Jogos como serviços triplicou o valor da indústria

User 1422

Guerreiro
Março 19, 2009
12,246
11,403
As editoras que decidiram apostar no formato de "jogos como um serviço", apoiando a longo prazo os seus títulos com novos conteúdos, parecem ter seguido pelo caminho certo, recebendo a aprovação da maioria dos jogadores.

É o que nos diz um estudo da Digital River, via GamesIndustry, que avança que estúdios de todo o tipo estão a beneficiar com um "fluxo consistente de conteúdos nos seus jogos que além de cumprir com as expectativas dos jogadores, também aumenta as receitas por utilizador."

Além das receitas geradas pelos jogos gratuitos, a Digital River diz que em 2016, um quarto das receitas digitais geradas pelos jogadores no PC foram geradas pela compra de conteúdos adicionais para jogos pagos.

O crescente foco no mercado digital está a mudar a mentalidade e economia da indústria, uma vez que os consumidores esperam receber mais dos seus jogos mas desejam pagar menos.

"Os consumidores têm menos vontade de pagar 60€ por um jogo físico e optam por jogos com um fluxo estável de novos conteúdos. As editoras procuram cumprir com estas expectativas e adoptaram o modelo de 'jogo como um serviço', lançando menos jogos para manterem os jogadores activos durante mais tempo com actualizações e conteúdos adicionais com regularidade."

O que isto significa para as editoras é que ao invés de contarem somente com as receitas geradas na compra do jogo de 60€ e seguirem para o próximo, as editoras estimam agora que as compras dos jogadores ao longo dos meses geram muito mais receitas.

Outro dos motivos que está a encaminhas as editoras para este modelo de negócio é um estudo que avança que, em média, os jogadores PC nos Estados Unidos da América esperam 21 dias após o lançamento antes de comprarem o jogo, à procura por uma promoção.

"Os jogadores estão a jogar com o mercado dos jogos," diz a Digital River.

Isto é algo que as editoras já perceberam e estão a encontrar novas formas de gerar receitas, uma vez que as vendas no lançamento já não são o que eram e não representam o mesmo valor.

Por outro lado, a procura pelas melhores promoções leva os jogadores a procurar sites de terceiros, que nem sempre vendem chaves legítimas. Esta é outra das preocupações que as editoras vão começar a abordar.

Fonte: http://www.eurogamer.pt/articles/2017-10-10-jogos-como-servicos-triplicou-o-valor-da-industria
 

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
26,566
75,517
Rio Grande do Sul
Postei no outro mas aqui também é válido.



GAAS traz de arrasto as microtransações, e juntas fazem o consumidor ficar jogando a mesma coisa por meses ou até anos.
Tem gente que gosta, tem gente que não, e espero que as empresas continuem olhando para os dois tipos de público.
 
Última edição:

RAYMON

XBOX MVP
Administrador
Outubro 29, 2005
14,593
35,785
São Paulo
Candy Crush, C-A-N-D-Y C-R-U-S-H, tem receitas de quase 30 milhoes de dolares mensais com isso...
Ai imaginem só, enquanto estudios gigantescos fecham as portas e demitem funcionarios, coisinhas minusculas conseguem rebolr na cara da sociedade.

É bem complicado pra uma EMPRESA virar as costas pra isso...
 

jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
8,250
19,024
Manaus
É, o Phil tinha cantado essa pedra tempos atrás, não por ter tido alguma visão num sonho ou algo que ele queria impor, mas por ele estar lado a lado com os principais developers e a par da realidade da indústria através dos números.

Esse trecho é interessante:
"Os consumidores têm menos vontade de pagar 60€ por um jogo físico e optam por jogos com um fluxo estável de novos conteúdos."
O jogador atual tem preferido pagar um valor de entrada baixo, e ter a opção de pagar mais conforme for gostando do jogo.
Quer dizer, 60$ numa paulada só é uma coisa, 20$ + 20$ + 20$ é outra. O jogador tem assimilado melhor.
O que os 'core' costumam chamar de conteúdo fragmentado, a massa vê como conteúdo extra a ser explorado.

O EA Access, por exemplo, que na época que lançou se levantava dúvidas da viabilidade da proposta, ou como os jogadores iriam assimilar, vem dando muito certo pra EA.
Serve basicamente como um boost enorme para os lucros com dlcs e microtransações, e não atrapalhou os os lucros no lançamento de cada jogo.

Aí a discussão fica se esse caminho é ou não ruim pra indústria e jogadores.
 

User 1422

Guerreiro
Março 19, 2009
12,246
11,403
Eu acho que muitas franquias, principalmente as anualizadas de corrida e esportes, poderiam ser convertidas 100% em serviços mesmo.
O problema é tentar transformar todo e qualquer franquia em alguma forma de serviço mesmo que parcial.
 

Johannes

Guerreiro
Novembro 11, 2006
9,114
5,731
Enquanto tiver estúdio fazendo jogo completo custando 60 usd ou menos, não dou a mínima para o que essas grandes publishers estão fazendo. Problema é de quem financia isso aí, mas a tendência é cada vez mais entregarem menos pelo pacote inicial enquanto o consumidor é espoliado de todas as formas possíveis pra pensar que está fazendo um grande negócio.
 
  • Curtir
Reações: Aelurio e User 1422

jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
8,250
19,024
Manaus
Criticar é diferente de dizer que ele estava errado.
E pelamor, quem criticou direcionou a crítica pro caminho que a indústria está trilhando e não pro cara.
Teve quem realmente entendeu que se trata de um caminho que a indústria está tomando em comum acordo, e não uma imposição de ideias dele.
Mas houve quem tratasse as declarações apenas como pretexto para o viés multiplayer dos jogos da M$, como se fosse um plano maligno. E não foram poucos.
 

Rastaman BR

Novato
Setembro 4, 2006
786
1,281
"Phil Spencer está errado, e torçam pra quem ele não leve essa ideia absurda pra frente."
Foram palavras de usuário deste Forum, mas não estou com saco de ficar pesquisando mais para "lembrar" a turma que adora criticar as iniciativas da Microsoft.
 

ronabs

opa
Moderador
Novembro 8, 2010
26,566
75,517
Rio Grande do Sul
Teve quem realmente entendeu que se trata de um caminho que a indústria está tomando em comum acordo, e não uma imposição de ideias dele.
Mas houve quem tratasse as declarações apenas como pretexto para o viés multiplayer dos jogos da M$, como se fosse um plano maligno. E não foram poucos.
Mas esse é um caminho que a Microsoft tem trilhado há bastante tempo. É só ver como as campanhas dos jogos exclusivos dessa geração tem duração média menor que as da Sony por exemplo, e a última é a que leva a fama de fazer "jogo filminho de 6h". Desde o surgimento da Xbox Live a Microsoft se orgulha de ter uma comunidade mais engajada na parte online da coisa, e é justamente com essa galera que os GAAS se saem melhor, por isso ela presta um excelente suporte pra manter os jogos ativos por bastante tempo - mantém o povo na sua plataforma, impede que ele se distraia com outros jogos e, agora, experimenta maneiras de fazer essa retenção se reverter em mais receitas.
 

HenriquePerche

Guerreiro
Janeiro 12, 2016
7,821
8,336
Ribeirão Preto
"Phil Spencer está errado, e torçam pra quem ele não leve essa ideia absurda pra frente."
Foram palavras de usuário deste Forum, mas não estou com saco de ficar pesquisando mais para "lembrar" a turma que adora criticar as iniciativas da Microsoft.
Fui eu que falei isso, mas você colocou completamente fora de contexto, pra variar.

Usei essa frase na notícia na qual Phil Spencer falou sobre o absurdo de jogos multiplayer serem o foco daqui pra frente. E ainda continuo achando essa ideia uma tremenda burrice a propósito.
Não só eu aliás, pois como estamos vendo, o público está mostrando isso: o maior (e melhor) exclusivo de Xbox desse ano até então que é o Cuphead tem campanha 100% single player, no máximo com Coop local.
O tópico está aqui, mas como eu tenho certeza que você já procurou ele, pois copiou e colou a frase identica (ou você as salva no seu PC?), eu sugiro que no próximo rage não distorça as palavras dos outros, afinal já tá manjado.
 

User 1422

Guerreiro
Março 19, 2009
12,246
11,403
É um movimento da industria como um todo. A critica sempre foi ao movimento como um todo, lógico que se um ou outro figuração da industria faz um comentário nesse sentido ele vai receber algumas críticas mesmo. Faz parte, não é pessoal.

Eu tenho a impressão que a MS está engajada sim no sentido de transformar todas as suas experiências em fontes de renda continua. Eu entendo, ela não é boba, é aonde está a grana. Por isso quase todos seus jogos hoje em dia apresentam alguma forma de multiplayer e microtransações. Por isso ela comprou uma das maiores comunidades do mundo com Minecraft, tentou transformar Fable num MOBA/Tower Defense, aproximou-se de PUBG, enfim.
As grandes iniciativas dela tem esse viés, não todas, mas talvez a maioria.

E de novo, não tem nada de errado nisso. Mas, como tudo na vida, nem todo mundo vai gostar.
 

SouzaRJ

Desde o Portal Xbox.
PXB Gold
Julho 18, 2012
9,793
7,392
Rio de Janeiro
"Phil Spencer está errado, e torçam pra quem ele não leve essa ideia absurda pra frente."
Foram palavras de usuário deste Forum, mas não estou com saco de ficar pesquisando mais para "lembrar" a turma que adora criticar as iniciativas da Microsoft.
Ué, opinião do cara.

Não é porque movimenta 3000 trilhões de dólares por mês que todo mundo vai abraçar a ideia... é a vida que segue.

Coisa mais normal do mundo, não entendo porque todo o "drama".
 
  • Curtir
Reações: User 1422

jairopicanco

Guerreiro
Junho 27, 2015
8,250
19,024
Manaus
Mas esse é um caminho que a Microsoft tem trilhado há bastante tempo. É só ver como as campanhas dos jogos exclusivos dessa geração tem duração média menor que as da Sony por exemplo, e a última é a que leva a fama de fazer "jogo filminho de 6h". Desde o surgimento da Xbox Live a Microsoft se orgulha de ter uma comunidade mais engajada na parte online da coisa, e é justamente com essa galera que os GAAS se saem melhor, por isso ela presta um excelente suporte pra manter os jogos ativos por bastante tempo - mantém o povo na sua plataforma, impede que ele se distraia com outros jogos e, agora, experimenta maneiras de fazer essa retenção se reverter em mais receitas.
Eu não tenho esses dados, mas os games que eu joguei da própria M$ tem excelentes campanhas em qualidade e duração, tanto os mais antigos como Gears 2 ou Halo, como os mais recentes como Gears 4. Minha estrada no Xbox é recente, tenho muito o que aprender com a turma mais antiga hehe
Uma coisa que constatei é que os Gears e Halos do X360 tem até hoje seus servidores ligados, entra no que você falou sobre retenção de jogadores.

Não acho que o interesse ou procura por esses jogos Only Single player sumiram de repente. O dilema que a indústria está lidando é em harmonizar orçamento com expectativa de lucro, e esse tipo de jogo normalmente é caro de produzir, e mais arriscado do que outrora já foi.

Olha aí o CupHead. Se bobear é o jogo de melhor repercussão da Microsoft Studios desde o Ori, e veja só, 2 jogos de natureza indie.
 

SouzaRJ

Desde o Portal Xbox.
PXB Gold
Julho 18, 2012
9,793
7,392
Rio de Janeiro
Eu particularmente não sou muito chegado nessa parada não.

Na verdade, é bem o que o Johannes falou... o problema não é a prática em sí, e sim como essa "prática" vai ser praticada na gente em alguns casos.

tendência é cada vez mais entregarem menos pelo pacote inicial enquanto o consumidor é espoliado de todas as formas possíveis pra pensar que está fazendo um grande negócio.

Infelizmente isso é um dos males dos jogos atuais.

O foda é que ou você aprende a conviver e aceitar elas, mesmo que não goste... ou deixa de jogar o tal jogo.
 

Johannes

Guerreiro
Novembro 11, 2006
9,114
5,731
Se fizer uma lista de publishers grandes que ainda não se renderam a essa prática sobra bem pouco. Obviamente não entram aí indies. Mas de cabeça, lembro apenas de Bethesda, que embora tenha começado com a palhaçada de cobrar por armadura de cavalo, os jogos dela ainda se justificam pelo preço inicial sem massacrar a experiência com microtransações. Outras que lembro: CDPR que está mais pra indie, Square Enix que ainda não adotou esse modelo pra todos os seu jogos, mas dá a entender que é apenas questão de tempo. Sony, Nintendo e Sega, um ou outro jogo delas pode ter microtransações, mas não é aquela coisa padronizada de praticamente todo jogo da empresa x, vir com microtransações até das mais absurdas como escolher modo de jogo. A Nintendo, por exemplo, tem dado conteúdo gratuito adoidado em vários jogos do Switch como Splatoon 2 e Arms.

Já do outro lado nem precisa comentar muito. EA, Ubisoft, Activision, Capcom, Microsoft, Take Two, entre outras são do time do quanto mais puder te arrancar dinheiro entregando menos, melhor. Ou vamos só chamar de "jogo serviço" pra ser mais fácil de digerir. E ainda tem nego pra defender isso.
 

Genaro

Novato
Julho 25, 2012
1,081
1,096
Eu torço meu nariz pra 99% dos GAAS que existem, mas depois de Elite Dangerous e Path of Exile, comecei a ver o "gênero" com outros olhos.
 

SouzaRJ

Desde o Portal Xbox.
PXB Gold
Julho 18, 2012
9,793
7,392
Rio de Janeiro
Praticamente, o problema é como, na prática, a prática vai ser praticada pelos praticantes na gente de maneira prática.
weMor1k.gif
 

Sobre o PXB

  • Desde 2005 nossa comunidade se orgulha de oferecer discussões inteligentes e críticas sobre a plataforma Xbox. Estamos trabalhando todos os dias para garantir que nossa comunidade seja uma das melhores.

Sobre a Comunidade

  • As opiniões expressas neste neste site são da inteira responsabilidade dos autores. Microsoft, Xbox, Xbox Live, os logotipos do Xbox e/ou outros produtos da Microsoft mencionados neste site são marcas comerciais ou registradas da Microsoft Corporation.

Assinatura PXB Gold

+ Navegação sem publicidade

+ Upload de imagens nas postagens do fórum

+ Títulos de avatar personalizados.

 

Assinar com PayPal PagSeguro (cartão ou boleto)