12%'' não se aplica às instituições financeiras, ai depois o legislador eleito por você, por mim, por nós, faz uma Emenda à Constituição 40/2003, e revoga o parágrafo do art. 192 que previa esta limitação, ai tudo certo quando te cobram 3x o preço do carro em juros. Não tem como querer movimentar a economia com isenções se esse trabalhador paga 3 ou 4 meses de seu salário como imposto e ainda compra carro financiado com juros absurdos, ou se juros do cartão é 468% ao ano...uma hora o esquema de abusos quebra, uma hora essa pirâmide que depende do povo submisso gastando o resto de seu $$ para mantê-la ativa quebra.

Meu momento sinceridade:
O capitalismo é genial.... o capitalismo te convence a trabalhar produzindo produtos ou serviços, que vieram de outras empresas capitalistas, para ganhar $$, seu rico e suado salário e em seguida, devolver tudo para os detentores do poder econômico. Um exemplo, o que a Loreal tem a ver com um Kitkat? Ambas são empresas controladas pela Nestle. Então você trabalha na fábrica do KitKat, sai feliz da vida, e vai a um supermercado comprar um shampoo da Loreal... resumindo? Você acabou de comprar um produto do seu próprio empregador, quem pagou seu salário recebeu uma fatia dele novamente em um produto dela mesmo. Isso me lembra uns casos de fazendas, onde o fazendeiro obriga seus funcionários a gastarem 20% do salário em produtos do supermercado que ele mesmo criou dentro da fazenda. Bom voltando ao assunto.

Desta forma para não falar muito, cheguei a conclusão de que pouco importa o que decidam lá fora, se o Brasil abandonar a ganância de tributar e permitir que a indústria e o comércio possam trabalhar em paz sem abusos, aqui seria o paraíso para as empresas nacionais e internacionais. Mas do jeito que tá hoje, se isentar os produtos de fora você quebra a economia interna, e se você não isentar, no patamar atual, vocÊ também vai quebrar, ou já vem quebrando a economia interna.

Nós temos uma população gigantesca + um povo naturalmente consumidor, mas que ao invés de gastar o seu $$ no comércio em geral, paga é imposto durante todo o ano, o Governo deixou de ser um ente que visa ''O Interesse Público'' para visar exclusivamente ''lucro'' por meio de impostos.
É bem por aí!

O governo deveria trazer investimentos para maximizar a produção industrial e fortalecer econômica em geral, mas como não faz a solução para ter uma balança comercial favorável é só com aumento de impostos.
 
Junho 30, 2010
398
231
Belo Horizonte
Vc pode ter toda razão, mas uma opinião de leigo de quem não sabe nada de economia: porque a indústria brasileira tem tanto medo da concorrência internacional? Desde que eu sou garoto, nas aulas de história, geografia... sempre rola esse assunto de proteção a indústria Nacional.
Acho que o governo tem que fazer sua parte e tentar estabelecer uma indústria competitiva para país, seja diminuindo a tributação, burocracia, investindo em infraestrutura, (rodovias, portos, ferrovias , aeroportos),em tecnologia . É muito fácil pro governo utilizar essa mentalidade do séc 19, 20 e optar pelo mais fácil, dos empresários principalmente os de pequenos e médio porte até da pra entender, pois os mesmos não tem suporte necessário.

Eu também compartilho do seu sentimento e de muitos aqui do fórum, eu só estou afastando a ideia de que é "só vantagens" aceitar o acordo e pondo uma visão mais realista de que tem prós e contras.
Sobre os motivos do medo dos empresários não tem como responder com precisão, afinal cada empresário tem seus medos e desejos, mas eu acho que um dos principais problemas é que com a concorrência aberta as vezes ele faz tudo direito e ainda perde a concorrência por questões ideológicas. Quando isto acontece acaba-se gerando prejuízos para os investidores concorrentes e criando monopólios, porque quando as pessoas cismam com produtos a simples avaliação entre melhor e pior fica distorcida e quem concorre contra o produto da moda tem que ficar anos investindo em mais propaganda, em mais qualidade e ainda tem que ter um preço menor, e o pior, no primeiro engano o mundo cai em cima com aquele papo de "eles nunca me enganaram, tá vendo".
Por exemplo olha a MS e a Sony qual é a razão lógica para o PS4 vender na casa de 2x1 contra o ONE?
Vindo para o Brasil, muita gente ainda tem aquela ideia de que o produto importado é melhor, o que pode ser verdade até em muitos casos mas não tem todos.
 
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Johannes

Guerreiro
Novembro 11, 2006
9,114
5,731
Infelizmente neste caso o governo tem razão. Os outros países aderiram pq não produzem nada ou estão em um outro nível. Não é só consoles. Não adianta nada cortar impostos e deixar a população sem emprego.

Depois dos preços da Live BR em R$ 250,00 sem pagar quase nada de imposto não tenho ilusão de que adiantaria. Não tem caminho fácil. O que é barato no BR? Os fabricantes ficariam com margem de lucro maior e não repassaria nada ao consumidor. O Brasil precisa de uma reforma tributária completa. Reduzir custos para conseguir competir fora e aumentar o mercado consumidor.
Leia o post do Marcus uma página atrás.

Por onde se olhe não dá pra dizer que o governo tem razão. Estão protegendo quem? CCE, Philco, Tec-toy, Gradiente, Positivo e Multilaser? Essas empresas não fabricam nada, apenas encomendam tralha da China com a marca delas. No máximo montam no Brasil com peças da China.
 
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Marcus_007

Guerreiro
Fevereiro 1, 2010
3,797
4,380
@alyssonmasters nunca se baseie em dados que não sejam oficiais. Nem estou dizendo que os números dos links estão errados mas só pelo fato de estarem expressos em dólares já podem ocultar variação cambial, desvalorização monetária etc. Sem falar que esses sites podem estar aglutinando ou desaglutinando setores. A melhor avaliação é feita preferivelmente na própria moeda local, à não ser que seja prática usual avaliar desempenho em outra. Em todo caso, sempre prefira dados oriundos de anuários do setor, pesquisas e tabelas nos diversos sites governamentais, dados de centros de pesquisa reconhecidos nacionalmente ou ao menos notícias nas áreas de economia dos grandes jornais/sites.

Segundo dados da própria ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) os números do setor para 2014 são:
Faturamento Nominal: R$ 153.816.000,00
Exportação: USD 6.552.000,00
Empregados: 174.100

No mesmo período, os dados do mercado brasileiro foram:
PIB: R$ 5.521.000.000,00
Balança comercial brasileira (exportações): USD 225.100.000,00
Empregados formais: 48.948.433
Empregados formais e informais: 90.600.000

Sendo assim, em 2014 o setor representava na economia brasileira:
% do PIB: 2,78
% da Exportação: 2,91
% Empregados (se considerados apenas os formais): 0,35
% Empregados (se considerados todos): 0,19

Esse números ai em cima são oficiais, não tem achismo ou chutômetro. Você encontra no DIEESE, no IBGE, em análises setoriais etc. Na próprio desempenho setorial da ABINEE se você for até o final vai encontrar os mesmos valores, eu só coloquei os demais links para mostrar que os números se baseiam em informações oficiais. Agora, esse setor já teve uma performance maior no PIB? Já, em 2009 eles tinham cerca de 4% e tinham ambição de quase duplicar essa participação para 7% até 2020. Eles vão conseguir isso? Não. Eu vou te falar uma coisa que escuto em congressos de administração e negócios o tempo todo, a indústria brasileira tem dificuldades sim, sofre excessivamente com o custo brasil, com a carga tributária pesada, com as obrigações trabalhistas engessadas, com a falta de infraestruturada, com políticas de exportação desfavoráveis, falta de mão de obra qualificada etc. Mas o grosso delas, mesmo se corrigissem todos esses desvios no Brasil, ainda defenderiam o isolamento do seu pátio industrial e defesa contra bens importados. Não são todas, que fique bem claro isso, existem exceções e elas são muitas, variando de setor para setor.

Existe sim uma análise caso à caso, mas é amplamente defendido por universidades, pesquisadores, institutos, economistas, não só internacionais como nacionais também, que abrir a economia é sempre favorável à fechá-la. E isso não são apenas conjecturas, são pesquisas com casos reais em mais de uma dezena de países (China de 1990 para cá, Coréia do Sul da década de 70 em diante, Índia nos últimos 20 anos, o leste europeu após a queda do muro dentre vários outros). Não só melhora a competitividade como força o governo e a indústria a se adaptarem, melhorar seus processos, cortar custos, justamente para se tornarem competitivos. Já citei esse exemplo antes e cito novamente, a indústria automobilística brasileira possuía carros velhos, caros, desconfortáveis e com problemas de segurança na década de 80, foi a maior brica para abrir o mercado aos importados à partir de 1990. As 4 grandes (Chevrolet, Ford, Wolks e Fiat) ameaçaram demissões em massa, deixar o pais, o escambau. Isso aconteceu? É óbvio que não. Não só nenhuma das 4 saiu como a competição com Renault, Peugeot, Citroen, Mercedes-Benz, Dodge, BMW e várias outras melhorou consideravelmente a qualidade dos carros nacionais. Agora me fala, se nenhuma das 4 saiu e posteriormente melhoraram suas ofertas de veículos, porque é mesmo que elas fabricavam carro porcaria no Brasil? É o curralzinho. Teve baixas? Teve sim, Gurgel, Puma e me escapa agora o nome da outra, faliram. Mas anos depois veio a Troller por exemplo, e muitas das estrangeiras montaram fábricas no país e hoje o setor é mais forte do que nunca.

Se abrir o setor eletroeletrônico no Brasil vai fechar indústria? Vai sim, mas outras surgirão, e vem cá, o papel do governo é conduzir a economia e tornar o país cada vez mais eficiente e produtivo ou é proteger os interesses particulares de setores defasados e não competitivos? Essa conversa de proteger até ela se tornar competitiva é lorota, são ideias antagônicas, se você tem proteção e subsidio do governo você vai melhorar sua competitividade para que? É simplesmente natureza humana. Não há motivo para achar que o setor vai implodir, que 174 mil pessoas vão para o olho da rua e que o PIB vai encolher em quase 3%. Entenda que você só está zerando os impostos para aquisição dessas tecnologias, mas isso não muda o fato de que esses items necessitam de montagem, distribuição, propaganda, canais de venda etc. Da onde virá isso a não ser da criação, adaptação ou ampliação de empresas que já atuam em território nacional ou que virão de fora?

Não existe uma única grama socialista, comunista ou de esquerda no meu ser. Sou à favor do capitalismo, que apesar de ser uma porcaria (e ele é) infelizmente é o único sistema econômico que até hoje comprovadamente manteve as liberdades individuais, fomentou a inovação, a meritocracia, e no geral, melhorou a condição de vida das pessoas (pelo menos no quesito mobilidade social e aquisição de bens e serviços). Dito isso, questione sempre brother, não aceite desculpas esfarrapadas e chavões batidos de entidades, políticos e empresários que afirmam querer proteger empregos - o que todo mundo empatiza - mas que na verdade querem é defender seus lucros, interesses e influência ;)

Fontes:
Dados do setor http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon15.htm
PIB 2014 http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/03/27/pib-2014.htm
Dados da Balança Comercial http://g1.globo.com/economia/notici...stra-em-2014-primeiro-deficit-desde-2000.html
Dados de Emprego Total http://economia.ig.com.br/2014-01-1...ta-no-segundo-trimestre-de-2013-diz-ibge.html
Dados de Emprego Formal http://www.dieese.org.br/notatecnica/2014/notaTec140Rais2013.pdf
 
Última edição:
Junho 30, 2010
398
231
Belo Horizonte
@Marcus_007 eu não discordo de você e o seu post também não contraria o que eu disse, apesar de você ter enriquecido o debate trazendo dados mais precisos e atualizados.
O que eu estou querendo dizer é que tudo tem 2 lados, este acordo que poderia sim trazer o XBOX e outros eletrônicos mais baratos vem com o custo do risco de aproximadamente 174 mil trabalhadores perderem seus empregos e se considerarmos que os trabalhadores tem 1 esposa e mais 2 filhos estamos atingindo quase 700 mil pessoas, não se pode fechar os olhos e achar que é uma coisa fácil de decidir.
E claro por outro lado se fizermos o acordo teremos mais tecnologia barata o que é bom também e pode alavancar a economia de forma até compensadora.

O que eu vejo nestes debates é que as pessoas são muito dicotômicas e só veem 2 lados, agora mesmo pelo fato de eu ter apresentado um problema real na questão do acordo de importações de eletrônicos as pessoas já acham que sou comunista ou coisa do tipo. É assim mesmo? Ou o acordo é perfeito e maravilhoso ou ele é uma porcaria e não serve para nada? O acordo não poder ser bom mas com alguns problemas?

O fato é que fazer o acordo tem problemas e riscos e não fazer o acordo também tem problemas e riscos.

Sei que ninguém gosta de falar isto, mas se quisermos eletrônicos mais baratos vamos sacrificar o emprego de muita gente, agora se quisermos proteger estes empregos vamos ter sacrificar os nossos bolsos, a verdadeira escolha é esta, qual você prefere?
 

felipevasco31

Guerreiro
Janeiro 23, 2015
1,961
2,163
Rio de janeiro
@Marcus_007 eu não discordo de você e o seu post também não contraria o que eu disse, apesar de você ter enriquecido o debate trazendo dados mais precisos e atualizados.
O que eu estou querendo dizer é que tudo tem 2 lados, este acordo que poderia sim trazer o XBOX e outros eletrônicos mais baratos vem com o custo do risco de aproximadamente 174 mil trabalhadores perderem seus empregos e se considerarmos que os trabalhadores tem 1 esposa e mais 2 filhos estamos atingindo quase 700 mil pessoas, não se pode fechar os olhos e achar que é uma coisa fácil de decidir.
E claro por outro lado se fizermos o acordo teremos mais tecnologia barata o que é bom também e pode alavancar a economia de forma até compensadora.

O que eu vejo nestes debates é que as pessoas são muito dicotômicas e só veem 2 lados, agora mesmo pelo fato de eu ter apresentado um problema real na questão do acordo de importações de eletrônicos as pessoas já acham que sou comunista ou coisa do tipo. É assim mesmo? Ou o acordo é perfeito e maravilhoso ou ele é uma porcaria e não serve para nada? O acordo não poder ser bom mas com alguns problemas?

O fato é que fazer o acordo tem problemas e riscos e não fazer o acordo também tem problemas e riscos.

Sei que ninguém gosta de falar isto, mas se quisermos eletrônicos mais baratos vamos sacrificar o emprego de muita gente, agora se quisermos proteger estes empregos vamos ter sacrificar os nossos bolsos, a verdadeira escolha é esta, qual você prefere?
Rapaz também sou dá opinião que a abertura e mercado e quanto menos o governo intervir só faz bem a economia, se o teu receio são as baixas nos postos de trabalho, como o colega Marcus falou nem tudo é assim tão literal pois o mercado se adapta. Se de alguma forma esse processo "enfraquecer" o mercado nacional, tenha certeza de que muitas empresas enxergariam isto como oportunidade além do beneficio da importação .
 

Marcus_007

Guerreiro
Fevereiro 1, 2010
3,797
4,380
@alyssonmasters esqueça VG e jogos e foque no aspecto mais abrangente do acordo - equipamento médico, equipamento de pesquisas científicas, satélites, supercondutores, computadores, mainframes, softwares, maquinário de telecomunicações dentre outros. Produtos com muita relevância no mundo atual e que tem alto grau de penetração nos mais diversos setores econômicos. Não dá para basear decisões com potencial macroeconômico buscando resguardar, nesse caso específico, o emprego de menos de 0,4% da força de trabalho. Estamos falando de uma nação de 200 milhões de pessoas. Me desculpe, mas não dá. Uma das definições de democracia é justamente que é a vontade de muitos se sobrepõe à vontade de poucos. E em economia tudo é uma troca pois os bens são finitos, é um jogo de escolhas justamente pela natureza restrita dos recursos humanos, materiais e de capital. E como eu mencionei acima, isso só tornaria os bens mais baratos, isentos de impostos, mas o câmbio ainda seria uma grande defesa da indústria local. E imagine o quanto seria economizado por hospitais, escolas, empresas de TI, web, business 2 consumer, empresas de tecnologia, centros de pesquisa e os mais variados setores (petroquímico, metalúrgico, automobilístico etc). O imposto de importação arrecada ao redor de 30-40 bilhões de reais ao ano (troco de pão perto dos 2 trilhões que o governo arrecada), seriam mais 30-40 bilhões nas mãos da iniciativa privada que poderiam ser usados para investimentos, ampliações físicas e contratação de novos funcionários.

Olha, não defendo de maneira alguma ser o dono da razão, mas entendo um pouco de economia e negócios, afinal de contas essa é a minha formação e sustento, e sou completamente simpático ao discurso de preservar empregos, ninguém quer ver pessoas na rua, famílias sem sustento, mas algo que não tem mais retorno é a natureza mutável do trabalho de agora em diante. Quer segurança? Serviço público. Além disso é irreal simplesmente achar que: a) absolutamente TODAS as empresas do setor eletroeletrônico vão falir; b) que TODOS os 175mil empregados não apenas irão para o olho da rua como nunca mais vão encontrar emprego. Desde que entramos na era da informação amigo, não tem mais volta, é se adaptar ou perecer. E isso é verdade tanto para o empregado quanto o empregador. E como eu falei, o mero barateamento não elimina a necessidade de capital humano local para comercialização, distribuição etc. Abrir o mercado de automóveis, telecomunicações e petroquímico por exemplo não acabou com todo o setor nem despediu milhões de funcionários, pelo contrário, contrataram mais gente, fazem mais investimentos e melhoraram serviços. O que é que faz da área de eletroeletrônicos um caso especial que não pode ser tocado?

E você está certo, nada é simplesmente preto ou branco, e de maneira alguma vai ser o fim do Brasil se ele não assinar o acordo, aliás, ele sempre pode voltar atrás futuramente e se juntar aos signatários originais. Enquanto isso, o mesmo choque que computadores provocaram na década de 80-90, a internet e área de TI vão provocar nas décadas vindouras. E o Brasil...de novo....vai ficar fora dessa. Entenda que a área de TI e computação fortes são condições indispensáveis para o enriquecimento financeiro, excelência em negócios e produção científica de agora em diante. Não tem mais volta. Aliás, se tem uma coisa que os governantes brasileiros, todos, tem excelência é desperdiçar oportunidades. Já quase chegamos a ser a 5º maior economia, hoje somos a 8º. É aquela história, o Brasil é eternamente o país do futuro, pena que esse futuro nunca chega.
 
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Reações: BeBr e GameStrike

GameStrike

Arauto da impaciência
Julho 31, 2014
4,171
5,231
Rio de Janeiro GTA City
Abrir o mercado de automóveis, telecomunicações e petroquímico por exemplo não acabou com todo o setor nem despediu milhões de funcionários, pelo contrário, contrataram mais gente, fazem mais investimentos e melhoraram serviços. O que é que faz da área de eletroeletrônicos um caso especial que não pode ser tocado?
Fechou!
 

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