Existem diversas etapas regulatórias que vão influenciar o desfecho do negócio, vários órgãos envolvidos, e se existir uma suspeita de que tenha havido interferência direta da Microsoft, formarem comissão para investigar e descobrirem que isso aconteceu mesmo, podemos dar tchauzinho pra Activision +
Xbox. Uma mãozinha da Microsoft até é possível, mas é bastante arriscado também para um negócio dessa magnitude, com toda a indústria acompanhando de perto, ainda mais levando em conta que, caso a aquisição não seja concluída, a Microsoft deverá pagar uma multa
entre $2,2 e $3 bilhões para a Activision (só a garantia é quase uma Bungie inteira). Já tem até gente sugerindo que as frequentes falas da Microsoft/Spencer sobre as polêmicas da Activision, incluindo aquela de reavaliar a relação, podem ter sido feitas com o intuito de jogar mais lenha na fogueira e colocar uma pressão para o valor final da negociação ser menor. Novamente, possível, mas muito arriscado.
Segundo comentam pessoas próximas da Activision, já no ano passado os executivos estavam incomodados com os rumos da empresa em termos de resultados, com crescimento abaixo do esperado especialmente de Call of Duty. Na outra ponta, aparentemente era/é desejo dos estúdios dar uma respirada para conseguir fazer um produto melhor. Da comunidade então, nem se fala. Uma influência da Microsoft que acredito que possa contribuir é a própria aquisição: com uma perspectiva de que a compra seja finalizada, um adiamento que diminua as receitas da publisher vai ser um problema da Microsoft, não deles. Isso demonstra também confiança de que a aquisição será concretizada. E, se não for, a diminuição de receitas por não lançar um Call of Duty principal em 2023 será tranquilamente coberta pela multa bilionária que a Microsoft se comprometeu a pagar caso a compra não seja concluída.