Xbox FY24 Q2 - Receita +49%, Conteúdo e Serviços +61%, Hardware +3% - Receita total $7,1 bilhões

[LuanHen]

Me preocupa um pouco a posição da Microsoft em estar conformada com a atual posição das vendas de console.
Eu como um consumidor da marca e tive o 360, One, One X e agora Series X, e tenho como maioria absoluta jogos digitais. E saber que o console fisico pode nao ser mais o norte da marca no futuro me preocupa com o que pode acontecer com minha biblioteca de jogos.
Sem contar que me parece cada vez mais que nao haveremos mais aquele nivel de otimização "espremer ate a ultima gota" dos consoles como vimos com Forza 4, GTA V no 360 ou Forza 7 no Xone fat.

 

[LuanHen]

Pra complementar, apesar de eu não utlizar midias fisicas, creio que para o grande publico isso faça diferença. Nao podemos menosprezar aquela mãe, vó que vai na loja comprar um presente de natal pro filho e chega la, só se depara com os produtos da marca Azul.
Moro em Portugal desde 2018 e afirmo que a presença do Xbox nas lojas é patetica, não só aqui na verdade, mas Espanha, França, Alemanha que tambem ja vi, deve ser assim em toda europa. E nos sabemos o quão mal vai as vendas de Xbox na europa.

 

[jackzsul EX]

eu não consigo nem imaginar o tamanho e o nível de planejamento, análise de mercado e inovação que se passa na cabeça de uma MS da vida.
é muito surreal tentar adivinhar se a MS está certa ou errada ao buscar "fugir" do console como métrica principal de sucesso.
só me resta confiar na empresa que vale USD 3.000.000.000.000,00 e acreditar que eles estão no caminho correto.

Lembra da Nokia? Não sei se valia 3bi, meu ponto é que uma empresa grande, multinacional pode fazer merda a tal ponto de não existir num futuro próximo e ela tbm analisava o mercado.

Esse lance da MS não tem como dar errado, mas é a MS né, então a gente fica com o pé atrás mesmo que ela tenha as grandes franquias do mercado.

 

[patriciocarval]

Parte de hardware tá numa encruzilhada legal, porque:

• O produto é bom, muito melhor que o One e em condições melhores também, mas não está conseguindo um resultado superior, pelo contrário (nos Estados Unidos, tá 10% abaixo do One em termos de unidades vendidas com o lançamento alinhado);
• A Microsoft não coloca mais o console como o centro do ecossistema, é um ponto de contato (o mais importante), mas é um, junto de PC e mobile/streaming;
• Somado a isso, a participação cada vez maior da Microsoft como publisher third (Minecraft, COD, etc.) e os rumores de que outros jogos first podem ter o mesmo rumo vão degradando o valor do produto para potenciais consumidores.

O aumento de investimentos recentes, superior a $80 bilhões, parece que ainda não gerou o resultado esperado, e nem dá pra garantir que um dia vai mudar algo de maneira significativa.

Até venho notando em comunidades uma insatisfação crescente com o Phil Spencer, que não vem de hoje mas tem se intensificado, por verem nele alguém que tirou o foco do Xbox (console) para fortalecer a marca enquanto ecossistema maior, independente da tela. Tem até quem gostaria de ver ele fora - algo que vejo como ainda mais perigoso para o console, já que ele pelo menos tem um apego e entendimento com a plataforma, uma nova pessoa que chegasse, especialmente se viesse de fora, poderia acelerar ainda mais esse processo.

Chega a ser até meio injusto porque, agora que a Microsoft está investindo de forma pesada no conteúdo, parece que o reloginho do console está correndo mais rápido. Passa a impressão de que, talvez, ele não tenha tantas chances de crescer porque a empresa precisa recuperar logo o investimento de outras formas.


Pior que a empresa tá muito bem posicionada pra chegar nisso aí mesmo nos próximos anos.

A raiva que os fans (de verdade) do Xbox teem hoje do spencer tem um um fundo de razão.
A grande maioria dos compradores de console vem da era 360, aguentaram a desastrosa era do ONE e quando acharam que teria uma luz no fim do tunel na era SERIES perceberam que esse tunel não tem fim.
O mudança de foco do console para qualquer outra coisa começou com o Spencer na geração passada e muitas decisões que ele tomou culminou no que vemos hoje, os compradores de console não estão nem ai para o PC, porque gostam da comodidade e do jeito que o console é.
Outra decisão errada foi dá prioridade a nuvem e deixar as lojas sem o Series X, dai quando o comprador via isso voltava com o Playstation de baixo do braço.

Hoje, com certa tristeza, vejo amigos comprando o Playstation, onde muitos compraram o 360 e ONE com minha ajuda e dicas ,mas não veem mais futuro no Xbox.

 

[Asprobocop]

Achei que a morte do xbox viria só a noite. Essa foi precoce.

 

[ronabs]

A raiva que os fans (de verdade) do Xbox teem hoje do spencer tem um um fundo de razão.
A grande maioria dos compradores de console vem da era 360, aguentaram a desastrosa era do ONE e quando acharam que teria uma luz no fim do tunel na era SERIES perceberam que esse tunel não tem fim.
O mudança de foco do console para qualquer outra coisa começou com o Spencer na geração passada e muitas decisões que ele tomou culminou no que vemos hoje, os compradores de console não estão nem ai para o PC, porque gostam da comodidade e do jeito que o console é.
Outra decisão errada foi dá prioridade a nuvem e deixar as lojas sem o Series X, dai quando o comprador via isso voltava com o Playstation de baixo do braço.

Hoje, com certa tristeza, vejo amigos comprando o Playstation, onde muitos compraram o 360 e ONE com minha ajuda e dicas ,mas não veem mais futuro no Xbox.

Que a marca deu uma guinada pra outras plataformas na gestão dele é inegável, mas acredito que tenha um ponto importante a ser levado em consideração.

Quem defende o mercado tradicional trocaria o retorno do foco aos consoles porém sem a Activision e a ZeniMax? Porque, na minha visão, essas compras tão celebradas só foram possíveis porque a empresa vislumbra um retorno de longo prazo que abrange outras plataformas que não apenas o console, engloba PC, mobile e - sim - plataformas concorrentes também, dependendo do caso.

Não vejo um cenário onde a Microsoft colocaria quase $80 bilhões pra comprar duas grandes publishers esperando recuperar esse investimento vendendo consoles Xbox.

 

[Asprobocop]

Se tem algo que o xbox falha miserável e a todo momento é em falir.

 

[patriciocarval]

Que a marca deu uma guinada pra outras plataformas na gestão dele é inegável, mas acredito que tenha um ponto importante a ser levado em consideração.

Quem defende o mercado tradicional trocaria o retorno do foco aos consoles porém sem a Activision e a ZeniMax? Porque, na minha visão, essas compras tão celebradas só foram possíveis porque a empresa vislumbra um retorno de longo prazo que abrange outras plataformas que não apenas o console, engloba PC, mobile e - sim - plataformas concorrentes também, dependendo do caso.

Não vejo um cenário onde a Microsoft colocaria quase $80 bilhões pra comprar duas grandes publishers esperando recuperar esse investimento vendendo consoles Xbox.

Entendo seu ponto e não discordo, a divisão de jogos da MS vai dar muito dinheiro para ela, sem sombra de dúvidas e não vai falir, como muitos que usam esse jargão besta. O que eles (MS) precisam fazer é definir qual a estratégia ou lugar para seus clientes mais fieis, porque isso está aumentando em muito a insatisfação dos que investiram no XBOX e consequentemente só aumenta a raiva com o Spencer.

O console XBOX vai morrer (e como ele a razão de existir esse nome) e esse movimento está sendo executado muito rápido pela MS, por causa da falta de gestão do Spencer e CIA na distribuição e promoção, com isso e outros descasos que curte o console vai saindo da marca, isso também é um fato. Sou de uma época de “consolistas” core e acompanho muito as movimentações neste grupo nos meios que participo.

Os consoles atendem a muita gente e vendem muito, vide a Nintendo que lucra muito com isso ou mesmo a Sony Corp que “vive” por causa do Playstation. As empresas estão se adaptando ao novo, mas sem esquecer ou alienar o velho, porque podem viver em harmonia (o CD matou o vinil, mas que sobreviveu foi o vinil).

A SEGA foi mais sincera quando avisou a todos que não ira mais manter ou fabricar um console próprio.

 

[jairopicanco]

Se tem algo que o xbox falha miserável e a todo momento é em falir.

É como se diz, os bons acabam pagando pelos MAUs.

 

[jairopicanco]

As empresas estão se adaptando ao novo, mas sem esquecer ou alienar o velho, porque podem viver em harmonia (o CD matou o vinil, mas que sobreviveu foi o vinil).

Mas o detalhe aqui é que a MS não está apenas se adaptando ao novo, como Sony e Nintendo, mas sendo uma protagonista das mudanças, e pagando um preço por estar na vanguarda. E me parece um caminho sem volta essa abordagem multiplataforma deles.

 

[ᴇʟʏsɪᴜᴍ]

Parte de hardware tá numa encruzilhada legal, porque:

• O produto é bom, muito melhor que o One e em condições melhores também, mas não está conseguindo um resultado superior, pelo contrário (nos Estados Unidos, tá 10% abaixo do One em termos de unidades vendidas com o lançamento alinhado);
• A Microsoft não coloca mais o console como o centro do ecossistema, é um ponto de contato (o mais importante), mas é um, junto de PC e mobile/streaming;
• Somado a isso, a participação cada vez maior da Microsoft como publisher third (Minecraft, COD, etc.) e os rumores de que outros jogos first podem ter o mesmo rumo vão degradando o valor do produto para potenciais consumidores.

O aumento de investimentos recentes, superior a $80 bilhões, parece que ainda não gerou o resultado esperado, e nem dá pra garantir que um dia vai mudar algo de maneira significativa.

Até venho notando em comunidades uma insatisfação crescente com o Phil Spencer, que não vem de hoje mas tem se intensificado, por verem nele alguém que tirou o foco do Xbox (console) para fortalecer a marca enquanto ecossistema maior, independente da tela. Tem até quem gostaria de ver ele fora - algo que vejo como ainda mais perigoso para o console, já que ele pelo menos tem um apego e entendimento com a plataforma, uma nova pessoa que chegasse, especialmente se viesse de fora, poderia acelerar ainda mais esse processo.

Chega a ser até meio injusto porque, agora que a Microsoft está investindo de forma pesada no conteúdo, parece que o reloginho do console está correndo mais rápido. Passa a impressão de que, talvez, ele não tenha tantas chances de crescer porque a empresa precisa recuperar logo o investimento de outras formas.


Pior que a empresa tá muito bem posicionada pra chegar nisso aí mesmo nos próximos anos.

Tenho curiosidade sobre o quanto colocar jogos day one afeta as vendas do Xbox. Deve afetar em algum nível, mas não sei se voltar a lançar exclusivos faria o Xbox decolar. Call of Duty, Starfield, Forza Horizon 5, tudo exclusivo.

Porém, como foi dito, a Microsoft não investiria tanto pra vender console. Ela comprou esses estúdios com foco em expansão pra PC, mobile e nuvem.

 

[ronabs]

Entendo seu ponto e não discordo, a divisão de jogos da MS vai dar muito dinheiro para ela, sem sombra de dúvidas e não vai falir, como muitos que usam esse jargão besta. O que eles (MS) precisam fazer é definir qual a estratégia ou lugar para seus clientes mais fieis, porque isso está aumentando em muito a insatisfação dos que investiram no XBOX e consequentemente só aumenta a raiva com o Spencer.

O console XBOX vai morrer (e como ele a razão de existir esse nome) e esse movimento está sendo executado muito rápido pela MS, por causa da falta de gestão do Spencer e CIA na distribuição e promoção, com isso e outros descasos que curte o console vai saindo da marca, isso também é um fato. Sou de uma época de “consolistas” core e acompanho muito as movimentações neste grupo nos meios que participo.

Os consoles atendem a muita gente e vendem muito, vide a Nintendo que lucra muito com isso ou mesmo a Sony Corp que “vive” por causa do Playstation. As empresas estão se adaptando ao novo, mas sem esquecer ou alienar o velho, porque podem viver em harmonia (o CD matou o vinil, mas que sobreviveu foi o vinil).

Então, até agora, não vejo nenhum indício de que os consoles Xbox irão acabar. O que temos até agora são:

• Declarações do Spencer dizendo que o Xbox (console) seguirá sendo a experiência premium da marca, pra quem quer o máximo desempenho (respeitando certas condições) e envolvimento com a plataforma. Quase que como os produtos da linha Surface, que são topo de linha mas não são os únicos locais onde se pode usar o Windows;
• Dois consoles (Series X|S) que, mesmo não vendendo tanto quanto os concorrentes, venderam (estimativa) cerca de 29,7 milhões de unidades em três anos;
  • Seguindo nesse ritmo por mais 4 anos, levando em conta que o Xbox deixou de ter uma curva tão ascendente bem cedo durante o ciclo de vida do produto, chegaria a algo como 50M - 55M de unidades, longe de ser um fracasso. Talvez até passe disso, dependendo se os exclusivos first embalarem e forem bons o suficiente pra atrair novos jogadores e mudar a tendência.

Eu pelo menos entendi assim.

Quer se envolver de forma total com a marca? Compre um Xbox.
Quer só jogar os jogos sem se envolver tanto? Jogue pelo Game Pass no PC/mobile, ou compre no PC ou outras plataformas de sua preferência (para os casos onde isso for acontecer, tipo os Call of Duty).

Até a Sony, tão protetiva com a sua plataforma, está se abrindo para o PC, com uma postura mais cautelosa de seguir promovendo o PlayStation primeiro na maior parte dos casos, mas tendo aqui e ali algumas coisas mais rápidas como Helldivers 2, que vai lançar no PS5/PC no dia 8 agora. A Microsoft está mais acelerada nesse processo porque 1) começou antes, em 2016, e 2) precisa de um retorno mais rápido porque só o console não é mais satisfatório. A Sony colocar os jogos no PC me fez desistir completamente da ideia de pegar um PS5, por exemplo, porque os exclusivos eram o único argumento que jogava a favor pra mim, não iria usar o console pra outra coisa praticamente, já que os jogos na PSN costumam ser mais caros do que do lado de cá. E, igualmente, a Microsoft pode ter causado a mesma ação em potenciais consumidores que deixaram de ter um Xbox pra jogar no PC.

O ponto principal que acredito, no caso, é que estaríamos em uma situação bem pior se não fosse essa abertura da Microsoft a outras plataformas, com menos jogos, bobeando até menos consoles vendidos e - aí sim - uma perspectiva bem ruim para o fim não apenas do console, mas da marca como um todo.

A SEGA foi mais sincera quando avisou a todos que não ira mais manter ou fabricar um console próprio.

A Sega é um caso curioso de uma empresa que nunca bateu de frente de fato contra Nintendo e Sony e que, na segunda metade dos anos 90, já dava indícios de que não tinha condições de competir nesse mercado fazendo trapalhadas em sequência, mas que hoje em dia é vista como alguém que disputava o mercado taco a taco sendo que não chegava nem na metade do desempenho das outras. Somando os consoles vendidos, sem os portáteis (onde a Nintendo atropelou sem dó):

• Nintendo (NES, SNES, 64 e Game Cube) - 165,68 milhões
  • Game Boy e Color - 118,6 milhões
• Sony (PS1 e PS2) - 257,49 milhões
• Sega (Master, Mega, Saturn e Dreamcast) - 64,38 milhões
  • Game Gear - 10,62 milhões

O console que mais competiu da Sega foi na geração SNES/Mega e ainda assim foi coisa de 49M x 30,7M. A comparação com a Sony é até meio ruim porque o PS2 é de 2000 e a Sega parou de fazer videogames em 2001, mas mesmo se pegar só o PS1, ele sozinho vendeu 102,5M e ficou bem na frente de todos os consoles da Sega somados. Esse risco o Xbox está longe de correr.

Tenho curiosidade sobre o quanto colocar jogos day one afeta as vendas do Xbox. Deve afetar em algum nível, mas não sei se voltar a lançar exclusivos faria o Xbox decolar. Call of Duty, Starfield, Forza Horizon 5, tudo exclusivo.

Porém, como foi dito, a Microsoft não investiria tanto pra vender console. Ela comprou esses estúdios com foco em expansão pra PC, mobile e nuvem.

Certamente influencia em algum grau, existe um público que não vai comprar um console Xbox se ele pode rodar em uma plataforma que já possui ou que pode montar pra jogar mais coisas, como o PC, e a Microsoft tem esses estudos em mãos na hora de tomar as decisões.

Tornar tudo exclusivo do console novamente, hoje, poderia ter um resultado até pior, já que seria um retrocesso em relação ao que ela promove e o público de PC, por exemplo, se sentiria traído o suficiente pra nem cogitar comprar um console pra seguir jogando. E, apesar do PC não ser mais essa confusão toda na hora de montar uma máquina pra jogar, tem gente (muita gente) que vai seguir preferindo ter um console pra jogar.

 

[Asprobocop]

Então, até agora, não vejo nenhum indício de que os consoles Xbox irão acabar. O que temos até agora são:

• Declarações do Spencer dizendo que o Xbox (console) seguirá sendo a experiência premium da marca, pra quem quer o máximo desempenho (respeitando certas condições) e envolvimento com a plataforma. Quase que como os produtos da linha Surface, que são topo de linha mas não são os únicos locais onde se pode usar o Windows;
• Dois consoles (Series X|S) que, mesmo não vendendo tanto quanto os concorrentes, venderam (estimativa) cerca de 29,7 milhões de unidades em três anos;
  • Seguindo nesse ritmo por mais 4 anos, levando em conta que o Xbox deixou de ter uma curva tão ascendente bem cedo durante o ciclo de vida do produto, chegaria a algo como 50M - 55M de unidades, longe de ser um fracasso. Talvez até passe disso, dependendo se os exclusivos first embalarem e forem bons o suficiente pra atrair novos jogadores e mudar a tendência.

Eu pelo menos entendi assim.

Quer se envolver de forma total com a marca? Compre um Xbox.
Quer só jogar os jogos sem se envolver tanto? Jogue pelo Game Pass no PC/mobile, ou compre no PC ou outras plataformas de sua preferência (para os casos onde isso for acontecer, tipo os Call of Duty).

Até a Sony, tão protetiva com a sua plataforma, está se abrindo para o PC, com uma postura mais cautelosa de seguir promovendo o PlayStation primeiro na maior parte dos casos, mas tendo aqui e ali algumas coisas mais rápidas como Helldivers 2, que vai lançar no PS5/PC no dia 8 agora. A Microsoft está mais acelerada nesse processo porque 1) começou antes, em 2016, e 2) precisa de um retorno mais rápido porque só o console não é mais satisfatório. A Sony colocar os jogos no PC me fez desistir completamente da ideia de pegar um PS5, por exemplo, porque os exclusivos eram o único argumento que jogava a favor pra mim, não iria usar o console pra outra coisa praticamente, já que os jogos na PSN costumam ser mais caros do que do lado de cá. E, igualmente, a Microsoft pode ter causado a mesma ação em potenciais consumidores que deixaram de ter um Xbox pra jogar no PC.

O ponto principal que acredito, no caso, é que estaríamos em uma situação bem pior se não fosse essa abertura da Microsoft a outras plataformas, com menos jogos, bobeando até menos consoles vendidos e - aí sim - uma perspectiva bem ruim para o fim não apenas do console, mas da marca como um todo.


A Sega é um caso curioso de uma empresa que nunca bateu de frente de fato contra Nintendo e Sony e que, na segunda metade dos anos 90, já dava indícios de que não tinha condições de competir nesse mercado fazendo trapalhadas em sequência, mas que hoje em dia é vista como alguém que disputava o mercado taco a taco sendo que não chegava nem na metade do desempenho das outras. Somando os consoles vendidos, sem os portáteis (onde a Nintendo atropelou sem dó):

• Nintendo (NES, SNES, 64 e Game Cube) - 165,68 milhões
  • Game Boy e Color - 118,6 milhões
• Sony (PS1 e PS2) - 257,49 milhões
• Sega (Master, Mega, Saturn e Dreamcast) - 64,38
  • Game Gear - 10,62 milhões

O console que mais competiu da Sega foi na geração SNES/Mega e ainda assim foi coisa de 49M x 30,7M. A comparação com a Sony é até meio ruim porque o PS2 é de 2000 e a Sega parou de fazer videogames em 2001, mas mesmo se pegar só o PS1, ele sozinho vendeu 102,5M e ficou bem na frente de todos os consoles da Sega somados. Esse risco o Xbox está longe de correr.


Certamente influencia em algum grau, existe um público que não vai comprar um console Xbox se ele pode rodar em uma plataforma que já possui ou que pode montar pra jogar mais coisas, como o PC, e a Microsoft tem esses estudos em mãos na hora de tomar as decisões.

Tornar tudo exclusivo do console novamente, hoje, poderia ter um resultado até pior, já que seria um retrocesso em relação ao que ela promove e o público de PC, por exemplo, se sentiria traído o suficiente pra nem cogitar comprar um console pra seguir jogando.

Comentário preciso.

 

[patriciocarval]

Então, até agora, não vejo nenhum indício de que os consoles Xbox irão acabar. O que temos até agora são:

• Declarações do Spencer dizendo que o Xbox (console) seguirá sendo a experiência premium da marca, pra quem quer o máximo desempenho (respeitando certas condições) e envolvimento com a plataforma. Quase que como os produtos da linha Surface, que são topo de linha mas não são os únicos locais onde se pode usar o Windows;
• Dois consoles (Series X|S) que, mesmo não vendendo tanto quanto os concorrentes, venderam (estimativa) cerca de 29,7 milhões de unidades em três anos;
  • Seguindo nesse ritmo por mais 4 anos, levando em conta que o Xbox deixou de ter uma curva tão ascendente bem cedo durante o ciclo de vida do produto, chegaria a algo como 50M - 55M de unidades, longe de ser um fracasso. Talvez até passe disso, dependendo se os exclusivos first embalarem e forem bons o suficiente pra atrair novos jogadores e mudar a tendência.

Eu pelo menos entendi assim.

Quer se envolver de forma total com a marca? Compre um Xbox.
Quer só jogar os jogos sem se envolver tanto? Jogue pelo Game Pass no PC/mobile, ou compre no PC ou outras plataformas de sua preferência (para os casos onde isso for acontecer, tipo os Call of Duty).

Até a Sony, tão protetiva com a sua plataforma, está se abrindo para o PC, com uma postura mais cautelosa de seguir promovendo o PlayStation primeiro na maior parte dos casos, mas tendo aqui e ali algumas coisas mais rápidas como Helldivers 2, que vai lançar no PS5/PC no dia 8 agora. A Microsoft está mais acelerada nesse processo porque 1) começou antes, em 2016, e 2) precisa de um retorno mais rápido porque só o console não é mais satisfatório. A Sony colocar os jogos no PC me fez desistir completamente da ideia de pegar um PS5, por exemplo, porque os exclusivos eram o único argumento que jogava a favor pra mim, não iria usar o console pra outra coisa praticamente, já que os jogos na PSN costumam ser mais caros do que do lado de cá. E, igualmente, a Microsoft pode ter causado a mesma ação em potenciais consumidores que deixaram de ter um Xbox pra jogar no PC.

O ponto principal que acredito, no caso, é que estaríamos em uma situação bem pior se não fosse essa abertura da Microsoft a outras plataformas, com menos jogos, bobeando até menos consoles vendidos e - aí sim - uma perspectiva bem ruim para o fim não apenas do console, mas da marca como um todo.


A Sega é um caso curioso de uma empresa que nunca bateu de frente de fato contra Nintendo e Sony e que, na segunda metade dos anos 90, já dava indícios de que não tinha condições de competir nesse mercado fazendo trapalhadas em sequência, mas que hoje em dia é vista como alguém que disputava o mercado taco a taco sendo que não chegava nem na metade do desempenho das outras. Somando os consoles vendidos, sem os portáteis (onde a Nintendo atropelou sem dó):

• Nintendo (NES, SNES, 64 e Game Cube) - 165,68 milhões
  • Game Boy e Color - 118,6 milhões
• Sony (PS1 e PS2) - 257,49 milhões
• Sega (Master, Mega, Saturn e Dreamcast) - 64,38 milhões
  • Game Gear - 10,62 milhões

O console que mais competiu da Sega foi na geração SNES/Mega e ainda assim foi coisa de 49M x 30,7M. A comparação com a Sony é até meio ruim porque o PS2 é de 2000 e a Sega parou de fazer videogames em 2001, mas mesmo se pegar só o PS1, ele sozinho vendeu 102,5M e ficou bem na frente de todos os consoles da Sega somados. Esse risco o Xbox está longe de correr.


Certamente influencia em algum grau, existe um público que não vai comprar um console Xbox se ele pode rodar em uma plataforma que já possui ou que pode montar pra jogar mais coisas, como o PC, e a Microsoft tem esses estudos em mãos na hora de tomar as decisões.

Tornar tudo exclusivo do console novamente, hoje, poderia ter um resultado até pior, já que seria um retrocesso em relação ao que ela promove e o público de PC, por exemplo, se sentiria traído o suficiente pra nem cogitar comprar um console pra seguir jogando.

Ronabs, seu jeito de se expressar é excelente, nos divergimos e convergimos em algumas coisas, no entanto é sempre salutar as opiniões embasadas e educadas e isso enriquece o fórum.

Muito obrigado!

 

[ronabs]

Uma novidade sobre esse assunto, que vamos ter que esperar pra analisar o impacto, é isso daqui.

Como essa possibilidade de alguns jogos de Xbox serem lançados não no PC, mas em consoles concorrentes, pode afetar a imagem e a percepção do público em relação à marca.

Levar jogos para o PC é algo estabelecido. Seguir mantendo Call of Duty, Minecraft ou outras IPs multiplataforma é algo histórico. Já um Sea of Thieves da vida, uma IP criada por um estúdio interno e que foi um símbolo de sucesso nos úlltimos cinco anos, com o perdão do trocadilho, é um mar totalmente novo pra navegar.

 

[Asprobocop]

Uma novidade sobre esse assunto, que vamos ter que esperar pra analisar o impacto, é isso daqui.

Como essa possibilidade de alguns jogos de Xbox serem lançados não no PC, mas em consoles concorrentes, pode afetar a imagem e a percepção do público em relação à marca.

É uma decisão muito estranha. Visto que o retorno parece ser algo irrelevante perto do faturando da divisão xbox.
Parece estar envolta de segundas intenções.
Por outro lado, não vejo o Playstation feliz com isso. Seria mais um gaas do concorrente pro usuário de ps5 gastar dinheiro e tempo de tela e um concorrente forte pros gaas que a Sony está fazendo.

Vamos ver.

 

[PerijonesBR]

Parte de hardware tá numa encruzilhada legal, porque:

• O produto é bom, muito melhor que o One e em condições melhores também, mas não está conseguindo um resultado superior, pelo contrário (nos Estados Unidos, tá 10% abaixo do One em termos de unidades vendidas com o lançamento alinhado);
• A Microsoft não coloca mais o console como o centro do ecossistema, é um ponto de contato (o mais importante), mas é um, junto de PC e mobile/streaming;
• Somado a isso, a participação cada vez maior da Microsoft como publisher third (Minecraft, COD, etc.) e os rumores de que outros jogos first podem ter o mesmo rumo vão degradando o valor do produto para potenciais consumidores.

O aumento de investimentos recentes, superior a $80 bilhões, parece que ainda não gerou o resultado esperado, e nem dá pra garantir que um dia vai mudar algo de maneira significativa.

Até venho notando em comunidades uma insatisfação crescente com o Phil Spencer, que não vem de hoje mas tem se intensificado, por verem nele alguém que tirou o foco do Xbox (console) para fortalecer a marca enquanto ecossistema maior, independente da tela. Tem até quem gostaria de ver ele fora - algo que vejo como ainda mais perigoso para o console, já que ele pelo menos tem um apego e entendimento com a plataforma, uma nova pessoa que chegasse, especialmente se viesse de fora, poderia acelerar ainda mais esse processo.

Chega a ser até meio injusto porque, agora que a Microsoft está investindo de forma pesada no conteúdo, parece que o reloginho do console está correndo mais rápido. Passa a impressão de que, talvez, ele não tenha tantas chances de crescer porque a empresa precisa recuperar logo o investimento de outras formas.


Pior que a empresa tá muito bem posicionada pra chegar nisso aí mesmo nos próximos anos.

Excelente análise.

 

[KaykyEleuOreo]

depois das notícias boas é claro que vem outra discussão de fim do Xbox repetida incansavelmente mais uma vez, seguindo sempre o ciclo de Coisa Boa e Coisa Ruim pro Xbox.

 

[sehloco]

Xbox Series é melhor que o One em todo sentido possível, trouxe uma biblioteca mais robusta e próxima da sua concorrência noq se diz respeito a thirds, sem contar com a aproximação dos jogos japoneses.
Tem features feito para fãs, como poder jogar praticamente qualquer jogo popular antigo em 4k ou 60fps, e o próprio sistema do console tem feature única.

Se não fosse as baixas vendas que definitivamente não é por culpa do console e nem pelo trampo da equipe que é MIL vezes superior a antiga geração de xbox (ou gerações), vocês iriam pensar que esse console é um flop?
Playstation 5 é um absoluto sucesso pela diferença de qualidade e conteúdo?
Nós estamos comparando uma era onde o Xbox tinha meia dúzia de estúdios e um abismo de diferença de conteúdo e que geral afirmava que o Xbox era um sucesso só pq encostava em vendas com a atualidade onde quem tem um SX só se sente traído ou injustiçado se acompanha vendas e burburinhos de meecados.

O mercado quase sempre é nonsense mesmo, vide Palworld da vida.
Eu ainda acredito que uma inevitável guinada ao mercado cloud/mobile e assinaturas, mesmo que o console não seja mais a atração principal do ecossistema, vai naturalmente puxar o console pra cima por conta da popularidade da marca, e como nem sabemos na prática oq é MS + Activision, nem sabemos ainda o impacto disso na gamepass, e mesmo que inicie um gap gigante entre cloud/assinaturas e consoles dentro da plataforma Xbox, talvez lá na frente o console seja um sucesso se usar como métrica a venda da sua concorrência.

 

[Macedo992]

Tenho curiosidade sobre o quanto colocar jogos day one afeta as vendas do Xbox. Deve afetar em algum nível, mas não sei se voltar a lançar exclusivos faria o Xbox decolar. Call of Duty, Starfield, Forza Horizon 5, tudo exclusivo.

Porém, como foi dito, a Microsoft não investiria tanto pra vender console. Ela comprou esses estúdios com foco em expansão pra PC, mobile e nuvem.

Dizer isso é ignorar tanto o 360 quanto o ps4, o tanto de gente que comprou esses consoles pra jogar gears ou god of war. O lance é nessa geração ignorar notícias, se divertir com o console o máximo que der e na próxima ir de PC, daí tanto faz o que a microsoft fizer, não tem como se sentir feito de otario.